quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ministro de fé!...

"Manuel Pinho acredita que sector do turismo vai resistir à crise"; 

"Manuel Pinho ainda acredita em plano para salvar a Qimonda";

 "Manuel Pinho acredita que fábrica da Autoeuropa vai manter-se em Portugal".

Neste momento, em Portugal, qualquer trabalhador tem sobre a cabeça a ameaça do desemprego.  A  ruptura negocial na Autoeuropa,  é a prova que faltava de que este não pode ser de modo algum o caminho a seguir pelos trabalhadores e pelas suas organizações. De flexibilização em flexibilização até à flexibilização total. Mas as organizações dos trabalhadores não podem continuar passivas e inoperantes enquanto assistem à destruição do tecido empresarial e à desvalorização do trabalho. Numa situação de calamidade, o que resta?..
Ter fé?.. Em quem?.. Não podemos, nem devemos perder a fé. Mas, eu confesso que não tenho fé nenhuma na fé de Manuel Pinho.

“O que se passa na Autoeuropa diz respeito a todos os trabalhadores e por isso a defesa dos seus postos de trabalho, da sua valorização e dignificação, não pode ser limitada àqueles que lá trabalham – isolados não terão futuro. Numa época em que a ameaça do desemprego paira um pouco por todo o lado, torna-se difícil a mobilização de quem receia perder o seu posto de trabalho por muito frágil que seja. Mas os trabalhadores e as suas organizações não podem permitir que a Autoeuropa se transforme numa nova Qimonda enquanto o Governo vai declarando que fará tudo o que estiver ao seu alcance –  e tudo é nada como já se viu.”

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