Num blogue vizinho e que muito aprecio – DASS – leio.
“ Não estando eliminado o risco de um qualquer transeunte ficar cortado em dois pelos vidros da fachada do casino, uma vez que o relatório da Protecção Civil diz que as protecções ali colocadas não são suficientes para garantir a segurança, o senhor Presidente da Câmara pretende marcar reunião com a administração do casino para esclarecer bem o teor da notificação que lhes foi feita e evitar mais mal entendidos.
A partir de agora sempre que um munícipe cumprir mal uma notificação, não acatando ou cumprindo todo o seu conteúdo, aguarda-se reunião de esclarecimento antes de qualquer mal maior. Desde logo o esclarecimento de: o senhor sabe ler? o senhor tem bom senso e respeito pela vida humana?”
Por mais que tente, confesso que não consigo perceber o teor do post…
Mas, juro que achei muita piada e que me pareceu assustadoramente acertado.
DASS, desculpe lá. Eu sei que você explicou, mas será que eu complico?...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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