"O PS está disposto a fazer tudo aquilo que seja necessário para conseguir a maioria absoluta nas próximas legislativas. Para não hipotecar esse objectivo os socialistas resolveram submeter-se a uma pública manifestação de subserviência relativamente a um dos mais poderosos clubes desportivos do País: o Benfica.
Pela pena do seu Presidente, Carlos César, o PS veio demarcar-se das intervenções públicas da sua ex-deputada europeia, Ana Gomes, que questionara os "contornos" de uma muito referenciada transferência de um jogador do clube da Luz para uma equipa espanhola. A sua militante respondeu a esta posição oficial de demarcação de forma dura e frontal, como é seu timbre.
Recorde-se que a eurodeputada Ana Gomes comentou em devido tempo os contornos dessa afamada transferência. Respondendo a um tweet de Bruno Faria Lopes, jornalista da Sábado, questionara se não se estaria perante um negócio de lavagem de dinheiro Mais exactamente um negócio de lavandaria, na expressão por ela utilizada.
Parecem óbvias duas coisas: em primeiro lugar ninguém com pelo menos dois neurónios no cérebro atribuiu ao PS as declarações de Ana Gomes relativamente a este caso. Como ninguém consegue atribuir ao PS as posições e as intervenções públicas da ex-eurodeputada do PS em tudo o que se relaciona com o combate à corrupção, a evasão fiscal em larga escala, a opacidade, a falta de transparência e democraticidade no exercício de funções públicas. No segundo caso o PS nunca sentiu necessidade de se demarcar das posições da sua eurodeputada; O PS, fez o que fez, ao mais alto nível, com manifestos objectivos eleitoralistas. Trata-se de conquistar a simpatia dos apoiantes do clube -supostamente mais de 6 milhões -, traçando uma clara linha divisória entre a actuação da sua europedutada e a da ... instituição. O PS espera que os benfiquistas tenham isso presente no dia das eleições.
A política está cada vez mais neste nível de promiscuidade entre interesses supostamente inconciliáveis. Quando se junta futebol com poder económico ligado ao imobiliário pesado e ao sector emergente das grandes organizações transnacionais de transferência de jogadores -que movimentam biliões a partir de offshores não escrutináveis - os partidos são capazes de descer ao mais baixo nível, a partir dos níveis mais elevados da sua hierarquia. Na verdade há vias originais para o socialismo que ninguém conseguiu descobrir porque pura e simplesmente não existiam. Os dirigentes do PS esperam agora que, pelo menos, haja uma via original, benfiquista, para chegar à maioria absoluta.
Shame on you, mr César."
Pela pena do seu Presidente, Carlos César, o PS veio demarcar-se das intervenções públicas da sua ex-deputada europeia, Ana Gomes, que questionara os "contornos" de uma muito referenciada transferência de um jogador do clube da Luz para uma equipa espanhola. A sua militante respondeu a esta posição oficial de demarcação de forma dura e frontal, como é seu timbre.
Recorde-se que a eurodeputada Ana Gomes comentou em devido tempo os contornos dessa afamada transferência. Respondendo a um tweet de Bruno Faria Lopes, jornalista da Sábado, questionara se não se estaria perante um negócio de lavagem de dinheiro Mais exactamente um negócio de lavandaria, na expressão por ela utilizada.
Parecem óbvias duas coisas: em primeiro lugar ninguém com pelo menos dois neurónios no cérebro atribuiu ao PS as declarações de Ana Gomes relativamente a este caso. Como ninguém consegue atribuir ao PS as posições e as intervenções públicas da ex-eurodeputada do PS em tudo o que se relaciona com o combate à corrupção, a evasão fiscal em larga escala, a opacidade, a falta de transparência e democraticidade no exercício de funções públicas. No segundo caso o PS nunca sentiu necessidade de se demarcar das posições da sua eurodeputada; O PS, fez o que fez, ao mais alto nível, com manifestos objectivos eleitoralistas. Trata-se de conquistar a simpatia dos apoiantes do clube -supostamente mais de 6 milhões -, traçando uma clara linha divisória entre a actuação da sua europedutada e a da ... instituição. O PS espera que os benfiquistas tenham isso presente no dia das eleições.
A política está cada vez mais neste nível de promiscuidade entre interesses supostamente inconciliáveis. Quando se junta futebol com poder económico ligado ao imobiliário pesado e ao sector emergente das grandes organizações transnacionais de transferência de jogadores -que movimentam biliões a partir de offshores não escrutináveis - os partidos são capazes de descer ao mais baixo nível, a partir dos níveis mais elevados da sua hierarquia. Na verdade há vias originais para o socialismo que ninguém conseguiu descobrir porque pura e simplesmente não existiam. Os dirigentes do PS esperam agora que, pelo menos, haja uma via original, benfiquista, para chegar à maioria absoluta.
Shame on you, mr César."
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