Neste local, a zona do areal recuou largas dezenas de
metros, a água já galgou a duna, como a foto bem o documenta, entrou pelo
pinhal dentro e o mar vai continuar a bater na duna primária.
Foto de Pedro Agostinho Cruz |
Todavia, só foi surpreendido quem
prefere esconder o sol com uma peneira.
Como sabemos, desde a construção dos molhes no porto da Figueira da Foz, na década de 60, que nas povoações a sul do Cabo Mondego a erosão está a avançar.
O troço a sul do Porto da Figueira da Foz está na rota da erosão costeira, o que coloca em perigo os aglomerados populacionais da Cova e da Gala, Costa de Lavos, Leirosa e, por aí fora, mais a sul, como, por exemplo, S. Pedro de Moel e Pedrógão.
Como sabemos, desde a construção dos molhes no porto da Figueira da Foz, na década de 60, que nas povoações a sul do Cabo Mondego a erosão está a avançar.
O troço a sul do Porto da Figueira da Foz está na rota da erosão costeira, o que coloca em perigo os aglomerados populacionais da Cova e da Gala, Costa de Lavos, Leirosa e, por aí fora, mais a sul, como, por exemplo, S. Pedro de Moel e Pedrógão.
O prolongamento, em 400
metros, do molhe norte só veio agravar a situação. No troço costeiro Cova-Gala, Costa de Lavos, Leirosa,
a sul, nos últimos anos, a areia tem
vindo a desaparecer assustadoramente. A norte, frente à Figueira, o areal
cresce com a retenção de sedimentos
pelos molhes. A primeira praia, localizada imediatamente a norte da obra
portuária, tinha crescido 440 metros, segundo dados de 1980; a segunda, mais a
norte, tinha engordado 180 metros. Com o prolongamento do molhe norte do porto
comercial, agora concluído, o areal da Figueira já deverá ter aumentado mais de
100 metros.
Entretanto, a sul, as praias têm
emagrecido a olhos vistos. O recuo da
linha da costa tem vindo agravar-se. Como recordou há uns tempos, o geógrafo José Nunes André,
investigador em Geomorfologia do Instituto o Mar (IMAR) em duas décadas, esta zona recuou 100 metros.
Não admira, portanto, que ainda hoje
a zona esteja classificada como de risco elevado e que o Plano Litoral 207-2013
previsse novas intervenções, que não foram executadas...
“Durante a visita o ministro dará a conhecer as medidas de
protecção do litoral nas áreas afectadas em todo o país e nas regiões a visitar
em particular”, refere o gabinete do ministro do Ambiente, em nota de imprensa.
Não há ninguém que os consiga convencer a virem ver também a zona sul da orla costeira figueirense?
Sem comentários:
Enviar um comentário