segunda-feira, 7 de março de 2022

Ontem, no comício do Campo pequeno, Jerónimo de Sousa acusou o PS de abrir caminho para as “políticas de direita”

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, no comício de ontem, disse que o Partido Socialista, cuja maioria absoluta alcançada nas eleições legislativas de 30 de janeiro fez desaparecer, em Portugal, a “política patriótica e de esquerda”, abrindo agora caminho unicamente a “políticas de direita”
“São as suas orientações programáticas que o afirmam”, afirmou Jerónimo de Sousa, acusando o PS de ser “a favor dos grupos económicos e financeiros e de submissão à União Europeia e ao euro que condicionam e constrangem o desenvolvimento do país”
Num Campo Pequeno cheio de militantes comunistas, Jerónimo de Sousa falava entre ovações, antevendo “as exigências de uma maior flexibilização do mercado de trabalho” que aí vêm com o novo Governo, que ainda não tomou posse. Isto para além das “limitadas propostas de salário mínimo projetadas para as calendas, reduções de impostos sobre os lucros e mais dinheiro público para os seus negócios privados a pretexto da transição digital e energética”, elementos de uma ‘fatura’ que “os representantes do capital monopolista aí estão a apresentar”, acusou ainda o secretário-geral comunista.
Jerónimo de Sousa é, neste momento, o líder de um partido que ocupa no hemiciclo um total de seis lugares, após uma derrota histórica nas eleições legislativas, que fez à CDU perder seis dos doze lugares que conquistou em 2019. Um ‘quadro difícil’ que Jerónimo de Sousa reconhece, garantindo, ainda assim: “Este Partido Comunista Português nunca se quedou perante adversidades e dificuldades.” 

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