Câmara Oculta
Ponto positivo:
1.Conversar sobre política não é tão bom, nem tão sexy, como fazê-la.
Mas, é melhor que nada, numa cidade provinciana como a nossa.
Pontos negativos:
1.O programa é, ao que suponho, sobre a actualidade política…
Contudo, abordam-se outros 200 e tal temas…
Resumindo: fica tudo pela rama e não há a profundidade necessária - o que é sempre mau quando se trata de sexo, ou de política…
2 . O apresentador fala muito, o que acaba por se tornar um pouco cansativo, para quem está do outro lado.
3.O programa pretende ser atrevido, desinibido, moderno, ligeiro e atractivo, tendo por objectivo, presumo eu, interessar pela vida (leia-se a política...) os desiludidos e acabrunhados figueirenses.
4. Porém, o que passa para o nosso lado, realmente útil, fica muito aquém da minha expectativa e, presumo, do objectivo dos intervenientes. Mas, admito, poder ser eu a estar errado...
5. Salvo melhor e mais abalizada opinião, duvido que alguém consiga ainda ficar interessado em ouvir falar de política local depois da cassete (que é sempre a mesma...): a pujança das inciativas do PPD/PSD, de Miguel Almeida e seus apaniguados, as diatribes do PS, de João Portugal e seus muchachos, ou a falta de testosterona dos 100%, do eng. Daniel Santos.
6. Falando por mim, a última coisa que me apetece, depois de ouvir João Carronda, António Jorge Pedrosa (que conheço razoavelmente bem e por quem tenho estima e consideração pessoal) e Teo Cavaco (que não conheço, mas, parafraseando o próprio, me parece “intelectualmente honesto”), moderados pelo j´Alves, é continuar a ligar a essa tal politiquice figueirense que se move em torno da Fonte Luminosa …
7. Eu sei que todos vocês têm competência para tal: seria pedir muito falarem da realidade?..
Em tempo.
A continuarem assim, vão perder um ouvinte...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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