O Estado está a ser “refundado” em segredo, numa conferência
de 2 dias, organizada pelo governo. As vítimas do costume – a maioria dos
portugueses – estão impedidas de conhecer o que por lá se passa, dado que está
vedado aos jornalistas o “registo de imagem” e a “reprodução do que seja dito
sem autorização dos citados”. No final do dia um “comité de propaganda” vai
disponibilizar um minuto de imagens sobre esta fraude, como no tempo da
censura. A trapalhada e o golpismo avançam em espiral, como a recessão. Já não
há vergonha, e a democracia começa a gemer. O ministro das finanças em nome do
“equilibro das contas públicas” está a tomar conta disto. Não é a primeira vez
que nos acontece.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Alguém ainda tinha dúvidas de que somos o melhor povo do mundo?..
Olhem só para esta pequena
amostra que aconteceu no passado domingo em Esmoriz…
Se o povo português tem alguma coisa de que gosto em especial, essa coisa é que não pára de me surpreender...
Uma conferência com “paredes de vidro”!..
Esta conferência, intitulada "Pensar o Futuro - um Estado para a Sociedade", foi impulsionada por Pedro Passos Coelho e organizada pela advogada e ex-dirigente do PSD Sofia Galvão e vai realizar-se durante dois dias, no Palácio Foz, em Lisboa, com oito painéis de debate e mais de vinte oradores, portugueses e estrangeiros, de diversos sectores e terá cobertura limitada por parte da comunicação social, que apenas poderá registar as sessões de abertura e de encerramento.
Anda por aí enorme excitação...
Eles não sabem, nem sonham que, ao tratarem os portugueses como escravos,
muitos ficarão
com alma de escravos, mas, alguns, ficarão com alma de feras.
“O ambiente está a mudar”...
Atenas em estado de alerta depois de tiroteio contra sede do partido no poder...
“A Grécia está no limite e é impossível as coisas continuarem como estão. Não podemos ter metade da população a procurar comida no lixo e a outra metade a não pagar impostos. Sem mudanças, vamos para a guerra civil”.
“A Grécia está no limite e é impossível as coisas continuarem como estão. Não podemos ter metade da população a procurar comida no lixo e a outra metade a não pagar impostos. Sem mudanças, vamos para a guerra civil”.
Porque é que os portugueses são como são?..
Foto de Luís Carregã |
Temos uma fascinação
antiga pela mediocridade, pelo sofrimento e pela pobreza.
Salazar, que nos conhecia
bem, soube tirar partido dela.
Passos (tal como
Sócrates…), que também nos conhece de
gingeira, sabe que até na inveja somos pobrezinhos: odiamos quem tem um pouco
mais que nós, mesmo que o mereça, mas tratamos com admiração e subserviência
qualquer ladrão completamente descarado que tenha acumulado uma fortuna.
No fundamental, aceitamos que merecemos ser pobres e vemos nessa pobreza
uma manifestação de virtude.
Permitimos tudo.
Até aceitamos pacificamente que nos digam que não trabalhamos o suficiente.
Tudo o que realça a vida é luxo, e tudo o que é luxo é
pecado: daí a nossa aversão ao pensamento, à discussão dos problemas e ao
conhecimento.
As Ciências, as Letras e as Artes são coisas marginais.
Em vez de favorecer o
engenho, condenamo-lo à miséria.
Já disto se queixava Camões, no tal Canto Décimo que todos os portugueses deviam conhecer:
Já disto se queixava Camões, no tal Canto Décimo que todos os portugueses deviam conhecer:
Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida;
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a Pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza.
Somos e vamos continuar portugueses - mesquinhos,
austeros, apagados e vis.
Por isso, descansem as almas inquietas.
Nas próximas eleições, vamos continuar, muito maioritariamente, a votar nos partidos da troika, que são, certamente
por mera e infeliz coincidência, os partidos
da corrupção.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Das duas uma: ou o ministro tem problemas de saúde e está a pensar vir viver para o nosso concelho ou não é cliente da Médis!..
O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) vai reforçar
o mapa de pessoal, com a entrada de 14 médicos, incluindo um cirurgião e um
internista, e outros profissionais de saúde.
Via AS BEIRAS
A administração da unidade hospitalar tem praticamente
concluído o planeamento para apresentar à tutela, tendo como objetivo reforçar
os recursos humanos internos em detrimento da contratação de serviços externos,
ao mesmo tempo que vai colmatar as saídas por reforma.
Esta opção foi elogiada, ontem, pelo ministro da Saúde,
Paulo Macedo, no âmbito de uma visita de cortesia ao hospital, onde ficou a
conhecer a Unidade de Internamento de Curta Duração (UICD).
Via AS BEIRAS
"Museu Marítimo de Ílhavo inaugura aquário dos bacalhaus"...
Veja, clicando aqui, a prenda mais mediática dos 75 anos deste aquário, "uma aposta forte na promoção da cultura marinheira do Município Capital Portuguesa do Bacalhau."
Só temos de nos conformar…
O líder nacional do PSD, Pedro Passos Coelho, certamente imbuído de um discurso de "esperança"
e mais virado para o futuro, no encerramento do XX Congresso Regional do PSD
Açores, disse que é preciso começar a pensar no pós-'troika'…
A receita é simples.
Nós, que já somos
pobres, só temos de nos conformar a ficar cada vez mais pobres…
No fundo, temos de nos deixar matar, mas sem perder a esperança na ressurreição.
No fundo, temos de nos deixar matar, mas sem perder a esperança na ressurreição.
E isso, tem tudo para
correr bem.
Que eu saiba, somos o único povo do mundo que já se habituou
a lamber a parte interior das tampas de iogurt!
A esperança é sempre a última coisa a morrer!
domingo, 13 de janeiro de 2013
A Figueira no início de 2013...
foto Pedro Agostinho Cruz |
Nos meados do século passado, ao que dizem, foi uma cidade
cheia de pujança social, económica e cultural.
Nos dias que passam, porém,
apesar da sua inigualável beleza, parece estar moribunda.
Há quem culpe Aguiar de Carvalho, há quem não desculpe
o "traidor" Santana Lopes e a falta de realismo do falecido
Duarte Silva, como os principais culpados do estado a que a Figueira chegou.
Há, também, quem aponte já o dedo a José Ataíde, por ter invertido a deriva despesista, acusando-o de ter abandonado a Figueira
à sua sorte, ao negar o apoio a alguns projectos mal amanhados que vinham de anteriores mandatos.
Independentemente das culpas que possam caber aos autarcas
que têm servido (mal ) a cidade e aos governos que a têm prejudicado, a verdade
é que os figueirenses também pouco têm
feito para evitar o descalabro actual.
No tempo de Sócrates, perdemos a maternidade. É certo que
alguns figueirenses se levantaram e
protestaram, mas de pouco valeu. A maternidade foi mesmo encerrada.
Isso, foi simbólico.
No final do ano passado, a Figueira perdeu o seu jornal mais
antigo – o Figueirense – e nada aconteceu para tentar contrariar o destino.
É certo que, ao longo dos anos, outros títulos desapareceram,
no essencial, também por desinteresse
dos figueirenses. Recorde-se alguns, nos
últimos 30 anos: Barca Nova, Mar Alto, Correio da Figueira, Linha do Oeste e,
agora, o Figueirense.
A razia foi de tal maneira que, neste momento, restam A Voz
da Figueira e O Dever…
Os figueirenses têm orgulho – presumo eu - na Biblioteca e no Museu municipal, no CAE,
no associativismo, no Casino, como
exemplos de uma cidade voltada para o lazer e para cultura.
Gostam - também presumo eu - da Naval, do Ginásio, do Sporting Figueirense da SIT, do Caras Direitas, do GRV, da Cruz Vermelha, dos Bombeiros
(municipais e voluntários), da Assembleia Figueirense, da Misericórdia - e do papel destas entidades em defesa da promoção da solidariedade e do progresso social, associativo, desportivo
e social da cidade e do seu concelho.
Mas isso chega?
Ter orgulho em exibir algumas jóias da coroa, como prova de vitalidade, é próprio de famílias arruinadas que se
agarram a elas para demonstrar que ainda estão vivas.
A Figueira está moribunda, agarrada a um bairrismo
provinciano completamente ultrapassado.
A Figueira precisa de gente que goste da cidade, que a ame e
a queira voltar a colocar no mapa de forma sustentada e com dignidade - não como uma moda.
sábado, 12 de janeiro de 2013
Os mais puritanos que desculpem a linguagem, mas, o relatório do FMI é mesmo isto...
UMA MERDA...
(Um dos aspectos mais ofensivos do estudo do FMI é que até ofende a dignidade dos portugueses, como é possível que uma organização internacional como FMI tenha apresentado aquela merda? Sim, merda, porque um falso estudo sem qualquer fundamento, sem rigor e sem inteligência é isso mesmo, é uma merda. Sejamos honestos, aquele estudo do FMI não tem qualquer seriedade e a senhora Lagarde devia chegar ali ao Hotel Ritz e mandar aqueles idiotas todos para casa.
(Um dos aspectos mais ofensivos do estudo do FMI é que até ofende a dignidade dos portugueses, como é possível que uma organização internacional como FMI tenha apresentado aquela merda? Sim, merda, porque um falso estudo sem qualquer fundamento, sem rigor e sem inteligência é isso mesmo, é uma merda. Sejamos honestos, aquele estudo do FMI não tem qualquer seriedade e a senhora Lagarde devia chegar ali ao Hotel Ritz e mandar aqueles idiotas todos para casa.
Como é possível que um país da União Europeia seja tratado
com tanta leviandade? Sugere-se o despedimento de uma boa parte da Função
Pública com o falso argumento de que há gente a mais, defende-se a privatização
das escolas, propõem-se barbaridades atrás de barbaridades. Será que os
responsáveis do FMI em Portugal ainda não perceberam quão imbecis são os seus
interlocutores locais? Ainda não perceberam que estão dando cobertura a um
projecto de extrema-direita concebido em discotecas entre shots e apalpões nas
gajas?)
E o FMI não está a ajudar nada…
Portugal, está completamente de pantanas…
Estão a acontecer
coisas estranhas.
O País soube que temos uma ministra grávida no Governo!..
Em Lisboa, uma deputada com os copos foi apanhada a
conduzir!..
Na Figueira, na zona do jardim Municipal, um estudante, há
um tempito atrás, foi apanhado a passear na figura que a foto de Pedro Agostinho
mostra!..
Pouco a pouco começamos a ter a real dimensão dos efeitos da
crise que, em lume brando, nos tem frito de há uns anos a esta parte…
Isto, está a ficar um País diferente, onde cada um trata de si...
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