terça-feira, 9 de maio de 2017

Na Figueira, os «políticos competentes, são aqueles que ganham eleições»?..

Edição de hoje do jornal AS BEIRAS. Para ver melhor, clicar na imagem
E, chegados às autárquicas de 2017, temos uma nova moda: dentro do mesmo partido, duas pessoas, a mesma ambição. 
Tudo passa, no essencial (está a ser assim em Buarcos/S. Julião e vai ser assim, pelo andar da carruagem, em Vila Verde...), pela  mediatização dos gestos, a sobrevalorização das aparências e do espectáculo, em detrimento da capacidade de organização e de trabalho, ou da capacidade de projectar algum ideal sobre o futuro da freguesia e do concelho. 
E, de degrau em degrau, em 2017, descemos até aos "administradores de ilusões" que nos tentam fazer crer, que a gestão criteriosa da imagem, ou a encenação das atitudes, são muito mais importantes que o conteúdo das coisas, que a realidade, que o verdadeiro ser... 
Como se vê,  a competência é o que menos importa no cada vez mais pequeno cosmos político figueirense... 
A reflexão, que é urgente fazer, em torno da ruptura entre os cidadãos e a democracia (a crescente abstenção é um indicador claro), leva-nos invariavelmente à questão do divórcio entre o cidadão e a política.
A Figueira, nas autárquicas de 2017, vai viver, quase de certeza, um dos piores momentos da sua existência em democracia. Nos últimos anos, fomos governados por políticos medíocres que colocaram a Figueira numa situação praticamente irrelevante a nível nacional e nos transformaram numa cidade e numa sociedade de pessimistas. 
O concelho corre o risco de, em outubro de 2017, bater o record da abstenção.
Teria sido necessário, para inverter essa tendência, que tivesse surgido um propósito comum, que se traduziria num efectivo sentido de comunidade e na participação dos cidadãos, indicadores de uma democracia de qualidade, uma democracia onde todos participem e aprendam. 
Ainda houve uma "ameaça", mas mais uma vez, a politiquice figueirinhas prevaleceu. Verificou-se o óbvio: é muito difícil aos figueirenses conseguirem um verdadeiro envolvimento colectivo
Mais tarde ou mais cedo, os figueirinhas terão de compreender, que uma revalorização da democracia no concelho é um desafio que se coloca a todos. 
A implementação de políticas de qualidade, ao serviço do desenvolvimento do concelho e da maoiria dos seus habitantes,  só será possível com o envolvimento de toda a comunidade. E isso passará por estimular práticas colaborativas e agir estrategicamente. 
Todos temos de perceber e fazer entender aos políticos, que o essencial é que o concelho, no seu conjunto, se envolva. Que o mesmo é dizer, é fundamental envolver o concelho. 
Precisamos fazer ver aos políticos figueirense que têm de fazer muito mais para merecerem o voto do concelho. 
Não é descrendo do exercício do direito de cidadania que colaboraremos na construção do progresso e da identidade da Figueira da Foz. 

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