Este ano, carnaval e dia dos namorados ocorreram no mesmo fim de semana.
Nada contra.
Para quem está de fora, é tudo mais ou menos a mesma palhaçada...
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Ontem, foi o dia dos namorados...
- Pedrito, apetece-me algo...
- Claro, senhora, os vossos desejos são ordens para mim...
- Traz-me um copo de água!..
- Sim, senhora, vou já privatizar!
daqui
E foi assim que, de porreirismo em porreirismo, caímos neste atoleiro cheio de gajos porreiros...
"Os homens do aparelho fazem sempre as mesmas perguntas: quem é que eu devo apoiar para manter o lugar que tenho (deputado, vereador, assessor, gestor, etc.); quem é que devo apoiar para ter o lugar que quero (no partido, na administração, na autarquia, no governo, etc.), quem é meu “amigo”, quem é o meu “inimigo”, quem é que parece mais capaz para defender os interesses do meu grupo, da minha estrutura, A mim e aos “meus”, amigos, amantes, família, companheiros fiéis, parceiros de negócio. Quem perturba esta lógica, é atirado para as trevas exteriores, seja qual for a sua mais-valia social. Quem não a põe em causa, mesmo que seja um absoluto medíocre, está em casa. Uma vez entrado no sistema, fica lá sempre se se comportar como se espera, se for “confiável”, se não fizer ondas, se mostrar a camisola, se reagir pavlovianamente a tudo o que afecte os interesses do aparelho.
É assim que se fazem as carreiras, é assim que tudo se move. É assim que estamos."
Isto tem nome: é a "A PARTIDOCRACIA NO SEU ESPLENDOR"…
... o Mar continua a invadir a freguesia de S. Pedro
A protecção da Orla Costeira Portuguesa continua a ser uma necessidade de primeira ordem...
Como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, o processo de erosão costeira, a nosso ver, era uma prioridade.
Como, entretanto, quem de direito nada fez, a duna a Sul do 5º. Molhe da praia da Cova está devastada...
Na Figueira é sempre carnaval...
foto de Pedro Agostinho Cruz |
Porém, a chuva acabou por obrigar ao fim antecipado do desfile na Avenida do Brasil.
Uma escola de samba e o carro dos reis não desfilaram.
Merche Romero e o figueirense Fernando Maltez, porém, não privaram os seus súbditos do convívio e, a meio do corso, decidiram abdicar do trono para se juntarem ao povo.
Na Cova-Gala o Carnaval trapalhão decorreu com alegria e animação.
Em tempo.
Se o samba veio para ficar no carnaval de Buarcos, porque não alteram o dia de entrudo para meados de
Agosto, quando a temperatura atinge os valores do Carnaval do Rio?
Além do mais, evitava que a Câmara tenha de conceder tolerância de
ponto.
Em Agosto, Portugal está de férias.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Miguel Almeida, um dos figueirenses mais porreiros que conheço...
foto sacada daqui |
Confrontado pelo jornal AS BEIRAS com esta tomada de posição pública do PCP, Miguel Almeida limitou-se a responder: “Não respondo a disparates”.
Cá está o Miguel Almeida que eu conheci: o Miguel Almeida, o figueirense, antes de ser o Miguel Almeida, o político.
O peso da identidade, desde a década de 90 do século passado, sempre afectou o seu percurso individual na política e ajudou a degradar o espaço público da política figueirense.
O excesso de identidade conforta – mas, imobiliza...
Somos o que somos e isso desculpa-nos, exime-nos do debate, protege-nos do conflito e empurra-nos para o queixume.
A liberdade colocou problemas de identidade, que levaram a que os portugueses - e isso vê-se a olho nu na Figueira - se refugiem em “antigos moldes que forneciam segurança e paz interior”.
Décadas de salazarismo não só afastaram os portugueses do espaço público de debate mas, também, criaram uma identidade avessa ao conflito e à discussão.
Somos quase todos porreiros aqui pela Figueira. E o Miguel, em abono da verdade, é um dos figueirenses mais porreiros que conheço.
Na Figueira, prefere-se um tratamento de cosmética a encarar a realidade.
Daí, à institucionalização do chico-espertismo é um pequeno passo.
As tácticas de sobrevivência quotidiana que constam do manual do chico-esperto foram consagradas pelo próprio Estado Novo e continuam em Portugal mais de 40 anos depois do 25 de Abril. Reconhece-se o direito à liberdade de expressão e manifestação, mas retira-se-lhe qualquer significado político...
“Assim começa a interiorização da obediência” no país do respeitinho, onde, na opinião do professor José Gil, “estamos ainda longe de praticar a democracia”.
E a Figueira, neste campo, é uma das cidades mais portuguesas que conheço.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Os alemãezinhos (de calcinhas na mão), ou o país dos aldrabões...
Afinal, segundo o jornal Público, "Portugal está entre os países da zona euro que concederam até agora um menor volume de empréstimos à Grécia, quer em percentagem do PIB, quer levando em conta a dimensão da sua população. Isso acontece pelo facto de Portugal, a partir do momento em que lhe foi aplicado também um programa da troika, ter ficado dispensado dos custos associados à ajuda financeira à Grécia.
Os números disponíveis parecem, assim, contrariar a ideia defendida por Pedro Passos Coelho esta quinta-feira de que Portugal é “de longe o país dentro da União Europeia que, em percentagem do seu produto, maior esforço fez de apoio e solidariedade em relação à Grécia”.
Via O país do Burro
Via O país do Burro
O último crime de Salazar
"O assassinato de Humberto Delgado é um crime hediondo perpetrado por um regime anacrónico, já em contra ciclo histórico consigo próprio.
Só o desespero de um regime encurralado no beco sem saída em que se enfiou "orgulhosamente só" ajuda a compreender a ordem de Salazar para matar o general.
A trama urdida pela Pide é uma sucessão de práticas mafiosas, cuja tentativa de esconder o corpo do general sem medo num campo da estremadura espanhola prova que nem o fascismo, nem a polícia que o suportava, olhavam a meios para atingir os seus tenebrosos objectivos.
A ética do fascismo era esta, tal como é a dos saudosistas que pululam por aí..."
Algo alternativo para o dia de hoje....
Sim, eles — as pessoas com diversidade funcional, vulgo deficientes — fodem. Ou, para "os ouvidos e mentes mais sensíveis", eles amam, namoram, desejam, fazem amor, excitam-se e, por isso, "têm direito a uma sexualidade digna e adequada".
Palavras do Sim, Nós Fodemos, movimento que tem como objectivo abordar e desmistificar a sexualidade dos deficientes, e que a 14 de Fevereiro nos quer pôr a falar, lá está, de Sexualidade e Deficiência.
A data não é inocente.
"Queríamos fazer uma coisa diferente para o Dia dos Namorados", explica Rui Machado, um dos organizadores. "E algo que desse visibilidade ao tema."
Isto porque, mesmo quando se realizam conferências sobre deficiência, raramente "é abordada a questão da sexualidade".
A jornada arranca às 10h e prolonga-se até meio da tarde (ainda dá tempo para os jantares românticos com direito a peluches pirosos). Em cima da mesa, conta Rui, estão os mais variados temas: a psicóloga Ana Garrett aborda a reabilitação da sexualidade em pessoas com alterações sensitivas ("Será uma intervenção virada para soluções e alternativas"), enquanto que as investigadoras Lia Raquel Neves e Ana Lúcia Santos, do projecto Intimidade e Deficiência, reflectem sobre estereótipos discriminatórios ("Um dos nossos cavalos de corrida") e sobre a existência de diferentes orientações sexuais e identidades de género dentro da deficiência.
Palavras do Sim, Nós Fodemos, movimento que tem como objectivo abordar e desmistificar a sexualidade dos deficientes, e que a 14 de Fevereiro nos quer pôr a falar, lá está, de Sexualidade e Deficiência.
A data não é inocente.
"Queríamos fazer uma coisa diferente para o Dia dos Namorados", explica Rui Machado, um dos organizadores. "E algo que desse visibilidade ao tema."
Isto porque, mesmo quando se realizam conferências sobre deficiência, raramente "é abordada a questão da sexualidade".
A jornada arranca às 10h e prolonga-se até meio da tarde (ainda dá tempo para os jantares românticos com direito a peluches pirosos). Em cima da mesa, conta Rui, estão os mais variados temas: a psicóloga Ana Garrett aborda a reabilitação da sexualidade em pessoas com alterações sensitivas ("Será uma intervenção virada para soluções e alternativas"), enquanto que as investigadoras Lia Raquel Neves e Ana Lúcia Santos, do projecto Intimidade e Deficiência, reflectem sobre estereótipos discriminatórios ("Um dos nossos cavalos de corrida") e sobre a existência de diferentes orientações sexuais e identidades de género dentro da deficiência.
a outra margem
«A corrente era forte, mas na outra margem havia pássaros, toiros bravos a pastar e valados desconhecidos. À noite, esperava-o a tareia do costume, em vez de ceia, e na manhã seguinte regressava ao telhal pelas orelhas.»
Soeiro Pereira Gomes, Esteiros (1941)
Soeiro Pereira Gomes, Esteiros (1941)
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
"100%" e o difícil passo seguinte
foto de Pedro Agostinho Cruz sacada daqui |
O rumo dos acontecimentos e a situação
política local no momento que passa, têm colocado na ordem do dia
uma série de questões sobre a suficiência ou insuficiência da
“indignação” e, mais profundamente, sobre as perspectivas de
uma transformação democrática radical das relações de poder na nossa cidade.
Segundo li no jornal AS BEIRAS, o engº
Daniel Santos, que em 2009 encabeçou a lista da Figueira 100% à
autarquia figueirense, disse que este movimento
independente poderá regressar ao activo.
“Neste momento encontra-se em estado
de hibernação, na expectativa de, eventualmente, poder retomar um
papel activo na política autárquica da Figueira da Foz”.
Em 2009, cerca de seis mil eleitores
figueirense votaram no movimento.
Estes votos permitiram-lhe eleger dois
vereadores, cinco deputados municipais e vários lugares para
assembleias de freguesia.
Passados cerca de 6 anos, este
movimento, pelo menos aos meus olhos, aparece como “100% emotivo”.
Na minha opinião, se a emoção serve para destruir, ela é especialmente incapaz de
construir o que quer que seja.
É relativamente fácil colocar muitas pessoas de acordo quanto ao que
rejeitam, mas teríamos inúmeras respostas diferentes se lhes
perguntássemos o que pretendem.
A emoção é “líquida”, ferve facilmente, mas também arrefece passado pouco tempo.
A emoção é “líquida”, ferve facilmente, mas também arrefece passado pouco tempo.
A emoção é instável e inadequada
para dar forma a algo de coerente e duradouro, como se viu com os
100% em 2013, e propensa à hibernação.
Eu, se fosse ao eng. Daniel Santos,
pessoa por quem, aliás, tenho amizade e respeito, no actual contexto político local pensava melhor
antes de dar o passo seguinte...
Isto até nem vai ser difícil...
Merkel deixa recado para Tsipras em Bruxelas: "Regras são regras".
Ora bem: se é uma questão de regras, alguém algum dia vai ter de deixar um recado a Angela Merkel: as regras são feitas para regular o dia-a-dia e facilitar as relações, não para as atrapalhar ou complicar e, quando as regras não cumprem as funções para as quais foram criadas, é porque é chegado o momento de as alterar ou corrigir.
E pode ser mais fácil do que parece se houver inteligência, não de uma, mas de duas partes.
Ora bem: se é uma questão de regras, alguém algum dia vai ter de deixar um recado a Angela Merkel: as regras são feitas para regular o dia-a-dia e facilitar as relações, não para as atrapalhar ou complicar e, quando as regras não cumprem as funções para as quais foram criadas, é porque é chegado o momento de as alterar ou corrigir.
E pode ser mais fácil do que parece se houver inteligência, não de uma, mas de duas partes.
Uma coisa e outra...
No País, a maior tragédia política
do Portugal contemporâneo é a fraca presença de espírito do
primeiro-ministro.
Não me refiro às políticas que têm
sido seguidas, porque a política está reduzida à economia e
finanças (vão perceber, mais uma vez, que PSD e PS são
praticamente a mesma coisa, quando o António Costa for
primeiro-ministro, lá para o final deste ano....).
Refiro-me à
personagem, por vezes grosseira, mas, sobretudo, cinzenta de Pedro Passos Coelho, da sua crónica falta de
jeito para a retórica e da sua conhecida e reconhecida inclinação para a banalidade.
Na Figueira, refiro a falta de jeito
para a retórica e para o exercício da política e da inclinação
para a banalidade de quase todo o executivo camarário - e em especial do presidente.
Tanto na Figueira como no País,
gostava de ter alguém no poder (e na oposição) que gostasse das
pessoas, de falar para as pessoas (fora dos períodos em que decorrem as campanhas eleitorais) e tivesse coisas para dizer - mas
sobretudo que gostasse das pessoas e de falar para as pessoas.
Na Figueira e no País, a meu ver, essa é a
nossa tragédia colectiva.Em vez disso, temos alguém no poder que está convencido de que está a cumprir uma «missão».
Espero sobreviver ao banho de cultura elitista que está a passar numa sala perto de mim.
Está a ser uma festa.
Por cá passaram - e vão continuar a passar - pessoas da cultura e outras figuras culturalmente menos relevantes.
Por vezes, dou comigo a colocar a hipótese de que, por aqui, o 25 de Abril não ficou completo e temos de o acabar – estou a referir-me à «falta de liberdade».
Isto, parecendo um completo absurdo, não assim é tão absurdo.
Recordemos que se há algum tipo de virtude que possamos encontrar no Estado Novo, essa teve a ver com a capacidade de disciplinar as contas públicas...
Para o português comum, não deverá haver pecado maior da democracia portuguesa, nos últimos 40 anos, do que a má gestão económica e financeira dos recursos nacionais, que nunca se preocupou em deixar como herança a dívida pública contraída para a construção de "oásis rodoviários e afins..."
Espero que compreendam, finalmente, a agitação em que ando desde que, em 1997, cá pela Figueira, uma cidade que sempre teve “os seus artistas políticos”, apareceu como candidato a alguma coisa Pedro Santana Lopes...
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Está a começar pelo futebol... (falta o fado e Fátima...)
"Costa livra Benfica de pagar quase dois milhões à autarquia"...
Medida foi aprovada pela maioria socialista da câmara e com os votos contra de toda a oposição.
Medida foi aprovada pela maioria socialista da câmara e com os votos contra de toda a oposição.
Subscrever:
Mensagens (Atom)