segunda-feira, 25 de julho de 2011

Devaneio de férias!..

foto de Pedro Cruz
Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto do mar
Sophia de Mello Breyner Andresen

A vida não tem sido fácil para mim.
A minha vida tem sido simplesmente feita de etapas, algumas confortáveis, outras nem por isso,  alguns rasgos de sorte entremeados com alguns azares.
Aos 57 anos, posso dizer que me esforcei  minimamente para atingir os meus objectivos.
Sou um felizardo.  Sempre fiz o que  quis e obtive o que verdadeiramente ambicionei.
Tive algumas  desilusões, não muitas, pois raramente tive ilusões.
Escapei por um triz a  uma guerra horrível e vivi  uma revolução.
Tenho apenas uma lembrança mais do que  dolorosa -  penosa:  a morte do meu Pai em 1974.
Não tenho traumas, raramente tenho  insónias e  não penso muito no futuro.
Tive alguns desgostos de amor.
Já não sou novo, mas as mulheres  continuam a gostar de conversar comigo.
Continuo a ver a vida pelo lado optimista.
Continuo a pensar que devemos estar disponíveis para sermos felizes.
Continuo a considerar-me um tipo bem disposto.
 No fundo, a  vida é para ser vivida um dia de cada vez.

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