Na última AM, este tema, causou alguma crispação, entre o presidente da câmara e a bancada do PSD, em especial com a deputada Isabel Sousa.
Para melhor esclarecimento do que se passou na última AM, fica a intervenção da deputada municipal, pelo PSD, Isabel Sousa.
"No que diz respeito à Queima das Fitas da Universidade de Coimbra, e a vinda dos estudantes à Figueira da Foz, a tradição já não é o que era. Acabaram com o evento que atraía milhares de pessoas à nossa cidade
Há alguns anos a Figueira da Foz enchia-se de estudantes e de familiares que chegavam à nossa cidade desde cedo e invadiam as ruas da cidade, a praia, os cafés, os restaurantes e esse dia culminava com a garraiada no Coliseu, que ocorria ao domingo. Os estudantes chegavam à nossa cidade transportados por comboios da CP, cujas viagens eram nesse dia gratuitas. A tradição era marcada pela diversão e alguma irreverência despreocupada dos jovens estudantes. Por razões, mais ou menos, ecologistas da academia universitária de Coimbra, a garraiada acabou. Perdeu-se o trunfo que fazia com que os jovens estudantes viessem à nossa cidade continuar os dias de folia próprios da Queima.
Para substituir este evento, a autarquia quis inovar. Inventou a “comboiada”. Supostamente seria uma forma de atrair muitos jovens à nossa cidade, proporcionar-lhe muita diversão com atividade lúdicas, incluindo o transporte de ida e volta de comboio entre Coimbra e a Figueira da Foz, pequeno-almoço, uma serenata oferecida pelos estudantes à cidade na Praça da Europa. A iniciativa contemplava ainda um espaço de diversão na Praça do Forte, com o recurso a uma série de equipamentos e ainda foram convidados artistas e animadores, entre eles o Rui Unas, que viria a publicar vídeos ridicularizando esta atividade destinada à “estudantada” e a falta de adesão da juventude académica a este formato. A tão esperada enchente, que apontava para a vinda de 1500 estudantes não se verificou nesse dia 8 de maio, tendo na verdade ficado pelas modestas dezenas.
Parece-nos uma festa de uma cidade (aparentemente rica), que não considera excessivo o gasto de 14.000 euros do erário público, numa brincadeira do género “Ocupação dos Tempos Livres” destinada a estudantes universitáriosde Coimbra, que não teve qualquer retorno na dinâmica económica da nossa cidade.
Perguntamos o que é que se pretendeu com tal evento?
De que entidade autárquica partiu esta ideia “genial”?
Não se penitencia o executivo pelo esbanjamento de dinheiro, que é de todos nós, num evento que deve ter servido os interesses económicos de alguma empresa emergente supostamente protegida pelo executivo?
Porque é que o executivo se escusou, até ao momento, a dar as explicações solicitadas por nós, sobre esta matéria?
Sr. Presidente:
Para que não se perca a ligação da academia coimbrã com a nossa cidade, há que fomentar esses laços ao longo do ano, criando polos de atração e interesse, devidamente concertados com a Universidade de Coimbra. É antes, urgente criar uma política sustentável de apoios aos jovens estudantes da nossa cidade, e daqueles que se encontram a estudar nas mais diversas academias universitárias do nosso país, para que um dia queiram regressar à sua cidade e contribuir para o seu enriquecimento e para o seu crescimento futuro."
Nota de rodapé.
Entretanto, este espaço encontra-se ao inteiro dispor do Senhor Presidente da Câmara, para as explicações que entender por bem dar aos figueirenses, sobre este ou qualquer outro assunto que tenha a ver com o dia a dia de quem habita e trabalha no concelho gerido há 9 anos por João Ataíde.
Temos, uma vez por todas, de ultrapassar estas "dificuldades": quando a oposição, seja na Câmara, seja na Assembleia Municipal, faz perguntas concretas diz-se que fazem "insinuações".
Para evitar essas crispações, que tal dar informação concreta e verdadeira?
Nomeadamente, as explicações que não deu no decorrer da Assembleia Municipal, quanto aos procedimentos que levaram à contratação daquela - e não de outra empresa.
Mais ainda. Citando o vererador Ricardo Silva:
"Qual a motivação que levou a que o Sr. Presidente Dr. João Ataíde e seus vereadores na Reunião de Câmara Municipal “Secreta” de 7 Maio (reunião à porta fechada ao publico), para não terem prestado informação, à Oposição, sobre o evento?!
Qual a razão do apoio, não ter sido submetido, à reunião de Câmara 7 de Maio 2018 ?
A responsabilidade política, de apoiar este evento partiu do gabinete da Presidência ou de algum Vereador?
Desta forma, solicito que seja, fornecida toda a correspondência trocada com a Organização da Queima das Fitas e ainda toda a documentação e orçamentos que justifiquem o apoio dos14 mil euros!!
É de lamentar que o Município, o qual transmite ser transparente e isento, tenha este tipo de atuação.
Em termos de comparação a 41º Jornadas Teatro Amador, organizadas pelo Lions Clube da Figueira da Foz, que estão a decorrer até 19 de Maio 2018, sejam somente apoiadas com 2.500 euros!!!
É a forte aposta no associativismo e na cultura no nosso Concelho!!"
Para melhor esclarecimento do que se passou na última AM, fica a intervenção da deputada municipal, pelo PSD, Isabel Sousa.
imagem sacada daqui |
"No que diz respeito à Queima das Fitas da Universidade de Coimbra, e a vinda dos estudantes à Figueira da Foz, a tradição já não é o que era. Acabaram com o evento que atraía milhares de pessoas à nossa cidade
Há alguns anos a Figueira da Foz enchia-se de estudantes e de familiares que chegavam à nossa cidade desde cedo e invadiam as ruas da cidade, a praia, os cafés, os restaurantes e esse dia culminava com a garraiada no Coliseu, que ocorria ao domingo. Os estudantes chegavam à nossa cidade transportados por comboios da CP, cujas viagens eram nesse dia gratuitas. A tradição era marcada pela diversão e alguma irreverência despreocupada dos jovens estudantes. Por razões, mais ou menos, ecologistas da academia universitária de Coimbra, a garraiada acabou. Perdeu-se o trunfo que fazia com que os jovens estudantes viessem à nossa cidade continuar os dias de folia próprios da Queima.
Para substituir este evento, a autarquia quis inovar. Inventou a “comboiada”. Supostamente seria uma forma de atrair muitos jovens à nossa cidade, proporcionar-lhe muita diversão com atividade lúdicas, incluindo o transporte de ida e volta de comboio entre Coimbra e a Figueira da Foz, pequeno-almoço, uma serenata oferecida pelos estudantes à cidade na Praça da Europa. A iniciativa contemplava ainda um espaço de diversão na Praça do Forte, com o recurso a uma série de equipamentos e ainda foram convidados artistas e animadores, entre eles o Rui Unas, que viria a publicar vídeos ridicularizando esta atividade destinada à “estudantada” e a falta de adesão da juventude académica a este formato. A tão esperada enchente, que apontava para a vinda de 1500 estudantes não se verificou nesse dia 8 de maio, tendo na verdade ficado pelas modestas dezenas.
Parece-nos uma festa de uma cidade (aparentemente rica), que não considera excessivo o gasto de 14.000 euros do erário público, numa brincadeira do género “Ocupação dos Tempos Livres” destinada a estudantes universitáriosde Coimbra, que não teve qualquer retorno na dinâmica económica da nossa cidade.
Perguntamos o que é que se pretendeu com tal evento?
De que entidade autárquica partiu esta ideia “genial”?
Não se penitencia o executivo pelo esbanjamento de dinheiro, que é de todos nós, num evento que deve ter servido os interesses económicos de alguma empresa emergente supostamente protegida pelo executivo?
Porque é que o executivo se escusou, até ao momento, a dar as explicações solicitadas por nós, sobre esta matéria?
Sr. Presidente:
Para que não se perca a ligação da academia coimbrã com a nossa cidade, há que fomentar esses laços ao longo do ano, criando polos de atração e interesse, devidamente concertados com a Universidade de Coimbra. É antes, urgente criar uma política sustentável de apoios aos jovens estudantes da nossa cidade, e daqueles que se encontram a estudar nas mais diversas academias universitárias do nosso país, para que um dia queiram regressar à sua cidade e contribuir para o seu enriquecimento e para o seu crescimento futuro."
Nota de rodapé.
Entretanto, este espaço encontra-se ao inteiro dispor do Senhor Presidente da Câmara, para as explicações que entender por bem dar aos figueirenses, sobre este ou qualquer outro assunto que tenha a ver com o dia a dia de quem habita e trabalha no concelho gerido há 9 anos por João Ataíde.
Temos, uma vez por todas, de ultrapassar estas "dificuldades": quando a oposição, seja na Câmara, seja na Assembleia Municipal, faz perguntas concretas diz-se que fazem "insinuações".
Para evitar essas crispações, que tal dar informação concreta e verdadeira?
Nomeadamente, as explicações que não deu no decorrer da Assembleia Municipal, quanto aos procedimentos que levaram à contratação daquela - e não de outra empresa.
Mais ainda. Citando o vererador Ricardo Silva:
"Qual a motivação que levou a que o Sr. Presidente Dr. João Ataíde e seus vereadores na Reunião de Câmara Municipal “Secreta” de 7 Maio (reunião à porta fechada ao publico), para não terem prestado informação, à Oposição, sobre o evento?!
Qual a razão do apoio, não ter sido submetido, à reunião de Câmara 7 de Maio 2018 ?
A responsabilidade política, de apoiar este evento partiu do gabinete da Presidência ou de algum Vereador?
Desta forma, solicito que seja, fornecida toda a correspondência trocada com a Organização da Queima das Fitas e ainda toda a documentação e orçamentos que justifiquem o apoio dos14 mil euros!!
É de lamentar que o Município, o qual transmite ser transparente e isento, tenha este tipo de atuação.
Em termos de comparação a 41º Jornadas Teatro Amador, organizadas pelo Lions Clube da Figueira da Foz, que estão a decorrer até 19 de Maio 2018, sejam somente apoiadas com 2.500 euros!!!
É a forte aposta no associativismo e na cultura no nosso Concelho!!"