Há muito que existem os alertas: "Praias têm cada vez menos areia e a culpa é das barragens". Norte e Centro são as regiões cujas praias estão em maior risco de desaparecer. A este problema juntam-se as falhas no ordenamento do território, que permitem a construção desenfreada junto ao mar. Na Figueira, temos a juntar a tudo isto, aqueles 400 metros acrescentados ao molhe norte...
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
A região Centro perde, em média, dois a três metros de costa por ano e é das regiões portuguesas mais vulneráveis à erosão costeira.
Há muito que existem os alertas: "Praias têm cada vez menos areia e a culpa é das barragens". Norte e Centro são as regiões cujas praias estão em maior risco de desaparecer. A este problema juntam-se as falhas no ordenamento do território, que permitem a construção desenfreada junto ao mar. Na Figueira, temos a juntar a tudo isto, aqueles 400 metros acrescentados ao molhe norte...
terça-feira, 21 de outubro de 2025
Tavarede, Bom Sucesso e Paião vão ter novas unidades de saúde
O Diário da República publicou ontem os concursos públicos para a construção de unidades de saúde em Tavarede, Bom Sucesso e Paião.
A unidade de saúde de Tavarede tem um orçamento base de 2,4 milhões de euros e um prazo de execução de 10 meses. Por sua vez, o concurso para a nova unidade de saúde do Bom Sucesso é lançado por 1,2 milhões de euros, tendo um prazo de execução de 10 meses. O concurso público para a nova unidade de saúde do Paião, por seu lado, tem um oçamento inicial de 1,5 milhões de euros e 10 meses para a conclusão das obras.
Já em obra, encontra-se a unidade de saúde São Pedro.
Santana Lopes continua a seguir o guião por si próprio anunciado no acto da tomada de posse do primeiro mandato. A “resposta social, com os centros de saúde e o sistema de transporte das pessoas que vivem mais longe do centro do concelho”, são áreas em que o autarca prometeu no dia da tomada de posse “trabalhar mais depressa”.
Nesse já longínquo dia 17 de Outubro de 2021, Pedro Santana Lopes assumiu como prioridades o ensino superior, o mar, a erosão costeira e as respostas sociais.
E, até ao momento, está a cumprir.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Empreitada de Alimentação Artificial do Troço Costeiro a Sul da Praia da Figueira da Foz (Cova-Gala – Costa de Lavos) foi assinada
"Ministra do Ambiente assume proteção do litoral como uma prioridade do Governo"
Via Município da Figueira da Foz
"Realizou-se na tarde de hoje, a cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada de Alimentação Artificial do Troço Costeiro a Sul da Praia da Figueira da Foz (Cova-Gala – Costa de Lavos), que vai permitir a transposição de 3,3 milhões de metros cúbicos de areia para as praias entre a Cova-Gala e a Costa de Lavos.
sábado, 24 de maio de 2025
... "a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) prevê consignar até ao final de junho a empreitada de alimentação artificial de areia entre as praias da Cova-Gala e Costa de Lavos."
Em declarações à agência Lusa, o presidente da APA, Pimenta Machado, disse que as obras vão ser efetuadas entre os esporões 3 e 5, por lanços, e não afetam a próxima época balnear.
“A empreitada será efetuada numa área muito restrita e as pessoas têm muita praia para usufruírem”, referiu o dirigente, salientando que se trata da “maior intervenção de alimentação artificial de praia alguma vez realizada em território nacional”.
A intervenção em questão passa por efetuar a dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e depositá-los nas praias a sul, gravemente afetadas por fenómenos de erosão.
“Uma draga vai retirar areia da Praia da Claridade e depois desloca-se para a zona da Cova-Gala para a depositar na praia através de uma tubagem mecânica articulada”, explicou Pimenta Machado.
Trata-se de uma intervenção de 21,1 milhões de euros que vai permitir a transferência de 3,3 milhões de metros cúbicos (m3) de areia para combater a erosão costeira ao longo de 120 dias de execução.
A redução do prazo da empreitada, que inicialmente era muito superior, deve-se a uma questão processual e operacional do consórcio dinamarquês Rohde Nielsen, a quem foram adjudicados os trabalhos, disse.
“Esta operação visa repor a linha de costa nos níveis de 2011, antes dos impactos erosivos associados ao prolongamento do molhe norte do porto”, acrescentou.
Segundo a APA, a empreitada tem financiamento assegurado pelo Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade e uma pequena comparticipação do Porto da Figueira da Foz e da Câmara Municipal.
O projeto foi sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental e obteve Declaração Favorável Condicionada, sendo sujeito a “programas rigorosos de monitorização e acompanhamento técnico durante toda a operação”, nomeadamente a caracterização das areias e dos seres vivos presentes e o levantamento topo-hidrográfico das praias.
Recorde-se: este processo tem anos de atraso – foi publicamente anunciado, pela primeira vez em 2019, pelo Governo de então – mas a calendarização estipulada até hoje nunca foi cumprida.
quarta-feira, 14 de maio de 2025
Erosão costeira na Figueira da Foz: “O mar trabalha todos os dias e nunca se cansa”
De acordo com o comunicado, trata-se da “maior intervenção de alimentação artificial de praia alguma vez realizada em território nacional”.
A obra em questão passa por efetuar a dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e depositá-los nas praias a sul, gravemente afetadas por fenómenos de erosão.
A APA especificou que “os sedimentos serão dragados ao largo da praia da Claridade, sendo depois colocados nas zonas emersa e imersa a sul do esporão 3 da Cova-Gala”.
“Esta operação visa repor a linha de costa nos níveis de 2011, antes dos impactos erosivos associados ao prolongamento do molhe norte do porto“.
Segundo aquele organismo, a empreitada tem financiamento assegurado pelo Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade e uma pequena comparticipação do Porto da Figueira da Foz e da Câmara Municipal.»
«Não será isso que vai acontecer. Em resposta escrita ao PÚBLICO, a APA explica que quando foi conhecido o resultado do estudo que apontou para o bypass como a melhor solução, já estavam em curso os procedimentos burocráticos para a operação de alimentação artificial do troço Cova-Gala/Costa de Lavos, a sul do porto marítimo, com 3,3 milhões de m3 de areia. “Só após a concretização dessa intervenção e a sua monitorização (fundamental para se avaliar a sua evolução, comportamento e eficácia) será possível avançar com a eventual solução de bypass fixo”, refere a APA.
E para que a “eventual” obra do bypass avance, terá ainda de ser precedida do seu próprio processo burocrático, acrescenta. Ou seja, concursos públicos, estudo de impacte ambiental, candidatura a financiamento...
A APA olha para o bypass — uma obra com validade mínima de 30 anos e custos de construção e operação para esse período estimados em 53 milhões de euros — como uma operação de “mitigação da erosão costeira” de “longo prazo”. Até lá, há a colocação de areia com recurso a dragagem das areias do porto (solução de “curto prazo”) e a “alimentação artificial de elevada magnitude”, dos tais 3,3 milhões de m3, com um custo de 25 milhões de euros, e que é olhada como uma intervenção de “médio prazo”.
Fica por entender por que não se avança para o bypass. Nem porque querem monitorizar uma intervenção de colocação de areias que, acreditam, acabará por não ter sucesso, por não ser um processo contínuo. “Uma solução pontual não faz sentido. O mar trabalha todos os dias e nunca se cansa” - palavras de Miguel Figueira. “Então está tudo a arder e querem monitorizar a desgraça?” - palavras de Eurico Gonçalves.
Olhando o mar revolto da Figueira da Foz.
“Toda a gente já concordou com o bypass. É o que está inscrito na política do Governo, nos estudos da universidade, é o que defende a cidadania. Mas depois dizem-nos que isto é só para para 2030. Isto é absolutamente insensato” - palavras de Miguel Figueira.
O PÚBLICO questionou o MAAC, que remeteu quaisquer esclarecimentos para a APA. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, em resposta escrita, refere: "Nunca foi admitido nem faz sentido dizer que uma acção, importante mas conjuntural, como a da transposição de 3 milhões de metros cúbicos possa pôr em causa a intervenção estrutural do bypass. E os calendários foram estipulados e ditos. A nosso ver, demasiado longos mas, de qualquer modo, assumidos."
Continuamos a “correr atrás do prejuízo”, quando já gastámos ingloriamente milhões e tivemos mais do que tempo para passar a correr atrás da solução.
Sabendo-se qual é a solução, porque é que metem pés ao caminho.
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Deixem de «encanar a perna à rã»
Dito isto. O prolongamento do molhe norte e a erosão a sul tem sido um brutal sorvedouro de dinheiros públicos.
Entretanto, ao que parece, a panaceia para atenuar sustentavelmente a erosão a sul existe, já foi estudada e alvo de consenso: chama-se bypass.
Sabe-se, porque foi estudado, que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz, com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada.
“Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, veio dizer aos figueirenses o então ministro João Pedro Matos Fernandes, em meados do mês de Agosto de 2021, curiosamente a um mês de umas eleições autárquicas que se adivinhavam difíceis para o PS, o que acabou por se concretizar.
Carlos Monteiro foi derrotado por Santana Lopes.
De palpável, passados cerca de quatro anos, tirando o estudo que situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros, nada mais aconteceu.
“Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, disse o ministro em Agosto de 2021.
E assim ficámos: o sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há mais de uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz continua a ser uma miragem.
E assim vai continuar. Podem dar as voltas que quiserem, mas isto só lá vai de duas maneiras: ou concretizam o bypass, ou rebentam com os 400 metros de molhe que tornaram a barra da Figueira a mais perigosa do País para os pescadores.
Não tenho nada contra as coisas. As pessoas, estão nas coisas que amo.
Porém, não amo o que compro, pois ninguém ama aquilo de que precisa - apenas o utiliza.
É isso o que os políticos têm andado a fazer com a erosão a sul da foz do estuário do mondego: como precisam dela, apenas a utilizam.
Entretanto, a erosão a sul do quinto molhe vai fazendo o seu caminho...
Mas, será que o problema da erosão a sul pode continuar a esperar?..
Depois não digam que foram apanhados de surpresa...
terça-feira, 22 de abril de 2025
Erosão costeira a sul do estuário do Mondego
Via Município da Figueira da Foz
"Na sequência da visita realizada na passada quinta-feira, dia 17 de abril, pelo Presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes, dos vereadores executivos e de técnicos municipais, à Costa de Lavos, a fim de se verificar os danos causados pelo agravamento da erosão costeira, teve ontem lugar (21), nos Paços do Município, uma reunião técnica com a Agência Portuguesa do Ambiente, na qual estiveram presentes os vereadores Manuel Domingues e Ricardo Silva e técnicos municipais. A reunião foi antecedida de uma visita técnica ao local.
sexta-feira, 18 de abril de 2025
"... o problema da erosão costeira na Aldeia já vem de longe..."
“Um quinto da costa continental portuguesa está ameaçada por erosão costeira”, lembra o especialista. E a zona Centro, entre Espinho e a Figueira da Foz, é a que mais sofre, de acordo com a APA. Dados recolhidos pelo programa COSMO, de monitorização da faixa costeira de Portugal continental, dão conta de que só nos últimos sete anos (2018-2025) houve “um valor máximo de 45 metros de perda de território e um valor médio de 21 metros de recuo num troço de 650 metros de costa a sul do esporão nº 1 da Costa Nova”.
Já na faixa costeira que vai de Cova-Gala a Lavos, na Figueira da Foz, o recuo máximo num troço a sul do esporão nº 5 foi de 40 metros entre 2023 e 2025, “com impacto negativo na morfologia das praias e em infraestruturas balneares”.
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."
domingo, 16 de março de 2025
Erosão costeira a sul do Mondego....
Era assim tão difícil prever o que era facilmente previsível?
Estudar e entender a dinâmica que cria o assoreamento de inverno é um dos requisitos para que o calado do porto figueirense possa receber embarcações de grande porte. A solução apontada, porém, tem sempre passado por dragagens, que custam muito dinheiro.
«Mar aproxima-se perigosamente das casas na margem sul da Figueira da Foz»
sexta-feira, 7 de março de 2025
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. (continuação...)
Esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra... Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996. Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Cova e Gala em risco
No dia 15 de Novembro de 2022, realizou-se no Auditório do Museu Municipal da Figueira da Foz uma reunião sobre a problemática da erosão costeira.
Mais uma vez, depois de ouvir os oradores verificou o óbvio: de erro em erro, estamos onde estamos em 2024.
Pior que em 2022.
Não chegámos ao ponto crítico em que nos encontramos por mero acaso: foi causa, efeito e consequência de erros sucessivos - alguns deles estratégicos -, cometidos por responsáveis políticos e técnicos, durante décadas no concelho da Figueira da Foz.
Para não nos alongarmos muito, lembramos um, alertado por nós há mais de 20 anos - que nem sequer foi referido na citada reunião.
Planeamento do concelho: Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização.
O último grande erro cometido, que foi ventilado na reunião de 15 de Novembro do ano passado, o que está mais presente e acelerou a erosão costeira a sul do concelho, que só aconteceu para tentar remediar o erro anterior, foi o acrescento dos 400 metros no molhe norte.
Na altura, o Dr. Pedro Santana Lopes , presidente da Câmara da Figueira da Foz, exigiu celeridade à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nas intervenções de combate à erosão da costa e ameaçou tomar formas de luta se os processos não avançarem.
Nessa sessão de esclarecimento com a APA relativa à orla costeira, o Dr. Pedro Santana Lopes defendeu que a situação no concelho apresenta “circunstâncias excepcionais”, que podem ser usadas diminuir para prazos dos procedimentos legais.
Recordemos as suas palavras.
“Estamos em circunstâncias excepcionais, que a lei prevê quando estão em causa vidas humanas, habitações, segurança e risco. Há circunstâncias mais do que ponderosas”, sublinhou na altura o autarca figueirense, salientando que o problema da erosão se arrasta há anos, afetando a marina, o porto marítimo e as populações das praias a sul do concelho.
Santana Lopes defendeu mesmo que a APA crie uma comissão para esta “sub-região do baixo Mondego para tudo o que está implicado: erosão costeira, porto e transposição de areias”.
“Que a APA perceba que a Figueira da Foz está em emergência nessas matérias”, frisou o presidente da autarquia figueirense, reconhecendo que existe “estudo e trabalho feito”, mas que falta passar à acção.
Na sua intervenção final na sessão, o autarca disse que o município não quer utilizar “outras formas de luta”, mas que se for preciso serão usadas, arrancando uma grande salva de palmas do público que quase lotou o auditório municipal da cidade.
Na mesma reunião, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, como estratégia de longo prazo apresentou uma solução com recurso a um sistema fixo (‘bypass’), “que nunca se fez em Portugal”, previsto para 2030, com um custo estimado de 72,2 milhões.
Percebem agora o motivo pela qual o Orçamento da República para 2024, com tantos milhões da Europa, não teve estofo para acomodar a solução proposta, que “já foi avaliada pela Agência Portuguesa do Ambiente como a melhor solução, quer a nível técnico quer a nível económico, considerando um horizonte temporal de 30 anos”?
Pimenta Machado, foi claro no dia 15 de Novembro de 2022 no Auditório Municipal da Figueira da Foz: "como estratégia de longo prazo apresentou uma solução com recurso a um sistema fixo (‘bypass’), “que nunca se fez em Portugal”, previsto para 2030, com um custo estimado de 72,2 milhões."
A sessão ficou marcada por várias queixas de autarcas das freguesias afetadas pela erosão, preocupados com os efeitos do mar no Inverno, operadores comerciais e o movimento SOS Cabedelo, que acusou a APA de estar com uma década de atraso.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Vaga de boas notícias para o nosso concelho em 2025
Assim, para além do anúncio do financiamentopúblico integral para a nova ponte Vila Verde/Alqueidão, de harmonia com o Diário as Beiras, «Santana Lopes informou, por outro lado, que já foi publicado o concurso internacional para a empreitada da transposição de três milhões de metros cúbicos de areia, de norte para sul da barra da Figueira da Foz, obra do Governo com suporte financeiro de Bruxelas no valor de 26 milhões de euros. “Este será o ano desta obra”, garantiu Santana Lopes.
Por outro lado, Santana Lopes frisou que o Tribunal de Contas dispensou o visto prévio da empreitada das obras do porto, cujo valor é superior a 20 milhões de euros.
O autarca revelou ainda que as obras de transformação do Abrigo da Montanha, na Serra da Boa Viagem, num centro municipal de investigação de alterações climáticas, movimento de areias, erosão costeira e outras áreas de investigação relacionadas com o mar obtiveram uma comparticipação financeira de 75% de fundos comunitários.
sábado, 14 de dezembro de 2024
... “big-shot” de três milhões de metros cúbicos de areia, “nunca estará no terreno antes de 2026”...
Na cerimónia de abertura, foi consensual que esta região é particularmente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas.
“Que passem de excelentes a bons”
Emílio Torrão, por sua vez, frisou que o congresso “é o reflexo do compromisso” da região para “enfrentar os desafios globais das alterações climáticas, com determinação e inovação”. O presidente da CIM-RC destacou, por outro lado, que “a região é particularmente vulnerável, tendo já enfrentado eventos climáticos extremos, como os incêndios de 2017, a tempestade “Leslie”, as cheias do Mondego e a erosão costeira”.![]() |
| Diário as Beiras |
E a catástrofe aqui tão perto...
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
E a catástrofe aqui tão perto: vão discutir a colocação da ordem na desordem?
Ao vivo, ou na televisão, já todos vimos o mar a destruir cordão dunar da costa portuguesa e a colocar em risco a segurança e os bens das pessoas.
Esta é uma imagem de marca do litoral no nosso País e no nosso concelho.
Desde logo, porque tem uma área marítima superior 18 vezes à superfície terrestre. Depois, porque 70% da população está concentrada no litoral, uma zona que, nos últimos 30 anos, ficou completamente desarrumada e caótica, onde foram cometidas autênticas atrocidades urbanísticas.
Muitos mandam e ninguém é, verdadeiramente, responsável, nem responsabilizado.
A sobreposição de competências é uma realidade na gestão do litoral. Basta dizer que, salvo erro, são 12 (doze) as instituições que têm competência sobre o litoral!..
Todos nos apercebemos que a costa portuguesa está a recuar.
Em 2006, na televisão, apareceram imagens de camiões a acarretar areia da praia para repor as dunas.
Isso, é o que se chama, em linguagem popular, “estarem a chapar-nos areia prós olhos”.
Tratar o problema é outra coisa: é colocar ordem na desordem, que é a administração do território, e colocar ordem na desordem, que existe na gestão do litoral português.
Para quem acompanha, atentamente e com preocupação, há dezenas de anos, o problema da erosão costeira no concelho da Figueira da Foz, se apreensivo e preocupado foi para a sessão, mais apreensivo e preocupado ficou depois da realização dessa reunião.
Mais uma vez, depois de ouvir os oradores verificou o óbvio: de erro em erro, estamos onde estamos em finais de 2024.
Pior que em 2022.
Não chegámos ao ponto crítico em que nos encontramos por mero acaso: foi causa, efeito e consequência de erros sucessivos - alguns deles estratégicos -, cometidos por responsáveis políticos e técnicos, durante décadas no concelho da Figueira da Foz.
Para não nos alongarmos muito, lembramos um, alertado por nós há mais de 20 anos - que nem sequer foi referido na citada reunião.
Planeamento do concelho: Porto Comercial e Zona Industrial e os erros estratégicos de localização.
O último grande erro cometido, que foi ventilado na reunião de 15 de Novembro do ano passado, o que está mais presente e acelerou a erosão costeira a sul do concelho, que só aconteceu para tentar remediar o erro anterior, foi o acrescento dos 400 metros no molhe norte.
Em Novembro de 2022, o Dr. Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara da Figueira da Foz, exigiu celeridade à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) nas intervenções de combate à erosão da costa e ameaçou tomar formas de luta se os processos não avançarem.
Nessa sessão de esclarecimento com a APA relativa à orla costeira, o Dr. Pedro Santana Lopes defendeu que a situação no concelho apresenta “circunstâncias excepcionais”, que podem ser usadas diminuir para prazos dos procedimentos legais.
Recordemos as suas palavras.
“Estamos em circunstâncias excepcionais, que a lei prevê quando estão em causa vidas humanas, habitações, segurança e risco. Há circunstâncias mais do que ponderosas”, sublinhou na altura o autarca figueirense, salientando que o problema da erosão se arrasta há anos, afetando a marina, o porto marítimo e as populações das praias a sul do concelho.
Santana Lopes defendeu mesmo que a APA crie uma comissão para esta “sub-região do baixo Mondego para tudo o que está implicado: erosão costeira, porto e transposição de areias”.
“Que a APA perceba que a Figueira da Foz está em emergência nessas matérias”, frisou o presidente da autarquia figueirense, reconhecendo que existe “estudo e trabalho feito”, mas que falta passar à acção.
Na sua intervenção final na sessão, o autarca disse que o município não quer utilizar “outras formas de luta”, mas que se for preciso serão usadas, arrancando uma grande salva de palmas do público que quase lotou o auditório municipal da cidade.
Na mesma reunião, o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, como estratégia de longo prazo apresentou uma solução com recurso a um sistema fixo (‘bypass’), “que nunca se fez em Portugal”, previsto para 2030, com um custo estimado de 72,2 milhões.
Nessa sessão, marcada por várias queixas de autarcas das freguesias afetadas pela erosão, preocupados com os efeitos do mar no Inverno, operadores comerciais, o movimento SOS Cabedelo acusou a APA de estar com uma década de atraso.
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Esta nossa barra!..
Na Figueira, há mais de 100 anos que os engenheiros se dedicam a fazer estudos para a construção de uma barra...
Vou recuar até ao já longínquo ano de 1996.Manuel Luís Pata, no extinto Correio da Figueira, a propósito da obra, entretanto concretizada, do prolongamento do molhe norte da barra da nossa cidade para sul, publicava então isto.
“Prolongar em que sentido? Decerto que a ideia seria prolonga-lo em direcção ao sul, para fazer de quebra-mar.
Se fora da barra fosse fundo, que o mar não enrolasse, tudo estaria correcto, mas como o mar rebenta muito fora, nem pensar nisso!..
E porquê?... Porque, com os molhes tal como estão (como estavam em 1996...), os barcos para entrarem na barra vêm com o mar pela popa, ao passo que, com o prolongamento do molhe em direcção ao sul, teriam forçosamente que se atravessar ao mar, o que seria um risco muito grande...
Pergunto-me! Quantos vivem do mar, sem o conhecer?”
Esta nossa barra, ai esta nossa barra!..
Tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
Via Diário as Beiras
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
... passing by?
O ano passado, a maioria absoluta do PS, inviabilizou esta pretensão da comunidade figueirense que vive o problema da erosão a sul da barra do Mondego.
Entretanto, “o mar trabalha todos os dias e nunca se cansa”.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
By pass e a definição dos políticos...
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...
Pescadores preocupados com o estado da Barra.
(Notícia RTP. 18 de novembro de 2024)
Em devido tempo, tudo foi avisado, tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
terça-feira, 12 de novembro de 2024
Erosão Costeira no concelho da Figueira da Foz: tem a palavra o governo da AD...
Video sacado daqui
Para que conste, por ser verdade, ficam os nomes dos deputados por Coimbra, do PS, que votaram contra a implementação do sitema sedimentar (bypass) da barra da Figueira da Foz, no Orçamento geral do Estado para 2024, quando o PS era governo: Marta Temido; Pedro Coimbra; Tiago Estêvão Martins; Raquel Ferreira; José Carlos Alexandrino; Ricardo Lino.




















