O desespero de Passos Coelho e Portas em regressar ao poder começa a roçar o desespero.
Eles sabem, melhor do que ninguém, que se este novo governo conseguir durar até 2017, o destino mais que certo, pelo menos no PSD, serão as eleições internas...
Entretanto, "até que volte a ter uma maioria de deputados que lhe dêem esse poder, Passos bem poderá guardar o pin que continua a ostentar na lapela e passar a tratar por Primeiro-ministro o Primeiro-ministro agora investido no pleno exercício de funções, porque a figurinha que está a fazer só serve para lembrar aquela que outro, antes dele e da democracia, já fez quando entrou em negação ao saber que tinha Caetano como Chefe do Governo."
Neste momento, só me apetece parafrasear um excelente conhecedor do bom povo: aquele banqueiro que no começo da austeridade disse - "Aguenta, aguenta!"
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
A propósito da falta de sucesso das livrarias...
Não consigo pensar em cegos sem me lembrar duma frase de Benjamin Péret (cito-a de memória, como acontece com tudo o resto): “Não é verdade que a mortadela é fabricada por cegos?” Para mim, esta afirmação, sob a forma de pergunta, é tão certa como uma verdade do evangelho. Claro que algumas pessoas podem achar absurda a relação entre os cegos e a mortadela, mas para mim é o exemplo mágico duma frase totalmente irracional que é brusca e misteriosamente fulminada pelo estrondo da verdade.
Luis Buñuel, O meu último suspiro
Na passada terça-feira, o escritor de sucesso António Tavares, no diário As Beiras, publicou a crónica que pode ser lida na imagem da direita.
Como escreve no seu blogue Fernando Campos, "trata-se de uma lamentação pela morte das livrarias.
O cronista, que sabe exactamente o número de livrarias que existem em Portugal (e quantas fecharam em Espanha, quantos livros se editaram e se importaram etc., etc., ) - lamenta muito o seu triste fim – refere mesmo que “há hoje cidades que já não têm livrarias na verdadeira acepção da palavra”; mas depois sugere que não deixa de se viver por isso. A seguir interroga-se sobre como se repõe a “identidade que se vai perdendo e que se sabia ter qualidades” e remata com uma graçola sonsa: diz que lhe perguntam onde se vende o “seu” livro e que, “desfasado” que é do mundo, responde perplexo: “nas livrarias!”.
Reparem como o político florentino que subiu a pulso, estrategicamente, com o discurso sempre semeado de números exactos, em ponto de rebuçado, naquela ênfase de rigor tão do agrado do seu público alvo, os pacóvios, é afinal tão “desfasado” do mundo. Nunca vi um escrito que ilustrasse tão bem um espírito."
A prosseguir o seu texto, o Fernando conta um episódio divertido e peculiar.
"Três dias antes porém, de esta crónica me aparecer à frente para que a bebesse com os olhos, estava eu a aparar umas guias que as minhas roseiras lançam para a rua quando se acercou de mim o carteiro e me perguntou, um tanto constrangido, se eu quereria por obséquio adquirir um livro uns tantos euros abaixo do valor cobrado nas livrarias; e, tirado de dentro de um envelope, mostrou-me um exemplar do prémio Leya deste ano, O coro dos defuntos, de António Tavares. Explicou-me depois, embaraçado, que agora aquilo fazia parte das suas obrigações. Declinei educadamente e o pobre homem lá se foi embora, com o dever cumprido."
Continuando a citar a prosa deliciosa do Fernando.
"Não sei, devo dizer, se António Tavares é um bom escritor. Adaptei, faz já quase trinta anos, dois contos seus (um deles muito bom) para banda-desenhada e fiz a cenografia da sua primeira peça levada à cena (bastante mázinha por sinal, um monólogo em verso branco vagamente existencialista do qual não percebi peva) porque há coisas que, com vinte anos, se fazem por amizade. Com o fim da nossa amizade perdi, confesso, o interesse por tudo o que lhe concerne, incluída a sua obra, digamos assim, literária.
O que me obriga, de vez em quando, a manifestar-me a seu respeito é o facto de ele se ter tornado um político relevante (é vereador da cultura e vice-presidente da minha autarquia) e de o seu pensamento, ou pelo menos a sua opinião pública, digamos assim, me aparecer à frente dos olhos de cada vez que me pretendo informar sobre os factos da terra que habito.
Não sei, por isso, se o que Tavares escreve hoje é literatura. Mas se for o que publica no “jornal” As Beiras, parece-me mais mortadela."
Depois de ler o saboroso texto do Fernando, dei comigo a pensar.
Ainda sou do tempo em que, alguns, ousavam ensaiar o discurso anti partido socialista figueirense.
Mais tarde, porém, o sucesso passou, precisa e exactamente, por se alimentarem do poder que diziam abjurar.
António Tavares, é um desses.
Que mais não seja, por isso, merece admiração pelo sucesso...
Ao longo da vida, apesar de tudo, sempre fui aprendendo algumas coisitas.
Luis Buñuel, O meu último suspiro
Na passada terça-feira, o escritor de sucesso António Tavares, no diário As Beiras, publicou a crónica que pode ser lida na imagem da direita.
Como escreve no seu blogue Fernando Campos, "trata-se de uma lamentação pela morte das livrarias.
O cronista, que sabe exactamente o número de livrarias que existem em Portugal (e quantas fecharam em Espanha, quantos livros se editaram e se importaram etc., etc., ) - lamenta muito o seu triste fim – refere mesmo que “há hoje cidades que já não têm livrarias na verdadeira acepção da palavra”; mas depois sugere que não deixa de se viver por isso. A seguir interroga-se sobre como se repõe a “identidade que se vai perdendo e que se sabia ter qualidades” e remata com uma graçola sonsa: diz que lhe perguntam onde se vende o “seu” livro e que, “desfasado” que é do mundo, responde perplexo: “nas livrarias!”.
Reparem como o político florentino que subiu a pulso, estrategicamente, com o discurso sempre semeado de números exactos, em ponto de rebuçado, naquela ênfase de rigor tão do agrado do seu público alvo, os pacóvios, é afinal tão “desfasado” do mundo. Nunca vi um escrito que ilustrasse tão bem um espírito."
A prosseguir o seu texto, o Fernando conta um episódio divertido e peculiar.
"Três dias antes porém, de esta crónica me aparecer à frente para que a bebesse com os olhos, estava eu a aparar umas guias que as minhas roseiras lançam para a rua quando se acercou de mim o carteiro e me perguntou, um tanto constrangido, se eu quereria por obséquio adquirir um livro uns tantos euros abaixo do valor cobrado nas livrarias; e, tirado de dentro de um envelope, mostrou-me um exemplar do prémio Leya deste ano, O coro dos defuntos, de António Tavares. Explicou-me depois, embaraçado, que agora aquilo fazia parte das suas obrigações. Declinei educadamente e o pobre homem lá se foi embora, com o dever cumprido."
Continuando a citar a prosa deliciosa do Fernando.
"Não sei, devo dizer, se António Tavares é um bom escritor. Adaptei, faz já quase trinta anos, dois contos seus (um deles muito bom) para banda-desenhada e fiz a cenografia da sua primeira peça levada à cena (bastante mázinha por sinal, um monólogo em verso branco vagamente existencialista do qual não percebi peva) porque há coisas que, com vinte anos, se fazem por amizade. Com o fim da nossa amizade perdi, confesso, o interesse por tudo o que lhe concerne, incluída a sua obra, digamos assim, literária.
O que me obriga, de vez em quando, a manifestar-me a seu respeito é o facto de ele se ter tornado um político relevante (é vereador da cultura e vice-presidente da minha autarquia) e de o seu pensamento, ou pelo menos a sua opinião pública, digamos assim, me aparecer à frente dos olhos de cada vez que me pretendo informar sobre os factos da terra que habito.
Não sei, por isso, se o que Tavares escreve hoje é literatura. Mas se for o que publica no “jornal” As Beiras, parece-me mais mortadela."
Depois de ler o saboroso texto do Fernando, dei comigo a pensar.
Ainda sou do tempo em que, alguns, ousavam ensaiar o discurso anti partido socialista figueirense.
Mais tarde, porém, o sucesso passou, precisa e exactamente, por se alimentarem do poder que diziam abjurar.
António Tavares, é um desses.
Que mais não seja, por isso, merece admiração pelo sucesso...
Ao longo da vida, apesar de tudo, sempre fui aprendendo algumas coisitas.
Uma
delas é esta: não é possível argumentar com o sucesso.
Quando analisamos um caso de sucesso político, que teve um desfecho positivo e feliz, apesar dos desvios aos princípios que foram cometidos durante o caminho, é inútil apontar esses desvios porque, em última análise, alguém vai sempre invocar o sucesso do resultado para demonstrar que não houve qualquer desvio ou erro.
O sucesso arrasa quaisquer desvios ou erros que, por ventura, tenham sido cometidos durante o processo.
Por
causa disso, quando asso sardinhas, não mudo de roupa até ao fim do
dia: ter a roupa a cheirar a sardinha assada, é meio caminho andado
para fazer sucesso junto das gatas aqui da Aldeia.
Quando analisamos um caso de sucesso político, que teve um desfecho positivo e feliz, apesar dos desvios aos princípios que foram cometidos durante o caminho, é inútil apontar esses desvios porque, em última análise, alguém vai sempre invocar o sucesso do resultado para demonstrar que não houve qualquer desvio ou erro.
O sucesso arrasa quaisquer desvios ou erros que, por ventura, tenham sido cometidos durante o processo.
Como eu compreendo a azia da direita...
Passos:
“Espero que tenham a dignidade de devolver a palavra ao povo”...
Pois é: perder o "instrumento" que nos últimos 4 anos esteve ao serviço de determinados interesses dói muito...
A quantidade de "coisas" que se perderam foi enorme!
“Espero que tenham a dignidade de devolver a palavra ao povo”...
Pois é: perder o "instrumento" que nos últimos 4 anos esteve ao serviço de determinados interesses dói muito...
A quantidade de "coisas" que se perderam foi enorme!
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Afinal, quem ganhou as eleições de 4 de outubro passado?
Quarta-feira, 11 de novembro de 2015:
Contados os votos da moção de rejeição, que derrubou o governo mais curto da democracia, este foi derrotado pelo acordo histórico à Esquerda, o resultado foi: 123 para a esquerda (PS, PCP, BE, PEV e PAN) e 107 para a direita (PSD e CDS).
Quinta-feira, 3 de dezembro de 2015:
Contados os votos da moção de rejeição, que queria derrubar o governo possível pelo acordo histórico à Esquerda, o resultado foi: 121 para a esquerda (PS, PCP, BE, PEV), 1 abstenção (PAN) e 107 para a direita (PSD e CDS).
Resumindo e concluindo:
A direita (vírgula ainda ressabiada), não caiu de pé, teve de ser mesmo derrubada.
As personalidades de direita (vírgula ainda ressabiadas), ainda se julgam no tempo em que eleitores do PS "só" votavam para este partido ajudar a direita a governar.
Para essas ilustres cabeças pensantes (vírgula ainda ressabiadas), a "sua" democracia resume-se a isto: os eleitores de direita, votam na direita para esta governar, sózinha ou com a ajuda do PS.
E ficámos assim: segundo Portas, Catarina, Jerónimo e Heloísa são agora os “BFF” de Costa.
Passos riu-se muito.
LOL!
Na ausência de uma moção de confiança, só a moção de rejeição permitiu o voto clarificador.
Agora - e por enquanto - riu eu.
LOL.
Contados os votos da moção de rejeição, que derrubou o governo mais curto da democracia, este foi derrotado pelo acordo histórico à Esquerda, o resultado foi: 123 para a esquerda (PS, PCP, BE, PEV e PAN) e 107 para a direita (PSD e CDS).
Quinta-feira, 3 de dezembro de 2015:
Contados os votos da moção de rejeição, que queria derrubar o governo possível pelo acordo histórico à Esquerda, o resultado foi: 121 para a esquerda (PS, PCP, BE, PEV), 1 abstenção (PAN) e 107 para a direita (PSD e CDS).
Resumindo e concluindo:
A direita (vírgula ainda ressabiada), não caiu de pé, teve de ser mesmo derrubada.
As personalidades de direita (vírgula ainda ressabiadas), ainda se julgam no tempo em que eleitores do PS "só" votavam para este partido ajudar a direita a governar.
Para essas ilustres cabeças pensantes (vírgula ainda ressabiadas), a "sua" democracia resume-se a isto: os eleitores de direita, votam na direita para esta governar, sózinha ou com a ajuda do PS.
E ficámos assim: segundo Portas, Catarina, Jerónimo e Heloísa são agora os “BFF” de Costa.
Passos riu-se muito.
LOL!
Na ausência de uma moção de confiança, só a moção de rejeição permitiu o voto clarificador.
Agora - e por enquanto - riu eu.
LOL.
Nem precisei de vê-lo, bastou ouvi-lo...
Hoje de manhã, deu-me para percorrer, a pé, os cerca de 7 quilómetros das praias da freguesia de S. Pedro, enquanto ia ouvindo o debate na AR.
Gostei, sobretudo, do já habitual anti-comunismo de Paulo Portas, esse fabuloso e antigo “entertainer”, que já ninguém leva a sério, ainda assim, normalmente, divertido e criativo, mas, hoje, para meu espanto e admiração, infantil e ressabiado!..
Confrangedor, foi ouvir os restantes deputados do CDS e do PSD neste debate.
Destaco o Carlos Abreu Amorim, esse gordinho tão simpático e queriducho, a repetir e a repetir-se sobre a "ilegitimidade" do Governo...
Lembrou-me um menino, a quem roubaram o brinquedo, a chorar pela ajuda da mãezinha...
Confesso que me fartei de rir com a intervenção Carlos Abreu Amorim...
E nem sequer estar a ver a sua figura: bastou ouvi-lo...
Gostei, sobretudo, do já habitual anti-comunismo de Paulo Portas, esse fabuloso e antigo “entertainer”, que já ninguém leva a sério, ainda assim, normalmente, divertido e criativo, mas, hoje, para meu espanto e admiração, infantil e ressabiado!..
Confrangedor, foi ouvir os restantes deputados do CDS e do PSD neste debate.
Destaco o Carlos Abreu Amorim, esse gordinho tão simpático e queriducho, a repetir e a repetir-se sobre a "ilegitimidade" do Governo...
Lembrou-me um menino, a quem roubaram o brinquedo, a chorar pela ajuda da mãezinha...
Confesso que me fartei de rir com a intervenção Carlos Abreu Amorim...
E nem sequer estar a ver a sua figura: bastou ouvi-lo...
Verdadeiros artistas...
Ontem (ontem, reparem bem...)
"PSD/Porto quer esclarecimento da tutela sobre fim do longo curso da TAP"!..
O líder da distrital do PSD/Porto, Virgílio Macedo, considerou esta quarta-feira "extremamente prejudicial" o fim dos voos de longo curso no aeroporto Sá Carneiro e defendeu que o ministro da Economia deve ser questionado sobre a matéria..
Òh pazinho, o ministro já mudou...
Pires de Lima que explique porque vendeu a TAP à pressa.
O que era preciso, era vender, "custasse o que custasse"...
Continuamos nas portas dos murmúrios queixinhas...
Quando é que pensam andar para a frente?..
"PSD/Porto quer esclarecimento da tutela sobre fim do longo curso da TAP"!..
O líder da distrital do PSD/Porto, Virgílio Macedo, considerou esta quarta-feira "extremamente prejudicial" o fim dos voos de longo curso no aeroporto Sá Carneiro e defendeu que o ministro da Economia deve ser questionado sobre a matéria..
Òh pazinho, o ministro já mudou...
Pires de Lima que explique porque vendeu a TAP à pressa.
O que era preciso, era vender, "custasse o que custasse"...
Continuamos nas portas dos murmúrios queixinhas...
Quando é que pensam andar para a frente?..
A "caridadezinha" e a "caridadezona"...
É impressionante a falta de sentido crítico com que os media têm difundido a notícia da “doação” da fortuna de Zuckerberg à caridade internacional, transmitindo a ideia de um filantropo profundamente generoso, completamente desligado da volúpia do clube dos multimilionários norte-americanos, realizando um sacrifício pessoal por “um mundo melhor”.
Quando se lê com rigor a carta de Zuckerberg, percebemos que não é bem assim...
Como pode ler clicando aqui, nada disto é novo.
A fundação da família de Bill Gates funciona em moldes semelhantes e como já foi denunciado em várias peças de jornalismo de investigação, a sua actividade económica mais importante é o investimento em fundos e em produtos financeiros. A caridade é uma actividade quase de fachada financiada apenas com os juros e os dividendos da sua fortuna envolvendo quantias bem mais modestas que as transacções da fundação de Gates nos mercados financeiros.
Quando se lê com rigor a carta de Zuckerberg, percebemos que não é bem assim...
Como pode ler clicando aqui, nada disto é novo.
A fundação da família de Bill Gates funciona em moldes semelhantes e como já foi denunciado em várias peças de jornalismo de investigação, a sua actividade económica mais importante é o investimento em fundos e em produtos financeiros. A caridade é uma actividade quase de fachada financiada apenas com os juros e os dividendos da sua fortuna envolvendo quantias bem mais modestas que as transacções da fundação de Gates nos mercados financeiros.
Alguém ontem ouviu o Pedro ou o Passos no parlamento?..
Há umas poucas semanas, apenas, quando se discutia o programa da coligação PSD/CDS-PP, que estava garantido que seria chumbado, a direita parlamentar fez uma algazarra dos diabos, por António Costa não ter participado no primeiro dia de debate, o que fez no segundo.
Acusaram o actual primeiro-ministro de tudo: até de cobardia e de fugir ao confronto de ideias.
Ontem, no primeiro dos dois dias em que se discute o programa do PS apoiado pelos partidos de esquerda, procurei estar o mais atento que me possível, só para ouvir as intervenções de Passos Coelho e Paulo Portas...
Não sei o que se passou, mas não consegui: será que também se remeteram, "cobardemente", tal como os "Pafiosos" tinham acusado o Costa, ao silêncio, fugindo ao confronto de ideias, para se resguardarem para considerações finais no segundo dia?..
Ao Pedro ainda o apanhei a rir...
Se alguém me souber dizer alguma coisa sobre o que aconteceu, desde já, agradeço...
Acusaram o actual primeiro-ministro de tudo: até de cobardia e de fugir ao confronto de ideias.
Ontem, no primeiro dos dois dias em que se discute o programa do PS apoiado pelos partidos de esquerda, procurei estar o mais atento que me possível, só para ouvir as intervenções de Passos Coelho e Paulo Portas...
Não sei o que se passou, mas não consegui: será que também se remeteram, "cobardemente", tal como os "Pafiosos" tinham acusado o Costa, ao silêncio, fugindo ao confronto de ideias, para se resguardarem para considerações finais no segundo dia?..
Ao Pedro ainda o apanhei a rir...
Se alguém me souber dizer alguma coisa sobre o que aconteceu, desde já, agradeço...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Como funciona a liderança da oposição da direita: Paulo Portas é o verdadeiro líder e cabe a Passos Coelho dar a cara...
"Portas conduziu a direita para o canto onde se encontra e é o seu verdadeiro líder, Passos Coelho é o líder fraco que Paulo Portas sempre desejou para o PSD, um líder com fragilidades intelectuais, com tiques de ultra-direita e dependendo do apoio do CDS para sobreviver. Neste momento é Portas que pensa e Passos faz que lidera, foi Portas que decidiu a apresentação de uma moção de rejeição, da mesma forma que foi Portas que se manteve fiel ao apoio a Marcelo Rebelo de Sousa quando muita gente do PSD já defendia outra candidatura de direita.
No passado Portas sonhou com Marcelo no governo com ele como tutor, nunca imaginou que poderia ter duas marionetas ao mesmo tempo, uma no PSD e outra em Belém. Esta é a jogada de toda uma vida política de Paulo Portas, liderar a direita, resta agora saber como se vai livrar de um empecilho chamado Pedro Passos Coelho."
Via Jumento
No passado Portas sonhou com Marcelo no governo com ele como tutor, nunca imaginou que poderia ter duas marionetas ao mesmo tempo, uma no PSD e outra em Belém. Esta é a jogada de toda uma vida política de Paulo Portas, liderar a direita, resta agora saber como se vai livrar de um empecilho chamado Pedro Passos Coelho."
Via Jumento
A responsabilidade da esquerda, na Figueira e no país...
Na foto, a zona ribeirinha do Mondego,
na margem esquerda,
uma das imagens do desmazelo que grassa pelo
concelho...
|
Na Figueira, a meu ver, politicamente
falando, não vivemos tempos fáceis...
Mas, a culpa, no essencial, é nossa:
raramente mexemos uma palha para modificar o rumo do jogo.
Passamos o tempo a discutir o sexo dos
anjos.
Nunca conseguimos uma verdadeira
alternativa autárquica democrática e progressista para a
Figueira...
Em 30 de abril de 2013, alvitrei neste espaço, a necessidade, inadiável, necessária, útil e urgente de uma coligação de
esquerda CDU + BE + Cidadãos Independentes.
Eleger um vereador dessa área politica, pelo menos, dependia de nós...
Tal não aconteceu. Resultado:
apanhámos com uma maioria absoluta nos queixos...
Na altura, tive convites, que muito me
honraram, para integrar listas - por parte da CDU e do
BE.
Porém, por coerência pessoal, de harmonia com o que tinha manifestado antes neste blogue, não aceitei, conforme esclareci na altura própria a quem me tentou cativar para participar na disputa eleitoral de 29 de setembro de 2013.
Porém, por coerência pessoal, de harmonia com o que tinha manifestado antes neste blogue, não aceitei, conforme esclareci na altura própria a quem me tentou cativar para participar na disputa eleitoral de 29 de setembro de 2013.
Quem diria, porém, que, dois anos e
pouco depois uma maioria de esquerda correria a direita do poder em Portugal e
colocaria no seu lugar um governo por si apoiada no parlamento...
Ter razão antes do tempo, não é
fácil...
Para o concelho da Figueira, a meu ver,
já em 2013, era inadiável, necessário, útil, imprescindível e
urgente uma coligação de esquerda: CDU + BE + Cidadãos
Independentes.
Eleger um vereador, pelo menos,
dependia de nós...
Não quiseram…
Isso, continua a pagar-se caro cá
pela Figueira…
Um dia, porém, isso vai acontecer…
Hoje, em Portugal, a meu ver, a
responsabilidade está na esquerda.
A meu ver, na Figueira também...
Que tal começar a pensar nisso?...
Para memória futura!..
Durante 4 anos tivemos um governo de direita.
Depois de 4 anos de Passos e Portas, o país continuou a braços com a crise profunda, com uma economia esclerosada, com um povo esmifrado, sufocado, esmagado, burro de carga, saco de pancada de um bando de incompetentes, espremido até ao tutano por uma carga fiscal completamente excessiva e castradora.
E, apesar de tudo isso, ficámos ainda mais endividados.
Tínhamos de mudar de vida. E a coisa estava tão má, que foi o PCP que deu o passo...
Empossado o 2º. governo PáF, o programa foi discutido e rejeitado. Consequência: caiu o governo.
Seguiram-se 55 e dias de protagonismo cavaquista.
Empossado Costa, com o conforto de uma maioria parlamentar à esquerda, a direita mordeu o anzol e vai fazer fazer-nos assistir a um ciclo que se repetirá com aqueles e aquilo que, à falta de melhores argumentos, nos irão trazer, hoje e amanhã, mais do mesmo.
O modelo, já foi testado e falhou. Agora, teremos apenas o prolongamento do espectáculo.
A diferença é que, desta vez, a moção de rejeição, podendo servir para a masturbação intelectual das hostes da defunta coligação PáF e do seu séquito de frustados, enraivecidos, apeados, desvalidos, desesperados e vingativos, irá, no actual contexto social e político, reforçar a solidez e a vontade da maioria parlamentar de esquerda, acrescentando-lhe solidez e consistência aos olhos dos portugueses no momento do chumbo.
A esquerda deve estar a esfregar as mãos de contentamento e, por uma questão de educação, deverá agradecer ao brilhante estratega da moção apresentada nesta altura pela direita.
Da minha parte, ficam os meus sinceros parabéns a este verdadeiro génio da direita em estratégia politica.
Não aprendem nada com os discursos do Presidente Cavaco Silva?..
Depois de 4 anos de Passos e Portas, o país continuou a braços com a crise profunda, com uma economia esclerosada, com um povo esmifrado, sufocado, esmagado, burro de carga, saco de pancada de um bando de incompetentes, espremido até ao tutano por uma carga fiscal completamente excessiva e castradora.
E, apesar de tudo isso, ficámos ainda mais endividados.
Tínhamos de mudar de vida. E a coisa estava tão má, que foi o PCP que deu o passo...
Empossado o 2º. governo PáF, o programa foi discutido e rejeitado. Consequência: caiu o governo.
Seguiram-se 55 e dias de protagonismo cavaquista.
Empossado Costa, com o conforto de uma maioria parlamentar à esquerda, a direita mordeu o anzol e vai fazer fazer-nos assistir a um ciclo que se repetirá com aqueles e aquilo que, à falta de melhores argumentos, nos irão trazer, hoje e amanhã, mais do mesmo.
O modelo, já foi testado e falhou. Agora, teremos apenas o prolongamento do espectáculo.
A diferença é que, desta vez, a moção de rejeição, podendo servir para a masturbação intelectual das hostes da defunta coligação PáF e do seu séquito de frustados, enraivecidos, apeados, desvalidos, desesperados e vingativos, irá, no actual contexto social e político, reforçar a solidez e a vontade da maioria parlamentar de esquerda, acrescentando-lhe solidez e consistência aos olhos dos portugueses no momento do chumbo.
A esquerda deve estar a esfregar as mãos de contentamento e, por uma questão de educação, deverá agradecer ao brilhante estratega da moção apresentada nesta altura pela direita.
Da minha parte, ficam os meus sinceros parabéns a este verdadeiro génio da direita em estratégia politica.
Não aprendem nada com os discursos do Presidente Cavaco Silva?..
Nada como uma carreira de sucesso...
«A ex-ministra das Finanças autorizou o inspector-geral de Finanças, já depois das eleições de Outubro, a optar pela sua anterior remuneração de auditor-chefe no Tribunal de Contas, com base numa norma legal que a Procuradoria-geral da República considerou revogada no final do ano passado. Graças a esta autorização, Vítor Braz, que tal como Maria Luis foi assessor do gabinete do secretário de Estado das Finanças em 2001, ficou a ganhar mais 1110 euros mensais.
O despacho da ex-ministra, que não refere o nome de Vítor Braz, tem efeitos a partir de Janeiro deste ano, data da sua designação como inspector-geral. A aplicação retroactiva da decisão é justificada no documento com o facto de a autorização ter sido requerida “antes daquela data”. O que significa que Maria Luís levou mais de dez meses a decidir sobre o pedido do inspector-geral sem se lhe levantarem dúvidas — pelo menos não as fez constar no despacho — sobre a aplicabilidade da norma que a PGR considera revogada.»
Vítor Braz e a ex-ministra não quiseram responder às perguntas que o PÚBLICO lhes dirigiu, por escrito, há várias semanas e acerca das quais contactou repetidamente, e em vão, os respectivos secretariados. Vítor Braz mandou dizer apenas que "o património e o pessoal da IGF são geridos pela secretaria-geral do Ministério das Finanças".
- Jornal Público, José António Cerejo, via José Simões
O despacho da ex-ministra, que não refere o nome de Vítor Braz, tem efeitos a partir de Janeiro deste ano, data da sua designação como inspector-geral. A aplicação retroactiva da decisão é justificada no documento com o facto de a autorização ter sido requerida “antes daquela data”. O que significa que Maria Luís levou mais de dez meses a decidir sobre o pedido do inspector-geral sem se lhe levantarem dúvidas — pelo menos não as fez constar no despacho — sobre a aplicabilidade da norma que a PGR considera revogada.»
Vítor Braz e a ex-ministra não quiseram responder às perguntas que o PÚBLICO lhes dirigiu, por escrito, há várias semanas e acerca das quais contactou repetidamente, e em vão, os respectivos secretariados. Vítor Braz mandou dizer apenas que "o património e o pessoal da IGF são geridos pela secretaria-geral do Ministério das Finanças".
- Jornal Público, José António Cerejo, via José Simões
Naufrágio da motora "Jesus dos Navegantes", que está a ser julgado em Coimbra, vai conhecer sentença no próximo dia 21
Ontem, o CEMAR esteve presente no Tribunal de Coimbra...
Representado pelo presidente da direcção, o historiador da Cartografia Náutica Alfredo Pinheiro Marques, o CEMAR (Centro de Estudos do Mar) esteve ontem presente no Tribunal de Coimbra na audiência das alegações finais do processo-crime 400/13.6TACBR, em solidariedade com a Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar (dirigida pelo Mestre José Marques Festas) e, sobretudo, em solidariedade com o Mestre poveiro Francisco Fortunato, agora acusado pelo Ministério Público do Estado Português de quatro crimes de "homicídio por negligência", por não ter cumprido a "Carta Náutica"… não ter tido conhecimento de um "edital"… e não ter mandado vestir coletes e descalçar botas.
Tratou-se do naufrágio, há dois anos, da pequena motora "Jesus dos Navegantes", o seu pequeno barco, em que viu morrer, ao seu lado, em 25.10.2013, quatro dos seus companheiros, pescadores poveiros como ele (e ele, por acaso, sobreviveu).
Tratou-se de um dos três (3) naufrágios, no mesmo sítio, no ano de 2013. Aconteceu exactamente no mesmo local - na célebre barra do porto da Figueira da Foz - onde, antes disso, em 26.10.2010, 20.01.2012, 10.04.2013, e 25.06.2013, já haviam acontecido outros quatro (4) naufrágios, com três (3) mortos… E, depois disso (depois deste do "Jesus dos Navegantes" em 25.10.2013 com quatro [4] mortos), já lá aconteceu mais um (1) novo naufrágio, e outro esteve iminente (respectivamente, em 06.10.2015, e 12.11.2015), com mais cinco (5) mortos.
Neste último desastre, agora, em 06.10.2015, em que se perderam mais cinco vidas na barra do porto da Figueira da Foz, naufragou o barco de Aveiro/Ílhavo que, antigamente, durante muitos anos, havia sido comandado pelo Mestre Alcino Clemente (da Praia de Mira), associado e membro do nosso Conselho Consultivo e Científico do CEMAR - Centro de Estudos do Mar.
A sentença deste processo 400/13.6TACBR, cujas audiências ontem terminaram em Coimbra, irá ser prolatada, pelo Merítissimo Juiz que presidiu ao julgamento, no próximo dia 21 de Dezembro.
Representado pelo presidente da direcção, o historiador da Cartografia Náutica Alfredo Pinheiro Marques, o CEMAR (Centro de Estudos do Mar) esteve ontem presente no Tribunal de Coimbra na audiência das alegações finais do processo-crime 400/13.6TACBR, em solidariedade com a Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar (dirigida pelo Mestre José Marques Festas) e, sobretudo, em solidariedade com o Mestre poveiro Francisco Fortunato, agora acusado pelo Ministério Público do Estado Português de quatro crimes de "homicídio por negligência", por não ter cumprido a "Carta Náutica"… não ter tido conhecimento de um "edital"… e não ter mandado vestir coletes e descalçar botas.
Tratou-se do naufrágio, há dois anos, da pequena motora "Jesus dos Navegantes", o seu pequeno barco, em que viu morrer, ao seu lado, em 25.10.2013, quatro dos seus companheiros, pescadores poveiros como ele (e ele, por acaso, sobreviveu).
Tratou-se de um dos três (3) naufrágios, no mesmo sítio, no ano de 2013. Aconteceu exactamente no mesmo local - na célebre barra do porto da Figueira da Foz - onde, antes disso, em 26.10.2010, 20.01.2012, 10.04.2013, e 25.06.2013, já haviam acontecido outros quatro (4) naufrágios, com três (3) mortos… E, depois disso (depois deste do "Jesus dos Navegantes" em 25.10.2013 com quatro [4] mortos), já lá aconteceu mais um (1) novo naufrágio, e outro esteve iminente (respectivamente, em 06.10.2015, e 12.11.2015), com mais cinco (5) mortos.
Neste último desastre, agora, em 06.10.2015, em que se perderam mais cinco vidas na barra do porto da Figueira da Foz, naufragou o barco de Aveiro/Ílhavo que, antigamente, durante muitos anos, havia sido comandado pelo Mestre Alcino Clemente (da Praia de Mira), associado e membro do nosso Conselho Consultivo e Científico do CEMAR - Centro de Estudos do Mar.
A sentença deste processo 400/13.6TACBR, cujas audiências ontem terminaram em Coimbra, irá ser prolatada, pelo Merítissimo Juiz que presidiu ao julgamento, no próximo dia 21 de Dezembro.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Às vezes sou um bocado impulsivo...
Não fez ainda uma semana que os gajos saíram do poleiro e, este caramelo, já queria um milagre.
Está a custar-lhe que "os traidores que quiseram apagar da nossa memória o 1º de Dezembro, tivessem sido escorraçados. Este será o último ano em que não se comemora esta data com o simbolismo e fervor que ela merece.
Para os Vasconcelos, que durante quatro anos andaram a vender o país a retalho, aqui ficam, os Hinos da Nossa Memória."
Está a custar-lhe que "os traidores que quiseram apagar da nossa memória o 1º de Dezembro, tivessem sido escorraçados. Este será o último ano em que não se comemora esta data com o simbolismo e fervor que ela merece.
Para os Vasconcelos, que durante quatro anos andaram a vender o país a retalho, aqui ficam, os Hinos da Nossa Memória."
Deixem a demagogia...
Sem
ironia, com a mesma franqueza com que confesso que caibo no grupo
daqueles que aceitam lições - dado que sei que não sei mais do que
aquilo que sei -, que tenho sempre muitas dúvidas e não
desconheço que, por vezes, me engano, é com a mesma franqueza, que não absorvo esta lição de demagogia: “Afinal, quem manda na Educação?”.
No
início da década de 60 do século passado, não havia exame nacional do 4.º
ano (ao tempo chamava-se 4ª. classe). Havia, isso sim, prova de
admissão ao ensino técnico e ao liceu.
A
minha querida e saudosa professora primária – a Dª. Graciete - que
me acompanhou desde a 2ª. classe, era quem estava em melhores
condições para me fazer a avaliação.
E,
se alguns, tiraram a 4ª. classe e, depois, seguiram ou não, para o
secundário, outros ficaram, pelo menos temporariamente, "a marcar passo" e tiveram de repetir a frequência do ano em que não tiveram
aproveitamento escolar.
Neste
momento – como sempre devia acontecer – o ensino público em Portugal tem de ser tratado, pelo poder, como merece, dada a sua importância no futuro do País – com
seriedade e competência.
Desde
logo, pela minha experiência pessoal, a meu ver, como primeira medida, seria procurar que um professor do 1.º ciclo do ensino básico fosse
colocado na mesma escola por um período mínimo de 4 anos, que é o
tempo indispensável para acompanhar uma turma durante todo esse ciclo fundamental no crescimento da personalidade da criança e futuro adulto.
Podem
dizer que é uma medida simples...
Pois
é, mas para quê complicar?..
Direita dividida sobre apresentação de moção de rejeição...
Tanto do lado do PSD como do PS, o confronto é esperado no primeiro dia de debate.
Fontes próximas de Passos Coelho afirmam ao JN que a única estratégia possível para o agora líder da Oposição é intervir amanhã, depois de ter criticado Costa por ter permanecido em silêncio no primeiro dia da discussão do programa da Direita, que foi depois chumbado pela maioria de Esquerda.
Também é esperada para amanhã uma intervenção de Paulo Portas, líder do CDS, que é favorável à apresentação de uma moção de rejeição, disse ao JN fonte da direcção centrista.
Mas, o assunto divide o PSD.
António Costa, que falará nos dois dias do debate, quarta e quinta-feira, irá esforçar-se por mostrar convergência à esquerda.
Um esforço que explica a decisão de realizar, às terças-feiras, reuniões entre os líderes parlamentares, também com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, para discutir as propostas do Executivo.
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