terça-feira, 5 de junho de 2007

Afinal para que serve uma maioria absoluta?


RECORDEMOS OS RESULTADOS PARA A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2005.
PRESIDENTE DA CÂMARA:
PPD/PSD - António Batista Duarte da Silva com MAIORIA ABSOLUTA.
(PPD/PSD - 15428 votos, 47,93%, 5 mandatos
PS - 10666 votos, 33,14%, 4 mandatos).
Face ao que se está a passar neste momento, para que serviu esta votação?


Segundo o "Diário de Coimbra, " na última reunião camarária uma proposta da oposição minoritária, foi aprovada por 5 votos favoráveis (PS e Pereira Coelho) e 3 contra (Lídio Lopes, Teresa Machado e Duarte Silva. José Elísio esteve ausente da sessão).
Declarações:
Duarte Silva – “é legal», mas é «demonstração pública de falta de confiança no presidente da câmara”.
Vítor Sarmento - “a câmara e mais concretamente o presidente, não tem sabido encontrar as melhores soluções”.
António Tavares – “é um procedimento normal em democracia», que pretende “dar maior operacionalidade a algumas matérias em que a câmara demonstrou ser pouco operacional e passar a colocar em cima da mesa muitos do assuntos que estavam subtraídos à competência da câmara”.
Paz Cardoso – “não está em causa a confiança no senhor, mas “antes podermos colaborar para melhores soluções, mais eficácia, maior rapidez”.
Pereira Coelho - “no final da votação, o autarca do PSD justificou o seu voto contra, recordando a Duarte Silva as palavras que utilizou quando lhe retirou os pelouros, “a quebra de confiança política”. Faço minhas as suas palavras, a falta de confiança é a mesma que passou a existir desde aquele dia. Há uma estrondosa falta de organização e de capacidade de gestão de que resultam prejuízos enormíssimos para a câmara”.
Lídio Lopes(em seu nome e no de Teresa Machado, garantindo que também «em nome de José Elísio», que ficou de aparecer mais tarde, mas até ao final da sessão não compareceu)- estamos contra a proposta do PS, por ser “uma questão eminentemente política, pelo alcance, pelas motivações e pelo enquadramento político”. “É desacreditação do presidente, desconfiança para exercer o interesse público e não aceitamos, porque confiamos no presidente”.

E agora?
Depois do tremor de terra autárquico, em Lisboa, parece que os sábios, na Figueira, não estão a encontrar meio mais eficaz para prevenir a ruína autárquica total, do que oferecer ao povo um belo auto-de-fé: o espectáculo de um presidente a ser queimado em fogo lento.

1 comentário:

Anónimo disse...

A maioria absoluta conquistada nas urnas desvaneceu-se, por ressabiamentos pessoais, (quebra de confiança política, usando palavaras do jargão político!), dado que ineptos são todos! Ora pense-se: qual a melhor fórmula de assegurar a operacionalidade da sociedade, quando foi posta em causa a representatividade alcançada nas últimas eleições? Novas eleições! O caminho mais democrático para o fazer. A democracia, nestes casos, só permite uma situação: eleições! Esperemos que o golpe palaciano não se mantenha e o Presidente assuma a ombridade de se demitir. Sendo a única fórmula de acabar com toda esta patetice do "cá vamos indo, cantando e rindo"! Já agora a retirada, estratégica, de um vereador do PSD, da reunião, também foi combinada? Em que restaurante? Pergunto por perguntar! Onde se teria escondido o Miguel de Vasconcelos? No armário?