A procissão em honra de S. Pedro é a maior manifestação religiosa da Cova e Gala.
João Ataíde e António Salgueiro, não são os primeiros políticos no activo, a participar nesta procissão.
Contudo, a meu ver, a promiscuidade entre poderes políticos e religiosos só poderia existir em Estados teocráticos.
Portanto, para encurtar texto, para mim é completamente inaceitável esta promiscuidade num Estado laico, como é Portugal.
Há limites para o populismo.
Portanto, não vejo nenhuma razão para os políticos andarem a elevar o ego de bispos, de padres e de crentes.
Aqui na Cova e Gala, não temos de perpetuar o comportamento de Santana Lopes.
Haja decoro!
O São Pedro sabe muito, porque é velho.
Já viu de tudo ou quase tudo.
Desde ser seguido por um «enfant terrible» do PSD, em 1997, Santana Lopes de seu nome, que, aliás, teve uma carreira política sempre marcada pela polémica...
Senhores políticos locais.
Entendam isso como uma moda.
Utilizar uma pura manifestação popular e de profunda convicção religiosa para fins de campanha política, é ultrapassar os limites da ética e da decência.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
O que determina a credibilidade de um político?
O problema todo é que figurávamos ter um presidente independente.
Mas no fundo todos sabemos que não temos.
Agora não digam é que vivemos numa democracia laica.
E também não digam que é malta a precisar de descarregar a bílis.
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