quarta-feira, 28 de julho de 2010

Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização

O assoreamento do rio Mondego é um problema antigo e complicado.
Mas, para a Figueira, esse assoreamento nem sempre foi desvantajoso.
Antes do século XI, o Mondego navegável era a estrada natural para o comércio existente nos princípios da nacionalidade. Coimbra, Soure, Verride, Montemor-o-Velho, eram então importantes praças comerciais e influentes portos fluviais no centro do país. Por sua vez, a Figueira limitava-se a ser um pequeno ponto localizado na foz do Mondego.
A partir do século XII, porém, o assoreamento do Mondego, com a natural perca da navegabilidade que daí resultou, fez com que um pequeno povoado pertencente ao concelho de Tavarede viesse a ganhar actividade e importância e se desenvolvesse até à cidade na moda, cosmopolita, mas ainda provinciana, dos dias de hoje.
E tudo começou, em boa parte, por há cerca de oitocentos anos o rio ter começado a ficar impraticável para a navegação. Como em tantos outros casos, o mal de uns foi a sorte de outros.
O rio e o porto estão associados ao crescimento da Figueira e são factores de desenvolvimento concelhio, pelo que deveria ter havido o máximo de cuidado e planeamento na execução e expansão das obras portuárias.
As razões são óbvias: basta verificar qual será a função principal do porto comercial.
Fácil de responder: proporcionar o escoamento a mercadorias da zona centro do país, em especial das empresas sediadas na zona industrial da Figueira da Foz e das celuloses.
Sendo a Figueira, como sabemos, um porto problemático a vários níveis, nomeadamente por sofrer a influência das marés, enferma de um erro estratégico de fundo: a localização. A teimosia, ou a falta de visão, em manter o porto na margem norte é um condicionante para as condições de funcionalidade da estrutura portuária.
Duas razões simples:
1ª. Se estivesse na margem sul estaria mais perto das fábricas, o que pouparia as vias de comunicação que dão acesso ao porto comercial e evitaria a sobrecarga no tabuleiro na ponte da Figueira.
2ª. Principalmente no inverno, os navios atracados no cais comercial têm frequentes problemas de segurança, ao ponto de, por vezes, ser necessária a sua deslocação para a zona abrigada do porto de pesca com as demoras e despesas daí resultantes, o que torna mais onerosa e menos operacional a vinda de navios à barra da Figueira.
Tempo é dinheiro no competitivo mercado dos transportes marítimos. O mal, está feito, mas não pode ser escamoteado, até porque a vinda para a margem sul do porto de pesca não foi inocente. Era poluente...
Contudo, também podemos aprender com os erros. E erro estratégico foi, igualmente, a implantação da zona industrial logo a seguir à zona habitacional da Gala, quando teria sido perfeitamente possível e fácil a sua deslocação mais para sul, possibilitando assim a criação de uma zona tampão entre as fábricas e as residências.Com erros, ou sem erros, porto comercial e zona industrial são estruturas complementares no progresso e desenvolvimento do nosso concelho. Contudo, convém que o planeamento seja devidamente sustentado, pois erros já foram cometidos bastantes. Apesar dos alertas feitos em devido tempo.Historicamente, é conhecido que a ocupação espanhola dos Filipes foi penosa para Portugal. Na Figueira, conforme pode ler-se no Manifesto do reino de Portugal “nos séculos XV e XVI até as pescarias não eram seguras, porque nos nossos portos tomavam mouros e turcos as mal defendidas barcas de pesca; cativavam e faziam mercadoria humana dos miseráveis pescadores; e ainda se atreviam licenciosa e insolentemente ao mesmo nos lugares marítimos, como senão tiveram rei que os pudesse defender; e proibida a pescaria faltava ao reino uma considerável parte do seu sustento”.
Isto aconteceu na dinastia dos ocupantes Filipes. Nesse tempo, mouros, turcos e habitantes do norte da Europa, todos piratas, saquearam e flagelaram Buarcos e a Figueira. Essa realidade só veio a mudar com a independência, a partir de 1640.
Todavia, só em meados do século XVIII o porto da Figueira conheceu o esplendor, beneficiando, é certo de factor exógeno: a quase inutilização da barra de Aveiro. Mais uma vez, o mal de uns foi a sorte de outros.
A região interior centro passou a processar o movimento de importação e exportação das mercadorias pelo porto da Figueira da Foz, a tal ponto que embora com demoras, dificuldades e riscos, a nossa cidade “foi considerada a terceira praça comercial e marítima do país do século XIX”.
De então para cá aconteceram períodos mortos, avanços, recuos, estudos e mais estudos técnicos, ilusões, desencantos, mentiras, mas, nas últimas dezenas de anos, apesar de tudo, avançou-se desde o cais de madeira obsoleto e podre, o chamado Trapiche, apenas equipado com uma grua a vapor, tempos esses aliás ainda presentes na nossa memória.
Pena foi o cais comercial ter morto e enterrado as memoráveis regatas de outros tempos.
Também por isso, não teria ficado melhor na margem sul o cais comercial?

A quem de direito

foto sacada daqui

"Sete segundas-feiras e outros tantos espectáculos, no Salão Caffé do Casino Figueira. As duas primeiras sessões superaram as expectativas da organização, que se encontra, agora, animada em relação ao balanço final. Afinal quem são os protagonistas desta história? As associações afectas à Associação de Colectividades do Concelho da Figueira da Foz (ACCFF)."
O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz , um equipamento cultural cuja manutenção custa largos milhares de euros ao contribuinte figueirense, não deveria servir para dar visibilidade ao magnifico trabalho que, apesar de tudo, algumas colectividades ainda vão fazendo um pouco por todo o concelho?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Será Serviço Público?..





Compete à figueira grande turismo continuar a apoiar a realização de corridas de toiros?
É verdade que isso
em 2006 já acontecia, mas este executivo não foi eleito para realizar a mudança que se impunha na gestão da CMFF?

O que terá acontecido, entretanto?...

No dia 19 de Junho deste ano, há um mês e 7 dias, portanto, escrevia Rui Beja da Silva no seu blogue Rua da Liberdade:
“Ontem à noite José Cid actuou sem qualquer problema, esta noite não temos, também, nenhuma tempestade à vista. Ainda por cima provou-se que este é o melhor local para instalar palco para concerto, a audiência pode ser duplicada com a esplanada Silva Guimarães a servir de 1º Balcão.”

Dia 26 de Julho deste mesmo ano, ontem, portanto, um mês e sete dias depois, o mesmo Rui Beja da Silva, escreve no seu blogue Rua da Liberdade, sobre o mesmo local:
“Depois, a Maioria foi incapaz de dizer sim à realização de um festival de bandas de rock junto ao Forte de Santa Catarina. É verdade que o Executivo propôs aos organizadores do evento que o rock passasse para o anfiteatro ao ar livre do CAE, pois com os meios técnicos e humanos do Centro de Artes a coisa ficaria praticamente de borla.
Que descaramento! Dizer não ao rock no forte que custaria 15 mil euros aos cofres municipais!
Mesmo que fosse de borla no CAE, alguém idealiza rock sem forte, muito pó e esplanada por perto?!”


O que é que aconteceu, entretanto, no decorrer destes 37 dias?
Derreteu-se o alcatrão do largo junto do Forte de Santa Catarina?
Ou terá vindo abaixo o “1º. Balcão”?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

À atenção de quem de direito, responsável pela vigilância das praias da freguesia de São Pedro

A segurança dos utentes das praias, é um assunto de extrema importância.
Os acidentes mortais podem acontecer a qualquer momento e pelas mais variadas causas.
Apesar de ser um espaço de diversão, a praia esconde alguns perigos. Além dos óbvios cuidados com o sol, alimentação e horários de banhos, nadar em segurança e exposição solar, o aspecto da segurança dos banhistas é cada vez mais uma preocupação a ter em conta.
Este ano tem havido, infelizmente, acidentes graves, alguns deles mortais. No passado dia 18, um jovem de 22 anos perdeu a vida numa praia da nossa freguesia. Mas, o acidente pode acontecer a qualquer momento, numa qualquer praia portuguesa. Infelizmente, ainda no passado domingo, um jovem de 13 anos desapareceu nas águas da Praia Grande, em Sintra.
O assunto é sério e preocupa os leitores deste blogue. Leia o comentário, colocado neste post, do nosso atento leitor Francisco Sanchez, focando um caso concreto que se passa numa praia vigiada da freguesia de São Pedro, a Praia do Hospital, que deixamos à consideração de quem de direito:

“Agostinho
Gostaria que fizesses referência a uma situação flagrante de vigilância da praia do hospital.
Os nadadores/salvadores estão colocados ao cimo da praia, junto às dunas, a mais de 50 metros do rebentamento das ondas, o que em números reais representa que, se por acaso, há um caso de salvamento urgente, não só os nadadores não se apercebem, como não vão conseguir a tempo do salvamento, já que me parece que a corda de salvamento não deve chegar à água. Por outro lado passam o tempo dentro de uma barraca à sombra ( coitados não devem gostar de apanhar sol )sem se aproximarem dos que estão ao banho para dar as indicações do perigo se necessárias.
Pergunto será para isto que pagamos a vigilância da praia? Penso que não, e quanto a mim a vigilância não está a ser feita, pelo que considero a praia do hospital uma praia sem vigilância.
Um abraço”

É claro que a segurança nas praias também depende de cada um de nós que as utiliza. O respeito pelas regras básicas é essencial.
No entanto, é também claro que o facto de haver vigilância deixa as pessoas mais tranquilas.
Daí, que se exija que quem tem a obrigação de fiscalizar, que fiscalize.

Para quem gosta de ler


Levantado do chão
Ou a história da epopeia do operariado agrícola
Alentejano contada ao mundo

Um estudo de João Aguiar “que vem comprovar como o talento do escritor se sobrepõe á identificação com esta ou aqueloutra escola ou estilo literário quando ele desce com segurança e criatividade “às raízes da condição humana e transmit(e), a grandeza e as misérias, a angústia, a alegria e o medo que acompanham a aventura absurda da vida”.
Para ler na íntegra, aqui.

Com uma caloraça destas, só apetece postar futilidades!..

Crise

Na Figueira, os restaurantes estão às moscas e as praias desertas!..

domingo, 25 de julho de 2010

Há ainda melhor dr. Almeida Santos!..

O dr. Almeida Santos admira o primeiro-ministro, de quem é amigo e dele tem orgulho, ao ponto de dele dizer: “Sócrates é como Deus nosso Senhor, está em todo o lado”.
Lamento contrariar o dr. Almeida Santos.
Melhor que Sócrates, ainda há um, também amigo, e de quem o dr. Almeida Santos deve também ter muito orgulho: Mário Soares.
Se Sócrates e Deus nosso Senhor estão em todo o lado, Mário Soares já esteve!...

aF130

A frase...


Leia aqui, a frase com que o professor Queiroz brindou os médicos do controlo antidopagem quando estes entraram no estágio da selecção nacional, na Covilhã, no passado mês de Maio.

Visão da Figueira

Vejo-a doente,
dependente,
encalacrada,
esgotada,
cansada.

Amansada.

Descrente
e sem alma.

Aparentemente,
tudo é calma
e paz...
Mas, verdadeiramente,
jaz.

Vejo a aldeia,
sem uma ideia!..

Infelizmente...

Bom domingo

sábado, 24 de julho de 2010

Buscas para encontrar o jovem que se afogou no mar da Cova-Gala estão suspensas

Segundo As Beiras de hoje (link não disponível), “as buscas para encontrar o jovem de 22 anos, natural de Castelo Branco que, no passado domingo, desapareceu no mar da praia da Cova Gala, Figueira da Foz, foram suspensas indefinidamente”.
Ainda de harmonia com o mesmo jornal, esta informação foi confirmada por Malaquias Domingues, Comandante do porto da Figueira da Foz.
O mesmo diário adianta ainda, que “até domingo vai ser mantido um dispositivo reforçado, com uma motoreta permanente na faixa Figueira da Foz-Pedrógão, e saídas esporádicas para o mar”.

Em nome da coerência...


... e da lisura de processos, se isso existisse na política, o mínimo que Pedro Passos Coelho deveria fazer, desde já, era baptizar de novo o seu partido.
Deveria ficar Partido Democrata...
Em rigor, com esta Direcção, o Social está nitidamente a mais!...

Pela Câmara...


Mais uma despesa que é uma autêntica bagatela, para os exauridos cofres municipais: 48 400 euros (9 680 000#00, em moeda antiga), para fazer mais um diagnóstico!..
Vamos ser optimistas e acreditar que vai valer a pena...
Será desta que vão encerrar as empresas municipais?...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quase no final de um dia tramado, como o de hoje, só esta me faria rir...

"Há disciplina ou não há disciplina?"

Ao que parece, a vida vai complicar-se para Queiroz...

“Gilberto Madaíl tem em mãos um inquérito conduzido pelo Instituto do Desporto de Portugal (IDP) visando o seleccionador nacional. Carlos Queiroz, sabe o DN, é acusado de comportamento incorrecto e linguagem insultuosa visando, sobretudo, o presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), Luís Horta, aquando do primeiro controlo antidoping realizado durante o estágio da selecção nacional na Covilhã.
O assunto irá agora, caso o líder da federação o entenda, a reunião de direcção para ser analisado. E perante os factos relatados no inquérito, Carlos Queiroz poderá ser alvo de um processo disciplinar interno. Pela legislação antidopagem pode incorrer numa sanção desportiva ou no pagamento de uma multa.
O seleccionador de Portugal considerou inoportuna a presença, a 16 de Maio, no hotel da selecção dos médicos da Autoridade Antidopagem de Portugal. Apesar de se tratar de um procedimento habitual, Queiroz não concordou e dirigiu-se aos médicos com um palavreado agressivo e insultuosa. Luís Horta, que não estava presente, foi o maior alvo do descontentamento. Por parte dos responsáveis da FPF, departamento médico da selecção e jogadores sujeitos ao controlo registou-se total colaboração.
O comportamento de Queiroz, considerado ofensivo e difamatório, foi alvo de um inquérito aberto pelo IDP. Durante cerca de mês e meio foram ouvidas várias testemunhas, desde funcionários do hotel até elementos do staff federativo, alguns dos quais confirmaram de forma concreta os excessos do seleccionador. Concluído, o inquérito foi enviado para a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, que por sua vez o remeteu para a Federação. A Gilberto Madaíl foi pedido que agisse em conformidade com a gravidade da situação.”

Registe-se a prontidão de quem de direito na resolução do assunto

O alerta para a situação foi feito por nós, neste post, há dois dias atrás.
Hoje pela manhã, passadas menos de 48 horas, foi feita a devida rectificação, conforme podem verificar nas fotos abaixo (para ver melhor, clicar em cima da imagem).
Ainda bem que assim aconteceu. Fica o registo da prontidão, de quem de direito, na resolução deste assunto.


Declaração de interesses

Como membro efectivo, e de pleno direito, da blogoesfera residual da Figueira da Foz, declaro para os devidos efeitos que, apesar de hoje ser sexta-feira, não estou em pulgas, nem minimamente ansioso, por saber a opinião "do oráculo da verdade da blogosfera figueirense sobre a verdade da gestão autárquica e demais assuntos do território municipal" e, muito menos, atento à erudição e ao grande talento literário exibidos pelo autor do RdL .
Tal, fica a dever-se, no essencial, porque não sou curioso e tenho a verba para o
“repelente para os insultos e para os atestados de burrice habituais” completamente esgotada.

E o provedor municipal?...

Estão a falar desta promessa do PS, neste momento, num debate que está a decorrer no RCFM!...
Levantei a questão
aqui, neste espaço residual, no passado dia 4 de Julho!..
Lembram-se?..

Isto deve estar é tudo doido!... Se calhar, serei só eu!... Do mal o menos...

Li aqui, mas cheguei lá por aqui!..
Isto, de fazer parte de uma realidade que tem uma importância residual, por vezes, tem as suas vantagens...
Mas, vamos ao que interessa: entre dívidas, salários, despesas fixas e subsídios, a autarquia figueirense tem apenas dois milhões de euros para movimentar. Na opinião do presidente da Câmara da Figueira, “isto é absolutamente calamitoso”.
“A Câmara não tem dinheiro, esta é que é a realidade”, considerou, por sua vez, a vereadora Isabel Cardoso!..
Se esta é a realidade, e não duvido um segundo que seja, como compreender então isto: “na última reunião camarária foram aprovados 5 subsídios, num montante total de 8444 euros para deslocações aos Açores e ao estrangeiro. De ranchos folclóricos.”
Isto para além, claro, destes encaminhados 8 000 euritos!...
Como diria o meu querido Amigo e saudoso Zé Martins: “está tudo doido”!.
Citando, de novo, a Vereadora do pelouro da gestão financeira da Câmara Municipal da Figueira da Foz, a situação é de tal maneira grave que “(...) se não optarmos por esta (qual esta, pergunto eu, depois deste desenvolvimento?..) contenção o pagamento de salários poderá até vir a estar em causa”!..
Será que na Figueira nunca mais acaba o carnaval?... Olhem que nem dinheiro para o "pitrol" já existe!...

aF129



Enfim...


O post anterior é elucidativo. Numa Câmara sem dinheiro para fazer cantar um cego, parece que sempre se vão arranjar 8 000 mil euritos para trazer o bacano do Quim Barreiros a Buarcos, em Setembro p.f.
A situação e a oposição camarária estiveram bem uns para os outros. Deram um exemplo acabado do que tem sido a loucura despesista dos políticos, nesta cidade e neste País...
O importante, politicamente falando, foi não esquecer que o povo, na hora do voto, é quem mais ordena, e a maioria dos habitantes da parvónia, lá para Setembro, vai acorrer (e a correr) aos magotes ao espectáculo de Quim Barreiros.
Só que o povo não risca nada! O povo, não passa de uma massa humana, amorfa e desmemoriada, manipulada por políticos sem escrúpulos, que representam classes sociais que enchem o bandulho com a força do seu trabalho, que é para isso que o povo serve.
Nesta nossa democracia, o povo serve para trabalhar, pagar impostos e legitimar o poder da classe dominante. E é um pau!..
Vejamos. Esse mesmo povo que, em Setembro, vai acorrer (e a correr) para ver o Quim Barreiros a Buarcos, pensando que é de borla, é o mesmo povo que, a seguir, se lamenta nos cafés, que tudo está cada vez mais caro – é a água, é a luz, é o telefone, é o gás, é a gasolina, é o pão e todos os restantes bens de primeira necessidade, incluindo a saúde e a educação!...
Mas não passa disso. Apenas se lamenta – e às escondidas, não vão os senhores da Câmara, para o próximo ano, que não é véspera de eleições, recusarem o pagamento do artista de variedades...
Somente um povo habituado ao caciquismo, vítima de atraso social e iliteracia, se presta a uma submissão destas...
Enfim...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Isto está muito pior do que eu pensava

A história está hoje no jornal As Beiras:

“A comissão de festas da Senhora da Encarnação, que se realizam de 8 a 12 de Setembro em Buarcos, foi recebida ontem pelo presidente da câmara, João Ataíde. “Fomos muito bem recebidas e saímos satisfeitas com o resultado da reunião”, declarou Conceição Ministro, porta-voz da comissão, constituída por oito mulheres.
De salientar que a reunião teve lugar um dia depois da oposição (PSD e Movimento Figueira 100%) ter chumbado um apoio de 750 euros que a maioria socialista propusera em sede de reunião de câmara. O chumbo deveu-se à redução drástica das verbas propostas – em 2009 foram atribuídos 10 mil euros – e, sobretudo, porque o vereador António Tavares ter-se-á comprometido a manter as verbas do ano passado.“Comprometi-me que ia fazer os possíveis para manter o montante do último subsídio, mas não garanti que seria atribuída essa verba”, declarou o vereador ao DIÁRIO AS BEIRAS.

Marcha atrás

Apesar do pacto de silêncio que impera nos interlocutores da citada reunião, o jornal apurou que a autarquia terá garantido um montante equivalente à contratação de Quim Barreiros, que cobra cerca de oito mil euros. Recorde-se que os apoios municipais têm vindo a diminuir, desde que Santana Lopes atribuía 18 mil euros.
Congratulando-se pelo saldo da reunião de ontem, Miguel Almeida, frisou: “não posso deixar de achar estranho a mudança de posição do presidente da câmara, que 24 horas antes se mostrava tão convicto em relação à sua decisão”. Daniel Santos, do Movimento Figueira 100%, também se mostrou satisfeito pelo acordo alcançado entre a edilidade e a comissão de festas da Senhora da Encarnação de Buarcos. Os dois autarcas sublinharam que João Ataíde só fez marcha atrás devido à acção da oposição."

Mas que grande trapalhada, como diria a oposição figueirense...
Ainda que mal pergunte, o papel das Câmaras não é gerir o território concelhio, providenciando os investimentos necessários à melhoria das condições de habitabilidade, mobilidade e qualidade de vida dos seus habitantes?.. O dinheiro público, extorquido aos cidadãos por força de lei, não é um recurso finito, cuja utilização racional não deve obedecer a critérios de estrita necessidade e interesse colectivo?.. A situação financeira da Câmara não é desesperante, por isso mesmo, não deveria, ainda mais, conter-se, em gastos inúteis?..
Perante a postura global das forças eleitas para a Câmara – PS, PSD e Figueira 100%, só me ocorre um comentário: isto está muito pior do que eu pensava.
Parece que não se aprendeu nada com o passado recente!..

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um tema importante que tem a ver com a segurança de todos nós: a vigilância nas praias de São Pedro

O assunto é delicado, melindroso mesmo. Daí, ter estado desde domingo a defrontar-me comigo próprio, para ver se havia de trazer este assunto a este espaço...
Porém, ao ler hoje nas Beiras, a resposta do vereador do Ambiente da Câmara da Figueira da Foz a uma questão levantada por Miguel Almeida, ficou-me a sensação que algo de menos claro paira sobre este caso. E, como está em causa a segurança de milhares de pessoas que frequentam as praias da freguesia de São Pedro, considero que é meu dever cívico levantar o problema.
Estou a referir-me, é claro, ao desaparecimento, no domingo passado, de um jovem de 22 anos de idade numa praia da Cova-Gala, que todos os jornais e outros órgãos de informação noticiaram como praia não vigiada.
Disse António Tavares, segundo as Beiras de hoje: “em caso de acidente, os nadadores salvadores das praias vigiadas podem facilmente acudir àquela praia e foi isso que aconteceu”.
Pois é senhor vereador, foi isso que aconteceu, com os resultados que se conhecem, mas não deveria ter sido assim. Vou tentar explicar porquê.
Reparem na gravura abaixo, foto acabada de obter (hoje, dia 21 de Julho de 2010, cercas das 19 horas e 40 minutos) na praia da Cova-Gala, na vitrina que está junto ao mastro da bandeira azul.

Atentem bem agora no pormenor abaixo. A vermelho, está definido, por uma linha, como “área controlada pelo nadador salvador”, as praias da Casa e a da Cova.

Algo de estranho se passa. Mais: no local da chamada praia da Casa não se encontra nenhuma placa informativa com os dizeres “praia não vigiada”.
Repito: não querendo, tal como o vereador Miguel Almeida, “dada a delicadeza desta questão, estabelecer uma relação entre a causa e o efeito”, fica o alerta para as autoridades competentes – Capitania do Porto da Figueira da Foz, Câmara Municipal da Figueira da Foz e Assembleia e Junta de Freguesia de São Pedro, pois este assunto tem a ver com a segurança de milhares de pessoas.
Já agora fica uma pergunta final: dos cerca de 5 000 mil metros de praia existentes na Freguesia de São Pedro, quantos metros, efectivamente, estão vigiados com nadadores-salvadores?

Nota:
Para ver melhor as imagens, clicar por cima.

Flexibilidade e insegurança - assim, podem contar comigo!..

Paulo Teixeira Pinto, ao que dizem o rosto visível da revisão constitucional papagueada por Passos Coelho, em 2007 saiu do BCP com uma indemnização de 10 milhões de euros, à cabeça, e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros.
Recorde-se, que com 46 anos, Paulo Teixeira Pinto, foi considerado "inapto" por uma Junta Médica, com uma reforma de 35.000 € mensais!..
Foi o próprio que em carta enviada ao Público, referiu que passou "à situação de reforma em função de relatório de junta médica".
Recorde-se, também, que estas juntas médicas são as mesmas que recusam reformas a trabalhadores com Cancro.
“Hoje, lá mais pela noite, graças a Passos Coelho, surgirá aos olhos dos portugueses um Sócrates renascido das cinzas do incêndio que o líder do PSD ateou.”

O neófito radical e néscio

imagem sacada daqui

Alberto João Jardim declarou ontem estar “frontalmente contra” a proposta de revisão constitucional do PSD e sublinhou que o partido fazia um favor se o expulsasse.
“Esta não é a ideologia do meu PSD. Estou frontalmente contra e estou no direito de estar contra. Expulsem-me, que é um favor que me fazem”, disse o líder do PSD-Madeira.
O neófito radical que tomou conta do PSD quer fazer uma coisa que, presumo, não vai ser fácil: alterar a matriz social-democrata do partido fundado por Sá Carneiro para criar uma formação que nada tem a ver com a origem.
Ora bem: para além da confusão que se está a instalar nas bases do partido, constituído basicamente por pessoas que ao longo dos anos se habituaram a ver o seu partido lutar pela melhoria das suas condições de vida, nomeadamente no emprego, na saúde, na escola e nas reformas, vê agora o partido a ser elogiado pelos patrões, que vêem no horizonte a possibilidade de despedir sem limite nem escrúpulo.
Não sei como se pode ser tão politicamente néscio, em tão pouco tempo, como está a ser o neófito radical que tomou conta do PSD!..
Querem ver que, apesar de tudo, o PS ainda empata as próximas eleições?...