O fenómeno do chamado "jornalismo online", onde se inserem os blogs, é demasiado recente para se poder avaliar ainda todo o seu impacto.
É, pois, natural que um fenómeno desta dimensão crie efeitos colaterais indesejáveis e relativamente incontroláveis. Será, porventura, o preço a pagar pelas vantagens de um exercício diferente e inovador de comunicação.
Há quem discuta se os comentários, nos Blogs, devem estar abertos à publicação imediata... Seria uma discussão longa. Mas, a experiência deste ano e picos, já nos deu alguns ensinamentos.
O caminho faz-se caminhando. Já tivemos comentários directos. Hoje em dia, não permitimos comentários directos - os comentários são enviados para e-mail onde os responsáveis pelo Blog fazem a triagem. Censura - dirão alguns, os aproveitadores, porventura os mesmos que acharão que haver semáforos nos cruzamentos é censura à circulação dos automóveis!...
A velha frase que nos diz, que “a liberdade individual acaba no momento em que se pisa a liberdade dos outros”, é verdadeira. É que há pessoas que não sabem o que é o exercício da democracia. E é pena. Provavelmente, nunca aprenderam o que ela era e até viveriam bem com ambientes pidescos.... O insulto e a aniquilação das pessoas através do boato e da infâmia, foi sempre uma arma dos esbirros de qualquer ditadura...
É por isso que, nos últimos dias, apertámos o crivo para com alguns comentários que nada acrescentavam ao conteúdo deste espaço, que foram enviados por gentalha anónima...
A partir daqui, vamos ser ainda mais exigentes nos critérios . Chegou a altura de sermos mais rigorosos. Só terão receio deste modo de funcionar aqueles que forem aproveitadores e malévolos.
Isto é só um Blog. Não é sala de tratamento para doenças da mente...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
4 comentários:
Tem todo o meu apoio, dr. Agostinho. Há que combater a mediocridade e marginalizar os mentecaptos.
É sempre assim. É preciso conter, repreender. A ausência destes dois (pelo menos) factores levou ao abandalhamento, à falta de respeito, à indisciplina.
Estou totalmente de acordo.
Levaria!...
Prefiro animais, a bestas, sem patas. A nossa maneira de encarar a liberdade não é genérica, nem está generalizada, dai que...e porque não?
Enviar um comentário