segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Carta de um tio a um sobrinho “criativo”

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Meu caro Pedro José Agostinho da Cruz:

Li, com atenção, a entrevista que deste e hoje foi publicada na última página do diário AS BEIRAS.
Registo esta frase: “iniciei-me no fotojornalismo através do blogue OUTRA MARGEM, impulsionado por um tio que me convidou para fazer as reportagens fotográficas….”
Estás a ver no que deu o facto de teres como tio o pior fotógrafo do mundo e arredores?..
Aquilo,  era para ser só uma brincadeira,  mas “começaste a levar a fotografia a sério” e agora estás a iniciar verdadeiramente a tua viagem de sonho.
Pois caro Pedro, a vida tem de ser isso mesmo - uma viagem, se possível, de sonho.
Mas, temos de estar sempre disponíveis para partir...
As oportunidades surgem. Temos é de estar atentos, preparados e prontos para viajar. Podemos estar na estação. Parados. À espera. Mas, temos de estar sempre prontos para partir. Pode ter passado um comboio que nos deixou em terra. Contudo, decorrido algum tempo, esse, ou outro comboio, passará outra vez.
Não há nenhum comboio que só passe uma vez…
Na vida, é a mesma coisa.
Temos é de acreditar.
Mesmo quando quem nos rodeia, quando éramos putos, riu com desdém ou nos criou situações que nos poderiam ter desmotivado…
Mesmo quando tudo parecia impossível…
Mesmo naqueles dias em que chegamos a colocar em questão se não seria mais fácil, menos penoso, sonhar outra coisa qualquer, almejar outra coisa qualquer…
Acreditar e partir é sempre melhor do que renunciar e ficar.
Mas, atenção: não é um acreditar qualquer… Não.
Tem de ser um crer constantemente constante, quase obstinação, quase teimosia.
É “saber” – e isso tem de vir cá de dentro do peito - o caminho que queremos percorrer. O que queremos ser.
Temos é de acreditar.
E eu acredito em ti. Simplesmente, porque te conheço bem: sei que és trabalhador, estudioso e tens talento.
E acreditas na sorte.
Pois que tenhas toda a sorte do mundo, quer a nível profissional, quer a nível pessoal. Tu mereces.
Um abraço do tio Tó.

1 comentário:

Pedro Agostinho Cruz disse...

Sabes, quando me perguntam o quero “mesmo” fazer. Eu respondo: bem, isso não sei…
No entanto, afirmo que sei uma coisa: sei o que não quero fazer. Não quero fazer mais do mesmo e ser apenas mais um.
Isso eu sei.
Obrigado Tio.