segunda-feira, 19 de março de 2007

QUE A INDIGNAÇÃO LEVE FINALMENTE À ACÇÃO...(Agora, as palavras são inúteis....)


Palavras, notícias.. para quê?...
Foi dita tanta coisa, foi publicada tanta notícia: esta, esta, ou esta; e tantas outras....
Para quê? Nada evitou a morte. Nada evitou a desgraça anunciada: dois pescadores da minha Terra, os meus Amigos Manuel Catulo Pata e o Clemente Oliveira Imaginário morreram esta manhã, quando tentavam passar o estreito da Ponte dos Arcos. A embarcação virou-se pelas 8h00, devido à força das águas no local.
Salvou-se o Luís, o meu Amigo “Índio”.
Os corpos das duas vítimas, resgatados das águas, por outro meu Amigo, o João “Rato”, estão no Instituto de Medicina Legal do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Os jornais, amanhã, publicam a notícia, com os pormenores. Espero que todos!..
QUE A INDIGNAÇÃO LEVE À ACÇÃO.
Porque muita coisa completamente inútil foi dita nas últimas semanas...
Por respeito pela memória dos meus Amigos, fico por aqui...
Sentidos pêsames às famílias enlutadas.

Nota: a SIC e a TVI fizeram directos no jornal das 13 horas. Nenhuma autoridade, nenhum responsável da Empresa deu uma palavra nos directos...
Antes, tanto se disse de inútil...

X&Q28

A PROPÓSITO DE HOJE SER DIA 19 DE MARÇO....


Esta fotografia, é do meu PAI.
CRIADOR, juntamente com a minha MÃE, de um ser LIVRE.
Criar é educar.
Educar, é alimentar uma criança – “física, mental, social, cultural, espiritual e religiosamente.”
Criar, é ajudar a despontar, à luz da consciência, a mais bela obra da natureza - um ser humano único e irrepetível.
O meu PAI faleceu em 6 de Junho de 1974.
Porém, apesar de ter morrido cedo, enquanto viveu, cumpriu o seu dever: “investiu na sua obra mais importante - os filhos.”
Ainda hoje é o meu melhor e maior AMIGO, com quem continuo a partilhar o que é verdadeiramente importante para mim.
Obrigado PAI, pela herança que me deixaste: “o valor da disciplina, da autoridade, da consciência dos limites... Da coragem para os sacrifícios!...”
Obrigado PAI. Hoje, é só mais um DIA, o dia de S. José, o pai de Jesus.
Na minha memória, José, MEU PAI , o TEU DIA acontece todos os dias.

Olha PAI, o nosso SPORTING ganhou ontem ao Porto!...
Também ficaste surpreendido?...

domingo, 18 de março de 2007

Goleada...

Complexo Desportivo do Cabedelo
Arbitro: António Rocha
Auxiliares: Góis Cardoso e Mário Simões


Dias, Rafa, Copinho, Lambreta (cap.), Rato, Pedro Mota, Ruizito, Zézé ( Ivo aos 60m), Mané ( Luisito aos 75m), Sérgio e Dani ( João Tiago aos 66m)
Jogadores não utilizados: Bolas, Tó-Jó, Tuka e Pedro Fernandes
Treinador: Rui Camarão


Joaquim, Gonçalo, Joel, Bruno (cap,), Licinio (Fábio aos 79m), Ferreira, Cláudio, Silva, Luís ( Emanuel aos 45m), Marco e Salgado
Jogadores não utilizados: nada a registar
Treinador: Bicicletas

Resultado ao intervalo:1 – 0
Resultado final: 5 – 0
Golos: Ruizito aos 42m e 88m, Mané 49m, Lambreta 66m (g.p) e Luisito aos 87m

Disciplina:
Amarelos:
Bruno aos 50m, Claudio aos 57m e Silva aos 66m
Vermelhos: nada a registar

Numa tarde em que, tirando o factor vento, estavam reunidas todas as condições para um excelente espectáculo de futebol, foram apenas cerca de 70 as pessoas que se deslocaram ao Complexo Desportivo do Cabedelo.
Para a história, ficou uma vitória totalmente merecida e indiscutível por parte da equipa da casa. De registar, a sua superioridade em todos os capítulos do jogo. A atestar isso, a vantagem no final, com a diferença de 5 golos, a favor do Cova-Gala a espelhar a realidade desta partida e a diferença de valores dos dois conjuntos.

1 TIRO, 3 PARDAIS: uma descoberta científica; uma realidade sociológica; um decreto-lei governamental

sábado, 17 de março de 2007

24 jogos, 24 vitórias


Complexo Desportivo do Cabedelo
Arbitro: António Simões

Pedro Duarte, João Carlos, João Manuel, Pedro (cap.), João Pedro, Paulito, Carlos Daniel, Zé Pedro, Fredy e Carlitos
Treinadores: João Camarão e Rui Camarão


Pedro, João Miguel, Paulo (Cap.), Hugo, Roberto, Diogo, Zé e João.
Treinador: Nelson

Resultado ao intervalo: 8 – 0
Resultado Final: 11 – 0
Golos: Zé Pedro 1m, 19m, 25m, 38m (g.p), 43m e 48m, Carlos Danial 3m, Paulito 4m e 15m e Fredy 27 e 28m.

Hoje foi o último jogo da fase de apuramento.
O Cova-Gala ao vencer o Touring, por 11 – 0 sagrou-se campeão de série.
Segue-se, a partir de 31 de Março a fase final, onde o Cova-Gala, face ao valor da sua equipa, tem fortes aspirações a ser campeão distrital.

Escolas:
Na sua deslocação ao Paião, para defrontar o Vateca os pupilos de João Cravo e Pedro Nunes perderam por 2 – 1.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Delegado do futuro



(João Lebre, delegado do Cova-Gala, no decorrer do jogo entre a sua equipa e o Touring, da Praia de Mira, partida que se realizou no passado domingo, dia 11.)




Há repórteres que vão ficar para a história.
Este, é o delegado do futuro.

New Bedford mantém consulado aberto


A reestruturação consular foi ontem aprovada em Conselho de Ministros.
Nos Estados Unidos não encerra nenhum consulado, quando na proposta de Dezembro estava previsto o encerramento de três.
De acordo com a LUSA, o consulado de New Bedford vai manter-se, Providence passa a vice-consulado e Nova Iorque transforma-se em escritório consular.
Mais pormenores aqui.

Portaria 69 035



(Para aumentar, por favor clique na imagem)

3 GRUPOS PRIVADOS E A UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS ABREM CLÍNICAS ONDE O ESTADO FECHA SERVIÇOS

quinta-feira, 15 de março de 2007

Carta da Martinha Lacerda sobre o senhor Agostinho



Olá meu caro blogueiro, sua peste.
Cá estou eu, mais a minha tia, novamente às voltinhas com o “portatil”.
Desta vez, para falar de si, que, aliás, conheço bem, pois andei consigo ao colo...

Acreditem cá na velhota.
O rapaz, o blogueiro, é um moço íntegro e de ideias claras.
O que eu me divirto com este “brinquedo”... Depois, a sua postura e o seu sentido de humor faz deste blog um espaço interessante.... Tou a falar por mim...
O rapaz até poderia ser presidente da junta... Ficariam bem servidos ....
Um!.., mas não sei se ele tá pra isso, embora ande praí muita gente em pânico...
Ele tem uma fragilidade: detesta a política. E tem um problema de saúde, o coitadito: tem estômago fraco... tem dificuldade em digerir!...
Questiona a Esquerda e a direita causa-lhe náuseas. Confesso que, aí, tenho dificuldades em perceber o moço: a sua orientação política é indefinida.... se bem que, assim de forma muito difusa, me parecer que as suas atitudes se enquadrem quase sempre num cenário de anarquia extrema e de descrédito total pelas alternativas vigentes....

Mas é diligente: está constantemente na procura da perfeição, embora a considere uma utopia..
Dá-me cá a ideia de ser um sonhador consciente e realista e de não se deixar desestabilizar pelas opiniões dos outros.... apenas ouve o outro, se considerar que vale a pena, ou se o mesmo tiver uma piada fantástica para contar...
Ah, e tem algumas particularidades, que cá a Martinha generosa como é, vos vai confidenciar.
Gosta de música e gostaria de aperfeiçoar os seus dotes nessa área, mas o tempo que tem não lhe permite explorar esse ócio.
Ah, e aqui na Terra também não é fácil, o raio da ESCOLA DE MÚSICA finou-se de morte matada... Ah, se calhar ainda bem... a cultura só serve para gastar dinheiro, pelado é que é bom, nem precisa de manutenção!...Gosta e estuda a informática, mas detesta computadores. Quem é que o compreende?..
Tem uma ocupação profissional que não aprecia por aí além, mas que lhe permite tornar-se feliz, quando pode fazer aquilo que mais gosta.
A vida, diz ele, é mesmo assim, “uma actividade profissional não é um passatempo...” Logo, não acha que se tenha obrigatoriamente de gostar de a exercer.
Costuma dizer ainda: “se apenas fizermos aquilo que gostarmos, acabamos por criar a ilusão de que a vida é um autêntico mar de rosas. Tornamo-nos pessoas pouco conhecedoras de outras realidades e o nosso interesse resumir-se-á a uma pequena e insignificante área do conhecimento”...

Olhem, cridos leitores, para o blogueiro o trabalho é como uma mulher.
Podemos dizer que gostamos muito dela sem, no entanto, a conhecemos na íntegra. É a nossa escolha... o que não deixa de ser um perigo... o que pretendemos abraçar.. mas, na altura, é o nosso primeiro instinto: o desejo de conquistá-la...
Depois vem a realidade, toda a sua essência só é conhecida posteriormente, algo que nos pode trazer alguns dissabores ou se revelar numa autêntica desilusão...
Ao nível da escrita, é um sonhador por excelência... mas nunca se esquece das suas limitações.
Não se percebe é lá muito bem... às vezes..... afinal, fala com frontalidade ou utiliza a chamada conversa de xaxa ?

Crido Agostinho: se o teu blog nos continuar a mostrar a pura realidade da Terra em que vivemos, não tenhas medo!... Continua, pois é cada vez mais necessário...
Os media que existem, cá pela parvónia e arredores, gostam de assumir-se como arautos do contra-poder.... Mas, a informação a que temos acesso, é dominada por um jornalismo reverente, por grupos interesseiros ou políticos, por um pensamento único, por redes de conivência. Eles servem os interesses dos donos da Terra. Só assim é que conseguem existir.
A unanimidade, melhor o unanimismo acéfalo a que se chegou, leva-nos a desejar que, finalmente, o bom senso regresse à nossa Terra. A possibilidade de escolha é a essência da democracia.
O tó (da lota) neste momento, como teu amigo do peito, aconselhava-te a desistir. No entanto, se achas que esta Terra precisa de sair da confusão, vai em frente.
Permitam que a velhota descarrile e diga: ANDAMOS NESTA MERDA HÁ BUÉ...
O nevoeiro é muito.
Temos de soprar....pode ser que o nevoeiro desapareça.... Era bom é que aparecessem mais a soprar...
Haverá fôlego?...

Saúde para todos e até qualquer dia.
Martinha Lacerda

X&Q10

quarta-feira, 14 de março de 2007

Carta da Martinha Lacerda sobre a memória do verde



Olá, cá estou eu, mais a minha tia, novamente às voltinhas com o “portatil”.
Tou a ficar perita, tou a tomar-lhe o jeito!... Oh, larila!...

Tomei-lhe o gosto, pronto. E, como sei, que a minha última carta agradou ao pessoal jovem, desta vez venho falar de um assunto que vos interessa sobremaneira: o verde.
Não é que cá a Martinha seja do Sporting, nada disso. Como sabem, sou do Cova-Gala... o que até nos permite, a mim e às outras velhotas cá do “hotel”, de 15 em 15 dias, dar uma espreitada para o campo da bola e arregalar os olhos a partir daqui, do geriátrico.... é diversão... da boa... e é de borla.

Bom, agora que o tempo tem estado “direitinho”, fui um destes dias até ao Parque de Merendas comer uma bucha e dar uma olhada, pois tinha visto aqui no OUTRA MARGEM umas fotos que não me deixaram muito tranquila...
O que vi, ao vivo (in loco, como dizem agora vocês...), deixou-me desolada...
Foi, então, que me lembrei que tinha uma fotografia tirada lá, há uns tempos atrás. Aproveitei a ida e tirei outro retracto. Aqui ficam os dois: vejam a diferença.
O verde tá a ir-se... Pouco a pouco, mas ...
Nesta Terra, como se calhar em todo o País, o sonho de quem passa pelo poder, é deixar “obra feita”.
Só que, infelizmente, só obra de betão, porque para outras coisas, outros feitos e outras obras, como por exemplo, obras sociais, cultura, desporto, os covagalenses não têm muita memória.
E, nós, os velhotes, que presentemente quase não temos pra onde ir... andamos nervorsos, inquietos ... tensos... Vingamo-nos nos anti-depressivos ou nas rendinhas...
Ah, mas para não perder o fio à meada, estava cá a Martinha a falar que o betão é visível e enche o olho... Seja uma rotunda ou uma estátua. Ou uma estátua com uma rotunda.

Ah, mas por falar em memória...Foi então que dei por mim a puxar por esta cabeça já um tanto ou quanto encanecida e desmiolada.... Claro que tive de fazer um esforço. Grande: 85 anos, são mesmo 85 anos!...
E reflecti, não muito para não queimar o último neurónio: porque será que certas imagens do nosso passado se gravam na memória e constantemente vêm à tona como se tivessem um significado especial?...
E não foi que me lembrei do meu defunto e dos momentos que passámos ali naquele outrora verde de pinhal?... cá com uns esconderijos!!!...
E ...se fomos lá tão felizes !... Ai que saudades, ai, ai do meu crido Joãozinho...Ai, Ai Joãozinho crido!... como me lembro de ti...
Como me lembro do Verão de 1939 e de como nos amámos apaixonadamente no tempo da nossa adolescência, mesmo em cima da fresquidão daquele musgo fofo e cheiroso!... E a moçoila esbelta, loira, rosto oval, olhos verde-esmeralda, a beleza da Terra... que eu então era!...

Mas, o tempo passou e o que, nessa época, foi alegria, excitação, entusiasmo, tornou-se aborrecimento e desânimo, nos dias de hoje!...
Desculpem lá, mas o que tem valido para me distrair, são as espreitadas aos jogos do Cova-Gala, aos domingos, e agora estas cartitas que aqui vou deixando...
Ah, mas voltando “à vaca fria”: o verde que está a desaparecer do Parque das Merendas... Bem, a falar verdade, meus cridos, a Martinha pôs-se a pensar e descobriu que a partir do momento em que pomos perguntas para as quais não encontramos resposta, caímos sem perdão sob a alçada dos dois poderes que mais eficientemente nos torturam: o medo e a dúvida.
Por tradição cada Terra tem o seu tolinho. A nossa tem mais.
E certificados. Ora, ora... Nisso somos mesmo riquinhos...

Saúde para todos e até qualquer dia.
Martinha Lacerda




O País a nu...


Isto é a loucura total. Belisquem-me. É que esta, só a sonhar!...
Que fazer?
Propor um sistema alternativo a estes políticos?...
Surja então alguém que traga uma alternativa a esta paranóia!..
Quem quiser ser governado pelo sistema actual, mantêm-se...
Quem quiser mudar, muda.

AÍ ESTÁ A PRIMAVERA, TEMPO DE FANTASIAR...

Tempo do PREC e dos murais


Esta foto foi gentilmente sacada ao uBelogue, do cfreitas, a quem aproveito para agradecer, não apenas esta fotografia, mas também as boas recordações que de vez em quando nos traz, fruto do trabalho de pesquisa que, vê-se a olho nu, realiza com tanto gosto e empenho.
Obrigado Amigo.
Trata-se de um Mural que esteve na escadaria exterior da Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás. Data de 1977 e foi fotografado por Neves Águas (1920-1991).

Arte urbana ou vandalismo?...
As opiniões ainda se dividem!...
Na Figueira, como em todo o País, foram visíveis as frases e ícones expressos em murais. Enquanto alguns consideravam os dizeres como formas de arte, para outros só sujavam a cidade...
Enfim, na altura era um sinal de um tempo que perdura na nossa memória e da dimensão utópica que varreu o país nos tempos conturbados que se seguiram ao 25 de Abril!...
O muro, símbolo por excelência da interdição absoluta, passou a funcionar como cenário onde se representou «o excesso de liberdade que a história não permitia, mas que em poucos messes ficou sobrecarregado de investimentos, sem aplicação no dia-a-dia das pessoas, no quotidiano sociopolítico do país».