Clemente Imaginário, 69 anos. Manuel Pata, 71 anos. Perderam a vida no rio que conheciam desde sempre. |
Um dos sete arguidos no julgamento da morte de dois pescadores, há sete anos, no rio Mondego, disse ontem que a Capitania do Porto
também devia responder em tribunal, imputando responsabilidades à autoridade
marítima. «Naquele caso é muito estranho que a Capitania não tenha feito a interdição do canal com os perigos que lá estavam identificados (…). Falta aqui um arguido, que é a Capitania», disse em tribunal António Churro, que, à data
dos factos, era adjunto da delegação Centro do Instituto Portuário e de
Transportes Marítimos (IPTM).
À margem da sessão do julgamento, Louro Alves, na altura comandante
da Capitania do Porto da Figueira da Foz – será ouvido hoje, durante a
sessão, que começa às 09H00 –, afastou a responsabilidade que foi “atribuída” à
autoridade marítima. “A responsabilidade era da entidade administrativa”,
afirmou, em declarações aos jornalistas. “São águas interiores, estava na área
de jurisdição do IPTM”.
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