Pelo que li, vi e ouvi em diversos órgão de comunicação social, votos de “sexo incrível” resultaram na suspensão de Euclides Santos, do cargo de director da Polícia Municipal de Coimbra!..
Citando o próprio. “E basta de farsas e de palavreado inútil! O que eu desejo, de todo o coração, é que tenhas relações sexuais incríveis, uma vida alegre e feliz, que trabalhes muito e que te paguem bem!”
“E agora não digas que não sou um teu grande amigo”.
O presidente da câmara, o social-democrata João Paulo Barbosa de Melo, e a vereadora que tutela a PM, é que não acharam graça e terão considerado que o facto de a mensagem ter sido enviada para todos os funcionários, em horário de trabalho e através do e-mail de serviço tornava incomportável manter Euclides Santos no cargo. Ainda durante a tarde de ontem, o comandante foi convidado a apresentar a demissão. Por volta das 21h30, segundo o Público, este informou o gabinete da presidência de que não o faria.
Oh Senhor Presidente da Câmara de Coimbra e Senhora Vereadora da tutela da PM façam justiça à época que atravessamos e sejam tolerantes…
Afinal, o director Euclides Santos só nos fez recordar o paraíso perdido e o tempo anterior à vergonha de estar nu…
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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