Em comunicado,
os vencedores das eleições autárquicas do passado dia 26 de setembro para a Câmara Municipal,
referem que a minoria no
executivo e na assembleia
municipal não é novidade
no concelho.
“Situações
análogas já aconteceram
anteriormente na Figueira
da Foz, no mandato do Dr.
João Ataíde, assim como
acontece e irá acontecer
em várias autarquias do
país”, referem. Como tal,
entendem que o sentido
de responsabilidade democrática deve prevalecer
“sobre aquilo que as campanhas eleitorais tendem a
destronar”.
Na mesma nota, o movimento recorda “os obstáculos” que a FAP teve ao
longo deste acto eleitoral e
que passaram pelas “sucessivas queixas em Tribunal
colocadas por adversários;
a impossibilidade de concorrer com o seu símbolo ou com o nome do seu
cabeça-de-lista e a retirada da corrida autárquica
de duas listas da FAP, nas
freguesias de Alqueidão e
Lavos”. “Na base de todas
as questões jurídicas, cuja
superior apreciação não
nos cumpre questionar,
estiveram questões que
não se colocam nas candidaturas partidárias, mais
simplificadas, numa espécie de grelha de partida
desenhada para dificultar
resultados como os que a
FAP, afinal, contra ventos e
marés, e graças à confiança
dos figueirenses, acabaria
por obter”, acentuam.
A terminar, sobre o futuro, o movimento sublinha que “esta é a
hora do trabalho. Para todos, com todos. Para todos
os figueirenses, sem excepção”.
A partir do próximo dia 17, data da posse, Santana Lopes terá nos próximos quatro anos, alguns desafios que poderão, no caso de serem superados, contribuir para promover o desenvolvimento do concelho.
Não gostei do rumo que as coisas levaram na campanha eleitoral. Não gostei, porque acima das lutas pessoais e políticas, se encontra algo muitas vezes esquecido e poucas vezes colocado nas prioridades numa disputa autárquica - a Figueira da Foz e os seus habitantes.
Nunca fui adepto - muito menos admirador - do estilo de Pedro Santana Lopes. Na sua equipa de vereadores estão lá alguns de cujo estilo também não gosto.
Todavia, tanto Santana Lopes como os vereadores não vão tomar posse para me agradarem, mas sim para agradarem com trabalho, competência e dedicação ao maior número possível dos cerca de 60 mil habitantes do concelho da Figueira da Foz.
Agradar politicamente na Figueira em Outubro de 2021, é trabalhar para fazer este concelho sair do marasmo e da letargia, implementando dinâmicas que permitam dar passos positivos, colocando em primeiro lugar o interesse colectivo. Os interesses pessoais e de grupos amigos do sistema, não podem ter lugar na próxima governação: o exercício de cargos políticos é para servir e não para os seus detentores se irem servindo...
Bem sei que é difícil. Admito que, eventualmente, algum protagonista deste novo poder autárquico venha a fazer mais do mesmo: por a "pata na poça", por achar que a promiscuidade e as incompatibilidades são males menores, quando se está sentado na cadeira do poder.
Espero que isso não aconteça.
Ainda faltam alguns dias para o dia 17, dia da posse e de festa para alguns.
Para todos nós, mas especialmente para os que vão estar em festa, faço votos para que os aproveitemos como dias de reflexão.
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