"Desde 1984 que a Concertação Social não era tão desprestigiada por um Governo", disse António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, numa conferência de imprensa na qual os parceiros patronais - CAP, CCP, CIP e CTP - anunciaram a sua retirada imediata do organismo.
Os patrões estão insatisfeitos com aquilo que caracterizam como a tomada de "novas medidas" da parte do Executivo "à revelia dos parceiros sociais".
Costa já pediu desculpa aos patrões por “lapso” de não lhes ter apresentado previamente medidas laborais
“Houve o lapso de não ter apresentado duas medidas relevantes em sede de Concertação Social. Já tive a oportunidade de apresentar desculpas”, declarou o primeiro-ministro.
Os patrões estão insatisfeitos com aquilo que caracterizam como a tomada de "novas medidas" da parte do Executivo "à revelia dos parceiros sociais".
Costa já pediu desculpa aos patrões por “lapso” de não lhes ter apresentado previamente medidas laborais
“Houve o lapso de não ter apresentado duas medidas relevantes em sede de Concertação Social. Já tive a oportunidade de apresentar desculpas”, declarou o primeiro-ministro.
Estamos num fim-de-semana de alta tensão no que à discussão em torno do Orçamento diz respeito. António Costa encontra-se com Jerónimo de Sousa e Catarina Martins numa altura em que PCP e BE mantêm a pressão sobre o Governo.
A vida política atravessa um momento complicado. Fala-se da crise, dos sacrifícios precisos para a debelar, mas tudo soa a falso, a efémero e conjuntural.
Discute-se pouco a realidade: fala-se de crise política. Mas, A verdadeira crise, é a crise social, expressa pela dimensão da pobreza, da precariedade laboral, dos baixos ordenados e da miséria.
Esta é a verdadeira crise. Resolvam esta e ninguém mais ouvirá falar em crise politica, em crise económica, em crise financeira, nem em crise do sistema.
Nas últimas semanas, as únicas coisas coisas que de facto "aconteceram" foi o escrito de Cavaco, que não trouxe nada de novo. Cavaco acusa Costa de “silenciar o empobrecimento” e a oposição de estar “sem rumo”.
Logo este senhor, Cavaco, o político que esteve mais tempo no poder depois do 25 de Abril de 1974!
Logo este senhor, Cavaco, o político que esteve mais tempo no poder depois do 25 de Abril de 1974!
Pelos vistos, ninguém ligou. A reação do PS veio pelo presidente do partido. Carlos César, recusou-se a comentar o artigo escrito pelo ex-chefe de Estado, afirmando que está sempre desatualizado em relação à produção literária do antigo líder do PSD.
"Estou sempre muito desatualizado em relação à produção literária do professor Cavaco Silva", justificou.
Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o artigo. O Presidente da República afirmou apenas que todos têm direito a uma opinião.
Entretanto, continua a crise de valores e a descrença ganha terreno.
A pobreza é, talvez depois da guerra, o maior obstáculo ao desenvolvimento. Apesar de poder haver ganhos pontuais momentâneos (Governo promete salário mínimo de 850 euros em 2025), pouco se progrediu do ponto de vista social, apesar da evolução da economia ou dos ciclos políticos. Persiste, no nosso País, um grupo social pobre, que engloba mais de 10 % do total dos trabalhadores, uma parte significativa de idosos pensionistas, e as crianças das famílias destes dois conjuntos de pessoas.
A pobreza é uma desgraça. Tem de ser tratada como tal, mas jamais pode ser aceite como fatalidade. A tese de que primeiro se trata da criação da riqueza e depois das formas de a distribuir é uma das maiores trapaças com que se alimentam as políticas de baixos salários, a libertinagem contratual que raia o criminoso, as desigualdades e a pobreza. A distribuição da riqueza trata-se no momento em que se discutem as formas de assegurar o seu crescimento. Só esta simultaneidade possibilita compromissos entre as partes, através do diálogo e da negociação colectiva, para que o trabalho seja mais produtivo e a segurança social mais robusta.
A destruição progressiva da negociação colectiva, que já leva quase duas décadas, e a não actualização regular e justa das pensões de reforma e de prestações sociais estruturantes são os fatores que, provocando uma harmonização no retrocesso, mais alimentam a "eternização" da pobreza no nosso país.
E, essa, sim, é a verdadeira crise.
"Estou sempre muito desatualizado em relação à produção literária do professor Cavaco Silva", justificou.
Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar o artigo. O Presidente da República afirmou apenas que todos têm direito a uma opinião.
Entretanto, continua a crise de valores e a descrença ganha terreno.
A pobreza é, talvez depois da guerra, o maior obstáculo ao desenvolvimento. Apesar de poder haver ganhos pontuais momentâneos (Governo promete salário mínimo de 850 euros em 2025), pouco se progrediu do ponto de vista social, apesar da evolução da economia ou dos ciclos políticos. Persiste, no nosso País, um grupo social pobre, que engloba mais de 10 % do total dos trabalhadores, uma parte significativa de idosos pensionistas, e as crianças das famílias destes dois conjuntos de pessoas.
A pobreza é uma desgraça. Tem de ser tratada como tal, mas jamais pode ser aceite como fatalidade. A tese de que primeiro se trata da criação da riqueza e depois das formas de a distribuir é uma das maiores trapaças com que se alimentam as políticas de baixos salários, a libertinagem contratual que raia o criminoso, as desigualdades e a pobreza. A distribuição da riqueza trata-se no momento em que se discutem as formas de assegurar o seu crescimento. Só esta simultaneidade possibilita compromissos entre as partes, através do diálogo e da negociação colectiva, para que o trabalho seja mais produtivo e a segurança social mais robusta.
A destruição progressiva da negociação colectiva, que já leva quase duas décadas, e a não actualização regular e justa das pensões de reforma e de prestações sociais estruturantes são os fatores que, provocando uma harmonização no retrocesso, mais alimentam a "eternização" da pobreza no nosso país.
E, essa, sim, é a verdadeira crise.
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