António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Últimas palmas para o Calinas
Hoje, pelas 10 horas, no Cemitério dos Olivais, em Lisboa, Henrique Viana vai ouvir as últimas palmas.
Em 1974, fez parte do grupo fundador do Teatro Adoque, uma Companhia que pretendia renovar a revista à portuguesa, que funcionava num teatro desmontável sediado no Martim Moniz, onde se estreou em 1977 como autor com «Ó Calinas cala a boca», em parceria com Ary dos Santos, Francisco Nicholson e Gonçalves Preto.
Na minha memória pessoal fica, sobretudo, o prazer de o ver trabalhar, ao vivo, no Adoque.
Na televisão foi um dos actores mais requisitados a partir da década de 1980.
Desapareceu aos 71 anos e o mundo artístico nacional ficou mais pobre.
Portugal perdeu um grande Homem e um grande senhor do Teatro....
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Foi um grande e popular actor.
Nunca foi vulgar.
Enviar um comentário