António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 8 de abril de 2007
X&Q32
2 comentários:
Anónimo
disse...
Estupendo, mais uma vez, o humor do Fernando Campos.
Acrescento que já é assim desde os anos sessenta, quando os próprios próceres do regime, locais, subserveientes e obedientes deixaram de se bater pela "Rainha das Praias de Portugal". Quando o poder central e centralizador resolveu, tal como hoje, em circunscrever o dito "turismo de massas" ao Algarve a Figueira da Foz anichou-se na sua concha e ficou a viver de nostalgias espanholas e do que já havia sido. É pena!
2 comentários:
Estupendo, mais uma vez, o humor do Fernando Campos.
Acrescento que já é assim desde os anos sessenta, quando os próprios próceres do regime, locais, subserveientes e obedientes deixaram de se bater pela "Rainha das Praias de Portugal". Quando o poder central e centralizador resolveu, tal como hoje, em circunscrever o dito "turismo de massas" ao Algarve a Figueira da Foz anichou-se na sua concha e ficou a viver de nostalgias espanholas e do que já havia sido. É pena!
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