O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu ontem não ter "medo de greves" e prometeu "travar todas as batalhas" para alterar uma lei laboral que, segundo ele, apenas gera "desemprego e precariedade".
Passos Coelho, aquele Passos Coelho da campanha eleitoral de Abril/Maio do corrente ano, está a fazer greve a si próprio, em nome de um Governo, onde, diz, "não há paladinos das empresas", ao contrário do que já aconteceu…
Na região do cérebro, a adesão é de 100%...
No resto, porém - especialmente mãos, braços, pernas, pés – continua a andar no mesmo sentido de sempre...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário