sexta-feira, 15 de setembro de 2023

"Santana Lopes lamenta falta de proposta da região Centro para novo aeroporto"

iniciativa do município ciclo de debates Figueira da Foz - Encontros da Claridade, teve a sua primeira edição realizada no dia 13 de julho, no jardim interior do CAE, com Santana Lopes a assumir o papel de moderador, dedicada ao futuro da Europa.
Como convidados estiveram Nuno Rogeiro e António Martins da Cruz.
A segunda, teve lugar na passada quarta-feira. Falou-se sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa e voltou a lotar o espaço. 
A próxima será em novembro.
No final do debate (que pode ser ouvido na íntegra clicando aqui), que juntou Luís Machado, José Furtado e Carlos Brazão, defensores das opções de Alcochete, Alverca e Santarém, respectivamente, Santana Lopes voltou a lamentar aos jornalistas que a região Centro “não tenha apresentado um projecto que faça pensar o país de outra maneira”
“Devia ter sido apresentado um projecto para a região Centro que defendesse a coesão territorial”, disse Pedro Santana Lopes, que moderou o debate “Um aeroporto três soluções”, no âmbito da iniciativa “Figueira Encontros da Claridade”, realizada, quarta-feira à noite, no Centro de Artes e Espectáculos (CAE). 
O autarca, depois de já ter sido presidente entre 1997-2001, de novo a gerir o concelho da Figueira da Foz, desde Setembro de 2021, considerou que as estruturas regionais não trabalharam para apresentar “um projecto que fosse o mais conveniente” para o Centro, que estivesse actualmente a ser analisado pela comissão técnica. “O país todo ele precisa de ser repensado no seu equilíbrio, mas o problema é que muitas vezes o resto do país fica à espera de que as pessoas de Lisboa apresentem projectos”, referiu o antigo primeiro-ministro, que quando exerceu essas funções defendeu a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil. 
Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, “se a região tivesse apresentado um projecto que fosse o mais conveniente para o Centro, tinha ido à luta com os outros projectos” que estão a ser analisados. 
Santana Lopes, recordou que, já há 20 anos, na sua primeira passagem pela autarquia, lhe fazia impressão que a região Centro não estivesse representada nas comitivas oficiais do Presidente da República e do primeiro-ministro nas visitas ao estrangeiro. 
Na opinião de Santana Lopes, Santarém ao apresentar uma proposta para instalação de um novo aeroporto “tapa um bocado” a possibilidade do Centro ter um a infraestrutura aeroportuária com outra centralidade regional. “Santarém fez, se calhar, embora privados, o que a região Centro devia ter feito. Podia ser mais a sul ou menos a sul da região, mas devia ter estado neste processo todo desde o início”, sublinhou. 
Recorde-se que no início de Junho, o presidente da autarquia figueirense disse que o Município não subscrevia a deliberação de apoio à localização do novo aeroporto em Santarém tomada pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra e defendeu que o Centro devia ter uma infraestrutura aeroportuária. “Não queremos manifestar nenhuma preferência por nenhuma das nove opções, mas há uma posição de princípio: a região Centro deve ter o seu aeroporto”, disse, na altura, Santana Lopes, numa intervenção no período antes da ordem do dia da reunião do Executivo. 
A Comissão Técnica Independente terá de entregar ao Governo, até 31 de Dezembro, o relatório com as conclusões do seu trabalho indicando qual é a melhor solução para o futuro aeroporto da região de Lisboa.
Questionado sobre se a Região Centro continua a ser apenas uma zona de passagem entre Lisboa e o Porto, Santana Lopes, respondeu assim: “O que disse há 20 anos foi que aquilo que nós vemos é um baile mandado a passar-nos por cima entre Lisboa e o Porto. Já não é tanto assim, mas ainda é um bocado assim. E esta questão [do futuro aeroporto] é um bom exemplo”

Foto: Diário as Beiras

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