terça-feira, 21 de março de 2017

Há gente degenerada, verdadeiros eunucos cerebrais, que entendem que nascemos com um pecado original...

Sou livre e tenho carinho. 
Passo a passo, encontrei a justa medida,
que, em equilíbrio, me tem conduzido na vida.
Mas, por opção, vou continuar a seguir sozinho!

Gosto de Liberdade, gosto de espaço.
Detesto grilhões e medos,
posso ter algum cansaço,
mas não tenho segredos.

Gosto de olhar com fervor,
gritar na praia e olhar o mar 
e sob  o céu, em noites de luar,
caminhar firme e com vigor.

Sou alguém que ainda sonha,
sente o pulsar da alma,
vive a vida com calma
e sabe que há gente medonha...

Sou do povo.
Embora não seja nenhum Romeu,
sinto em mim sangue novo:
sobretudo, gosto de ser eu!

Nota de rodapé.
"O Mundo acaba sempre por fazer
o que sonharam os Poetas."
Agostinho da Silva

"Não me interessa ser original;
interessa-me ser verdadeiro."

Agostinho da Silva

segunda-feira, 20 de março de 2017

"IMAGEM DE MARCA": SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL...

Pelo vídeo que pode ser visto clicando aqui, o presidente é quem mais entende do tema...
Ao lado de João Ataíde, Fernando Pessoa, o Poeta, eclipsa-se!..

Vamos lá então discutir o PDM (5)...

Para ver melhor, clicar na imagem
Soporcel/Celbi.
Só a Soporcel é que tem direito a expansão?
Porque é não é aplicado o mesmo critério à Celbi?

A normalidade e previsibilidade existem. Quem o conhece, sabia que ia acontecer isto, e porquê: "José Elísio promete lutar contra novo PDM". A luta continua: "ou vai, ou racha"... (II)

O presidente da Junta de Lavos disse, na passada sexta-feira,  que poderá vir a “lutar contra a revisão” do Plano Diretor Municipal (PDM), caso nada seja alterado em relação à sua freguesia. 
José Elísio disponibilizou-se ainda para alargar a luta às freguesias que se sintam injustiçadas. 
O autarca lavoense remeteu a decisão popular para o resultado da reunião que amanhã se realiza em Lavos, aonde técnicos da autarquia se deslocam para debater com a população a revisão do PDM. 
Entretanto, o jornal As Beiras apurou que José Elísio viu gorada a pretensão de lotear um terreno de 17.500 metros quadrados que detém, em conjunto com o irmão, nas Regalheiras de Lavos
Terá a impetuosa reação do político lavoense uma relação direta com a inviabilização do pedido que fez ao executivo camarário? 
O autarca afirma que não está a ser juiz em causa própria. “Uma coisa é uma questão pessoal, outra coisa é o PDM. Não reconheço nenhuma vantagem no PDM, sobretudo em relação a Lavos. Não tem nada a ver com isso”, respondeu José Elísio. Contudo, reconheceu: “Gostava de valorizar o terreno, porque tenho filhos e o meu irmão também. Não estou a pedir nada que não seja justo, só estou a pedir que corrijam uma injustiça”.
José Elísio considera que está a ser alvo de “chantagem” e “vingança”, e explica: “Aguiar de Carvalho [antigo presidente da câmara, já falecido] tentou chantagear-me com o terreno: se o apoiasse na sua recandidatura, viabilizava o loteamento; como não o apoiei, vingou-se e não autorizou. Agora, está a acontecer a mesma coisa”. E acrescentou. “Se pensam que me vão calar, estão enganados!”. O autarca garantiu, por outro lado, que “o [seu] terreno tem todas as infraestruturas e encontra-se numa zona urbanizada”. O presidente da Junta de Lavos, eleito pelo seu movimento Vai ou Racha, afiançou que “há muitos casos” como o dele, em Lavos e no resto do concelho. “O meu problema é contra esta proposta de revisão do PDM, que prejudica tudo e é para concentrar as pessoas na Figueira da Foz Nenhuma das propostas por nós apresentadas foi comtemplada”, afirmou ainda, conforme pode ser lido na edição de hoje do jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
José Elísio, neste momento, está a provar do "próprio veneno".
A figueirinhas política, onde o José Elísio se movimenta muito bem e construiu uma carreira políca (que já leva mais de 40 anos) e é um dos poucos dinossauros sobreviventes ainda no activo,  foi sempre assim:  uma cidade, onde o político egoísta, para sobreviver, tinha de ser alguém desprovido de consideração pelo egoísmo dos outros.  
E fez escola. Esta é a solução neoliberal, agora tão em moda por cá, no campo da "mercearia": o mercado encarregar-se-à de separar o trigo do joio. 

Tem algo de kitsch que não me agrada...

João Vaz: "... a praia ganhou vida, flores, pessoas, bicicletas,...e está mais bonita, já não é o areal estéril que era. Viva a praia da Figueira".

Nota de rodapé.
Há flores e flores! 
Todas as flores têm o seu encanto e tocam-nos de uma forma muito particular. Estas, tocam muito particularmente o João Vaz. 
Talvez seja das flores serem daquelas, simples e comuns, que requerem poucos cuidados...
A decrepitude é uma etapa da vida.
Do mesmo modo que temos de cuidar de nós, temos a obrigação de zelar pelo património. 
Para mim, é triste ver o desmazêlo dos "quens de direito" que têm a obrigação de cuidar do aspecto minimamente atraente e da causa da segurança dos figueirenses, vivam eles a norte a sul da barra do estuário do Mondego...
Mas, mas como somos governados por merceeiros com vistas curtas,  o resultado, dos dois milhões e tal gastos na praia da calamidade, outrora da Claridade, é este!..
Daqui a dois ou três anos, se ainda cá estivermos para ver, falamos...

A coisa foi de tal maneira, que o treinador que ganhou 14-1 confessou: “perdi a noção do marcador”!

A Naval, numa partida de futebol a contar para o Campeonato de Portugal, foi goleada pelo Mafra por 14 a 1!..
Não conhecendo, em pormenor, a longa história da Associação Naval 1º. de Maio, estou em crer que, ontem, foi escrita uma das páginas mais negras no decorrer dos seus quase 124 anos de existência. 
A derrota, expressiva, começou a ser construída bem cedo. 
Com apenas meia hora de jogo decorrida, o Mafra já vencia por 6-0. 
Marinho Serpa, certamente já em desespero de causa,  tirou os três juniores com apenas 30 minutos de jogo, mas não conseguiu contrariar a avalanche ofensiva da turma de Mafra. 
Ao intervalo o resultado já estava nos 9-0. 
No segundo tempo, o Mafra não abrandou e o resultado final avolumou-se. 
O melhor que a Naval conseguiu fazer, foi sair de Mafra com o golo de honra marcado por Gabriel.
Todavia, a Naval não é apenas futebol senior. 
Este fim de semana foram conquistados alguns sucessos que devem ser tomados em linha de conta.
O Marcha do Vapor dá disso a devida conta.

domingo, 19 de março de 2017

O asséptico da santidade figueirense...

É a atitude mais simplista que existe. 
Mas, ainda assim produz resultados.... 
Do meu ponto de vista, infelizmente. 
Refiro-me ao maniqueísmo. 
De um lado, os bons. Do outro lado, os maus. 
Não há meio termo, não há gradação. Só os extremos são toleráveis. 
No outro lado,  o asséptico da santidade. Neste lado, a diabolização. 
E não é que estas teorias estão a ressurgir cá pela Figueira?..

Vamos lá então discutir o PDM (4)...

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Zona industrial.
Como se pode verificar a área da expansão da zona industrial ainda é menos área que o ex-futuro aeródromo.
Chama-se a isto termos um executivo com visão para o futuro!
Não acordem não!
Depois, temos tempo bastante para pensar no futuro, quando já não tivermos futuro em que pensar.

O "comendador" vermelho!

Como em devido tempo ficou registado aqui, em reunião de Câmara, realizada no passado dia 21 de Novembro, foi aprovada por unanimidade a proposta de atribuição da Medalha de Mérito Desportivo em prata dourada a Augusto Alberto.
Sou Amigo e admirador da obra desportiva do Augusto Alberto há muitos anos.
Nesta oportunidade,  quero dizer-lhe que esta "comenda" é merecida e apenas se deve ao seu saber, à sua serenidade e à sua verticalidade!
Reparem no ar entre a admiração, a dúvida e a  perplexidade, com que o Melo, outro Amigo de longa data, ficou na foto!
Deve ter sido, por alguém ter dito que estava a fotografar o único figueirense "vermelho" tornado "comendador" pelo executivo de João Ataíde!..

Chuck Berry (1926-2017)


E as estradas "das Matas Nacionais"!...

 ... e Pombal aqui tão perto...
"Depois de aprovada por unanimidade pelo Executivo Municipal de Pombal, através  de um concurso público iniciou-se esta semana a tão esperada obra de Requalificação da Estrada "das Matas Nacionais"  começando  na localidade do Grou ligando esta á estrada Atlântica, juntamente com a construção da respectiva Ciclovia que irá fazer a ligação às praias, à Lagoa da Ervedeira, tornando o acesso ás principais vias de circulação  e ás cidades vizinhas tornando o seu acesso muito mais facilitado..."
E as nossas estradas florestais?..
Por exemplo esta... Tocha-Quiaios.

"...não tem nada que enganar: é só escolher a estrada mais esburacada, uma reta, que vai até Quiaios. É impressionante o estado a que deixaram chegar o alcatrão, ao ponto de a maior parte do tempo seguirmos pela terra da berma. É um percurso duro, apesar de plano, com os traseiros a acusarem a passagem por tantos buracos."

sábado, 18 de março de 2017

Vamos lá então discutir o PDM (3)...

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Parque Urbano, só na sinalética...
De parque verde a retail park...
Joaquim de Sousa, em 30 de junho de 2016, numa entrevista à Figueira tv alertou para as zonas de construção na várzea junto ao quartel municipal dos bombeiros...

Ainda há gente fora do sistema e decente...

aF280


Tenreiro no cais de partida...

"Não creio que a actual condição de candidato possa, para já, alterar a minha forma de estar, de pensar e ver o mundo e, tal como na vida do dia-a-dia, também na política, deverá prevalecer a ética, de preferência, de mãos dadas com o bom senso. 
Em face do actual momento, não se mostraria aceitável continuar com as ditas crónicas neste espaço que é de liberdade, sob pena das mesmas poderem ser interpretadas como um aproveitamento, ainda que não intencional, de fins propagandísticos eleitorais.
A Figueira na Hora, o seu projecto e quem a gere, por tudo o que representam são merecedores do meu maior respeito.
Fica pois um “volto já”, de meses ou anos… em Outubro logo se saberá."
Carlos Tenreiro

P.S. (salvo seja...).
Esta, neste momento, é a dúvida: aonde conduzirá Carlos Tenreiro esta vigem, que é também uma aventura, pela política figueirense?
Não se sabe e, também, para já, não é isso que  interessa.
Importa é viajar. O interessante é começar a viagem. A utilidade é manter a ideia bonita de viagem e ter capacidade para a concretizar. 
Este é o tempo do início da viagem, mas é, também, o tempo da ideia de viagem. 
Estou em crer, que o desafio colocado pelo seu partido - que é também uma aventura - a Carlos Tenreiro, seria imperdível para ele, embora sabendo (e, porque é uma pessoa responsável e com os pés assentes na tera, porventura também temendo...) que a maravilha não está sempre à nossa espera...
A viagem, porém, pode conduzir-nos ao encontro do que desejamos e queremos - para nós e para os outros.
Boa viagem Carlos Tenreiro...

"Criar o Museu do Mar da Foz do Mondego é o seu grande objectivo"....

Alfredo Pinheiro Marques, historiador, numa entrevista ao jornal AS BEIRAS, que pode ser ouvida na íntegra, hoje, pelas 21H00, na Foz do Mondego Rádio (99.1FM), e vista na Figueira TV.

Fale-nos do museu que pretende criar. 
A ideia de criar um museu do mar na Figueira da Foz é obrigatória. De facto, é um pouco espantoso que possa não existir, porque já todas as cidades têm um museu do mar.
A cidade já tem um núcleo museológico do mar. 
Estamos a falar de um museu. Esse núcleo correspondeu a uma tentativa da câmara para fazer alguma coisa nessa área: é aquilo que foi possível fazer. Agora, qualquer pessoa compreende que uma cidade como a Figueira da Foz, com a herança marítima que tem, não ter ainda um museu e ter uma pequena instalação dessas, é algo um pouco embaraçoso. (…) A parceria que vai ter de ser criada é vasta e vai incluir a autarquia, o CEMAR e outras entidades que vão apoiar, nomeadamente a Marinha, que é a entidade mais signifi cativa, que pode fazer a diferença.

96 anos de PCP comemorados na Figueira

foto António Agostinho
A fundação do PCP, A 6 DE Março de 1921, não foi fruto do acaso, nem uma decisão arbitrária. Foi a evolução do movimento operário português ao atingir um determinado estágio de desenvolvimento da sua consciência política.
Um pouco por todo o País estão a decorrer decorrer as comemorações dos 96 anos do Partido Comunista Português. Ontem à noite na Figueira várias dezenas de pessoas, entre militantes e amigos do PCP,  participaram num jantar comemorativo da data. A iniciativa, onde esteve presente, Vladimiro do Vale, membro do Comité Central, constituiu simultaneamente, "um  momento de convívio e camaradagem, mas também de luta e afirmação do ideal e do projecto comunista".

Parque de Campismo/Horto Municipal = Zona Verde (III)... Um coreto lembra música...

"Estando em curso a revisão do Plano Director Municipal e Plano de Urbanização do concelho da Figueira da Foz, o Movimento "Parque Verde" vem apelar a todos os cidadãos que subscrevam a petição para "Alteração da classificação no Plano de Urbanização do espaço correspondente ao Horto Municipal e Parque de Campismo".
"Que todos juntos consigamos salvar o último pulmão da cidade!"

Com a aprovação do PDM actualmente actualmente em discussão pública, o Parque de Campismo vai ficar asfixiado!"
Vamos viajar no tempo e recordar as posições de então de certos actores políticos hoje no poder executivo..
Acta nº 22 da Reunião Ordinária de 19-11-2007  
PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DA FIGUEIRA DA FOZ - PROPOSTA DE REPOSIÇÃO DO EQUILIBRIO FINANCEIRO DO CONTRATO
Foi presente informação, datada de 12 de Novembro de 2007, oriunda do Departamento de Urbanismo, que a seguir se transcreve:-------------------------- 
“Pelo Gabinete RISCO foi proposto o seguinte calendário relativo à conclusão do processo de revisão do PU da Figueira da Foz:----------------------------------- 
- 8 de Janeiro de 2008: Reunião de apresentação da proposta corrigida de acordo com recomendações já emitidas pela CCDRC ao executivo;-------------------------- 
- 22 de Janeiro de 2008: Prazo para análise e apresentação de eventuais comentários ao Sr. Presidente;-------------------------------------------------- 
- 7 de Abril de 2008: Reunião de Câmara para abertura do período de discussão pública;------------------------------------------------------------------------ 
- 17 de Abril de 2008: Sessão pública de esclarecimento;------------------------ 
- 28 de Maio de 2008: Final da discussão pública;------------------------------- 
- 16 de Junho de 2008: Reunião de Câmara para submissão da proposta de PU da Figueira da Foz à Assembleia Municipal para aprovação”.------------------------- 
Pelos Vereadores do Partido Socialista foi presente, para apreciação, a inclusão na área e perímetro do Parque de Campismo de um terreno sito nos Condados, Freguesia de Tavarede, com a área de 18.144 m2. --------------------------------- 
O Vereador António Tavares interveio dizendo que, como é do conhecimento dos Vereadores, já foi presente em reunião de Câmara, para aprovação, o lançamento  de hasta pública para a venda do terreno supra mencionado tendo, na altura, deliberado a sua retirada, por entender que o terreno poderia merecer outro aproveitamento que não o de ser vendido para construção.------------------------ 
Entendem que o Parque de Campismo representa, neste momento, um valor inestimável em termos de património arbóreo da cidade e complementa, como é de todos conhecido, o que designam por “corredor verde”, que começa junto ao rio perto do Jardim Municipal e que se prolonga até ao topo da Serra da Boa Viagem
Infelizmente, do seu ponto de vista, este dito “corredor verde” encontra-se já obstruído em alguns locais, mas julgam que podem sempre actuar no sentido de poder mantê-lo em termos de património ecológico.------------------------------- 
Apontou que aquele terreno, situado no topo do Parque de Campismo, surge como o prolongamento natural do mesmo e verificam que toda aquela zona, à direita do Parque de Campismo, está a ser impermeabilizada” com loteamentos e a ser alvo de construção, e que se traduz no terreno que, em tempos, ia ser vendido para construção. Da última vez em que foi submetido à hasta pública, pareceu-lhes natural que pudesse vir a integrar a área e o perímetro do citado parque prevendo, naturalmente, que hoje ainda seria um Parque de Campismo, o que não podem prever para o futuro. No entanto, é entendimento dos Vereadores do Partido Socialista, apesar de não saberem quem é que no futuro vai estar no Executivo, que, de momento, mesmo que o Parque de Campismo venha a ser desactivado enquanto tal, deverá manter-se como o parque verde da cidade, no sentido do prolongamento do “corredor verde” que constitui as Abadias.----------------------------------- 
Havendo pouco mais a acrescentar em relação a este assunto, entendem que a Câmara deveria deliberar no sentido de incluir este terreno na área de perímetro do parque, de forma a poder salvaguardá-lo, e, assim, evitar uma maior “impermeabilização” de toda a encosta.------------------------------------------ 
O Presidente tomou a palavra dizendo que, como teve oportunidade de falar com o Vereador e de ter respondido aos Munícipes que mostraram preocupação relativamente a este assunto, está em curso uma revisão do Plano de Urbanização, e que vão fazer todo o possível para cumprir o calendário que agora apresentaram e que é do conhecimento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, como uma instância fundamental no andamento desta revisão.-------------- 
Julga que é do conhecimento público que, ao contrário daquilo que está hoje definido no Plano Urbanização em vigor, os terrenos do Parque de Campismo estão classificados de urbanizáveis e na revisão em que neste momento estão a trabalhar, propuseram que deixe de ser um espaço urbanizável e que passe a ser um espaço para equipamentos, ligado ao campismo e que possa ser adequado aos parâmetros exigidos pela legislação específica em vigor para os Parques de Campismo, nomeadamente para uma amplificação com a categoria de quatro estrelas. 
Disse que é isto que está proposto e é o que pretendem defender e que será depois, na altura, submetido à consideração da Câmara. Haverá, posteriormente, uma discussão pública.---------------------------------------------------------- 
Na sua opinião, se começam a considerar, casuisticamente, esta ou aquela resposta, fatalmente vão ainda complicar e atrasar mais um procedimento que todos reconhecem estar muito atrasado. Disse que a sua proposta quanto a isto é que este assunto seja discutido na altura da discussão do Plano de Urbanização.- 
O Vereador António Tavares disse que compreende as razões aduzidas pelo Presidente quando lhes anuncia que na revisão que está a ser feita do Plano de Urbanização, de acordo com a proposta da Câmara, o Parque de Campismo passará a ser para equipamentos ligados ao campismo. Lembrou, no entanto, que já tentaram vender o Parque de Campismo duas vezes e as hastas públicas ficaram desertas e que depois disso veio uma terceira vez à Câmara para ser vendido. Na sua opinião a Câmara pretende que este terreno deve ser para juntar à construção do loteamento daquela zona e que o terreno, neste momento, só não está na mão de privados, a ser urbanizado, porque não apareceu ninguém para o comprar.--------- 
O Presidente referiu que da última vez que trouxeram este assunto à reunião de Câmara havia interessados no terreno e retiraram essa possibilidade.------------ 
O Vereador António Tavares respondeu que isso aconteceu a pedido dos Vereadores do Partido Socialista.---------------------------------------------------------- 
O Presidente concordou e disse que nessa altura o Vereador Victor Sarmento quis apresentar a presente proposta. Pensa que não deve ser, neste momento, discutido porque acha que não é a oportunidade certa para o fazer. Se na altura o retirou foi porque foi sensível aos argumentos que os Vereadores do Partido Socialista apresentaram, mas não está de acordo que se discuta e se defina, desde já, a finalidade última dentro do Plano de Urbanização, porque haverá certamente muitas outras questões que vão colocar e que a Câmara irá colocar e é nessa altura que isto deve ser atribuído.--------------------------------------------- 
O Vereador António Tavares disse que os Vereadores do Partido Socialista têm uma posição contrária. Entendem que depois das sucessivas tentativas de venda do terreno, a forma de o salvaguardar é haver uma deliberação camarária que  assegure que o terreno não seja vendido ou, de certa forma, que o terreno passe para o perímetro e área do Parque de Campismo, conforme a proposta que apresentam. Na sua opinião a questão é esta e é muito límpida: ou concordam que aquele terreno deve ser salvaguardado e deve integrar a área verde do Parque de Campismo, e nesse sentido tomam esta posição, ou não a querem tomar, sendo que o que estão a demonstrar é que, de facto, querem salvaguardar o terreno de eventuais futuras alienações. Julga que este é um compromisso político do qual os Vereadores do Partido Socialista não têm qualquer pejo em o negar.----------- 
O Vereador Victor Sarmento disse  que gostava que o Presidente, o Vereador Lídio Lopes e a Vereadora Teresa Machado reconsiderassem e se associassem a este movimento de preservação no “corredor verde” desde o rio até à Serra da Boa Viagem que é um movimento supra partidário, independente, que engloba vários sectores da sociedade civil e que em nada prejudica o desenvolvimento urbanístico da Figueira da Foz. Antes pelo contrário, cria condições para que ele tenha um desenvolvimento mais harmonioso, e que se acabe de vez com a selvajaria que tem havido nos últimos anos em termos urbanísticos na Cidade da Figueira da Foz e, de alguma forma, pôr um pouco de ordem no movimento anárquico de construção.------------------------------------- 
Julga que têm agora, aqui, uma oportunidade única de mostrarem, na prática, como são coerentes com o que às vezes defendem em determinados momentos e em determinados ambientes. Não basta dizer-se que se está de acordo, é preciso passar à prática, consubstanciar propostas concretas, de apoio prático a determinadas medidas e uma delas, será a de preservar este espaço.-------------- 
Repetiu que, se estão de acordo com isto, devem votar todos em consonância, porque, senão, estão-se a enganar uns aos outros e estão, principalmente, a enganar os munícipes.----------------------------------------------------------- 
A Câmara, após discussão do assunto, deliberou, com cinco votos a favor dos Vereadores Pereira Coelho, Víctor Sarmento, Paz Cardoso, António Tavares e Mário Paiva e quatro votos contra do Presidente e dos Vereadores Lídio Lopes, Teresa Machado e José Elísio, aprovar a inclusão do terreno sito nos Condados, Freguesia de Tavarede, com o número de inventário 30.109, com a área de 18.144 m2, na área e perímetro do Parque de Campismo. ---------------------------------- 

Nota de rodapé.
Passados quase oito anos de poder - quase tanto tempo, como o que esteve o falecido Duarte Silva - o que tem António Tavares a dizer em defesa da sua honra política e da coerência da sua palavra, depois de os seus mandatos como vereador executivo terem contribuido substancialmente para que a "Várzea de Tavarede, tida como a zona da Figueira com melhores terrenos agrícolas, estar completamente betonizada com grandes superfícies comerciais – Pingo Doce, AKI e, mais recentemente, o LIDL"?