Conforme pode ser lido aqui, o vereador da Cultura, não vai satisfazer a vontade de quem reclama uma explicação sobre a decisão que tomou. Pelo menos, por enquanto. “Se a câmara (PS) entender que deve prestar esclarecimentos sobre o assunto, emitirá um comunicado”, disse António Tavares.
Por sua vez, Lídio Lopes, presidente da Concelhia do PSD, exige que “só quer ouvir a verdade, porque ainda ninguém a disse. Após este retumbante falhanço, a câmara tem a obrigação de prestar esclarecimentos”.
Já o presidente da Concelhia do PS, João Portugal, também deve querer saber toda a verdade, a avaliar pelas suas declarações: “tomei conhecimento pelos jornais. Até ao momento, não conheço a versão oficial que levou a este desfecho”.
Daniel Santos, líder do movimento Figueira 100%, manifestando-se “preocupado”, também reconhece desconhecer as razões que levaram à demissão do director artístico do CAE, bailarino e coreógrafo.
António Tavares, Lídio Lopes, João Portugal, Daniel Santos: vocês estão todos equivocados, a verdade sobre a demissão do director artístico do Centro de Artes e Espectáculos está dita - nesta graçola de oportunidade!..
Rafael Carriço, tanto quanto eu sei, continua artista, não é político!..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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