"Nove meses depois de ter sido chumbado o Relatório e Contas de 2010 da Empresa Municipal Figueira Domus, este mesmo ponto voltou hoje à discussão em reunião de câmara, ficando adiada a sua votação. Não vendo qualquer alteração a este documento, os vereadores da oposição, PSD e Movimento Figueira 100%, manifestaram a intenção de manterem o sentido de voto, ou seja, contra.
“É o mesmo relatório que foi apresentado em Março deste ano.
Solicitado um parecer à Inspecção Geral de Finanças, este veio comprovar ilegalidades. Não havendo nenhuma alteração nas contas estão a pedir-nos para alterar o nosso sentido de voto”, disse o vereador Daniel Santos (Movimento Figueira 100%).
O vereador Miguel Almeida (PSD), referiu que perante a existência de “dúvidas” a bancada social-democrata «não» se sente confortável para “votar a favor das contas referentes a 2010 sem saber se, posteriormente, se pode ou não fazer alterações às mesmas”.
Apesar do executivo considerar que “detém todos os elementos para se poder pronunciar sobre as contas e em conformidade aprová-las, ou seja, em perfeita sintonia com o Conselho de Administração da Figueira Domus”, foi aprovado, de forma consensual, “um pedido de esclarecimento” à IGF sobre a legalidade da aprovação deste relatório e, caso se verifique necessário, a sua posterior alteração.
De realçar que o IGF emitiu, em Novembro do corrente ano, um parecer no qual exige a devolução dos cerca de 125 mil euros que a Figueira Domus transferiu em 2010 para a sua participada Figueira Paranova. Estas são duas das empresas municipais figueirenses, sendo que a Domus tem a seu cargo a habitação social e a Paranova a reabilitação urbana. Esta última é uma parceria público-privada."
Via O FIGUEIRENSE
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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