segunda-feira, 11 de junho de 2007
Na Figueira, não há lugar para amanhãs que cantam...
Presumo, que ninguém minimamente informado, desconhece que a crise que se vive na Câmara Municipal se reflecte na vida dos cidadãos. Isto é, na minha, na sua e de todos nós.
Apesar de estarmos em Junho, mês por excelência virado para o aparato folclórico, nota-se que a Figueira está parada...
É certo que vem aí o verão, com o tal mês e meio de “época alta”, mas isso não vai branquear o essencial: a crise é profunda e já não é só financeira.
Todavia, também é financeira: não há dinheiro e sobram as dívidas.
O problema é pertinente. Como resolvê-lo?
Aumentando os impostos municipais? Vendendo património? Reestruturando ou extinguindo empresas municipais? Reduzindo o quadro de pessoal?
Se calhar, vai ser preciso isto e muito mais... Mas, neste momento, a crise na Câmara da Figueira já não é só financeira. Também já é de outros valores.
É sabido, que quem ganhou as últimas eleições autárquicas na Figueira não foi o PSD. Muito menos, a lista de vereadores deste partido. Quem foi decisivo para a conquista da Câmara foi o eng. Duarte Silva.
Mas voltemos à crise de outros valores...
É claro, que a questão deve ter contornos ainda desconhecidos do vulgar cidadão, mas, o que veio a público sobre o que se passou na reunião camarária da semana passada, deu para perceber que o eng. Duarte Silva, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, viu a sua dignidade como político posta em causa pelos “seus” vereadores Paulo Pereira Coelho e José Elísio Oliveira.
O primeiro, votou com a oposição, logo contra o Presidente; o segundo, de forma estratégica, faltou è sessão camarária...
Logo a seguir, Jaime Soares, o Presidente da Distrital, nas páginas do Diário as Beiras ajudou à festa...
Marques Mendes se a Figueira fosse Lisboa, certamente que já tinha posto um ponto de ordem... Mas, a Figueira é província!...
Contudo, venha a ter este estranho caso político o desfecho que tiver, serviu para colocar duas questões pertinentes e fundamentais aos cidadãos:
1 – A possibilidade, que neste caso seria um abuso, de uma estrutura partidária sob controle de determinada facção, poder fazer cair um autarca eleito pela população da Figueira.
2 – Que certas personagens foram eleitas, apenas porque fizeram parte de uma lista partidária.
Entretanto, vamos ver o efeito que virão a ter no futuro do poder local em Portugal, as eleições intercalares em Lisboa. Vamos observar o que se vai passar com as listas independentes...
Numa altura, em que, na Figueira, parecem esgotadas as últimas utopias a nível do poder local, vamos tentar continuar a sobreviver à ressaca!...
Não é necessário que todos nos convertamos (vendamos), apesar de sabermos que na Figueira não há lugar para amanhãs que cantam...
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