António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Viva (esta) a República?..
No seu discurso de ontem, dia 5 de Outubro de 2011, na Praça do Município, o senhor Silva, como disse em tempos Alberto João Jardim, afirmou solenemente: «Vivemos tempos difíceis que ninguém pode ignorar. Esta situação irá exigir grandes sacrifícios, provavelmente os maiores que esta geração conheceu».
Em Março p.p., o senhor Silva, como disse em tempos Alberto João Jardim, afirmou solene e exactamente o oposto quando tomou posse: «Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.»
Como todo o respeito pelo senhor Silva, como disse em tempos Alberto João Jardim, esta mentira permanente na boca dos nossos eleitos que mina os pilares desta democracia e desta república, legitima a contestação.
A democracia e esta república não podem ser uma aldrabice permanente.
Não sou monárquico,mas concordo com algumas críticas que são feitas a esta republica por alguns monárquicos.
Embora me queiram fazer crer que isto é uma democracia e uma Republica, não acredito que este seja o regime que serve o povo português.
Ao contrário do que nos querem fazer crer, nesta democracia e nesta republica, não somos tratados como cidadãos de corpo inteiro. Vejam o que querem fazer com o Hospital da Figueira da Foz.
Esta democracia que temos tido desde 1976, nesta republica bipartidária, ora rosa, ora laranja, mas sem contraditório, onde tem governado o bloco central de interesses, que é agora tutelada por um um Presidente cada vez mais partidário, serve a quem?..
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