quinta-feira, 31 de março de 2016

São assim as oportunidades em democracia: Pedro Passos Coelho, um inábil a quem calhou ser primeiro-ministro

No PSD, o cerco aperta-se para Pedro Passos Coelho.
Ontem faltava mais um elemento na equação: o surgimento da oposição interna. Essa oposição surgiu agora, com uma entrevista de Rui Rio, logo seguida de outra entrevista de Paulo Rangel. Ambos alinham pelo mesmo diapasão, dizendo em primeiro lugar o óbvio: que a oposição que Passos Coelho está a fazer ao governo está a ser muito frouxa e que o PSD precisa de uma renovação profunda, como aliás o CDS fez agora. O que é curioso, no entanto, é que não assumam desde já o objectivo (para todos evidente) de conquistar a liderança, dizendo Rui Rio que nem sequer se vai dar ao trabalho de ir ao congresso e Paulo Rangel que se sente muito bem no Parlamento Europeu...
Estamos assim perante o calculismo típico dos políticos portugueses em que António Costa fez escola. O objectivo daqueles dois é fritar Passos Coelho em lume brando durante dois anos ou mais, para depois lhe dar o golpe mortal nas vésperas das eleições. A Passos Coelho estaria assim reservado o papel de ser o António José Seguro do PSD, que irá de vitória em vitória partidária esmagadora — mesmo com 95% — até à derrota final, no momento em que o D. Sebastião há muito aguardado surgirá numa manhã de nevoeiro, para depois disputar as eleições sem o peso dos anos na oposição.

1 comentário:

A Arte de Furtar disse...

Curiosa guerra de sombras.
Estão todos bem uns para os outros...
Passos devia recorrer a uma palestra tipo Tedex (ou lá como se chama essa americana da) sobre ideias e criatividade.
Um Congresso de criatividade e muito, muito empreendedorismo.
Essa nova religião dos profetas Relvas, Maçaes e aquele super inteligente que lhe saiu a galinha gorda: o Moedas!
E ainda levam uns quantos aqui da Figueira, nessa narrativa tão pobre que só olham e escutam quando lhes cheira a negócios.

Cabe aqui uma história do Mia Couto para o sr Passos.
"Um dia os netos decidiram oferecer a uma avó,que morava numa remota aldeia, um rádio.
Quando chegaram a casa da avo, ligaram o rádio e edcutaram as notícias.
A velha escutou, impávida e em silêncio.
No fim os netos perguntaram:
- Então avo?
E ela respondeu com uma pergunta:
- O homem que falava dentro dessa caixa estava a dizer coisas que vinham da cabeça dele ou estava apenas a falar daquilo que alguém o mandou dizer?"
(escrevo de memória)
Aqui fica a sugestão para o Congresso do sr Passos(se entender...)

Está a acabar o tempo do cigarro, mas não me vou sem recordar as palavras do autor deste espaço:" PS,BE,PC e Verdes vejam lá se não fazem merda.." (cito de memória).
Mas a hipótese é única e os rancorosos anti 25 vão estar de dentes afiados.
Basta ler os comentários à reposição dos feriados.
República,sempre!