O músico e escritor brasileiro Chico Buarque de Hollanda recebeu a segunda-feira passada, quatro anos depois do previsto, das mãos de Lula e Marcelo Rebelo de Sousa, o Prémio Camões 2019 no Palácio Nacional de Queluz.
“Valeu a pena esperar por esta cerimónia, marcada não por acaso para a véspera do dia em os portugueses descem a Avenida da Liberdade a festejar a Revolução dos Cravos. Lá se vão quatro anos que o meu prémio foi anunciado e eu já me perguntava se me haviam esquecido, ou, quem sabe, se os prémios também são perecíveis, têm prazo de validade”, gracejou, para pouco depois concluir: “recebo este prémio menos como uma honraria pessoal, e mais como um desagravo a tantos autores e artistas brasileiros humilhados e ofendidos nesses últimos anos de estupidez e obscurantismo. Faço gosto em ser reconhecido como o gajo que um dia pediu que lhe mandassem um cravo e um cheirinho de alecrim”.Chico Buarque recebeu o Prémio Camões e agradeceu a Bolsonaro a "fineza" de não o "sujar" com a sua assinatura
Crítica à posição de Bolsonaro de não entregar o Prémio Camões a Chico Buarque foi transversal aos discursos de Marcelo, Lula e do músico.
Fontes: Expresso e Observador
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