Por Pedro Marta Santos
"Só os mais pequenos ganharam. Mas todos - até a demissionária Cristas - surgiram enfiados em blazers azuis, num uníssono tonal de camisas celestes, ardósia, cobalto, ametista, ou sob blusas de brancos orquídea. O tom hermenêutico mais fúcsia da noite pertenceu de novo a Rio. A frase é imortal: "existiu uma derrota na medida em que um ganhou e o outro não ganhou" (a doirada Lili Caneças de 1989 não diria melhor). Costa, no seu clássico carmim, incapaz de esconder o Maquiavel carmesim que lhe palpita o coração, sublinhou a "campanha assente em casos e ataques pessoais", numa referência verde tropa a Tancos.Tanto Rio como Costa demonstram que a brutal honestidade de umas eleições põe sempre os candidatos a nu, sem Photoshop, naquele marron rosado onde se notam a celulite e as gordurinhas. Se o poder é o mais colorido dos afrodisíacos, a sua ausência é a cinta bege da lingerie política. Resta uma verdade a preto e branco: sem o PC ou o BE, o PS caminhará solteiro e de sorriso amarelo. Será agora António Costa uma viúva rosa?"
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