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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

A felicidade de saber o que é a Liberdade

As crianças não ligam à felicidade. Gostam é de guloseimas, brinquedos e atenção. 
É o que muitas, pela vida fora, se limitam a continuar a apreciar.
A  maior parte das pessoas que conheço, não notariam a falta de Liberdade, nem lutariam se a Liberdade não existisse. 
Só se preocupa com a livre expressão de ideias quem tem ideias para exprimir. 
Quem gosta de Liberdade, é uma minoria que gosta de exprimir ideias e de ter acesso às ideias dos outros.
Na Terra de Manuel Fernandes Tomás, para alguns, a ideia de Liberdade sempre foi fundamental. No tempo da ditadura de Salazar e Caetano, a Figueira foi um baluarte em defesa da Liberdade. Entre 1933 e 1974, a polícia política teve muito que fazer no nosso concelho. Realizou devassas domiciliárias abusivas, proibiu reuniões e convívios dos democratas opositores ao regime. E, entre outros mimos, efectuou prisões.

Em 2007, no meu blogue OUTRA MARGEM, com a colaboração de alguns amigos, publiquei textos onde recordei alguns dos que lutaram pela Liberdade,  quando isso era perigoso e difícil. Lembrei Leitão Fernandes, João Cenáculo Vilela, Ruy Alves, Guije Baltar, José da Silva Ribeiro, Cristina Torres, José Martins, Joaquim Namorado, Agostinho Saboga, Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia, Mário Neto e Luís da Cruz Falcão Martins.
O critério foi simples: a minha memória e algumas das minhas vivências e dos amigos que, na altura, colaboraram comigo. 
A minha intenção foi clara e simples: "agradecer, corporizando na figura destas pessoas, a todos que sofreram horrores para hoje sermos livres em Portugal."
Para além dos que recordei em 2007, Maurício Pinto (comerciante), Júlio Gonçalves (advogado), Adelino Mesquita (advogado), Albano Duque (contabilista, casado com a Professora Cristina Torres, José Rafael Sampaio (professor, talvez de todos o que mais prisões sofreu) João Bugalho (médico), Lopes Feteira (médico),  João de Almeida  (advogado),  Mário Rente (tipógrafo), Valdemar Ramalho (gestor comercial), irmãos Rama (comerciantes), Vieira Gomes (médico), Gilberto Vasco (médico), Santos Silva (médico),  José de Freitas  (comerciante), Vieira Alberto (engenheiro), Cerqueira da Rocha (advogado), Marcos Viana (professor), Manuel Lontro Mariano e muitos mais que, por todo o concelho, lutaram pela Liberdade, sem esquecer os felizmente ainda vivos Dr. Joaquim Barros e Sousa, Joaquim Monteiro, Cação Biscaia, José Iglésias e Augusto Menano, merecem também ser destacados.
Em todos existia uma "unidade de propósitos, única forma de o combate poder ter êxito".

Recorda-los, é dar exemplos de coragem, de coerência e fidelidade aos valores e princípios democráticos. Muitas vezes, as reuniões realizavam-se com a Pide à porta do restaurante. Num dos anos, no restaurante “Tubarão”, um agente quis deter a Drª. Cristina Torres, que presidia ao jantar. Porém,  não o conseguiu, tal foi o “barulho” que todos os presentes fizeram e os argumentos apresentados, o que levou o agente a pedir que, ao menos, se acabasse com a reunião.

Nesses encontros, por vezes, vinham até à nossa cidade democratas de fora da Figueira: de Coimbra, Orlando de Carvalho, de Leiria Vasco da Gama Fernandes, e de Arganil Fernando Vale, "que proferiam arrebatadores e entusiastas discursos, animando os democratas figueirenses a prosseguir na luta contra o fascismo.".

Foram tempos de grande agitação e valia política, em que os interesses pessoais eram sempre superados pelo desejo intenso de contribuir para tornar possível um Portugal livre e progressista.

Como disse o Dr. Luís Melo Biscaia, "defendiam-se ideais e havia unidade no combate a um regime assente na violência, na intolerância, na denúncia e perseguição dos que não apoiavam o chamado Estado Novo, na ignorância do povo, na atribuição de privilégios injustos, um regime que apostava em amarfanhar a alma nacional."

(Este texto foi publicado na Revista Óbvia, edição de Dezembro de 2022)

sexta-feira, 15 de maio de 2020

A pesada herança do edifício "O Trabalho”...

Via Nelson Fernades
CONTRIBUTO (SEM CANDURA) PARA A COMPRENSÃO DO EDIFÍCIO “O TRABALHO”
"Volta agora a discussão sobre o edifício “O Trabalho”. E parece que mais uma vez se aponta como solução a compra do edifício pela Câmara, para depois demolir. Portanto a Câmara gastava na compra, na demolição e nas obras para utilizações futuras. E o proprietário recebia dinheiro pelo mono. E pelos antecedentes talvez pegue.
David Monteiro, num recente escrito dizia do edifício como centro comercial. “A ideia era interessante: um edifício no centro da Figueira, construído para albergar comércio, escritórios, estacionamento coberto e habitação. Para mais, estávamos no tempo da explosão das superfícies comerciais e a Figueira, evidentemente, não passou ao lado deste fenómeno”. Isto é, um dia alguém passou por ali olhou para aquele espaço e pensou. Aqui ficava bem um centro comercial. E vai daí construiu-se o edifício.
A análise de David Monteiro, e outras que tenho lido são de uma angelical candura. Porque há uma realidade subjacente que não é tão inócua quanto se pode pensar. Analisar o edifício “o Trabalho” isoladamente, sem o enquadrar no plano mais vasto da urbanização da Figueira da Foz do tempo é confundir a árvore com a floresta.
Dois pressupostos prévios. Não havia Plano Diretor Municipal, nem a Lei do Financiamento das Autarquias Locais estava em vigor. O autofinanciamento estava em voga, sobretudo através da venda de património. Para urbanização vendiam-se terrenos municipais, e autarquia que não tivesse terrenos vendia ar, através das construções em altura. Por outro lado o turismo de massas tinha os seus exemplos na Quarteira ou em Troia, pelo que a Figueira haveria que entrar na moda.
Sem falar das urbanizações dos subúrbios, (Tavarede, Vila Verde) ou na Encosta Sul da Serra da Boa Viagem, a malha urbana mais afetada foi a Marginal Oceânica, e, no seu seguimento a parte norte da Esplanada Silva Guimarães, e ainda o quarteirão do Hotel Portugal. A transformação da Marginal Oceânica iniciou-se com a construção do Hotel Atlântico, do lado sul, e depois de algumas vicissitudes, o edifício do J. Pimenta a Norte. Estes dois edifícios funcionaram como baliza para as cérceas. Assim estas, passaram então de seis andares para doze, e mais tarde completou-se a urbanização do gaveto na rotunda da Ponte do Galante, entre a rua de Buarcos e a Avenida 25 de Abril para sul. Com a urbanização do quarteirão do Hotel Portugal, e ainda com a “modernização” do edifício do Casino, ficou pronta a primeira fase da transformação que á época se desenhou para a Figueira da Foz.
Mas havia uma segunda fase que seria a Marginal Ribeirinha. Esta marginal envolvia a parte sul da Esplanada Silva Guimarães, o Mercado Municipal e os edifícios adjacentes, onde funcionava um colégio de freiras, casas de habitação e comércio. O edifício “o Trabalho”, e um outro prédio (o edifício Foz) situado no gaveto entre a rua da Liberdade e a rua Académico Zagalo, são a parte visível, deste projeto para a zona ribeirinha. Tal como para a Marginal Oceânica foram traçadas balizas a norte e a Sul, estes dois edifícios eram as balizas da urbanização virada á foz do rio.
Houve na realidade um contrato entre a Câmara e o promotor imobiliário, contrato esse que ainda hoje anda pelos tribunais, que envolvia a alienação do Mercado Municipal, cedendo a Câmara terrenos para a construção de novo mercado nos terrenos a norte do Parque das Abadias. Este, no seguimento da aquisição dos terrenos do mercado, adquiriu, por permuta, o colégio das freiras, (construindo o edifício da Casa de Nossa Senhora do Rosário na Rua José da Silva Ribeiro), e outros edifícios com limites no Passeio Infante D. Henrique e na Rua Francisco António Dinis.
Tal projeto foi inviabilizado porque os figueirenses se opuseram num movimento que abrangeu parte importante da sociedade da época, e obrigou a Câmara a abortar tal plano. Com efeito o Bairro Novo ficou praticamente sem residentes, o Casino alterou a sua oferta, o espaço para atividades terciárias foi exagerado, e o modo de estar dos “banhistas” alterou-se por completo. E do ponto de vista estético, estes prédios, incluindo o Casino obviamente, e também o posterior edifício da Ponte do Galante, noutra era, são daqueles que nenhum arquiteto reivindica a paternidade.
Em resumo, o edifício “O Trabalho” é o remanescente de uma urbanização abortada que compreendia mais cinco edifícios no espaço do Mercado Municipal e outro, ou outros, na parte do Passeio Infante D. Henrique.
Se deve ir abaixo ou não, confesso que não sei. Mas que não deve haver injeção de dinheiros públicos, não! Que o Hotel Atlântico é um caso de remodelação de sucesso, é! Que o proprietário deve ser o responsável pela solução, deve! Que enquanto não encontrar a solução deve ser bem sobrecarregado com IMI, e com a fiscalização severa do estado de conservação do prédio, deve!"
Nota.
Depois de ler, atentamente, como sempre, Nelson Fernandes, na minha opinião, o melhor membro político que passou pela Assembleia Municipal figueirense, continuei com uma dúvida.
Ana Carvalho, sábado passado, no Diário as Beiras, sobre este assunto começou assim a sua crónica. Passo a citar:
"Antes de se apresentar uma solução, há que perceber um pouco da situação do malfadado edifício “O Trabalho”.
Este edifício obteve aprovação do projecto em 1987, em reunião de câmara com 5 votos a favor de vereadores de todos os partidos, PS, PSD, PRD e PCP, tendo a obra sido finalizada em 1992."
Será que isto tem algum fundamento histórico? Citando Miguel Almeida, este é "um Edifício que é um Trabalho"!

domingo, 2 de janeiro de 2022

Estátua de Mestre José da Silva Ribeiro vandalizada

«Hoje, lamentavelmente, Tavarede acordou estupefata.
Depois de destruírem o nosso presépio, agora foi o busto do Mestre.
Sabemos que nenhum Tavaredense teria a coragem de o fazer e afirmamos perante quem o fez que não é com estes atos de pura estupidez que irão derrubar a nossa comunidade, ou a nossa memória.
Que se investigue, porque já estamos a ficar um bocadinho fartos.
Pelas nossas Tradições, pela memória do Mestre José da Silva Ribeiro e sobretudo por Tavarede, que se acabe rapidamente esta estupidez e se encontrem o(s) energúmeno(s) que tiveram a coragem de atentar contra um dos maiores símbolos Tavaredenses".»

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Nem todos os jovens licenciados precisam de emigrar ...

É bom constatar que nem tudo é negativo neste país.
Afinal nem todos os jovens pertencem à "geração à rasca".


Lista de 29 assessores/adjuntos de Ministérios, todos de idade inferior a 30 anos, havendo 14 "especialistas" com idades entre os 24 e os 25 anos

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2) Cargo: Assessora Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Adjunto Nome: João Miguel Saraiva Annes Idade:28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.183,63 € 
MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (1) Cargo: Adjunto Nome: Filipe Fernandes Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 2.633,82 € 
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (4) Cargo: Adjunto Nome: Carlos Correia de Oliveira Vaz de Almeida Idade: 26 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Assessor Nome: Bruno Miguel Ribeiro Escada Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 2.854 € Cargo: Assessor Nome: Filipe Gil França Abreu Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 2.854 € Cargo: Adjunto Nome: Nelson Rodrigo Rocha Gomes Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € 
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2) Cargo: Assessor Nome: Jorge Afonso Moutinho Garcez Nogueira Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Assessor Nome: André Manuel Santos Rodrigues Barbosa Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 2.364,50 € 
MINISTRO ADJUNTO E DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES (5) Cargo: Especialista Nome: Diogo Rolo Mendonça Noivo Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Adjunto Nome: Ademar Vala Marques Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Especialista Nome: Tatiana Filipa Abreu Lopes Canas da Silva Canas Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Especialista Nome: Rita Ferreira Roquete Teles Branco Chaves Idade: 27 anos Vencimento Mensal Bruto: 3069,33 € Cargo: Especialista Nome: André Tiago Pardal da Silva Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA (8) Cargo: Adjunta Nome: Cláudia de Moura Alves Saavedra Pinto Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: Tiago Lebres Moutinho Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: João Miguel Cristóvão Baptista Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: Tiago José de Oliveira Bolhão Páscoa Idade: 27 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: André Filipe Abreu Regateiro Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: Ana da Conceição Gracias Duarte Idade: 25 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: David Emanuel de Carvalho Figueiredo Martins Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: João Miguel Folgado Verol Marques Idade: 24 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,34 € 
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (3) Cargo: Especialista/Assessor Nome: Joana Maria Enes da Silva Malheiro Novo Idade: 25 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Especialista/Assessor Nome: Antero Silva Idade: 27 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € Cargo: Especialista Nome: Tiago de Melo Sousa Martins Cartaxo Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,33 € 
MINISTÉRIO DA SAÚDE (1) Cargo: Adjunto Nome: Tiago Menezes Moutinho Macieirinha Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 3.069,37 € 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA CIÊNCIA (2) Cargo: Assessoria Técnica Nome: Ana Isabel Barreira de Figueiredo Idade: 29 anos Vencimento Mensal Bruto: 2.198,80 € Cargo: Assessor Nome: Ricardo Morgado Idade: 24 Vencimento Mensal Bruto: 2.505,46 € 
SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA (1) Cargo: Colaboradora/Especialista Nome: Filipa Martins Idade: 28 anos Vencimento Mensal Bruto: 1.950,00 €


Sacado daqui

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Só há mortos inadiáveis depois do esquecimento...

"Penafiel vai homenagear, durante o mês de maio, D. António Ferreira Gomes, assinalando o seu 110.º aniversário de nascimento, mentor da publicação do semanário “A Voz Portucalense”, que, nos tempos da ditadura, foi um arauto do combate ousado da liberdade e democracia.
Tema sob o qual decorreu na passada segunda-feira uma conferência com a participação de Ramalho Eanes. Recordo que o jornal era vendido à socapa na livraria Carvalheiro.
Não porque relevasse o carácter religioso do semanário, o facto é que, incapaz de ter acesso a outra informação e opinião, me mantive fiel à sua leitura durante o período de serviço militar passado em África.
Esta recordação remete para outros periódicos que, aqui na Figueira, foram publicados antes e depois da queda do Estado Novo. Desde logo “A Voz da Justiça”, paladino de que José Silva Ribeiro tutelou durante anos com várias interrupções impostas pela censura, mas também, que me recorde, o “Mar Alto” e a “Barca Nova”, veículos de informação partidária e ideológica (mas não só), hoje desaparecidos. Mais recentemente, “A Linha do Oeste”, com outro estilo, sistematicamente crítico e que também não resistiu.
De tal forma mudou o estilo que, se pretenderemos alcançar opinião local estamos reduzidos a dois ou três blogues com qualidade e alguns artigos ou crónicas que, intencionalmente ou não, relevam muito pouco na consideração do poder autárquico."

Nota de rodapé.
A Papelaria Carvalheiro,
ficava no início desta rua,
frente ao quiosque.
 

A propósito da crónica de opinião "A Voz Portucalense", da autoria do eng. Daniel Santos, recordo um Homem muito importante na minha vida, Manuel Leitão Fernandes, um humanista discreto, com quem dei os primeiros passos no jornalismo, fazendo uma parceria com ele, numa altura em que se encontrava já doente, como correspondentes do jornal “O Diário” na Figueira da Foz. 
Lembro-me, como se fosse hoje, o primeiro trabalho que fizemos em equipa: a cobertura da grande cheia no inverno de 1977, no Baixo Mondego. Foi o meu baptismo no mundo fascinante que é o jornalismo.
Cidadão figueirense empenhado no bem comum, dedicou-se, ao longo da sua curta vida, ao associativismo, ao jornalismo e à sua paixão pelo cinema. Registamos a sua activa passagem pelo Ginásio Figueirense, foi correspondente de vários jornais nacionais (Diário Popular, Capital, Record ou O Diário onde tinha excelentes relações), colaborou anos a fio na "Voz da Figueira" onde assinava uma coluna denominada "Quinta Coluna", pertenceu à entusiástica equipa de colaboradores do "Mar Alto" 1ª série, ainda antes do 25 de Abril e foi um dos iniciais cabouqueiros do semanário "Barca Nova".
Manuel Leitão Fernandes possuía uma diversificada biblioteca pessoal e um enorme acervo de documentação cinematográfica. Deve-se a ele e a Manuel Catarino o lançamento das bases do Círculo Juvenil de Cinema em 1970, que envolveu um punhado de jovens estudantes figueirenses que, no "Caras Direitas", viam e debatiam bom cinema de quinze em quinze dias, à tarde. É nesse contexto que irá surgir a Semana Internacional de Cinema e, depois, o Festival de Cinema da Figueira da Foz do qual, Leitão Fernandes, foi membro da Comissão Executiva durante as primeiras edições. 
Manuel Leitão Fernandes foi sempre um democrata convicto e na papelaria/livraria Carvalheiro, ali ao Jardim, que possuía em conjunto com a sua mulher Celina Carvalheiro, se juntavam, depois da hora do fecho, pequenas tertúlias conspirativas e de divulgação cultural
Foi ceifado pela morte aos 47 anos, depois de ter lutado estoicamente com uma doença que continua a não perdoar, em Agosto de 1978.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

“24 de agosto, dia de arejar os aventais”

Antecipadamente anunciado com pompa e circunstância, como acontece todos os anos neste 24 de agosto, hoje, portanto, é dia de prestar mais uma homenagem ao Patriarca da Liberdade, Manuel Fernandes Thomaz, que liderou a Revolução Liberal a partir do Porto, a 24 de agosto de 1820. 
As cerimónias, em 2017, contam com a presença do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Silva Henriques Gaspar, entre outras entidades oficiais e particulares. 
Como tem sido hábito, a Associação 24 de Agosto, organização civil, que representa as secretas lojas maçónicas locais (Fernandes Tomás e a loja feminina Claridade), em parceria com a edilidade, são as entidades organizadoras das referidas comemorações. 

Numa democracia, não se entende a necessidade de existirem organizações secretas, compostas por elementos afectos, transversalmente, às diversas instituições públicas e privadas. Existem elementos da política, dos partidos, dos poderes judiciais, do poder económico e empresarial, entre outros…
Putativamente, até os cangalheiros, gatos e os periquitos devem estar representados (porque estes também são dignos de defenderem os seus interesses).
  
Ao longo dos anos, muitos escândalos rebentaram ligados a estas organizações, de gente livre e de bons costumes, como soe dizer-se na linguagem maçónica. Os casos abanam as confrarias, mercearias, regulares, irregulares, mas cair não caiem, aguentam-se nos pilares, ou nas colunas dos templos, como eles dizem. 
Os interesses instalados, são muito sólidos e resistentes. Existem muitas coisas, demasiado importantes, que são decididas à luz da vela, sob chão axadrezado, que os profanos (os Zézitos do Povinho), segundo os iluminados, não conseguem ver o alcance da coisa. 
Nestes espaços, são escolhidos candidatos a deputados, Presidentes de Câmara, vereadores, dirigentes da administração pública afectos aos partidos de poder (PS, PSD, CDS) e são escolhidos elementos em lugar chave da sociedade dita civil, numa lógica de nacional porreirismo fraterno, onde se trocam favores e a meritocracia é engavetada. 
Isto, contraria a bondade dos objectivos desta organização secular e as boas práticas. 
Ainda assim, existem bons exemplos, como é o caso do homenageado - Fernandes Tomás, que morreu na penúria, para honrar os altos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Mas, o que abunda são os beatos, que batem com a mão no peito nas missas...
É caso para dizer: bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que faz.

Hoje, rapazes e raparigas, homens e mulheres, figueirenses, migrantes e visitantes, vão arejar os dourados aventais na praça nova, em representação das retrosarias, mercearias e outras lojas que tais, num autêntico desfile de feira de vaidades. Perfilam-se junto à estátua do Patriarca da Liberdade, onde jaz Fernandes Tomás, e este, volta e meia, deve dar pulos dentro do féretro, ao ver a baixa qualidade dos homens que representam o Grémio local, que já não é a mesma dos de antanho. 
Alguns preferem ficar meio escondidos nas sombras das árvores, e ainda outros, não colocam lá os pezinhos com receio de serem reconhecidos como merceeiros.

Quem vai ser o orador da Associação 24 de Agosto  este ano? 
O ano passado, saiu na praça, como palestrante oficial o social-democrata Teo Cavaco, deputado municipal e, habitualmente líder do grupo parlamentar em exercíco na bancada do PSD, em substituição de Pereira da Costa, o líder "oficial", dados os seus constantes atrasos na chegada às sessões, a par de algumas ausências. Será que este ano, vamos ter o líder da bancada parlamentar da AM do PS, o ilustríssimo Nuno Melo Biscaia? 
Até podia ser, mas falta-lhe talento e a coragem do pai. O Zé Fernando, o Nuno Cid, e o Luís Ribeiro dão muito nas vistas. O Portugal está sempre ausente. O Presidente é independente e já fala na qualidade de edil. O Paz está chateado. O Alves está reformado. O Adelino do Paião está sempre ocupado com o Presidente dos baldios, e todos os dias morre gente. O Monteiro anda sempre no intervalo dos pingos da chuva. 
Então, quem será? Como estamos em ano de eleições, o mais certo, é aparecer um ilustre desconhecido, aparentemente apartidário. 

Não parece que seja assim.  
Contudo, por vezes acontecem surpresas...
Querem ver, que ainda vai sair o noviço Miguel da Ferreira, funcionário da UGT, e sexto na lista do PS à Câmara? 
Tudo é possível... 
Aliás nesta terra de liberdade e fantasia, já pouco nos pode surpreender. 
É a teatralidade do bem. E ficam tão bem de avental. 
É favor arejar os aventais. E, o resto, também, nomeadamente a politica local, bafienta e bolorenta. 
Não é preciso mudar já, mas não percam tempo, porque o compromisso é ficar tudo na mesma. 
Os profanos figueirenses, não sabem mesmo nada de mercearia, nem de retrosaria. 

Notas de rodapé:  
1. Este, como pode comprovar quem leu, é mais um grande trabalho da ANC-Caralhete News, que exigiu a consulta exaustiva da melhor bibliografia sobre a matéria "A Maçonaria em Portugal",  A.H. de Oliveira Marques; "Segredos da Maçonaria Portuguesa", António José Vilela; "O Fim dos Segredos", Catarina Guerreiro.
2. As "laranjas" e as "rosas", são da mesma mercearia ou loja - Primorosa, passe a publicidade. 
3. "24 de Agosto", é uma crónica de José Fernando Correia, economista, hoje publicada no jornal AS BEIRAS. Dada a acuidade e actualidade da matéria, aconselha-se a sua leitura. Passo a citar:
"A Figueira da Foz evocará hoje, uma vez mais, a revolução de 1820 e a memória de um dos seus mais notáveis filhos: Manuel Fernandes Tomás (MFT). Este ano, a efeméride contará com a presença da 4ª figura do Estado, o Presidente do STJ. Esta homenagem de 24/8 foi passando a integrar o património cívico da Figueira da Foz, mesmo se, sobre ela, recaem, de quando em vez, certas críticas que enfatizam a sua natureza meramente litúrgica, bem como a orientação para uma minoria interessada.  Essas críticas merecem certo acolhimento e exigem uma reflexão sobre os meios para expandir o conhecimento e o interesse sobre o legado de MFT nas suas múltiplas dimensões. Deixo duas linhas orientadoras que podem conferir uma dimensão outra à dedicação dos figueirenses à vida e à obra de MFT, à importância das ideias liberais no primeiro quartel do século XIX bem como à respetiva atualidade. A primeira delas, já aflorada, respeita à colocação da cidade no mapa das comemorações, em 2020, do bicentenário da revolução. Converter a Figueira da Foz na “capital” dessa celebração será aspiração nefelibata. O Porto é o candidato natural a esse título. Mas ter aqui, nesse ano, um ou dois eventos de alcance nacional, é ambição razoável para a qual importaria começar a desenvolver esforços. A segunda linha respeita à importância que teria, sobretudo para os mais novos, a possibilidade de transformar MFT no patrono de um estabelecimento de ensino do concelho. O Centro Escolar de S. Julião /Tavarede é a escolha óbvia."

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Estamos a precisar mesmo de um novo ano. A sério...

Silvina Queiroz, via Lux.

“Ano Novo!”
"Há dias, um tresloucado ou tresloucados, vandalizaram a base do busto de um insigne filho desta terra: José da Silva Ribeiro. Um Homem ilustre e respeitável, que deu ao sítio onde nasceu, a linda Tavarede, muito do seu saber e do seu tempo: na alfabetização de muitos, no ensino da arte de Talma, o Teatro, a tantos outros.
Dele vos falarei brevemente porque o merece. Foi um ultraje perpetrado contra a sua memória, a sua terra natal, a cidade da Figueira da Foz, que tanto amou. Já em vésperas de Natal e muito perto dali, haviam acontecido outros deploráveis actos de vandalismo.
Dessa feita foi a destruição da árvore de Natal e do Presépio, orgulhos dos tavaredenses. Na manhã que se seguiu à loucura, foi o desânimo total. Cada um sentiu aquilo como uma afronta pessoal e colectiva.
E pergunto-me: como pode alguém ter tão ruim fundo, tamanha insensibilidade, tanta malvadez?! Destruíram gratuitamente grande parte da magia natalícia, ofenderam a religiosidade de muitos, a estética comum, as crianças e a sua alegria genuína. Para não falar do pesar que infligiram a todos.
Queremos um Ano Novo a sério, no respeito por todos, pelas diferentes sensibilidades e gostos, um ano de Paz e fraternidade, onde seja possível a realização dos sonhos mais caros.
Aceitem um abraço amigo, carregado de esperança."

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Delitos de opinião

Obras de Verão em Buarcos
"As obras atrasaram. Apesar das promessas da Câmara Municipal da Figueira da Foz as acessibilidades às praias, Buarcos e Figueira da Foz, não estão operacionais.
Há ainda muitas dúvidas quanto à qualidade e funcionalidade dos arranjos. 
Elementos fixos ao nível da areia sujeitos a serem elementos submersos pela areia? Tábuas de madeira nos passadiços ? 
Sobressai ainda a falta de organização na obra, estando espalhados materiais e lixo um pouco por todo o lado. Sinalização das obras ? Não é visível. Tábuas com pregos não faltam." 
João Vaz, Consultor - Ambiente e Sustentabilidade, via blogue O Ambiente na Figueira da Foz

Nota de rodapé.
Lidar mal com a crítica é um dos traços que demonstram o subdesenvolvimento cultural do concelho em que vivemos.
É banal, para quem ousa emitir opinião independente, isenta e objectiva, ser acusado, pelos que gravitam em redor do poder político,  de não fazer crítica construtiva. 
Isto é, aquela crítica que se dissolve em paleio que não incomoda o Poder, nem os poderosos - a chamada crítica de água-chirla, que é de todo inútil
E, no entanto, se há concelho que tem tradição em fazer "balas de papel", como dizia Aquilino, é o nosso.
Não é preciso recuar aos tempos de José Silva Ribeiro, no jornal a "A VOZ DA JUSTIÇA", para encontrar quem sabia  esgrimir com as palavras a zurzir com acerto e com justiça  no poder.
Mais recentemente, recordo José Martins, no "BARCA NOVA" e António Tavares no "LINHA DO OESTE".
O desconhecimento desse jornalismo, de primeira água, que já existiu na Figueira é uma falha grave, sobretudo num país que banalizou o recurso aos tribunais para o desagravo da polémica. 
Na Figueira, também os poderes sempre amaram, acima de todas as coisas, meter na ordem os perigosos delitos de opinião

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Aqui Sou Feliz!

“Figueira da Foz, Aqui Sou Feliz” é o tema da Exposição Coletiva de Fotografia que vai ser inaugurada sexta-feira, 20 de setembro, pelas 10:30, e que ficará patente até 20 de outubro no Mercado Municipal da Figueira da Foz.
A iniciativa de organizar esta exposição partiu da Página da Figueira da Foz no Facebook, com o apoio total da Divisão de Cultura da Câmara Municipal, tendo por objetivo reunir e promover num mesmo espaço, de forma despretensiosa, o trabalho fotográfico de diversos profissionais e amadores, verdadeiros embaixadores do concelho nas diversas redes sociais e mais relevantes sites especializados na área da fotografia.
Em exposição vão estar fotos de Bianca Nerlich, Celso Silva, Cíntia Sofia, Filipe Brás, Jaime Albarino, João Silva, Jorge Ribeiro, José Alberto Ferreira, Luís Cavaleiro, Luís Pessoa, Nestor Santos, Miguel Madureira, Paulo Madureira, Pedro Agostinho Cruz, Pedro Martins, Rui Paulo Gonçalves, Rui Santos, Sérgio Vieira, Susana Cardoso e Susana Monteiro.

domingo, 19 de novembro de 2023

Teatro: mais uma noite memorável em Tavarede

A Sala do SIT, que estava encerrada desde a tempestade Leslie, que ocorreu em  2018, reabriu com lotação esgotada.
Foi levada à cena "1904", uma peça que é a história de quase 120 anos de Teatro na Sociedade Instrução Tavarense e, ao mesmo tempo, (mais) um tributo a José da Silva Ribeiro, um Homem do Povo, do Teatro e do Jornalismo, que quis fazer sempre mais e melhor pela Cultura da sua Terra.
A foto é uma amabilidade de João Miguel Amorim, a quem aproveito para agradecer.

domingo, 31 de agosto de 2014

Merecido sucesso dos Amadores do Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense ontem no Cae

Ontem à noite, o Cae encheu para ver “Um Violinista no Telhado”. As cerca de 800 pessoas que se deslocaram, tiveram oportunidade de ver uma magnífica interpretação dos Amadores Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense de uma peça teatral baseada nas histórias de Sholom  Aleichem, escrita no início do século XX.
Tevye é o leiteiro e judeu que vive na aldeia de Anatevka na Rússia em 1905. Trabalha arduamente, quase de sol a sol, para que nada falte à mulher e às suas cinco filhas. No entanto, no país, começam a soprar ventos pré-revolucionários que, mais tarde ou mais cedo, irão chegar à aldeia e alterar radicalmente as vidas e também os costumes e tradições dos seus habitantes.
O Violinista no Telhado”, porém, acaba por ser uma situação que nos afecta a todos, apesar de se passar numa comunidade judaica. Fala de famílias e de crenças. Portanto, O Violinista no Telhado” não é só uma obra que pode ser entendida pela comunidade judaica. É uma peça que tem emocionado muita gente pelo mundo inteiro.
Tevye é um pobre judeu. Pai de cinco filhas, mora numa pequena Aldeia, onde a maioria das pessoas são simples e, tal como ele, vivem acima de tudo condicionados pela tradição.
Todavia, à medida que suas filhas se vão apaixonando, Tevye começa a sentir na pele as mudanças ideológicas que começam a “minar” a nova geração. Como homem de bom coração, deseja em primeiro lugar o bem de suas filhas. Porém, mesmo para ele, tudo tem limites. 
No fundo, o que Tevye teria desejado que tivesse mudado, é que as mudanças lhe tivessem proporcionado um pouco de mais bem estar económico. As cenas em que se dirige a Deus, como que a dizer “porque temos de sofrer assim"?, são de uma subtileza arrepiante.
Os Amadores do Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense, com esta representação deO Violinista no Telhado”, uma obra escrita no início do século passado, mas cuja mensagem está mais actual do que nunca, levaram-me a olhar e reflectir para o papel das "velhas" e "novas" tradições no nosso dia a dia – por exemplo, que influência tem a religião, a música, o futebol, a televisão, a internet, a forma como está organizado o trabalho e os costumes, na maneira como nos conseguimos relacionar e interagir com os que nos rodeiam no quotidiano.
Na peça, Perchik é aquele que contesta quase tudo. É certo que não vai ao ponto de colocar em causa Deus, mas contesta outros valores vigentes na sociedade da época: por exemplo, os homens e as mulheres não se poderem tocar, ficarem separados no casamento por uma corda no meio, ser o pai a decidir sobre o casamento das filhas.
Esta, a personagem contestatária, foi a que deixou a mensagem que mais me impressionou nesta obra teatral com mais de 100 anos: para construirmos o futuro temos de saber olhar de frente para a tradição.
Sem desprimor para ninguém, permitam que, felicitando todos, destaque o trabalho de João Miguel Amorim, que adaptou, encenou e protagonizou "O Violinista no Telhado", ao que julgo saber ainda um jovem,  que a continuar com esta competência e talento vai certamente contribuir para manter no futuro o Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense no patamar a que foi elevado por Mestre José da Silva Ribeiro.
Obrigado Amadores do Grupo de Teatro Sociedade de Instrução Tavaredense.
Foram mais de duas horas que passaram a voar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Re-Descobrir o Mar - A Política Marítima Portuguesa"

Amanhã, pelas 22 horas, vai ter lugar na Figueira da Foz, no Casino Figueira, uma conferência subordinada ao título "Re-Descobrir o Mar - A Política Marítima Portuguesa", pelo Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu,  com uma participação especial do Sub-Chefe do Estado-Maior da Armada, Contra-Almirante António Silva Ribeiro e moderação do director da SIC Notícias jornalista António José Teixeira.

domingo, 12 de abril de 2020

AUTARCAS DO PS E PSD NÃO QUEREM SE CÚMPLICES DA MANIPULAÇÃO

"Há autarcas que recusam ser cúmplices da mentira e manipulação em relação à evolução do COVID2019. Não, não são só os do PSD, como Carlos Carreiras (Cascais) e Joaquim Moreira Pinto (Espinho). Também os há entre a maioria de autarcas do PS, como Nuno Vaz Ribeiro (Chaves), e até do CDS/PP, como José Pinheiro e Silva (Vale de Cambra).

P. S. Rui Rio, da sua cadeira do BCP, perdão, do PSD, perdão, da sua casa no Porto, sem uma única visita no terreno, continua a confundir solidariedade e cumplicidade. Fia-te em Sanchez e no New York Times..."


Daqui

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Os dias que passam...

Portugal de verdade, por J.M. Coutinho Ribeiro, no .
“A Cavaco Silva bastou a palavra de Dias Loureiro de que nada há a apontar ao seu comportamento enquanto administrador da SLN para que o homem fosse "absolvido". E nem mesmo as mais recentes notícias que dão Loureiro a não ter falado verdade na Assembleia da República parecem demover o PR, que fez notar que não tem mais nada a dizer sobre o assunto que envolve o conselheiro de Estado. Não sei se José Sócrates já falou com Cavaco Silva sobre a «campanha negra» que o envolve. Mas se não o fez, deve fazê-lo, garantindo a sua inocência. Cavaco "absolve-o" a vida continua, poupando-se, assim, uma rima de dinheiro em investigações que, como é sabido, não levam a lado algum.”