"Devo ainda referir que circunstâncias várias, para que, felizmente, não concorri, fizeram diminuir a minha movimentação e o número de presenças em cerimónias inaugurais e comemorativas. Mesmo assim não estive demasiadamente parado".
Janeiro de 1974. Américo Tomás "dixit"...
"Rejeito em absoluto uma ideia demagógica e populista, que alguns pretendem incutir na opinião pública, segundo a qual os partidos e os seus dirigentes se alheiam dos interesses do país e das aspirações dos cidadãos. Devemos recusar o populismo e fazer um esforço de pedagogia democrática, tendo presente que os partidos políticos são essenciais para a qualidade da democracia e para a expressão do pluralismo de opiniões.
Mas esse esforço de pedagogia democrática só pode ser feito através da força do exemplo.
Os partidos e os agentes políticos têm de demonstrar, pela sua conduta, que são um exemplo de transparência, de responsabilidade e de civismo para os Portugueses."
Janeiro de 2015. Cavaco Silva "dixit"...
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
“Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”...
As coisas, neste novo ano, continuam simples em Portugal: desde o vulgar trabalhador até aos detentores dos cargos políticos, quando exercidos em exclusivo, continua a não ser possível enriquecer com os actuais salários.
Por isso, não se pode aspirar a viver em médias casas, passear em médios carros e gozar médias férias - no fundo, usufruir de um nível de vida médio, com um salário, mesmo que seja de político.
Não pode.
Ponto.
Quando assim acontece, quando não é lotaria, nem herança, nem bens próprios anteriores, ou a família a pagar, é outra cosia.
E essa coisa não é boa.
Esta coisa, evidente e percebida por qualquer português que tenha passado uma vida de trabalho em Portugal, não necessita de explicações, pois é fácil de entender.
Mas, em Portugal, também temos a outra coisa - a classe dos milionários, uma classe pequena mas crescente...
Guerra Junqueiro, in Pátria - deu a explicação.
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e estes, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do país, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;
Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, a-pesar-disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...) “
Por isso, não se pode aspirar a viver em médias casas, passear em médios carros e gozar médias férias - no fundo, usufruir de um nível de vida médio, com um salário, mesmo que seja de político.
Não pode.
Ponto.
Quando assim acontece, quando não é lotaria, nem herança, nem bens próprios anteriores, ou a família a pagar, é outra cosia.
E essa coisa não é boa.
Esta coisa, evidente e percebida por qualquer português que tenha passado uma vida de trabalho em Portugal, não necessita de explicações, pois é fácil de entender.
Mas, em Portugal, também temos a outra coisa - a classe dos milionários, uma classe pequena mas crescente...
Guerra Junqueiro, in Pátria - deu a explicação.
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e estes, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do país, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;
Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, a-pesar-disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...) “
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
2105 está a andar depressa demais...
O primeiro dia do ano já vai em mais de metade...
Resta-nos pensar que 2015 ainda vai ter mais 364 dias!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Ano novo?..
Muito menos, a felicidade e a dignidade passam por um carrão ou por cartões de crédito.
O
ano prestes a finar-se, 2014, foi duro para a generalidade de todos nós. Ficámos mais pequenos, mais pobres, mais desesperados e mais à deriva.
O ano que hoje acaba, mostrou-me, mais uma vez, que a felicidade e a dignidade passam por outras coisas mais ao nosso alcance, mas não menos difíceis e importantes de alcançar.
Nomeadamente, por andar de cabeça erguida e a coluna vertebral direita.
O ano que hoje acaba, mostrou-me, mais uma vez, que a felicidade e a dignidade passam por outras coisas mais ao nosso alcance, mas não menos difíceis e importantes de alcançar.
Nomeadamente, por andar de cabeça erguida e a coluna vertebral direita.
Passam também por, em qualquer
circunstância, tentarmos dar o nosso melhor.
O que sabemos que é difícil, pois vivemos numa sociedade - e numa cidade - em que o medo se transformou num instrumento ideológico ao dispor da classe dominante. Resta resistir.
Quem tem experiência de vida e memória sabe que já passámos por pior.
Entretanto, fica o desejo do possível 2015 para todos.
Muito bem...
No último dia do ano o líder do PS foi a Évora para visitar José Sócrates no estabelecimento prisional de Évora, onde o ex-primeiro-ministro está em prisão preventiva.
À saída, António Costa defendeu a existência de meios para a investigação poder executar o seu trabalho e a garantia dos direitos de defesa, tendo apelado a que se deixe a «justiça funcionar em todos os seus valores».
Uma história figueirense e portuguesa...
"Recentemente, o surfista
Garrett McNamara
pronunciou-se sobre
as excelentes condições que
a costa portuguesa oferece
para a prática do surf.
O recordista mundial opinou
que há muitos talentos em
Portugal, muitos surfistas que
são muito bons, pelo que o
país poderá em breve ter um
campeão do mundo… “em
ondas pequenas e em ondas
gigantes”.
Também afirmou que o vento
aqui é complicado e que, em
lado nenhum do mundo,
chegam ondas tão grandes e
com tanta frequência.
Ouvi as suas declarações na
televisão e logo me ocorreu a
comparação com a actual situação
do país e, em particular,
da Figueira.
Vieram-me à mente os
nossos campeões, dispersos
por esse mundo fora, na área
do desporto, da ciência, da
literatura, das empresas, no
mundo do trabalho. Ultrapassando
“ondas gigantes”.
Como também a Figueira e
as suas potencialidades, em
particular na área que ele tão
bem domina: o mar. Nas suas
diversas vertentes.
Também metaforicamente,
senti os ventos adversos que
sopram por estas paragens
e as sucessivas ondas de austeridade
que vêm afectando a
generalidade dos portugueses.
No final do ano e início do
seguinte, faço votos que a
reflexão de McNamara seja
premonitória e que se dê início
a um processo de reversão
que vença as ondas gigantes
e os ventos adversos.
A solução está nas mãos de
todos e de cada um de nós. Os
problemas só se resolvem se
os enfrentarmos, tal como o
surfista enfrenta as ondas."
O texto é do Eng. Daniel Santos e foi publicado hoje no jornal AS BEIRAS.
O título é da responsabilidade do autor do Outra Margem.
O texto é do Eng. Daniel Santos e foi publicado hoje no jornal AS BEIRAS.
O título é da responsabilidade do autor do Outra Margem.
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Assim a vida passa vagarosa: /O presente, a aspirar sempre ao futuro: /O futuro, uma sombra mentirosa.*
"No início do próximo ano
iniciar-se-ão as obras de
requalificação do museu dr.
Santos Rocha, de manutenção
do CAE e do forte de
Santa Catarina. Em suma, a
passos sustentados, vencida
a falência técnica de há cinco
anos, a câmara reinicia uma
nova vida."
Em tempo.
Citação do Dr. António Tavares, vereador PS, hoje, na sua habitual crónica das terças no jornal AS BEIRAS.
* Título da responsabilidade do autor do Outra Margem. Uma citação de Antero de Quental, “Sonetos” (1860-62).
Em tempo.
Citação do Dr. António Tavares, vereador PS, hoje, na sua habitual crónica das terças no jornal AS BEIRAS.
* Título da responsabilidade do autor do Outra Margem. Uma citação de Antero de Quental, “Sonetos” (1860-62).
“Tudo existe. O que se Inventa é a descrição”
Joaquim Namorado e Guilhermina Namorado no dia do seu casamento. Coimbra, 1942. |
A
vida e o percurso de Joaquim Namorado decorreram num contexto e num
tempo difícil: o Portugal fascista do século XX,
tempo em que se agravaram as condições de vida do povo português.
As
migrações rurais, na maioria no sentido de Lisboa, têm um peso
enorme na vida do país. A instabilidade política e a guerra civil
de baixa intensidade que se arrasta agravam a situação. A crise
financeira, o advento do Estado Novo, a concentração capitalista
têm consequências pesadas, fazendo com que os anos 30 e 40 do
século XX em Portugal sejam de grande crise e pobreza para o povo
português.
A
situação das classes mais desfavorecidas, dos estratos mais
vulneráveis da população era de tal maneira complicada e difícil
que não podia deixar de chamar a atenção dos intelectuais daquele
tempo em Portugal. Mais do que uma corrente intelectual, do que uma
resposta a este ou aquele movimento artístico, mais do que a
expressão de uma força política, o movimento neo-realismo foi a
expressão de uma solidariedade, de uma tomada de posição perante o
sofrimento agravado do povo português. Mário Dionísio disse que
apareceu espontaneamente, não por encomenda deste ou daquele.
Impôs-se o sentimento de dar conteúdo à arte, como demonstram as
polémicas sobre o primado do conteúdo ou da forma na arte, bastante
acesas e de inegável interesse.
Um
observador atento, sem ideias pré-concebidas, confirma com
facilidade que o âmbito do neo-realismo é bastante mais vasto do
que muitas vezes se apresenta. Figuras como Ferreira de Castro,
Aquilino Ribeiro e José Rodrigues Miguéis produziram obras que
devem ser consideradas como fazendo parte da literatura neo-realista,
sem qualquer espécie de dúvida. No cinema, por exemplo na fase
inicial da obra de Manuel de Oliveira, denotam-se preocupações
afins ao movimento.
E,
ao contrário do que alguns tentam fazer crer, o neo-realismo não se
pode reduzir a uma literatura regional, do Alentejo ou do Ribatejo.
Não se pode esquecer a importância da revista Sol Nascente, fundada
por estudantes do Porto e editada naquela cidade de 1937 a 1940, ou
da Vértice, que aparece em Coimbra em 1942, entre outras
publicações. E que o Novo Cancioneiro, também editado em Coimbra
pela mesma altura, incluiu poetas de todo o país. Ainda em Coimbra
são numerosas as publicações próximas do neo-realismo, a maioria,
é verdade, de vida efémera: Altitude, Cadernos de Juventude,
Síntese. Em Lisboa destaca-se O Diabo.
O
neo-realismo cumpriu o papel de denúncia do sofrimento do povo
português. Mostrou o papel que podem ter a arte e a cultura em geral
na luta social e política. Não foi propriedade de ninguém, nem
mesmo exclusivo de Portugal. Foi o contributo da cultura para apoiar
o povo a que seus agentes pertenciam.
É
neste contexto que a obra de Joaquim Namorado tem de ser vista: “um
organizador colectivo, mais do que original; um poeta e um crítico de
obra exígua; um militante que rebatia arte sobre a política e, em
política, queria ser reconhecido pela sua ortodoxia”.
Conheci
pessoalmente Joaquim Namorado, creio que no ano de 1978, devido ao
projecto barca nova.
Em
1982, aparece em 3º. Lugar na lista APU concorrente à Assembleia
Municipal da Figueira da Foz - e é eleito.
Em
1983, por iniciativa do semanário barca nova é lançada a ideia de
uma “homenagem a Joaquim Namorado”.
Realiza-se a homenagem projectada pelo barca nova. Dela faz parte uma
exposição sobre “O neo-realismo e as suas margens”, que depois
será apresentada em Coimbra, Guimarães e Fafe, em versão
simplificada.
O
executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz cria o “Prémio
Joaquim Namorado”, para ser atribuído a contos inéditos,
invocando a acção cultural exercida por Joaquim Namorado no nosso
concelho.
Em
29 de Janeiro é conferida a Joaquim Namoarado a Ordem da Liberdade –
Diário da República nº. 62, 2ª. Série de 16/3/1983.
Seguiram-se
outras homenagens. Recordo que a Assembleia Municipal de Alter do Chão,
sua terra natal, em reunião de 4 de Fevereiro, por unanimidade,
resolve associar-se à “Homenagem nacional prestada a Joaquim
Namorado".
A
Junta de Freguesia de S. Julião, delibera na sua reunião de 14 do
mesmo mês no mesmo sentido.
A
Assembleia Municipal e a Câmara de Coimbra atraibuem-lhe, por
unanimidade, a Medalha de Ouro da cidade.
Por
esse tempo, Joaquim Namorado era um Homem feliz. Por esse tempo, eu,
como elemento de um colectivo que se chamava barca nova, também era
um homem feliz.
Joaqui
Namorado, o Joaquim Namorado com quem convivi e tive a felicidade de
receber a sua amizade, ao contrário do que dizem não era um durão:
era um ser humano do melhor que passou pela minha vida – e a quem
estarei eternamente grato pelo muito que me ensinou.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
O que faz a malta não ler... Mas, os amigos são para as ocasiões...
Ainda
se lêem livros em Portugal?
Tenho
sérias dúvidas.
Sei
que existem profissionais da leitura, como o Marcelo Rebelo de
Sousa, mas muito pouca gente já lê por ócio ou prazer.
Por
isso, pelo menos para mim, é inexplicável que continuem a aparecer
editoras, que as feiras do livro sejam um sucesso, que haja novos
autores, que tantos livros sejam comprados.
Como
pouca gente lê, os mercados mentem muito... Mas, como os amigos são para as ocasiões, “o amigo Carlos Santos Silva gastou 200 mil euros na compra de exemplares do livro "A Confiança no Mundo", de José Sócrates. Santos Silva disse ao juiz, no interrogatório judicial, que o fez a pedido do amigo.”
O problema, se chegar a haver, será o facto disto ter rebentado, como rebentou a bolha do imobiliário...
Ponto da situação no Sporting resumido e abreviado...
"Após dez dias de absurda turbulência no Sporting, na sequência imediata da nossa vitória frente ao Nacional, apenas José Eduardo defende o despedimento de Marco Silva. Valeu a pena tanto barulho?"
Pedro Correia
A...
"As portas que a Revolução abriu têm 40 anos! E o povo saiu às ruas, para celebrar, para abrir a boca num país em que os homens passaram a comer as palavras. Somos livres, mas estamos tontos. Atordoados, pelo menos. Abril fez 40 anos, no verão quente derreteram-se os Espírito Santo e o inverno chegou com um ex-primeiro-ministro na cadeia. Nas quatro estações do ano, o regime ainda aprende a soletrar a palavra de-mo-cra-cia. Não falta liberdade, apenas não se respira a lucidez mordaz, a irreverência necessária, as provocações, simultaneamente irónicas e violentas, que nos obrigam a pensar, a olhar para além do óbvio. Nas portas que Abril abriu, a elite desapareceu e os intelectuais calaram-se. Estão calados, que é outra forma de morrer. Liberdade, mas condicionada: na primeira metade do ano a discutir como nos livraríamos da troika, na outra metade a assistir com perplexidade à derrocada."
Sopa de letras: 2014 de A a Z (parte I)
Sopa de letras: 2014 de A a Z (parte I)
domingo, 28 de dezembro de 2014
O maior desejo de Passos e Portas para 2015...
afirmou
um dia Salazar. Portanto, em 2015 bebam muito vinho.
|
Tanto assim é, que passaram praticamente 3 anos a dizer que a Constituição obstaculizou o crescimento da economia.
Sendo assim - e assim foi... - estarão certamente tão certos quanto Salazar esteve, a partir do momento em que se apoiou na Constituição de 1933 para reestruturar uma economia que encontrou enfraquecida pela instabilidade dos governos republicanos. Claro que deixámos de ter a liberdade que nos permitia reclamar melhores condições de trabalho e de vida, mas isso foi apenas um pormenor...
Na verdade, como alguns sabem e recordam, o que foi isso comparado com o progresso económico de um país e com o enriquecimento daqueles poucos de cuja força empresarial sempre nos querem fazer crer que necessitamos, como se verificava antes de Abril de 1974 e temos vindo a recuperar, como se viu, agora, com o BES!
Em 2015, isso só vai depender dos portugueses e, sendo assim, tudo é possível...
Estar desempregado é sempre uma oportunidade.
Caminhadas matinais
Todas as manhãs ele vai andar, para perder peso e tristezas.
Em relação ao primeiro objectivo tem boas hipóteses de averbar uma vitória.
Manhã cedo, vai ao Cabedelo pela beira mar e volta para trás.
É quando a Aldeia, ainda um pouco langorosa, começa a receber os primeiros raios de sol.
E assim começa ele o dia, todos os dias: entre o mar e a luz do mar.
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