quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Greve dos professores


Não posso afirmar que a greve de hoje dos professores foi a maior de sempre.
Todavia, e isso seguramente, pelo que tenho estado a acompanhar, foi a maior de que tenho memória.
Durante todo o dia, muitas escolas em todo o país encontraram-se fechadas ou, mesmo que abertas, estavam sem professores e alunos.
Os números são impressionantes. Considerando que neste tipo de protestos nunca há um consenso de números entre Governo e Sindicatos, os dados apresentados pelo Ministério da Educação apontam para uma paralisação impressionante. O Governo fala em 61% dos professores em greve, o que significa «um protesto significativo» e isso é entendido pelos sindicatos como prova final de que a greve foi mesmo gigantesca.
A amplitude deste protesto é impossível de ser "branqueada". Pode um governante, como o fez Valter Lemos, dizer que houve uma "adesão significativa à greve" e a seguir dizer o contrário, ao considerar que os sindicatos "falharam" nas suas previsões", que não altera a realidade: "a previsão dos sindicatos concretizou-se no terreno".
O óbvio está à frente dos olhos de todos.
"As escolas secundárias em Portugal hoje não funcionaram. Não vale a pena negar a evidência, nem minimizar os números. Tem de reconhecer-se que nunca antes terá havido uma greve dos “sôtores” com tanto sucesso como a de hoje".
"Na Região Centro, a adesão foi superior a 90%. Conheça os resultados escola a escola", clicando AQUI.

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