"Morreu há 30 anos, mas a memória ganha novo fôlego. Vem aí o filme sobre o militar que se fundiu com a pureza do ideal revolucionário, enquanto, na terra natal, a Casa da Cidadania Salgueiro Maia vai a caminho dos 12 mil visitantes em plena pandemia e em poucos meses. A (re)descoberta do espólio e de histórias do seu percurso destapa um retrato mais humanizado do anti-herói de Abril que a História teima em congelar num único dia. E depois do adeus, haverá finalmente justiça para Salgueiro Maia?"
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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