A apresentar mensagens correspondentes à consulta aguiar de carvalho ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta aguiar de carvalho ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

sábado, 30 de janeiro de 2021

Faz algum sentido, o actual presidente da câmara municipal, que faz parte do executivo desde 2009, continuar a desculpar a sua incapacidade com a dívida de antes de 2009?

Hoje, no Diário as Beiras pode ler-se. Passo a citar.
"A dívida da autarquia situa-se nos 29,5 milhões de euros, contra os 92 milhões de 2009, incluindo as empresas municipais. As contas são do executivo camarário (PS), apresentadas pelo presidente, Carlos Monteiro, numa reunião de câmara, respondendo a afirmações que a Concelhia do PSD tem feito sobre a gestão autárquica socialista. 
Os gráficos apresentados recuam ao fim do último mandato do presidente socialista Aguiar de Carvalho. Assim, em 1997, a dívida era de nove milhões.
Aquele foi o ano em que Santana Lopes conquistou a câmara para o PSD, tendo deixado uma dívida de 41 milhões. Em 2005, com Duarte Silva na presidência (PSD), subiu para 89 milhões e em 2009, ano da chegada de João Ataíde (PS), eram 92 milhões. 
Enquanto se pagou a dívida, frisou Carlos Monteiro, fez-se investimento, reduziu-se o prazo de pagamento aos fornecedores (de 272 para os atuais entre 24 e 11 dias) e respondeu-se a situações de emergência social e outras despesas imponderáveis. 
Aquela não foi a primeira vez que Carlos Monteiro recorreu a gráficos sobre a evolução da dívida na sequência de afirmações de autarcas e dirigentes do PSD. “Não vale a pena intoxicar os figueirenses com coisas que não correspondem à realidade”, defendeu. 
“Retóricas balofas”, atirou o vereador do PSD Ricardo Silva. O autarca da oposição (e presidente da Concelhia) frisou, por outro lado, que o seu partido “foi julgado em 2009”, quando perdeu as Eleições Autárquicas, acrescentando que, este ano, também o PS será julgado nas urnas."
Fim de citação.
"Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável." (Séneca)

Em 2009, certamente que o PS era sabedor da realidade da dívida camarária. 
Apesar disso, apresentou-se ao eleitorado com um imenso rol de promessas.
Quase 12 anos depois, que mais valias existem para o nosso concelho, devido ao resultado eleitoral que colocou como presidente o dr. João Ataíde, e acabou com o domínio laranja, que embandeirava em arco neste Concelho, desde 1997, ano em que Santana Lopes conseguiu derrubar o domínio socialista, que vigorava na Figueira desde a primeira eleição autárquica democrática pós 25 de Abril de 1974?
Na altura, em Outubro de 2009, ninguém ficou indiferente ao derrube do que sobrava do regime laranja que vigorava há 12 anos no concelho.
Quase 12 anos depois, o que mudou?
Continuamos nisto: anos e anos de mais do mesmo. Na campanha de 2009, João Ataíde usou sonhos caros, sem saber realmente quanto custavam...
Foi apenas mais do mesmo. 
Num concelho como a Figueira,  a subida dos impostos  teve  facilidade na sua aplicabilidade. Sabemos o que se passou com a subida da taxa de IMI. 
Houve contestação dos contribuintes?
Contudo, o problema de fundo continua. Em primeiro lugar, a arrecadação de receita fiscal depende primariamente do nível de crescimento da economia. Quanto maior for o crescimento real da economia, maior será o nível de receita apurada.  Portanto,  não é desprezível o papel de quem gere a autarquia no crescimento da economia local.
Alguém consegue identificar algum projecto levado a cabo pelo investimento público municipal em projectos cujas taxas de rentabilidade internas e de multiplicação de emprego e rendimento não sejam reduzidas, nulas ou pior?
Por exemplo, no Cabedelo o projecto em curso acabou com cerca de 30 postos de trabalho...
Faz algum sentido, o actual presidente da câmara municipal, que faz parte do executivo desde 2009, continuar a desculpar a sua incapacidade com a dívida de antes de 2009?
Entretanto passaram 12 anos... 
A gestão da câmara não parou de perder dimensão e condução política, depois Abril de de 2019, com a ascensão de Carlos Monteiro ao cargo de presidente.
Eu, se fosse a V. Exas., nem perdia mais tempo a ler este blogue cuja memória só serve para recordar coisas da treta...
Basta de realidade. Venham é mais sonhos!
Continuação daqui, daqui, daqui, daqui daqui e daqui...

domingo, 4 de agosto de 2019

QUANDO É QUE SE COMEÇA A PENSAR O MODELO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DO CONCELHO?

Recordo o que disse Joaquim Barros de Sousa, precisamente há um ano - no início de Agosto de 2018 - no lançamento do seu livro «Figueira da Foz. Memória de um mandato e os anos perdidos»: “fazer reabilitação urbana nesta altura do ano é óptimo, é a melhor altura”. E deixa uma dúvida: “quais são os estudos de trânsito que deram origem a esta reabilitação urbana traçada na prancheta?”. Na sua opinião, “tudo isto é um rematado disparate só porque há fundos comunitários, quando há muito mais a fazer”.
Defendeu que “as autarquias hoje são agências de espectáculos para divertir, é tudo um circo e o tecido urbano está na mesma. Esta situação pode ser corrigida, acredito nisso, mas só a médio/longo prazos. Um dos problemas é que a Figueira não tem «quadros», estão todos fora por falta de emprego, mas vai aparecer uma geração que diga «basta».

Caos: esta é a imagem do trânsito, depois da requalificação de Buarcos

Nada mais actual passado um ano...
Na altura, em Agosto de 2018, já perto do final da sua intervenção, Joaquim Barros de Sousa deixou uma reflexão: “acredito que vamos ainda ter um presidente de Câmara que motive a cidade e as forças vivas”.
Coincidência, ou talvez não, desde que existe poder autárquico democrático que o concelho da Figueira da Foz tem vindo a definhar. Virados para a obtenção do voto fácil, a tendência de alguns autarcas foi gerar dívida para mostrar obra. Depois de 2009, foi necessário arrepiar caminho. Todavia, continuou a política de gastar os recursos na satisfação de necessidades imediatas, em prejuízo de projectos que tivessem em vista o futuro sustentado do concelho. Este modelo assenta em receitas fáceis, sobretudo em impostos sobre o imobiliário.
Nos últimos dois anos, com uma gestão autárquica totalmente centrada na obtenção de votos, sem olhar a meios, este modelo económico tornou-se miserável. Promove-se a miséria para depois se ganharem votos comprando quem precisa de um emprego, de uma casa ou simplesmente de comer. Nos últimos anos o concelho foi embebedado com projectos grandiosos, Buarcos, Baixa da cidade e o Cabedelo. Agora, vem aí o Jardim. Pouco mais aconteceu: tirando os supermercados que estão a substituir corredores verdes por “retail parks”, o que é que mais se fez?
Criou-se um exército minoritário de pobres de espírito e subsídio-dependentes que, na hora das eleições, são arregimentados para jantares de campanha, arruadas e, por fim, ir votar. 


É preciso quebrar com este ciclo miserável que foi sendo instalado a partir de Aguiar de Carvalho, continuado por Santana Lopes, Duarte Silva, João Ataíde e, já deu para perceber, vai de vento em popa com Carlos Monteiro.

O que há a fazer é voltar a pensar nas pessoas e na economia do concelho, reflectir sobre como pode um médio concelho voltar a apanhar o comboio do progresso, acabando com um ciclo de pobreza e subdesenvolvimento, que tem promovido investimentos e empreendedorismo duvidosos.
As próximas gerações de jovens em vez de terem de ir procurar oportunidades fora do concelho - a alternativa é andarem em programas ocupacionais, ou estarem ligados ao poder e conseguirem um “tachito” - têm de ter a oportunidade de mostrar capacidade de gerar mais riqueza e, assim, contribuir para o desenvolvimento sustentável. Para isso, têm de lhes ser criadas oportunidades na cidade e no concelho.
Como disse Fernando Cardoso, há um ano, no lançamento da obra «Figueira da Foz. Memória de um mandato e os anos perdidos»: "se este livro não der polémica é porque a cidade morreu". Já passou um ano, mudámos de presidente de câmara inesperadamente e ainda nada de novo aconteceu: o repto de Fernando Cardoso continua ignorado.
Será que a Figueira já morreu e, sem dar por ela, os músicos do poder autárquico concelhio continuam a tocar, tal como aconteceu com o Titanic?



Publicado inicialmente aqui.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Parque verde ou retail park?

Na foto da esquerda, vê-se uma placa com mais de 20 anos naquele local. Foi lá colocada na primeira passagem do Dr. Santana Lopes como presidente de Câmara da Figueira da Foz. 
Em 2009,  passou a parque verde "virtual" em 3 D!..
No outono do ano da graça de 2016, começou a desenhar-se o futuro retail park figueirense. 
Aos poucos,  as superfícies comerciais começaram a ocupar o espaço.
Sublinhe-se: do último espaço que restava à Figueira para um verdadeiro parque verde.

A Drª. Mafalda Azenha, autora da crónica, que via Diário as Beiras publicamos à direita, entre outubro de 2017 e outubro de 2021, foi Vereadora Executiva  da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
Antes, tinha sido Deputada da Assembleia de Freguesia de Tavarede, Figueira da Foz, entre 2009-2013 e 2013-2017 e  Deputada da Assembleia Municipal da Figueira da Foz entre 2009-2013 e 2013-2017.

Em 2022, a Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, está betonizada com uma bomba de gasolina e grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI,  LIDL e o Continente.

Recorde-se, porém, que a Várzea de Tavarede e São Julião começou a ser destruída no consulado de Aguiar de Carvalho aquando da construção das Avenidas em cima de quintas agrícolas, ao invés de construir em terrenos sem uso agrícola, mas já cozinhados, na altura, entre a CMFF e a empreiteira Lurdes Baptista para futuros loteamentos…

Nesta zona da Várzea de Tavarede e São Julião e agora também Buarcos, foi proposto o Parque Verde da Cidade na campanha politiqueira de 2009 (tal como, anteriormente, propôs Santana Lopes na primeira passagem pela Figueira).

Em vez de zona verde, cuja implementação foi nula, os governantes figueirenses, ao contrário do prometido, tiveram foi vontade efectiva e rapidez em legalizar a construção da bomba de gasolina, do Pingo Doce, do AKI LIDL e Continente, no mesmo espaço projectado para o referido Parque Verde…

Duarte Silva, recorde-se, em parceria Aprigiana também tentou betonizar esta zona com um Centro Comercial operacionalizado por um ex. futuro assessor…

Na Assembleia de 12 de Outubro de 2012, que sepultou a freguesia de São Julião (cuja acta nunca foi publicada no site da CMFF), a Freguesia de Tavarede escapou à extinção ou agregação com uma prenuncia justificativa muito “delirante” de que é uma Freguesia somente RURAL… 
Tão rural que detém as maiores urbanizações do concelho da Figueira da Foz e maior concentração de superfícies comerciais!
A saber: Intermarché; L.leclerc; FozPlaza – Jumbo. Na Várzea “tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas” tem o Pingo Doce, AKI , o LIDL e o Continente com 40 mil m2 de impermeabilização de solos."!

A revisão do PDM de 2017, feita à pressa antes das eleições desse ano, atacou os corredores verdes.
O corredor verde das Abadias foi posto em causa ao permitir a construção de todo o gaveto que vai desde a frente do Pavilhão Galamba Marques até quase à frente do Centro Escolar, betonizando o corredor das Abadias.
Esse executivo municipal pretendeu alienar o Horto Municipal a uma superfície comercial, não tendo em conta que a construção neste espaço e consequente impermeabilização do solo acarretava problemas noutros pontos da cidade.
Essa revisão do PDM não levou em conta que os terrenos a norte e nascente do Parque de Campismo já deveriam fazer parte integrante do Parque (tal como decidido em reunião de câmara de 19/11/2007). A revisão do PDM de 2017, permitiu que continuassem como zona de construção.
No Corredor Verde da Várzea de Tavarede esse PDM validou o ataque às zonas verdes ao permitir a construção em toda a lateral da Avenida Dom João Alves, reduzindo em cerca de um terço a Várzea, pondo em causa até outros projectos municipais, como são as Hortas Urbanas.
 
As  eleições autárquicas têm mostrado o nível em que se encontra a política figueirense.
Acho que chegámos àquele ponto em que é impossível continuarmos a rir da desgraça concelhia. 
A desgraça é que já se ri de nós. 
E  fá-lo descaradamente. 
Até onde mais podemos ir mais?
De parque verde a retail park?...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A política e as famílias figueirenses

A política figueirense, “é, desde sempre, assunto de umas quantas famílias e a respública uma espécie de “cosa nostra”.
Ao deparar com esta postagem do “o sítio dos desenhos” não pude deixar de me lembrar deste post, publicado pelo Aldeia Olímpica em 7 de Agosto passado: Adalberto Carvalho e Augusto Alberto, duas grandes referências do desporto figueirense, são candidatos pela CDU à Câmara Municipal.”
Esta postageu, mereceu este destemperado comentário de um anónimo:
“São sempre os mesmos... A grande família Carvalho (irmãos, irmãs, sobrinhos e cunhados) tem elementos que dão para formar umas 3 listas ! O Batista leninista não podia estar ausente ! Não está o Francisco Guerreiro mas lá está, inevitavelmente, a sua mulher. Estará, também, o Quim João Monteiro ? Quantos da familia Vaco de Vila Verde ? Não dá para pensar o porquê de tão pouca capacidade de renovação e de atracção de novos quadros ????? Não vos salta à vista o enconchamento sectário ?”
O meu Amigo Alexandre Campos, igualmente de forma destemperada, respondeu:
“Palhacito, dá a cara.Ou o ps paga-te bem?”
Até hoje, o anónimo (pensa ele), permaneceu no anonimato.
Mas, pensando bem, em parte, o anónimo tem alguma razão, pois “a política figueirense, “é, desde sempre, assunto de umas quantas famílias e a respública uma espécie de “cosa nostra”.
Apesar de “algo ir mudando, isto é visível na entrada de novos nomes sem quaisquer pergaminhos para as listas de candidatos à Assembleia Municipal pelos partidos do poder, segundo a velha máxima siciliana enunciada por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, o que muda é apenas o bastante para que tudo permaneça igual”, a
tente-se no PS, onde “ainda não foi desta que o mais discreto de todos, aquele a quem chamam “o senador”; a eterna promessa adiada do “socialismo empresarial“ figueirinhas; a “eminência parda”, enfim, o verdadeiro “cappo dei tutti cappi”, Fernando Cardoso, avançou.”
Mas, nesta vida, nada acontece por acaso. “Talvez este facto se explique porque a esposa, (de quem, à semelhança de Joana Aguiar de Carvalho, ninguém conhece qualquer tomada de posição política pública) já conquistou, à outrance, um invejável lugar elegível, na mesma lista.”
Não está lá o “senador”, mas está a mulher…
Aguardam-se comentários do anónimo do Aldeia Olímpica… Só que aqui, terá que assinar com nome. Isto, não é local para anónimos asilados.

terça-feira, 21 de maio de 2019

Requalificação do Largo das Alminhas

o cortar nove árvores, deslocar uma e plantar onze, disse ontem no decorrer da reunião camarária o presidente Carlos Monteiro.
As árvores que se podem ver na foto, foram plantadas em 1987, há pouco mais de 30 anos, quando foi urbanizado aquele local, era presidente da Câmara o eng. Aguiar de Carvalho e presidente da junta de S. Pedro Domingos São Marcos Laureano. Ao longo dos anos estas árvores foram sujeitas a algumas "podas radicais". Agora, dizem que estão doentes e têm de ser arrancadas...
Antes dessa intervenção o aspecto era este...

O Largo das Alminhas teve o aspecto que o video mostra até quase à década de 90 do século passado. Lembro-me, decorria o ano de 1986, tinha acabado de tomar posse como membro do primeiro executivo da junta de freguesia de S. Pedro, que das primeiras coisas que pedimos ao então presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, engº Aguiar de Carvalho, foi que viesse visitar-nos.
Percorreu, a pé, a Cova e Gala. No Largo das Alminhas ficou horrorizado com o que viu. Aquele espaço, na altura, há pouco mais de 30 anos, parecia um zona do médio oriente, em guerra. Foi essa visita o ponto de viragem para o agradável espaço público dos dias de hoje.

domingo, 2 de maio de 2021

Não deixemos que nos desviem a atenção do fundamental...

Na política e no futebol só existem dois lugares: o primeiro e o últímo.


A situação, em 2021, no País e na nossa cidade, é a seguinte: o Sporting não é campeão há 19 anos. Pode ser este ano.
A  Figueira, com mais ou menos asneiras, já não tem um presidente de câmara desde Aguiar de Carvalho. Há 24 anos, portanto. Pode tê-lo este ano.
Não estou a falar de um presidente de câmara genial, claro, mas de alguém que tenha tacto e competência, aliado ao instinto de sobrevivência política.

Depois de Aguiar, tivemos vários equívocos políticos e sem instinto de sobrevivência: de 1997 a 2001 Santana Lopes. De 2001 a 2009 Duarte Silva. De 2009 a 2019 João Ataíde. Em 2019, depois da abdicação de João Ataíde, seguiu-se o desastre geral: Carlos Monteiro. Veremos se consegue sobreviver na política depois de Outubro próximo futuro.

E desde Aguiar já lá vão 24 anos.
Outros 4 nisto e ficamos na fossa de vez. 
Nem Calígula, que elevou um cavalo a senador, se lembraria de querer novamente Santana.
Isto é inacreditável. A Figueira em ruínas. Obras escusadas, mal planeadas e com atraso de anos. A Figueira entregue a gente sem prepração política, incompetente e incapaz e a única  alternativa passsa por Santana Lopes?..

Em Outubro a Figueira vai estar na primeira liga autárquica. 
Pedro Machado como candidato do PSD. Santana como candidato (falta saber como e por quem). Carlos Monteiro, finalmente, candidato do PS. Mattos Chaves novamente candidato do CDS. O PCP há-de ter um candidato. O BE idem. O Chega, que já teve candidato, há-de também ter candidato.

Sejamos optimistas: no final deste ano a Figueira há-de ter futuro. 
E daqui a um mês o Sporting há-de já ser campeão.
Tudo o que se está a passar neste momento na Figueira, só está acontecer para desviar as atenções da proeza do Sporting 19 anos depois.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

É isto, em tempo de pandemia, um vereador da Câmara Municipal da Figueira da Foz?

DR. CARLOS TENREIRO, V. Exa. é um brincalhão e um porreirinho do catano, mas como político é um falhanço completo: nem a Junta de Buarcos e S. Julião conseguiu ganhar ao meu Primo!..
Na actualidade, toda a gente já percebeu o óbvio -  V. Exa. virou porta voz DO PODER... E sem necessidade de megafone, pois está por dentro... 

Nada contra. Nem a favor. Não votei em si, nem na sua lista. Portanto, não me traiu a mim, nem traiu o meu voto. A quem isso aconteceu, que lhe peça contas. Constato, é que desde Abril do ano passado, V. Exa. é um seguidor acrítico, cego e surdo, mas  não mudo,  do "discurso oficial" do actual poder  socialista local.  E que, mais do que sintonizado, V. Exa. está totalmente engajado. E é (mais um) porta voz. Mas, isso,  continua a ser problema seu. Se daí tirar dividendos, que lhe façam bom proveito.

Face ao que se passou na última reunião da Câmara Municipal, poderia perguntar-lhe era o que estava a fazer há 30 anos e tal anos: não o faço nem precisa de me responder: eu sei.
Aproveito é este escrito na minha casa, para esclarecer onde eu estava.
A trabalhar, como administrativo, na EDP, depois de sem cunhas ou ajudas familiares, ter ido a um "casting": um concurso externo com mais de 7 600 (sete mil e seiscentos) concorrentes e ter ficado colocado em 3º. (terceiro) lugar.
E, por essa altura, era secretário do executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro, depois de ter derrotado, nas urnas, o todo poderoso PS figueirense de 1985/1986. Era, também, membro dos corpos gerentes do Grupo Desportivo Cova-Gala (onde tenho uma "carreira" de mais de 25 anos) - fui vogal,  vice-presidente da Direcção, secretário (da Direcção e da Assembleia Geral), presidente do Conselho Fiscal, presidente da Assembleia Geral. Andei, como membro dos corpos gerentes, a partir dos 16 anos pelo Desportivo Clube Marítimo da Gala. Passei pelo Clube Mocidade Covense. Fiz parte de uma Comissão de Moradores na Cova e Gala, a seguir ao 25 de Abril de 1974. Nos tempos difíceis, fui festeiro (sim, fui festeiro), isto é, fiz parte de uma equipa que organizou e realizou a Festa de S. Pedro na Cova e Gala. Já neste século, fui secretário da Direcção do Centro Social da Cova e Gala durante 8 anos. Fiz parte da Direcção do Sindicato dos Empregados de Escritório do Distrito de Coimbra. E fui jornalista. E fui empregado de escritório. E trabalhei no projecto do Baixo Mondego. E andei nas obras. E fui tasqueiro. E andei à pesca da lampreia e do sável. Sei bem a dureza desta pesca em noites gélidas de janeiro e fevereiro. E apanhei toneladas de berbigão no rio Mondego... E sei bem o que é estudar à noite - e ter de me deslocar de bicicleta, no inverno, para frequentar as aulas na Bernardino Machado, depois de um dia de trabalho.

Tenho 66 anos. Não tive um Pai rico (mas tive um rico Pai, apesar de ter morrido muito novo). Não tive ajudas do sogro (apesar de ter sido um grande seu Amigo). Enfim, desde muito novo que estou habituado a contar comigo próprio...
Nunca fui empregado político, nem "avençado". Conheço - e bons proveitos disso deve ter tido - quem foi "avençado" de 3 presidentes de câmara: Aguiar de Carvalho, Santana Lopes e Duarte Silva. Nem nunca pedi favores profissionais a ninguém. E, até hoje, nunca deixei de comer...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CEMAR-CENTRO DE ESTUDOS DO MAR: Continuar por mais 200 anos...

“O dia exacto do aniversário dos VINTE ANOS do Centro de Estudos do Mar ocorreu no passado dia 27 do corrente, mas as celebrações vão estender-se até ao próximo dia 31 de Janeiro (31 de Janeiro… um dia histórico, bem republicano, e bem tripeiro, diga-se de passagem…) e irão encerrar-se com um encontro de Amigos, convidados, antigos e actuais associados, que vai ter lugar ao longo da tarde desse dia (a tarde do próximo Sábado)

Os nossos Amigos Pescadores, Marinheiros e Poetas da Praia de Mira — os Gandareses que, nesse dia, virão à Foz do Mondego… — irão apresentar-nos alguns dos seus poemas, músicas e canções. O mestre de cerimónias vai ser o nosso caro Mestre Alcino Clemente, Mestre do Largo Pescador do Alto, poeta e cantor ("este homem já era pescador antes de nascer"…), um dos associados do CEMAR de mais bravo talento (e que, hoje em dia, parece que está a ser finalmente reconhecido, televisivamente, pelo país e o mundo…).
Infelizmente neste dia de Janeiro de 2015 já não vão estar connosco Associados, Amigos, ou membros do Conselho Consultivo e Científico, como Paulo Rocha, do Furadouro e Tokyo, João Pereira Mano, da Cova-Gala, Salvador Dias Arnaut, de Coimbra e Penela, Eric Axelson, de Cape Town, Charles Ralph Boxer, de Macau e Londres, José Pires de Azevedo, Maria Helena dos Santos Alves, José Vieira Marques, Manuel Romão, da Figueira da Foz, Hélio Osvaldo Alves, de Guimarães, João Osório de Castro, de Lisboa, Octávio Lixa Filgueiras, do Porto, Max Justo Guedes, do Rio de Janeiro, e outros que não esquecemos. E também sentiremos a falta do Senhor Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz em 1995, Eng. Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho, que conosco assinou a constituição do Centro de Estudos do Mar em 27.01.1995. De entre os associados iniciais, os fundadores de 1995, o nosso caro Amigo Carlos Matoso Filipe está longe, no coração da Europa, mas o nosso caro Amigo Victor Camarneiro está aqui perto, em Montemor-o-Velho, no coração do Baixo Mondego, e certamente vai estar connosco nesse dia de festa. Quantos combates, de que nos orgulhamos, pelo Futuro -- pelo Povo, e pela Justiça... --, temos para recordar, em vinte anos, nas terras do Infante Dom Pedro e do Fernão Mendes Pinto…!
É provável que o nosso património, nesse dia 31.01.2015, se enriqueça também com alguns poemas que nos sejam dedicados pelos nossos Amigos, da Praia de Mira, Senhor João Nogueira, Mestre de Vida (e membro da mesa da Assembleia Geral do CEMAR), e Manuel Gabriel, também ele Mestre do Largo Pescador do Alto (e integrante do nosso Conselho Consultivo e Científico).

Hoje mesmo, o património do CEMAR desde já ficou enriquecido também com a oferta, que agora quis fazer - com a sua extraordinária generosidade de sempre -, o nosso Amigo Arq. Fernando Simões Dias. Ele ofereceu, para o nosso acervo museológico, um belíssimo modelo, à escala 1/40, feito por si - um modelos dos seus, à sua maneira, com o seu nível de qualidade e rigor…! --, de uma "Caravela do Século XV", da "Época dos Descobrimentos"…! Esta é uma peça especial, e que ficará para sempre num lugar de destaque em qualquer instalação museológica que o CEMAR organize, ou em que participe. Guardá-la-emos para sempre na "Casa do Infante Dom Pedro", ou no "Museu do Mar da Foz do Mondego"

Com Amigos assim - que sabem criar obras como estas - como poderíamos não continuar por mais 200 anos…?
Vamos continuar (apesar de todas as dificuldades que nos sejam semeadas no caminho)...

Recebido por mail

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Na despedida do Dr. Carlos Monteiro como presidente de Câmara da Figueira da Foz


Em memória de tempos em que o concelho caminhava determinado em direcção ao futuro, sob a batuta de um autarca que nunca foi eleito como cabeça-de-lista (nem para a junta de freguesia de S. Julião...) o próximo presidente de câmara da Figueira da Foz, não pode esquecer a homenagem devida ao ainda actual que, ontem, a culminar a sua "breve" carreira presidencial, presidiu à última reunião camarária do mandato 2017/2021.

Na Figueira existem duas espécies de pessoas. 
As normais, como eu e o leitor, que nalguns dias podemos ver de manhã reflectido no espelho da casa de banho a pessoa mais inteligente, ou a mais atlética, ou a mais bonita, ou a mais competente.
E, depois há as outras: aquelas que se levantam e vêm no espelho a única pessoa inteligente, bonita, atlética  e competente do concelho. 
E estas, é que fazem toda a diferença. Como se viu nos últimos anos. 
A obra, embora alguma dela inacabada, fala por si.
O executivo municipal da Figueira da Foz, liderado pelo Partido Socialista (PS), fez ontem, segunda-feira o balanço de 12 anos de governação, assinalando a amortização da dívida de 92 milhões de euros "herdada" em 2009, para os 32 milhões.
A intervenção de Carlos Monteiro durou cerca de 20 minutos. Focou, nomeadamente, "o trabalho realizado em variadas áreas de intervenção municipal"
"O mapa de pessoal afecto ao município possui 838 funcionários - incluindo a Câmara Municipal, Proteção Civil, Figueira Domus, Bombeiros Sapadores e cinco agrupamentos escolares - ascendendo o número de avençados e prestadores de serviços a 27 pessoas."
"Em nota final para memória futura, sem nunca ter posto em causa a dignidade da representação da autarquia, pretendo que seja do conhecimento público que o valor total de ajudas de custo, ao longo de 12 anos de exercício, foi de 988,55 euros, o que configura uma média de 82,38 euros por ano", enfatizou Carlos Monteiro.

A terminar.
Recorde-se: três antigos presidentes da Câmara da Figueira da Foz, todos autarcas em democracia, têm o seu nome na zona ribeirinha da Figueira da Foz, junto ao rio Mondego.
Aguiar de Carvalho na praça da Europa, em frente aos Paços do Concelho; Duarte Silva um pouco mais a oeste, na marina;  e João Ataíde, na zona junto ao Forte de Santa Catarina, mais perto da praia.
Dr. Santana Lopes, próximo presidente de câmara da Figueira: em memória de tempos em que o concelho caminhava determinado em direcção ao futuro, venha de lá essa homenagem ao seu antecessor no caro.
Contudo, primeiro, convém acabar a obra do Jardim Municipal. Tudo indica que este será o espaço em que será possível fazer a homenagem com o acordo do homenageado.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Figueira, terra do anonimato endémico?..

Nesta Figueira, qualquer cidadão, por mais impoluto que seja, está sujeito ao anonimato vil e cobarde. A mente perversa desta gente não tem limites.
Conheço o percurso de coerência política e de vida do
Doutor Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia há muitos anos.
Se existem figueirenses que, no século passado, tenham levado uma vida de intenso labor e tenham, em grande parte, “desperdiçado” muita dela em favor dos outros, o doutor Luís de Melo Biscaia é um deles.
Algum desse conhecimento, no início, foi-me transmitido nos anos de brasa de 1976 e seguintes, pelo Jornalista José Fernandes Martins.
Sou Amigo pessoal, há muitos anos, apesar de algumas divergências a nível político, que não escamoteamos, de um dos seus filhos: o Pedro.
Ao ler, no Amicus Ficaria, um comentário a uma transcrição feita por aquele blogue de um texto deste democrata figueirense e grande figura nacional, fiquei perplexo.
Pela pena do próprio Doutor Melo Biscaia, no seu blogue Lugar para Todos, aqui fica a resposta. Como ele próprio diz, “não pelo anónimo”.
Claro, pois isso seria dar "pérolas a porcos":

“Não costumo responder a escritos de anónimos, porque entendo que os cobardes não merecem sequer que se lhes ligue importância!
Mas, desta vez, lendo no blogue Amicus Ficaria um comentário a um texto meu intitulado “ solidariedade partidária” não resisto a responder.
Não que me interesse o que o anónimo de mim pense mas, pelo respeito que devo a quem me lê, impõe-se esclarecer:
Nunca pertenci à União Nacional. Desafio seja quem for a provar o contrário (talvez por isso o tal anónimo não assinou para fugir às responsabilidades).
Fui, sim, vereador de uma Câmara presidida pelo Engenheiro Muñhoz de Oliveira
(meu amigo de juventude e que, por sinal, nunca pertenceu também à União Nacional).
No entanto, pus condições para aceitar esse lugar de vereador, condições que se relacionavam com a minha identificação política com a Oposição Democrática. Essas condições foram, aceites e da acta da sessão da Câmara em que me despedi – sessão a que assistiu um agente da PIDE – ressaltam as razões porque aceitei aquele lugar. Mesmo como vereador nunca tomei parte em qualquer manifestação política de então, apenas me motivando trabalhar pela minha terra. Não hesitei em ser apoiante declarado do General Humberto Delgado, intervindo activamente na sua campanha à eleição da Presidência da República.
Saí do PPD juntamente com mais 40 deputados daquele partido na Assembleia Constituinte, os quais não concordavam com os desvios e os responsáveis máximos do referido partido estavam a fazer ao programa que era de autêntica social-democracia, programa a que aderi.
Nunca pertenci à ASDI.
Com outros, participei na criação do MSD (Movimento Social-Democrata) porque era e sou um defensor de uma social-democracia perfeita, recusando que nela se introduzam práticas neo-liberais. Tal Movimento foi extinto, não sendo pois verdade que eu tenha saído dele.
Depois de cerca de 15 anos sem filiação partidária, mas sempre assumindo posições de esquerda democrática, entrei, como independente, no elenco camarário liderado pelo falecido Engenheiro Aguiar de Carvalho. Acabei mais tarde por me filiar no PS.
Estou neste partido por fidelidade às matrizes essenciais que caracterizam o seu programa, mas tenho, claro, o direito de as defender quando entendo que estão a ser esquecidas ou mesmo contrariadas. Creio que o PS ainda é um partido plural, que permite aos seus militantes expressarem livremente as suas ideias.
E aqui está o que se me impunha dizer a respeito do que o tal anónimo quis trazer a este blogue. Mais: sem vaidade mas porque sinto ser verdade, felizmente, não preciso que ele ou outros me dêem lições de coerência e de seriedade na minha já longa vida política, em que sempre procurei defender e lutar, desde os meus 18 anos pela Liberdade, pela Democracia, Igualdade de Oportunidades e Justiças Social.
Já agora um conselho a esse tal anónimo: mude de agulha porque a mim a sua mentira, a sua maldade e animosidade não me atingem.”


Já agora, permitam uma sugestão. Não deixem de visitar o Lugar para Todos, o blogue do Doutor Luís de Melo Biscaia.
Vale a pena, acreditem.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Aprovado mais um novo supermercado na Várzea e bombas de abastecimento de combustíves em Buarcos??!!..

A Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, está completamente betonizada com grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI e o LIDL. Mas vem aí mais...
A Várzea de Tavarede e São Julião começou a ser destruída no consulado de Aguiar de Carvalho aquando da construção das Avenidas em cima de quintas agrícolas, ao invés de construir em terrenos sem uso agrícola mas já cozinhados, na altura, entre a CMFF e a empreiteira Lurdes Baptista para futuros loteamentos … 
Nesta zona da Várzea de Tavarede e São Julião e agora também Buarcos, foi igualmente proposto o Parque Verde da Cidade na campanha politiqueira de 2009 deste executivo camarário (tal como, propôs igualmente Santana Lopes).
Em vez de zona verde, cuja implementação foi nula, os governantes figueirenses, ao contrário do prometido, tiveram foi  vontade efectiva e rapidez em legalizar a construção do Pingo Doce, do AKI e LIDL no mesmo espaço projectado para o referido Parque Verde…
Duarte Silva, recorde-se, em parceria Aprigiana também tentou betonizar esta zona com um Centro Comercial operacionalizado por um ex. futuro assessor …
Na Assembleia de 12 de Outubro de 2012 que sepultou a freguesia de São Julião (cuja acta nunca foi publicada no site da CMFF), a Freguesia de Tavarede escapou à extinção ou agregação com uma prenuncia justificativa muito “delirante” de que é uma Freguesia somente RURAL… Tão rural que detém as maiores urbanizações do concelho da Figueira da Foz e maior concentração de superfícies comerciais!
A saber: Intermarché; L.leclerc; FozPlaza – Jumbo. Na Várzea “tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas” tem o Pingo Doce, AKI , o LIDL… 
E agora isto, um furo jornalístico: segundo informação que nos chegou, já foi aprovado o novo "Mega Continente com shopping para a Várzea. São 40 mil m2 de impermeabilização de solos."!
Registe-se: agora, com o novo PDM pode-se construir mais. Com o novo PDM passou de 9 para 16 mil metros o índice de construção.

E, já agora, mais esta notícia em primeira mão: na zona do Modelo de Buarcos, já compraram o terreno ao lado, para instalar umas bombas de gasolina.
E assim vamos indo: como escrevemos há um ano, de parque verde a retail park...
Este executivo camarário já só engana quem quer ser enganado: é mais do mesmo - o poder económico e o lobby imobiliário continuam a ser mais importantes do que as legítimas aspirações dos cidadãos.
Para este executivo, o Plano de Urbanização e o PDM, continuam a ser o que sempre foram: uma espécie de banco privativo, ao qual recorre para financiar actividades de gestão corrente,  hipotecando o futuro e a qualidade de vida dos figueirenses.

terça-feira, 5 de maio de 2015

"Um dákar de pacóvios", ou a cultura do deserto figueirense...

“A Figueira da Foz confronta-se há muitos anos com um dos efeitos mais visíveis do prolongamento dos molhes (obras projectadas pelo estado para beneficiar a navegabilidade fluvial e o acesso ao porto comercial). 
Sem responsabilidade na obra, o município ficou, desde então, com o ónus dos seus efeitos colaterais: o crescimento exponencial da sua praia urbana, a Praia da Claridade. 
Assim, todos os anos, em vésperas de época balnear, o município tratava de, como se diz por cá, alindar uma praia cada vez mais interminável - o que consistia em revolver, crivar  e terraplanar, por métodos mecânicos, aquelas finas areias de modo a impedir que aí medrasse a menor réstia de vegetação. 
Este deserto, esmeradamente cultivado ao longo de décadas, formatou no imaginário dos figueirinhas o postal da praia; tornou-se, com o tempo, numa espécie de imagem d’Epinal. Muitos deles não concebem uma praia com dunas e vegetação. O seu entusiasmo com o “oásis do Santana” só confirma aliás a concepção arraigada da praia como um deserto, um berço de sereias terraplanado até à rebentação.

Por isso, a atitude sem precedentes do actual executivo camarário de, contrariando uma longa tradição, decidir deixar pura e simplesmente de subvencionar o cultivo anual do deserto, foi uma pedrada no charco que me pareceu desde logo algo realmente “fora-da-caixa”. 
E, ao deixar de “lavrar a praia”, o município permitiu-se poupar, ao que me dizem, cerca de 150 mil euros por ano (seiscentos mil num mandato, para o lobi do tractor). 
Amplamente criticado pela oposição e por um certo beautiful people que pontifica nas redes sociais, o executivo de João Ataíde resistiu galhardamente às críticas e aos remoques com o argumento de que essa simples decisão de tesouraria lhe permitiria ainda deixar crescer espontâneo um coberto vegetal natural que fixaria as areias (protegendo a avenida do assoreamento sazonal pelos ventos) e potenciaria a prazo a consolidação de novas áreas aprazíveis, aproveitáveis para a fruição dos cidadãos. 

Parecia-me um “ovo de colombo”, tão simples e evidente que era um espanto que nunca ninguém se tivesse lembrado de tal – não só sensato e avisado, mas genial - o verdadeiro sonho molhado de qualquer autarca minimamente honesto e inteligente numa época de vacas magras: a possibilidade de “fazer obra” sem gastar um chavo do erário público.”

Este naco de prosa foi sacado daqui. Depois, a prosa da postagem do Fernando Campos, que aconselho a ler na integra,  azedou.
Entretanto, o vento passou pelos gabinetes camarários e arrastou a inércia para longe. A anarquia, como podem ver na foto, chegou e atropelou a tradição da praia. Por isso, a confortável tradição da praia, acabou por tropeçar em maus tratos inesperados.
O mar, ali tão perto, apesar do deserto, consegue estar ao alcance do cheiro do meu nariz e sobrevoa o sossego de um pensamento.
Estremeço por ver este atentado sórdido e não encontro motivo que leve a permitir tal coisa.
O deserto de ideias dos políticos figueirenses, sem nome, é o único pensamento mais coerente que me surge à rotina do cérebro.

Abro os olhos e o mar continua a mandar fúrias para os meus olhos.
E penso “nos milhares de labregos que se sentem vexados porque nascem tomateiros na praia mas não se sentem indignados pela “erecção” do busto de Aguiar de Carvalho à porta do município (não o acham obsceno); nem atingidos com o fecho da maternidade (não a acham necessária); nem ofendidos por o seu hospital público funcionar dentro de um parque de estacionamento privado (não acham ultrajante). A estes pacóvios nunca ocorreria assinar petições contra nada disto. Nem sequer a favor, por exemplo do cultivo da várzea (não o acham estruturante), ou da reflorestação da serra (não a acham imperativa). Porque nada disto os afecta.
O que realmente os tira do sério é o que vegeta na praia. A cultura do deserto.”

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Mais um contributo para atiçar o ódio dos florzinhas, passarinhos políticos, comunicação social deficiente, população desatenta e intectuais totós...

Ninguém me pediu, mas vou fundamentar porque não vou assinar a petição que por aí anda a circular "Pela manutenção da vegetação dunar na praia da Figueira da Foz."

Em 15 de Dezembro de 2014, "foi apresentado, em reunião de câmara, o projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011".
Este era, segundo sublinhou o presidente João Ataíde, um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades
Saliente-se que o projecto vencedor do concurso implicava um investimento de 110 milhões de euros, entre investimentos púbicos e privados. 
Parecia que estávamos a retornar aos saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004... 

Entretanto, foram introduzidas várias alterações.
Como sabemos, a intervenção que estava na ideia da Câmara realizar, "ficou reduzida à ciclovia, via pedonal, pista de atletismo, reparação dos espaços desportivos e dos passadiços (e construção de outros) e intervenção nas valas de Buarcos que atravessa o areal". 
Mesmo assim, foram gastos cerca 3 milhões de euros.
A ideia da autarquia de deixar crescer a vegetação na antepraia vem daí.
O plano seguia, com a municipalização da praia da Figueira e a implantação de cimento em cima de dunas.
A erosão a sul do estuário do Mondego podia esperar. O projecto do bypass, ficava liquidado e a rapaziada do sul do concelho que aprendesse a nadar.
Como escrevi um dia destes - e isso atiçou ódios contra mim - a comunidade citadina “preocupa-se mais com questões pessoais, de maledicência, de desejar o mal aos outros, do que com o que é importante”.
Por isso é que na Figueira, quando alguém aponta para a lua, olham para o dedo de quem aponta, esquecendo o resto.
Cabecinhas pensadoras...

Fica uma crónica publicada no Diário as Beiras em 17 de Maio de 2019, com o título Um favor ao “ex”?.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Aeródromo da Figueira: JAMAIS?...

Em Abril de 2001, uma das apostas de Pedro Santana Lopes para os últimos meses da sua presidência na Câmara da Figueira da Foz, foi o anúncio da construção de um aeródromo na zona sul do concelho, em plena Mata Nacional da Costa de Lavos.
O prometido projecto envolvia a construção de uma pista com 1500 metros de extensão e 35 metros de largura, bem como outros equipamentos, e ocuparia uma área de 46 hectares. O investimento total deveria atingir
2,5 milhões de contos.

Porém, a ideia da construção de um aeródromo na Figueira da Foz remonta aos anos 60 do século passado e tem conhecido mais recuos que avanços. Em 1965, a autarquia pediu ao Estado a cedência a título precário de uma área de 20 hectares na Mata da Costa de Lavos ou, em alternativa, na Mata de Quiaios, a norte.
Embora nessa altura, a DGF considerasse inconveniente a localização na Mata de Lavos - por estar aí em construção uma carreira de tiro -, o Estado acabou por ceder aquela área em 1972. Contudo, o aeródromo não avançou.

Durante os anos 90, a edilidade tentaria ainda por três vezes «ressuscitar» o projecto, mas sem sucesso. Recorde-se, que na segunda vez, em 1997, a câmara presidida então pelo eng. Aguiar de Carvalho, propôs também construir uma unidade fabril de montagem de aeronaves ligeiras, mas não só o Ministério da Agricultura indeferiu o pedido, como foi accionado um processo de reversão a favor do Estado da área de 20 hectares cedida em 1972.

Bom, o certo é que, decorridos todos estes anos, o Aeródromo, felizmente do meu ponto de vista, não passa de uma miragem.
Confesso: morando eu na Gala, teria medo (mas medo de verdade) de que um avião me caísse em cima. É, por isso, que com um certo alívio, registo a ineficácia da gestão do dr. Duarte Silva. Pelo menos neste caso concreto.
Portanto, decorridos todos estes anos (felizmente que estas coisas demoram sempre tanto tempo...), ponderados os prós e os contras, proponho que não se queira mais saber do Aeródromo da Figueira da Foz.
Monte Real fica tão perto...

Atenção candidatos, por um voto se ganha e por um voto se perde.
Eu não quero mais ouvir falar do projecto do aeródromo. No pleno gozo dos meus direitos, aqui declaro que só votarei no candidato à Câmara Municipal da Figueira da Foz, que me jure, de preferência com a mão direita solenemente estendida sobre a Bíblia, que construir um aeródromo nos terrenos da Mata da Costa de Lavos, JAMAIS (ler jamais com sotaque afrancesado).

Prefiro o deserto...

sábado, 18 de fevereiro de 2017

O poder de observação agudo é vulgarmente chamado de cinismo por aqueles que não o têm. Cinismo, é uma maneira desagradável de dizer uma verdade... Niilismo, é um modo de pensar que não aceita nenhuma coação sobre o indivíduo...

João Vaz, consultor de ambiente, hoje no jornal AS BEIRAS, pretende dar um contributo sobre o "debate político" na Figueira.
 "São conhecidas as declarações de um político local do PS (já que João na sua crónica não diz o nome do político local, eu esclareço que foi o também "caralhete" João Paredes...) sobre a incompetência do executivo que tinha sido eleito pelo seu próprio partido. E aqui surge um paradoxo interessante: muitas vezes os maiores inimigos dos candidatos estão dentro do seu próprio partido. No entanto, os partidos políticos na Figueira da Foz parecem nem sequer existir de facto. A atividade é reduzida, o número de militantes ativos quase nulo e o debate político sério e consistente não existe. Aliás, quase nunca existiu e é conhecido o afastamento entre os presidentes eleitos e o partido, desde Aguiar de Carvalho que é assim. Conclusão, não há a expetativa de assistirmos a debate promovido pelos partidos. Nas redes sociais o debate político surge com algum interesse em determinados fóruns. Há propostas interessantes. Contudo, verifica-se uma tendência para a superficialidade e para o “romantismo” de querer reverter a Figueira da Foz para um passado distante. A eleição de Donald Trump mostra que o discurso político mudou. Insultar, ofender e achincalhar os adversários políticos é aceite por uma boa parte do eleitorado. “Mandar bocas” é a forma de alguns candidatos se promoverem. Assim, é natural que localmente surjam réplicas. Este discurso político cínico e niilista (“está tudo mal”) e “trumpista – “Lets make Figueira great again”, sem explicar como nem com que dinheiro, pessoalmente não me seduz."

Nota de rodapé.
Nada é tão útil para os políticos como a memória curta dos eleitores! 
João Vaz, em parte do mandato autárquico de 2005/2009, foi vereador PS, na oposição, ao executivo presidido pelo falecido eng.  Duarte Silva.
Neste momento, depois de ler a sua crónica, confesso que fiquei sem perceber se, actualmente, João Vaz se inclui nos 88% da população que não acredita nos políticos, ou nos outros 12%, que são os políticos. 
Sobre esse tema, acredito, desde há muito, que os políticos figueirenses, que conheço e conheci, se  dividem em dois grupos.
Um, constituído por gente totalmente incapaz. Outro, por gente capaz de tudo.

Tenho várias inquietações sobre a capacidade de se resolverem os problemas da Figueira.
Vejam lá no que chego a pensar!..
Que temos, como primeiro problema, no topo da piramide do poder alguém narcisista (que só pensa em si, com falta de capacidade de trabalhar em grupo, afastando tudo e todos válidos que tentam influenciar, pensando que o mundo gira à sua volta), a comandar isto, desde 2009!..
Que quem está à frente das instituições, não são “apenas” pessoas válidas: “têm” de ser do “regime”... 
Que há clientelismo e que são criados empregos à medida: ou, apenas, trabalho precário...
Que se anda a brincar à caridadezinha, distribuindo cabazes, a quem infelizmente necessita mas não se reabilita, transformando um pobre honrado, num irreversível pedinte... 
Que se patrocinam e promovem festas e festinhas, para dar circo ao  Povo e mante-lo feliz...
Que se continuam a  fazer obras de “fachada”, as chamadas obras de “regime”, que consomem recursos e cujos resultados são duvidosos...
Que temos os nossos Goebells, os bufos, que tudo e todos vigiam e transmitem superiormente... 
Contudo, ainda que poucos, há quem não preste vassalagem aos detentores do poder - deste, ou outros...

Entretanto, "de ano para ano, a praia da Figueira aumenta de volume. A areia já quase esconde o mar no horizonte!"
Será que toda esta areia a mais na praia está a encravar, cada vez mais, a máquina do regime figueirense?
Cito um extracto de uma notícia publicada, também hoje no mesmo jornal AS Beiras, assinada por J.A.
"João Ataíde foi indicado pela Concelhia do PS como candidato do partido à presidência da Câmara da Figueira da Foz, com 36 votos a favor e quatro contra
A votação realizou-se quinta-feira, à noite. “Fico satisfeito pela confiança que me foi depositada”, reagiu o recandidato independente em declarações ao Diário As Beiras. “Trata-se de uma missão de caráter político onde o conforto e o apoio do partido e dos militantes são fundamentais”, concluiu.
“João Ataíde é o candidato que nos dá melhores condições para dar continuidade ao trabalho que está a ser feito no município. Vai ser mais uma grande vitória para o partido”, declarou, por seu lado, João Portugal, presidente da Concelhia da Figueira da Foz do PS. 

sábado, 26 de dezembro de 2015

E o tempo a voltar para trás...

Uma notícia lida na edição de hoje do diário AS BEIRAS.
Título:Contratada autarca socialista  através de convite único
Texto: "A Câmara da Figueira da Foz contratou os serviços de uma psicóloga para apoiar a estrutura solidária Empresários Pela Inclusão Social, de que a autarquia é parceira, através de convite único. O vereador do PSD Miguel Almeida questionou, na reunião de câmara, o executivo camarário (PS) sobre esta contratação que excluiu outros potenciais candidatos, tendo obtido como resposta que a escolha recaiu na autarca socialista devido ao seu currículo. Trata-se de um elemento da Assembleia de Freguesia de Tavarede".

Em tempo.
Retornámos a um ponto já vivido na Figueira.
Pouco depois do 25 de Abril de 1974, até 1997, na Figueira, quem teve  dúvidas acerca do PS passou mal...
Depois, nos 12 anos que se seguiram a 1997, quem teve dúvidas acerca do PSD de Santana Lopes, passou mal...
A seguir a 2009 e até aos dias de hoje, quem teve dúvidas acerca do PS, voltou a passar mal...
É fácil de presumir, portanto, que do ponto de vista moral, certamente que a autarca socialista, pelo seu currículo, não vai ter dúvidas em aceitar o convite para trabalhar na Câmara da Figueira, como psicóloga. 

A função do verdadeiro jornalista é, precisamente, divulgar o que corre mal, já que aquilo que corre bem é, em termos noticiosos, um não-acontecimento. 
Os políticos locais, tal como eu, sabem  que os figueirenses são, por educação e temperamento, servilmente apáticos e muito respeitadores.
Um dia, talvez a Figueira venha a servir como case-study para quem quiser investigar como se destruiu uma cidade e uma paisagem única.
Se ainda fossem vivos, Aguiar de Carvalho e Duarte Silva poderiam proporcionar dos mais esclarecedores e probantes depoimentos sobre a matéria. Mas, desse tempo, ainda existe muita gente que foi protagonista activo no processo em condições de explicar muita coisa.
Mas, nem isso já deve interessar. É tarde. Para a Figueira e para os figueirenses.


Quem alguma vez se tenha debruçado sobre a etologia do intelectual béu-béu figueirense, vulgo guarda-portão, sabe que lema inspira a intervenção pública deste tipo de animal: forte com os fracos e fraco com os fortes
Esta fauna, sempre necessária à oligarquia do momento, é tão velha como o mundo e define-se pela aplicação sofistica e mercenária que dá à sua mioleira. As suas cabecinhas pensadoras, registam e estão sempre prontas a apontar os crimes dos pequenos e a silenciar ou desculpar os dos grandes.
Embora formado num niilismo moral muito prático e rentável, o béu-béu não gosta que lhe lembrem o seu cinismo.  É  fácil vender a “alma”;  difícil é admitir que se a vendeu. 
Daí que o intelectual béu-béu  deteste  quem  lhe lembre a humanidade e o direito dos fracos.  
Daí, que as mais encarniçadas acusações a Robin Hood tivessem vindo de antigos “companheiros de luta”, de trânsfugas ao ideal de justiça que na juventude os levara à floresta de Nottingham. 
Só esse mecanismo de auto-defesa (que de intelectual, em rigor, pouco tem) explica a inaudita sanha que os béu-béus costumam reservar para quem aponte o dedo ao seu dono.
Entendem eles - e bem - que a crítica ao dono é extensível ao jeco.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Habituem-se!..

Na vista de olhos diária pela imprensa, gosto especialmente de passar os olhos pelas colunas de opinião de alguns cronistas. Uns, pelo gosto que me dá a leitura da prosa, mesmo que esteja em desacordo com o conteúdo muitas das vezes. 
Doutros,  discordo sempre. Por isso os leio, ainda com mais interesse e atenção, por serem o fermento que, diariamente,  me apura  aquilo que seria uma visão alternativa ao meu mundo.
A liberdade de expressão é, na liberdade, um dos direitos mais importantes que se tem.
Sem ela, nada mais existe. O meu entendimento de liberdade, de expressão e opinião, tem no centro o direito de os outros se exprimirem com toda a liberdade, mesmo que isso nos ofenda.
O direito de os outros dizerem aquilo que mais nos choca, tem de ser defendido por quem ama a liberdade.
Não há relativização possível para este critério. Isto, para quem ama a liberdade, é uma questão de vida ou de morte.
A liberdade é, por si própria, um bem inquestionável e a sua conquista um motivo de regozijo sem espaço para reticências. Não é uma matéria de direita ou de esquerda.
É um assunto transversal da sociedade.
A luta continua para quem tenta manter a lucidez.

O regime implantado no dia 28 de Maio de 1926,  começou precisamente por se justificar com a necessidade de combater a anarquia e de reprimir os anarquistas, que nessa altura se organizavam em torno da Confederação Geral do Trabalho. 
Hoje, é fácil perceber a natureza desse regime: na altura não o era.
Ontem, como hoje, cada um de nós tem que decidir individualmente se toma posição activa contra o que está a acontecer.
O tempo não está para brincadeiras. Os figueirenses estão fartos de partir cheios de esperança e passados 4 anos sobra desilusão. Pensando que estão a apostar numa vida melhor,  recebem no troco mais dificuldades.
Os políticos perderam a noção de que são eleitos para satisfazer as necessidades dos seus eleitores. Já nem ligam a isso: o que fazem, não sei se apenas por incompetência poliítica, é contribuir para degradar  a vida dos que neles confiam. 
Talvez por saberem, que na  votação a seguir vocês escolhem políticos cada vez piores.
Quem julgava ter-se livrado de Aguiar de Carvalho, teve Santana. Depois veio Duarte Silva e João Ataide. Agora tem ainda pior. Carlos Monteiro, é um susto que nem sequer vos fará sorrir.

domingo, 30 de abril de 2023

Primeira vereação camarária a seguir ao 25 de Abril de 1974

Via o jornal Mar Alto, edição de 8 de Maio de 1974 (estão quase a completar-se 49 anos), fica a lembrança do primeiro executivo democrata a seguir à conquista da Liberdade.
Era presidido por Cerqueira da Rocha que, na opinião de Joaquim Barros de Sousa"em 25 de Abril de 1974 era o principal rosto das actividades, umas toleradas, outras clandestinas, que a oposição democrática ia prosseguindo na Figueira da Foz."
Esta Comissão Gestora dos destinos do concelho da Figueira da Foz esteve pouco tempo no poder. Foi substituída por um elenco comandado pelo Professor Marcos Viana. Em Outubro de 1974, Maria Judite Mendes de Abreu passou a presidir à Comissão Administrativa da Câmara Municipal da Figueira até Dezembro de 1976, altura em que se realizaram as primeiras eleições autárquicas. 
As pimeiras eleições para eleger os órgãos locais depois da Revolução dos Cravos, foram realizadas a 12 de Dezembro. Foram eleitos 304 presidentes de câmara municipais, 5 135 deputados municipais e cerca de 26 mil deputados para as assembleias de freguesia.
O pastor José Manuel Leite, da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, foi o primeiro presidente eleito no nosso concelho. Seguiu-se Joaquim Barros de Sousa, Aguiar de Carvalho, Santana Lopes, Duarte Silva, João Ataíde, Carlos Monteiro (que substituiu João Ataíde após a sua ida para Secretário de Estado do Ambiente). Santana Lopes, nas eleições de Setembro de 2021, voltou à persidência da câmara da Figueira da Foz.