"Todos dizem que o BANIF não é o BPN. Não posso garantir que seja. Como, parece-me, ninguém pode garantir o oposto. Recordo-me que o BPN, antes de se saber o que foi, também não era o BPN que hoje conhecemos.
O capitalismo entrou na sua fase mais interessante. A velha ideia de quem paga manda já não tem validade. O Estado paga, os que precisaram do seu dinheiro continuam a mandar. Adoro os liberais que nos governam. Garantem um Estado forreta para quem o financia, que somos nós, e generoso para quem dele tira proveito."
Daniel Oliveira via Arrastão
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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