sábado, 21 de novembro de 2009

Reflexão numa tarde triste e chuvosa sobre o covagalense tipo

O covagalense tipo, precisa que lhe digam onde e quando votar.

O covagalense tipo, não precisa que lhe reservem um dia para reflectir, pois ele não reflecte – deixa-se levar por um copo de tinto e um naco de porco no espeto ou, até, por uma sardinha assada.

O covagalense tipo, teme a solidão: sente-se desprotegido e sem saber o que deve fazer.

O covagalense tipo, não consegue sentir-se bem sem ser tutelado.

O covagalense tipo, é incapaz de dar um passo sem que o levem pela mão.

O covagalense tipo, convive bem e perfeitamente com a prepotência, a soberba e a falta de educação.

O covagalense tipo, não sente alergia a ditaduras. E, então, se forem ditas democráticas - nem se fala mais nisso...

O covagalense tipo, a aferir pelo que se tem passado nos últimos anos, confirma o ditado, bem português por sinal: “quanto mais me bates mais gosto de ti”.

2 comentários:

António disse...

Como diz o ditado, "mais vale tarde do que nunca".
Tanto tempo, tanto comentário não publicado, chamando, com algum humor e sarcasmo, os (salvo seja) bois pelos nomes e a conclusão é esta e agora.
O povinho é assim, tanto faz aqui como acolá.

o cu de judas disse...

é o preço a pagar, a data de 3 de Setembro de 1759 é marcante para este analfabetismo cultural, não basta saber ler e contar, é preciso ter uma bagagem cultural e transmiti-la de geração em geração, sem isso nada, um atraso cultural em relação a Europa de 200 anos a nível cultural, e ao Marquês de Pombal o podem agradecer, à época eram 22.000 alunos com ensino grátis, e de todas as classes sociais, mais uma oportunidade que se perdeu