Via Diário as Beiras
segunda-feira, 26 de dezembro de 2022
"...contas feitas, a factura fiscal que estas pessoas suportaram foi relativamente baixa quando comparada com a da generalidade dos cidadãos"...
"Há cinco vezes mais ricos do que em 2014.
Contribuintes de elevada capacidade patrimonial. Assim são conhecidos a nível internacional e foi assim, também, que o Fisco português os baptizou. Para estarem neste grupo restrito, obedecem a requisitos muito claros: directa ou indirectamente, detêm um património superior a cinco milhões de euros e/ou obtiveram rendimentos superiores a cinco milhões de euros num ano ou na média dos três anos anteriores.
Quem são? Que património têm? De onde lhes vêm os rendimentos? O Fisco não divulga, mas admite ter identificados em Portugal 240 contribuintes nestas condições. Na verdade, são 229 agregados familiares, o que significa que a esmagadora maioria são agregados com um único titular de rendimentos. E, destes, há 44 "indivíduos e/ou entidades/ que estão a ser alvo de acções de controlo" por parte da inspecção tributária.
Estes dados foram conhecidos esta quarta-feira, 20 de Janeiro, quando a directora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Helena Borges, esteve no Parlamento, numa audição na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa. Foi chamada, tal como o ex-director geral do Fisco, José Azevedo Pereira, precisamente para prestar esclarecimentos sobre o tema dos contribuintes de elevada capacidade patrimonial e os impostos que pagam. O assunto saltou para a ribalta em Dezembro passado quando, em declarações à SIC, Azevedo Pereira se indignou com o facto de os muito ricos pagarem, afinal, uma factura fiscal reduzida.
domingo, 25 de dezembro de 2022
sábado, 24 de dezembro de 2022
A felicidade passa por isto: pequenos nadas que dão cor às nossas vidas...
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
Santana Lopes: "com o encerramento das extensões de saúde quem se trama é o mexilhão"...
"Apesar de ter havido uma tentativa de contacto, ARS não respondeu..."
Leitura política "das altercações que interromperam a Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião"
Em finais de Maio de 2004 o jornalista Luciano Alvarez, publicou no jornal Público o seguinte texto:
«Em 1975, durante o PREC, alguma direita mais radical alinhada com a "Maioria Silenciosa", trouxe ao debate político a moca de Rio Maior. Um pau maciço, com uma ponta mais larga cravejada de pregos e que era a arma que essa direita imbecil entendia ser a melhor para combater os comunistas.
Trinta anos depois, numa campanha para as eleições europeias, o Bloco de Esquerda (BE) reinventou a moca. Os cartazes que já estão afixados, pelo menos em Lisboa, mostram um padeiro sorridente (alguma da malta que, em 1975, se passeava pelas ruas com a já referida moca também sorria) com um rolo da massa na mão direita e uns pães tipo cacete na outra. "Estás farto? Vota em quem lhes bate forte. Bloco de Esquerda. Na Europa como em Portugal", está escrito no referido cartaz.
Qual é a primeira conclusão que se pode tirar deste placar? A política, a forma de fazer política do BE, é a da mocada e da traulitada (espera-se que só verbal). "Na Europa como em Portugal".
Numa campanha em que PSD-CDS e PS têm apostado em imagens futeboleiras para fazer campanha, o BE apresenta agora o rolo da massa contra os cartões vermelhos e amarelos, os apitos e os cachecóis. Num momento de crispação verbal na política portuguesa, o BE cava o fundo do poço prometendo que vai bater forte (espera-se que só por palavras).»
Imagem via Diário as Beiras |
Quem tenha acompanhado a política figueirense no último ano não nota algumas semelhanças com a política trauliteira do PREC em 1975 e "a política do BE, da mocada e da traulitada" em 2004?
«"É uma imagem", dirão os bloquistas. Pois é - por sinal, bem verdadeira. É a imagem de quem acha que a política se faz à cacetada (deseja-se que apenas com o verbo) e de "sound-bytes".»
Lamentável, verdadeiramente lamentável, é que uma força política como o PS/Figueira, que governou a autarquia figueirense mais de 30 anos a seguir à implantação da democracia e que teve responsabilidades políticas na condução da câmara municipal da Figueira da Foz e da junta de freguesia de Buarcos e são Julião, entre muitas outras, até Setembro de 2021, e continua com grandes responsabilidades autárquicas, pois detém a responsabilidade política de gerir a maior parte das freguesias do concelho, já antes, mas depois da saída dos vereadores directamente eleitos a coisa acentuou-se, tenha vindo a surfar a onda bloquista alimentada e incentivada por sectores direitistas da sociedade figueirense, adeptos da "mocada", derrotados por Santana Lopes nas últimas autárquicas.
Quem não desconheça os meandros politiqueiros figueirenses ao longo dos anos a seguir ao 25 de Abril, mas em especial de 2005 para cá, é fácil fazer a leitura política e perceber o que está a acontecer, porquê, como e quem está na sombra a puxar os cordelinhos.
O episódio da passada quarta-feira ocorrido na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião não foi fruto do acaso.
Quem o idealizou e perpetrou sabia certamente o que estava a fazer. Contava, como contou, com a inexperiência política da presidente da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião e de alguns dos seus membros, para fazer o número que pretendia fazer - e concretizou.
Na Figueira, o debate democrático, tirando os primeiros anos a seguir ao 25 de Abril de 1974, não tem sido lá muito profícuo e interessante. Basta olhar para a composição das sucessivas Vereações Camarárias e Assembleias Municipais, principalmente a partir do século XXI, para termos uma ideia do que para aí vai em qualidade política, em termos gerais, pelas Assembleias de Freguesia do concelho.
Isto fragiliza a democracia. A liberdade não pode permitir tudo. Não pode permitir, por exemplo, que cidadãos e cidadãs com um passado decente, uma família e uma vida que deveria falar por si, sejam tratados na internet como "chulos" e "prostitutas".
Com o episódio da passada quarta-feira na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, a política figueirense deu mais um passo rumo a não sei o quê, mas nada de positivo: entrou no vale tudo que, de há uns meses a esta parte, se via em algumas páginas do facebook.
Isto é preocupante. Que o diga a presidente de junta de Buarcos e São Julião, que sentiu na pele o que tem sido a campanha de baixaria que assola a Figueira no Natal de 2022.
O facebook é o facebook. Porém, o que aconteceu na passada quarta-feira no decorrer da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, a meu ver, é grave, muito grave.
Merece ser alvo de reflexão profunda e leitura política atenta, corajosa e responsável por todas as forças políticas existentes no concelho da Figueira da Foz.
Que me recorde, foi o episódio institucional e político mais triste e lamentável ocorrido no nosso concelho, pós 25 de Abril de 1974.
Não foi um acto isolado. Recordo o último comunicado do BE da Figueira, que deu corpo, politicamente falando, aos "sound-bytes" facebokianos.
O que aconteceu na passada quarta-feira, foi a "cereja em cima do bolo" de algo que andava a ser cozinhado em lume brando há meses.
Os mentores sabiam (e sabem) o que andam a fazer.
Bom Natal para todos. Que o próximo ano de 2023 traga aos figueirenses a melhoria das condições de vida, serenidade e paz.
"Tanta coisa que está mal na Figueira da Foz"
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
"É importante salientar que a intervenção neste complexo deve ser complementada com uma alteração profunda na avenida 25 de Abril ao nível da circulação rodoviária, retirando-se alguns veículos desta artéria, possibilitando assim uma maior liberdade aos meios de circulação leves e, principalmente, aos peões"
Perante o encerramento de três extensões de saúde no concelho, Santana Lopes questiona o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego: "não está a cumprir os seus objetivos, será que tem condições para continuar no cargo?"
Que escrever perante a maior e mais profunda dor que uma Mãe pode ter?
POSTOS DE SAÚDE A FECHAR
NOTA DA CDU FIGUEIRA DA FOZ DIRIGIDA AOS RESPONSÁVEIS AUTÁRQUICOS E À COMUNICAÇÃO SOCIAL, DATADA DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
Altercações na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião
Via Diário as Beiras
Imagem daqui |
Ambos abandonaram a sessão e prosseguiram a discussão no exterior do edifício. José Cardoso chamou a PSP, mas esta força de segurança não se deslocou ao local enquanto os dois contendores lá se encontravam.
“Dou por encerrado este assunto, porque não tem sumo, não tem o que se lhe diga. Estive muitos anos na política e nunca encontrei um indivíduo que me mandasse para o outro sítio e me tratasse mal”, disse José Charana ao DIÁRIO AS BEIRAS.
“Chamei a PSP porque o senhor abordou-me violentamente, empurrou-me”, afirmou, por seu lado, José Cardoso. No entanto, José Charana negou que tivesse agredido o interlocutor. “[José Charana] foi à Assembleia de Freguesia dizer que eu não sou honesto e eu não admito que me chamem desonesto”, acrescentou José Cardoso.
O que esteve na origem da discussão foram questões relacionadas com a gestão autárquica do anterior executivo da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, do qual José Charana fazia parte.
Um vídeo com o início da discussão, quando ambos ainda se encontravam na sessão daquela Assembleia de Freguesia do concelho da Figueira da Foz, circula nas redes sociais."
Ventura: chega?..
Câmara da Figueira da Foz indignada com fecho de unidades de saúde por falta de técnicos
Via Diário as Beiras
"O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje que vai entrar em diálogo direto com a tutela por causa do fecho de algumas unidades de saúde no concelho devido à falta de secretários técnicos.
“Vou passar a ser mais exigente e entrar noutra via de diálogo direto com o Governo e a nova Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, explicitou, em declarações aos jornalistas, Pedro Santana Lopes.
O autarca, que falava após a reunião de hoje da Câmara Municipal, salientou que não aceita o modo de proceder dos responsáveis mais próximos, que “colocam avisos à porta, com fita adesiva, como se fosse uma padaria, mas em estabelecimentos de saúde é inaceitável”.
Salientando que enquanto não estiverem bem definidas as competências das administrações regionais de Saúde e a nova autoridade de gestão as dificuldades de articulação “ainda vão ver maiores”, o presidente da Câmara da Figueira da Foz referiu que o município “tem de ir diretamente à fonte”.
“Fechar as unidades de saúde e deixar as pessoas à porta é indescritível”, sublinhou.
As unidades de saúde de São Pedro, Marinha das Ondas e Vila Verde têm estado encerradas devido à falta de assistentes técnicos para assegurar o atendimento e o secretariado clínico, sem que a Câmara tivesse sido previamente informada.
“A responsabilidade não é nossa, mas o município não pode ficar parado e tem de avançar para novas formas de luta”, disse Santana Lopes durante a reunião de Câmara.
O autarca deu o exemplo da unidade de Marinha das Ondas, aberta há cerca de duas semanas e que encerrou, considerando que andam a “brincar com a população”.
“Abre e fecha passado duas semanas. O que é que as pessoas andam a pensar dos políticos”, enfatizou o presidente da Câmara, que já este ano assumiu as competências na área da saúde."