sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

As cidadãs anónimas

«Não sei um dia mas alguma coisa me doía
Ou talvez não doesse mas havia fosse o que fosse
Era isso sentia a grande falta de uma árvore»
Ruy Belo


[...] Lisboa deve às árvores que possui, às árvores de que se esquece, uma parte eloquente da sua beleza. Elas guardam, para nós, a cor, o alfabeto vegetal do silêncio, o atalho secreto da alegria.


O seu movimento parado é uma ilusão, pois as árvores são extraordinárias viajantes que se deslocam através de distâncias incalculáveis. Chegaram aqui vindas do Cáucaso, da Sibéria, do Tibete, da América…por ventos, por correntes marítimas, nos grandes invernos… ocultas nos pés dos escravos, escondidas algures na trouxa de um distraído mercador ou entre o pelo dos animais… E se estão ao pé de nós, sabemos também que estão sempre a partir. São fluidas. Mudam, de casca e de casa. Morrem. Migram da noite para o dia.

Aprendemos a contar por elas as estações do ano e as da nossa vida. Há as árvores da infância. As do nosso bairro, anos mais tarde. Há uma árvore que avistamos de relance em situações que depois não esquecemos mais. Lembro-me de ter visto o poeta Mário de Cesariny abraçar uma árvore como quem abraça um amigo. Foi uma coisa tão grande! - ficamos a vê-lo, encolhidos e calados que nem ratos.

Lisboa tem uma população admirável de árvores. Algumas delas estão classificadas e têm um estatuto semelhante ao do património construído classificado. Tudo isso está muito bem. Mas quando andamos pelas ruas de Lisboa e nos cruzamos com árvores elas não têm identificação alguma, são cidadãs anónimas! Raros são aqueles que as tratam pelo nome próprio. Mas outras cidades europeias têm junto das suas árvores, colado no chão, um pequeno letreiro com o seu nome.
Queria dedicar este texto ao Lódão que avisto da janela.»

José Tolentino Mendonça, “As cidadãs anónimas” in O hipopótamo de Deus e outros textos, 2.ª ed., Col. Alfinete 10, Assírio & Alvim, nov. 2010 (p. 77-8)
Imagem: daqui

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Francisco Andrade é um treinador dos velhos tempos e sabe que para ganhar é preciso ter jogadores que vão à linha de fundo para cruzar para trás...

«Ganhou as eleições e fez três mandatos desempenhando, concomitantemente, o cargo de 1.º Secretário da Mesa da Assembleia da Câmara Municipal de Coimbra, posição aliás que ainda hoje mantém. Em 2017 foi reeleito, após quatro anos de interregno. “Eu costumo dizer ‘quando quiserem que eu não faça não me digam para não fazer’. Porque quando me beliscam eu reajo."»

Coimbra: PS procura quem se ofereça como candidato à JF dos Olivais

Para a Secção do PS de Santo António dos Olivais  “encontrar um candidato compaginado com o perfil de candidato/a estabelecido pelo candidato à Câmara Municipal [Manuel Machdo] e pelo presidente da Comissão Política Concelhia [Carlos Cidade], torna o desafio mais exigente”.

O PS tem perdido sucessivamente as eleições na Freguesia de Santo António dos Olivais, a que tem maior número de eleitores no concelho de Coimbra e na região Centro. A Junta é presidida por Francisco Andrade (PSD) e nas eleições autárquicas de 2017 o candidato do PS foi o arquitecto António Monteiro, que no ano passado renunciou ao mandato e deixou a presidência da Mesa da Assembleia de Freguesia.

Quinta das Olaias vai abrir ao público

 Via Diário de Coimbra

Mercado de Buarcos, pequenino mas onde nada falta, nem sequer a simpatia

"Arejado, sem atropelos e onde nada falta, dos bens essenciais. 
No Mercado de Buarcos, são poucos os vendedores, mas o negócio vai-se fazendo, em alguns casos, quase personalizado, pois conhecem as clientes pelos nomes e chegam a telefonar, quando aparece algum produto que sabem que é da sua preferência. É o caso de uma das bancas de peixe. 
«Ainda nem pedi e ela já me está a amanhar o peixe», diz Maria José, cliente assídua de Margarida (Guida) Verderame, uma vez que reside ali perto, na Praia de Buarcos. «Não compro nunca nos supermercados, aqui a qualidade do peixe é diferente», diz, conhecedora, já que a mãe vendeu peixe durante mais de 50 anos em Coimbra, o pai foi pescador e o marido motorista marítimo. Por isso, «sei a diferença, quando é fresco», assegura."

Obras municipais: mais do mesmo na obra do jardim!..

terça-feira, 14 de agosto de 2018

"A Câmara da Figueira da Foz vai analisar a decisão de abater árvores em Buarcos, mas não adianta, para já, se o corte agendado para quinta-feira avança como previsto..."


Penso que niguém desconhece como está aquela zona de Buarcos.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Foi entregue e foi a reunião de câmara uma petição com 900 assinaturas do Movimento Parque Verde que deve ter ido para o fundo de alguma gaveta pois nunca houve resposta. 

Pois...

Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2021
"O projecto do novo coreto do jardim municipal vai ser alterado, para serem poupadas árvores, adiantou o presidente da autarquia, Carlos Monteiro, na reunião de câmara." - via Diário as Beiras

Penso que niguém desconhece (apesar das tentativas feitas, em devido tempo, para contribuir para o pensamento e discussão da obra, que foram ignoradas), que a intervenção no Jardim Muncipal já está adjudicada (a empreitada já em fase de execução) e tem um prazo de um ano para estar acabada.
É agora que se vai alterar o projecto quando ele já está em fase de execução?
Há aqui qualquer coisa difícil de entender, a não ser que já esteja a acontecer o que já vem do passado: deficiente pensamento, mau planeamento e péssima execução das obras municipais promovidas pela câmara Municipal da Figueira da Foz.

Recordo o que disse Joaquim Barros de Sousa, no início de Agosto de 2018,a propósito da obra de Buarcos, no lançamento do seu livro «Figueira da Foz. Memória de um mandato e os anos perdidos»: “quais são os estudos de trânsito que deram origem a esta reabilitação urbana traçada na prancheta?”
Na sua opinião, “tudo isto é um rematado disparate só porque há fundos comunitários, quando há muito mais a fazer”.
Disse algo mais que continua actual: “as autarquias hoje são agências de espectáculos para divertir, é tudo um circo e o tecido urbano está na mesma. Esta situação pode ser corrigida, acredito nisso, mas só a médio/longo prazos. Um dos problemas é que a Figueira não tem «quadros», estão todos fora por falta de emprego, mas vai aparecer uma geração que diga «basta».

Problemas sociais estão a agravar-se: pensem...

A situação social no concelho está a agravar-se. Segundo o que disse a vereadora da Acção Social, Diana Rodrigues, ao DIÁRIO AS BEIRAS, “a situação agravou-se, notoriamente”, pois tem-se verificado um aumento de pedidos de apoio alimentar, que “têm sido reportados pelas várias instituições” que trabalham no terreno.  

Tal como no País, também na Figueira, estamos perante um cenário trágico, mas que para quem tem andado atento ao que se passa em seu redor, tem pouco de surpreendente. 
Estamos muma sociedade que se tem vindo a polarizar, de forma crescente, em dois campos. 
1. Os que acham que os tempos são difíceis e seria impossível fazer melhor.
Consequentemente, realçam o papel do governo na gestão desta crise. 
2. E os outros: aqueles que, afectados pelo desespero e pelo ódio, acham que tudo está podre e estão dispostos a hipotecar a sua dignidade com o seu voto só para abanar o que acreditam ser o sistema, não compreendendo que esse voto só favorece os do topo e pioraria a sua condição.
 
Sem perder a capacidade de um justo juízo crítico construtivo, onde vale a pena estar, não podemos esquecer que vivemos tempos adversos.
Perante um cenário tão complicado como o que temos, as respostas são difíceis e exigentes.
Porém, poderia ter sido feito bem melhor. 
Por exemplo, usar a margem orçamental disponível (e não é pouca, já que nunca na história da economia portuguesa as condições de financiamento foram tão favoráveis) para apoiar de forma massiva as centenas de milhares de pequenos comerciantes, profissionais do espectáculo e tantos outros trabalhadores sem vínculos estáveis que são atirados para a marginalidade social e política. 
Por exemplo, se todos sabemos que o SNS respondeu, não podemos ignorar que teria respondido melhor, se mais investimento tivesse sido feito a montante. 
Por exemplo, não podemos esquecer que, durante muito tempo, se colocou os direitos de propriedade da hospitalização privada à frente da vida das pessoas.
Na Figueira e no País, estamos num encruzilhada perigosa e difícil. Pensem.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

ESTA NOSSA BARRA!.. A obra do aumento de quatrocentos (400) metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz (e com a alteração da sua orientação, de oés-sudoeste [WSW, c.247º] para sudoeste [SW, c.225º])

Cito Alfredo Pinheiro Marques:
"A obra do aumento de quatrocentos (400) metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz (e com a alteração da sua orientação, de oés-sudoeste [WSW, c.247º] para sudoeste [SW, c.225º]). 
Essa obra foi exigida, anunciada, e aprovada, em 2006, 2007 e 2008; teve início neste último ano; realizou-se ao longo de 2009; e ficou pronta em 2010 — e, por isso, logo a partir desse ano começou a alterar as condições da deriva sedimentar, e com o tempo acumulou as areias, ao longo dos anos (até começarem mesmo a contornar a cabeça do molhe norte…), e esse acrescido assoreamento das areias levou, concomitantemente, ao consequente alteamento das vagas nessa zona.
Um assoreamento que, como era previsível, se avolumou mais e mais, ao longo dos anos. Os resultados não se fizeram esperar."
Fim de citação.
Imagem via Rui Duque

Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. 
Manuel Luís Pata,  no extinto  Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto  concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com  os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra  vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”

Em que se basearam os técnicos para o prolongamento, curvando para sul, do molhe norte?
Quiseram criar um segundo porto de Leixões?
Só que o molhe daquele porto do norte do nosso país, está implantado num sítio fundo, por isso o mar não rebenta,  ao passo que na enseada de Buarcos, devido ao constante assoreamento das areias que vêm do norte, o mar rebenta e fecha a barra -como aconteceu naquela fatídica terça-feira...
Eu sei, porque falo todos os dias com pescadores que arriscam a vida na barra da Figueira, que esta barra vai dar mais problemas.
Oxalá esteja completamente enganado.
Mas, quando me dizem - e estou a falar de homens experimentados e corajosos, não estou a falar de "copinhos de leite" -  que os sustos são de tal ordem que, por vezes, "até nos borramos pelas pernas abaixo", temos de continuar preocupados.
Pelo menos que haja o mínimo: meios de socorro e de salvamento, em prontidão, que permitam que se faça o possível quando a desgraça acontece.
O que foi que não aconteceu no mais recente sinistro que ocorreu na entrada da barra da Figueira da Foz.

Erosão a sul do QUINTO MOLHE: está mais do que na hora de exigir medidas e soluções à engenharia do País

O mar está a invadir a freguesia de S. Pedro. Mas, esta desgraça está a acontecer há muitos anos. Todos os anos. Não só em anos de eleições. Por exemplo, esta foto é de 2015.
A erosão costeira ocorre quando a taxa de remoção de sedimentos é maior do que a de deposição. Inúmeros são os fatores que causam este desequilíbrio entre “o que chega” “o que sai”.
Aqui, a sul do 5º. Molhe, na praia da Cova-Gala, a situação é cada vez mais perigosa e preocupante desde que foi realizada a obra de prolongamento do molhe norte da barra da Figueira da Foz.
Andamos a alertar há vários anos neste espaço para o problema. Temos andado a pregar no deserto, mas a realidade, infelizmente, está a dar-nos razão.
Para poupar tempo e trabalho, destacamos apenas algumas postagens que temos feito ao longo dos anos de existência deste espaço, sobre o tema da erosão costeira na Figueira, para tentar alertar os diversos  "quens" de direito.
Por exemplo, estaestaestaesta, estaesta.
Mas há mais. Basta escrever no canto superior esquerdo a palavra erosão e clicar.

Mais fotos aqui.
Entretanto, decorridos todos estes anos, face à situação no local e como 2017 é ano de eleições autárquicas, registe-se a preocupação da autarquia. 
Registe-se, porém: todos os contributos são importantes. Todavia, a preocupação dos moradores da freguesia de São Pedro, oxalá dê para conseguir perceber que este não é um problema de gestão política ao sabor dos interesses eleiçoeiros dos partidos tradicionais, ou para oportunismos populistas de partidos que se querem implantar no terreno à custa da demagogia fácil, utilizando o medo, que é real, da população, mas sim uma questão vital para as suas vidas e os seus haveres, que exige medidas e soluções à engenharia do País.

Este caso de Quiaios, resume e condensa o pior que a política de proximidade tem: o pântano. Para o evitar, tinha bastado uma pitada de bom senso...

Via Diário de Coimbra

Posses admnistrativas são anunciadas e só depois se percebeu que há falta de uma proposta de lei que permita que a autarquia venha a ser ressarcida?..

«A Câmara da Figueira da Foz está a preparar uma proposta de lei sobre as posses administrativas, para enviar à Assembleia de República (AR), avançou o presidente da autarquia, Carlos Monteiro. 
O que motivou a iniciativa legislativa foi, entre outros casos, aquele tipo de processo administrativo utilizado para a remoção de fibrocimento das instalações da antiga unidade industrial Alberto Gaspar, em São Pedro.
“Sabemos que não vamos ser ressarcidos das verbas porque a empresa tem um conjunto de credores que estão à frente da autarquia e cujos valores reclamados são muito superiores ao valor do património”, frisou o autarca, na reunião de câmara, quando esclarecia o vereador do PSD, Ricardo Silva, sobre a posse administrativa da Alberto Gaspar. 
“É inadmissível que haja um crime ambiental e a autarquia não seja ressarcida pela despesa” da remoção do amianto, acrescentou Carlos Monteiro.» 
Com esta intervenção «o Município pode ficar sem 80 mil euros.»
Entretanto, “os técnicos da câmara estão a elaborar uma proposta de legislação para enviar à AR, para que as autarquias não fiquem sem o dinheiro”, anunciou o presidente. 
Se a lei não for alterada, “teremos de parar muitas intervenções e apoios de milhares e milhares de euros, se a câmara não for ressarcida”
A empreitada da Alberto Gaspar, adjudicada por cerca de 80 mil euros, só avançará depois de conhecidos os resultados da venda das instalações em leilão, pela Fadesa.»
Via Diário as Beiras

O retrato de um concelho (II)

MARÇO DE 2017: ESTÁDIO MUNICIPAL JOSÉ BENTO PESSOA, FIGUEIRA DA FOZ...  "O que é que vos ocorre dizer?", perguntava na sua página do facebook, em 4 de Março de 2017, o Luis Manuel Ribeiro.

ESTÁDIO MUNICIPAL JOSÉ BENTO PESSOA: HOJE. O QUE VOS OCORRE DIZER?

"Pandemia aumenta abandono de animais"...


Entretanto, via Diário as Beiras:
«Novo canil com vários anos de atraso...
"... o equipamento tem uma série de anos de atraso, porque o primeiro projecto estava desenvolvido para Várzea de Tavarede, que não responderia às necessidades do controlo e do bemestar dos animais", reconheceu o vereador Miguel Pereira ao jornal. 
Depois, a autarquia inclinou-se pelo antigo campo de futebol do Bom Sucesso, mas a Assembleia de Freguesia opôs-se.» Entretanto, surgiu a solução de Santana...
Canil/gatil: em outubro de 2018 custava 500 mil euros. Em julho de 2019, 300 mil euros era o orçamento aproximado do futuro canil...  
Agora, segundo Miguel Pereira, serão investidos 500 mil euros, contando com 10 por cento de apoios comunitários, mas na primeira fase deverão ser investidos “só” 360 mil.

Bazucas e juntas de salvação nacional

[Imagem]

«Agora que se avizinha a mui badalada bazuca europeia de ataque à Covid saem dos buracos aos magotes a clamar por um Governo de Salvação Nacional que é como quem diz um governo de salvação dos bolsos de amigos e clientes partidários arredados que estão da ida ao pote. A bondade patrioteira do bloco central dos interesses é uma coisa de bradar aos céus.»

Carlos Paredes, 96 anos: nasceu a 16 de Fevereiro de 1925

«Saibamos nós juntar braços, mãos e forças, para romper a treva que nos cega. Saibamos nós, mais cedo que tarde, convocar a luz. Saibamos nós fazer das fraquezas forças, para abrir as portas e as janelas ao amanhecer.

Que aconteça um amanhecer que mereça ser cantado. Que institua de novo a alegria. Que revolva e ressuscite a terra, que agite o mar, que aqueça as chaminés das fábricas. Um amanhecer que corra nas gargantas, nos versos, que salte nas cordas das guitarras. Que venha para iluminar sorrisos e fazer com que os nossos filhos e netos se assombrem... como os miúdos que neste comovente vídeo estão suspensos do “Canto do amanhecer” de Carlos Paredes. Dois minutos e trinta e cinco segundos de encantamento que merecem ser vistos e ouvidos até ao fim. Pela imensa saudade do Paredes, pela extraordinária música, pelo público... e pelo amanhecer.»

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

CHEGA de sofrimento, venha de lá essa "intervenção rápida a curto prazo", pois a erosão a sul do quinto molhe da Praia da Cova não pode esperar mais...

Segundo o Diário as Beiras, «está a circular um abaixo-assinado na Freguesia de São Pedro sobre a erosão costeira, que será entregue aos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro e José Duarte, respetivamente.»
Ontem, na reunião de câmara, respondendo ao vereador da oposição Ricardo Silva sobre a erosão costeira na margem sul do concelho, Carlos Monteiro adiantou que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “tem sido contactada [pela câmara] para fazer uma intervenção rápida”
Carlos Monteiro avançou, que será depositada areia junto ao quinto molhe antes do verão. “Acredito que, a curto prazo, será encontrada uma solução para atenuar a situação”, acrescentou o presidente da câmara municipal.

A aflitiva situação de erosão costeira a sul do Quinto Molhe, não é de hoje, nem de ontem, nem de 2017, ano da última campanha eleitoral...
Não é por nada de especial, mas por uma simples razão: a situação a sul do quinto molhe na orla costeira da freguesia de S. Pedro continua a ser branqueada e mal avaliada por quem de direito...
Os blogues são mesmo assim, os textos vão-se sucedendo, as ideias vão-se misturando e, aos poucos, a realidade vai sendo esquecida: o mar há muito que está a invadir a freguesia de S. Pedro.

Fazer política partidária com assuntos sérios da minha Terra, não é, nunca foi e nunca será a minha especialidade. 
Não sou ingénuo. Sei que na luta política partidária, em ano de eleições, vale quase tudo. Este ano, ainda vai valer mais tudo...
Tudo se vai cozinhar na sombra. A Aldeia, como sempre, não dará por nada, não sentirá o drama. O terreno é propício e fértil para a intriga e a trama.
Foi assim que foram escolhidos os "eleitos", aqueles que, não se distinguindo em nada de outras tantas dezenas anteriores, são os escolhidos, eleição após eleição, pelos pequenos donos (para uns, para outros deuses...) da Aldeia

Há muito que não tenho corpinho para usar certas vestes e frequentar certos ritos dominicais. 
Na parte associativa, sou sócio das agremiações que sou, desportivas e outras, por convicção. 
Na política, não tenho feitio para estar filiado.
Gosto de dar nas vistas e falar das coisas,  sem obedecer a calendários eleitorais, mas pela importância e pela urgência da causa.
Por isso, não consigo entrar em certos ajuntamentos políticos
A escolha por aqui ou por ali tem tudo a ver com isso e passa  por coisas que não são a minha especialidade: espírito para a trama e para a bajulice, espinal medula quebrada, ausência ou anulação de opiniões próprias.  
Resumindo: ausência de sentido de cidadania.

Entretanto, apesar dos alertas que andam a ser feitos há mais de 15 anos, o Quinto Molhe está assim.
E, essa sim, continua a ser a minha real e profunda preocupação, pois a ameaça que paira sobre a cabeça da Aldeia dura há vários anos e é, cada vez mais, efectiva e real.

Da série, vamos ao que interessa: quando se prevê que as obras da Rua dos Combatentes estarão concluídas?

Via Diário as Beiras
"Foi aprovada, ontem e por unanimidade, a rescisão do contrato com o empreiteiro das obras da Baixa e lançamento de novo concurso público para a parte da empreitada que ainda não foi iniciada. 
A aprovação, na reunião de câmara, não foi, contudo, isenta de debate entre o vereador do PSD, Ricardo Silva, por um lado, e o presidente e a vice-presidente da câmara, Carlos Monteiro e Ana Carvalho, por outro lado. 
As obras, que registam um atraso de cerca de dois anos, já conheceram dois empreiteiros. O actual tomou a empreitada na sequência de uma cessão de contrato. Mas nem um nem outro cumpriram os prazos. 
A intervenção urbanística abrange 14 ruas e duas praças, estando, neste momento, com 34 por cento de execução."
Primeira página do Diário as Beiras de 30 de Junho de 2018

Em tempo. 

Estilo musculado de resolver problemas com empreitadas...

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Siga a folia: hoje, é terça-feira de carnaval...

Concessionário da piscina-mar afirma que vai cumprir o contrato

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