quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
"Rui Rio cria condições para a oposição interna lhe pedir a cabeça se perder"
Rui Rio: “Não é correto que em lugares elegíveis só estejam pessoas que me apoiaram, é mentira, é mentira mesmo. É verdade que a lista tem a marca da estratégia que ganhou, não pode ter a da estratégia que perdeu. Foi dos Conselhos Nacionais mais pacíficos, mas, ao mesmo tempo, os que não ficaram tiveram reações mais fortes e mais violentas do que é normal.”
E uma frase furiosa de Cristóvão Norte, líder do PSD algarvio, que Rio expulsou das listas: “São um elogio à subserviência e uma homenagem à mediocridade, espero que se ganhar as eleições não faça um governo assim.”
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
Deixem o Sá Carneiro em paz
O presidente do CDS-PP quebrou o silêncio sobre a decisão dos sociais-democratas de irem sozinhos a votos nas legislativas e disse: "PSD decidiu estar mais próximo de António Costa do que de Sá Carneiro".
Já tardava. Mas, será que esta é a altura certa e desinteressada para o CDS dizer bem de Sá Carneiro?
Nestes tempos, em que a nível político impera o falso, o artificial e de plástico, para as novas gerações dos políticos de direita, Sá Carneiro deve ser uma figura que só existiu na ficção.
Custa ver o que é defendido (e porque é defendido) utilizando o nome de Sá Carneiro...
Legislativas 2022: lista de candidatos PSD por Coimbra
O Conselho Nacional do PSD aprovou as listas de candidatos a deputados, apesar das críticas na reunião sobre a exclusão de muitos nomes. As listas foram aprovadas com 67 votos a favor, 21 contra e seis abstenções.
A Figueira aguarda a sua decisão: a suspense em torno da opção do vereador PSD, pelos vistos, é enorme!..
Lista PS por Coimbra para deputados: pela Figueira, Carlos Monteiro ou Raquel Ferreira?
Raquel Ferreira foi deputada na última legislatura |
"Os socialistas de Coimbra, irão reunir a Comissão Política Distrital, na próxima sexta-feira, para decidir os candidatos a deputados a enviar para o órgão nacional, em Lisboa.
Rui Rio: «Preparadíssimo para ser primeiro-ministro»
Pedro Correia, via Delito de Opinião
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
Ary dos Santos
Foram dele muitas das palavras sobre as portas que abril abriu. Foi sempre um Poeta empenhado, militante, apaixonado por causas e pessoas.
"O novo presidente da Junta do Paião, José Carvalho, defende que o nome da freguesia deveria incluir Borda do Campo, que foi agregada, em 2012, no âmbito da reforma administrativa"
Via Diário as Beiras
«“Não acho justo que a freguesia continue a chamar-se só Paião. Deveria ser União de Freguesia do Paião e Borda do Campo, como já é Buarcos e São Julião, mas também para isso caminharemos”.
Se, nas próximas Eleições Autárquicas, em 2025, a Borda do Campo já tiver recuperado a autonomia administrativa, garantiu José Carvalho, “a ser candidato”, será àquela junta de freguesia que se candidatará. Mas, salvaguardou, antes de avançar, tudo fará para “deixar uma candidatura ao Paião que corresponda à continuidade daquilo que vamos fazer, em termos de projetos (na freguesia)”.»
Afinal o que vai decidir Rio sobre "a meia dúzia de votos"?...
Rui Rio, presidente do PSD, e Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, já anunciaram publicamente a sua vontade de criar uma coligação pré-eleitoral |
O próprio Rio tem admitido que não é consensual uma coligação com o CDS-PP. E mantém-se assim até à Comissão Política de hoje, onde serão acertadas as propostas da Direcção para acordos pré-eleitorais e para as listas de candidatos, que serão votadas, à noite, em Conselho Nacional.
Em causa, a situação interna dos centristas, que muitos dirigentes sociais-democratas temem que penalize o PSD. Do outro lado da balança, a necessidade de se garantir que o CDS-PP não tenha um desaire eleitoral, que leve a uma redução no número de deputados, essencial no caso de uma vitória nas legislativas sem maioria absoluta.
Afinal o que vai decidir Rui Rio?
Aliança com a Iniciativa Liberal?
Parece que não. Será porque estes são meia dúzia de votos?
Aliança com CDS e PPM?
Talvez... Será por estes valerem milhares de votos?
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Qual deve ser a principal prioridade do executivo camarário da Câmara Municipal da Figueira da Foz?
"Todos os programas eleitorais foram convergentes na identificação dos problemas estruturais do Concelho e por isso é fácil identificar quais devem ser as prioridades do novo Executivo Municipal...
Enfim, com o beneficio de ter encontrado as fundações já feitas para todas estas áreas, aliás, como se verificou com o recente anúncio relativo à instalação da Universidade de Coimbra, e tendo a liberdade de o fazer imprimindo o seu próprio cunho, não será difícil levantar as paredes e construir o castelo."
Doutora Malfalda Azenha, permita que lhe diga: há gente com sorte...
O Dr. Santana Lopes, como se viu em 26 de Setembro passado, é um poço de sorte. Foi sorte, demasiada sorte e, já agora, também demasiada incompetência da vossa parte, ter vencido as últimas autárquicas. Principalmente, nos últimos dois anos, depois da ida do Dr. João Ataíde para Lisboa.
E é à custa desta "sorte", desta intangibilidade que se sedimentam mitos e se ganham eleições.
Há muito a rever no Cabedelo
Quanto às infra-estruturas, «terão de ser melhoradas com a implementação das escolas de surf e do restaurante», sendo que o processo de levantamento das estruturas «já se iniciou». Além disso, Manuel Domingues quer «entender qual era a ideia para o surf-camping. O espaço não é muito grande, há necessidade de estruturas novas para acomodar os campistas, temos de nos debruçar sobre o processo»."
Desde que me recordo, olho para o Cabedelo de uma forma cúmplice e agradeço a força e o sorriso que traz, todos os dias, à minha vida.
Como sabemos, a vida custa a todos... Mas, a alguns em especial!
Como acontece em tudo na vida, é preciso estar-se no sítio certo no momento certo. O trabalho e o esforço são determinantes, mas um pouco de sorte ajuda muito. E ter tido a sorte de poder, sempre que o quisesse, encontrar-me com um local como o Cabedelo, mais do que sorte, na minha vida foi uma benção.
No inverno, tem aquela luz ténue e límpida, própria desta estação do ano. Em dias frios, como o de hoje, tenho a sensação que o frio purifica a luminosidade, o que é uma benção, em especial, para os fotógrafos. A luz de inverno, no Cabedelo, é calma e fugaz. Os dias são curtos e transmite a necessidade de não desperdiçar um momento que seja, pois os dias de inverno no Cabedelo são lindos, mas têm algo que faz lembrar o efémero.
A partir da primavera tudo é diferente. A sensação de êxtase dura mais - quase parece permanente.
Tirando o mês de Agosto, o Cabedelo rodeia-nos de uma atmosfera muito especial. Somos nós e o sol - isto, é a natureza.
O Cabedelo, por obra do anterior executivo camarário, fruto do atentando paisagístico de que foi alvo, ficou transformado em mais um mártir ambiental no nosso concelho.
A coberto das denominadas requalificações, sítios onde antes, e a pretexto da defesa da natureza, do meio ambiente e da protecção do ecosistema, nem sequer uma tenda de campismo selvagem se podia erguer, estão agora ocupados por impermeabilizações pacóvias e desnecessárias.
É disto que me vou lembrar quando pensar no Cabedelo de há 60 anos: da destruição do património natural comum para benefício de uns quantos.
Segundo supomos saber, a intervenção feita naquele local aconteceu no âmbito do Programa Portugal 2020. Temos para nós que, salvo raras e honrosas exceções, a grande maioria das intervenções deste Programa visam aquilo a que designamos como a obtenção do espectacular. Muitas vezes, porém, estas intervenções levam à perda da genuidade do lugar.
No Cabedelo isso nota-se a olho nu: a requalificação serviu para correr com a comunidade que ao longo das últimas décadas deu vida àquele lugar.
Na nossa opinião, não aconteceu ali uma intervenção urbana equilibrada, no pressuposto da “compreensão das diferentes escalas territoriais de inserção, nos processos de reestruturação, nos elementos arquitetónicos, na morfologia urbana existente e nas tradições” (Carla Narciso).
Uma intervenção urbana, como a que está a acontecer no Cabedelo, não deveria significar uma perda da genuidade do local, mas sim uma melhoria social e estética. Só que, deveria ter acontecido o que não aconteceu: na obtenção deste desiderato era necessária a participação da comunidade local nas discussões e intervenções a serem implementadas.
Não demos conta, para além dos mínimos que a lei estipula e prescreve, que tivesse sido implementado e levado a cabo de uma forma verdadeiramente participativa da discussão da desta requalificação do Cabedelo.
O que está em causa, dada a capacidade de ilusão que as obras provocam na sua passagem, desprendidas da vivência e do quotidiano das pessoas que aí vivem, é a liquidação do Cabedelo como o conhecemos.
Como dizem Borja & Forn, em Políticas da Europa e dos Estados para as Cidades, "o maior desafio do planeamento urbano contemporâneo é aumentar o potencial competitivo das cidades no sentido de responder às procuras globais e atrair recursos humanos e financeiros internacionais. Mas, de acordo com vários exemplos que temos assistido, o planeamento tem sido feito à margem da cidade, com total esquecimento das pessoas que ocupam e vivem nesses espaços."
O Cabedelo, como espaço público de eleição, não é uma mercadoria.
O poder municipal, é o principal impulsionador e gestor do espaço público, em especial nas cidades pequenas e médias, como é o caso da Figueira da Foz.
Há muito a rever no Cabedelo. Ao trabalho Senhor Vereador Manuel Domingues, ao trabalho.