Na nossa Terra, toda a publicidade para cativar visitantes assenta no Parque das Merendas e nas Praias.
Agora, imaginem que alguém tinha visitado Lisboa e ao regressar lhe perguntavam pelo Tejo.
Tejo, qual Tejo? Não vi lá Tejo nenhum.
Mas, como sabemos, não só passa um rio em Lisboa, como parece impossível que alguém pretenda descrever a cidade ser dar conta desse facto.
Na nossa Terra, também passa um Rio
No entanto, o impossível acontece.
Nesta Terra, não existe uma única iniciativa para animar o Rio.
Nunca é indiferente o sentido de voto da maioria da população.
Menos ainda se esse sentido de voto é constante há 16 anos.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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3 comentários:
Muito bem observado, até porque se trata do maior rio português, que tem recantos e segmentos fantásticos, nomeadamente desde Montemor-o-Velho da minha paixão até à Figueira.
Esse Rio não passa aqui.
esse Rio que referes passa no Cabedelo e na Figueira. Aqui passa um braço de Rio, misturado com águas muito sujas e perigosas ambientalmente.
E por estarem perigosas ,agora..é k n aconselho a que se "brinke" com o rio, que por sinal se chama Pranto! pk será!?
O rio está zangado! nada de brincadeiras meus senhores...
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