A apresentar mensagens correspondentes à consulta praia da figueira ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta praia da figueira ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens

sábado, 8 de julho de 2023

Sindicato vê condições de entendimento entre Estado e Casino da Figueira da Foz

«“Aquilo que é mais satisfatório para nós desta reunião é que a empresa [disse] que não está nada em risco relativamente à concessão do casino”, afirmou António Baião, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Restauração, Turismo e Similares do Centro, no final de uma reunião com o conselho de administração da concessionária, cujas salas de jogo e máquinas empregam cerca de 80 pessoas.
Os trabalhadores, segundo o líder, “estavam preocupados” com uma eventual suspensão da actividade até à nova concessão, que continua nas mãos da SFP, entrar em vigor, a 01 de janeiro de 2025. Por outro lado, também as obras previstas para o complexo, no centro da Figueira da Foz, “não deverão afectar o seu funcionamento”, deixando de estarem em causa – acredita António Baião – os salários dos trabalhadores, “que já foram muito prejudicados durante a pandemia” da covid-19. 
“A Sociedade Figueira Praia avançou com uma providência cautelar em tribunal, porque não quer pagar os valores [cerca de sete milhões de euros] que o Governo exige” pela concessão, referiu o coordenador do sindicato. Na sua antevisão, “vai de certeza chegar-se a um acordo”, pois às partes “não interessa que o casino feche”, deixando os 80 trabalhadores sem rendimentos.»

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Marégrafo para medir as marés soterrado pela areia

Foto Nelinha Santos

Foto Nelinha Santos, via Figueira na Hora


Via Diário as Beiras

«José Esteves, o antigo presidente da junta, com uma vida ligada ao mar, espanta-se com a situação atual e não tem dúvidas em culpar as obras de prolongamento do molhe norte do porto da Figueira da Foz. Estas têm provocado o crescimento da praia adjacente (o areal com dois quilómetros de extensão e mais de 700 metros de largura máxima, a maior praia urbana da Europa) e a consequente falta de areia nas praias a sul do rio Mondego. 

“O sentimento que eu tenho é de muita mágoa. De revolta não, mas de muita mágoa, por aquilo que estão a fazer à Figueira, aquilo é tudo provocado pela retenção de areias por causa do molhe”, disse José Esteves.

 Admitindo que o que diz gera “muita polémica”, o antigo autarca, que esteve três mandatos à frente da junta de freguesia, reafirmou: “Não se faz a uma povoação de eleição o que se tem feito”

Ao contrário do que estava previsto, afinal, por enquanto, apenas seis praias ostentam este símbolo de qualidade....

Via Diário as Beiras
"O concelho da Figueira da Foz, este ano, viu 11 praias contempladas com a Bandeira Azul.
No entanto, afinal, apenas seis ostentam este símbolo de qualidade. Isto ao contrário do que estava previsto, já que a autarquia previa que todas as zonas de banhos com este estandarte teriam o número mínimo legal de nadadores-salvadores, mas há escassez no mercado de trabalho." 
Nota de rodapé.
Realizou-se na manhã de 6 de julho, na Praia do Cabedelo, a cerimónia do Hastear da Bandeira Azul e Bandeira de Praia Acessível.
Esta praia juntou-se ao grupo que, a partir deste ano, conta com 11 praias galardoadas com o símbolo da excelência das zonas balneares.
A Bandeira Azul é um símbolo de qualidade ambiental atribuído anualmente, pela Associação Bandeira Azul da Europa, secção portuguesa da Fundação para a Educação Ambiental, a praias fluviais e costeiras, portos de recreio e marinas e a embarcações, que se candidatem ao galardão e que cumpram os 4 critérios avaliados: Informação e Educação Ambiental; Qualidade da Água; Gestão Ambiental e Equipamentos; Segurança e Serviços.
Na Praia do Cabedelo, como o vídeo mostra, onde o processo de renaturalização edificou a mais bela praça construída em cima de dunas, ao longo de toda a costa do nosso concelho, ao mesmo tempo que deixou expressa a excelência da arquitectura portuguesa, a diversidade das suas correntes e conceitos estéticos, a rica sensibilidade pato-bravística e o rigor e competência dos autarcas figueirenses, contribuindo para a interminável betonização do património paisagístico, natural e cultural e o ordenamento urbano, em nada inferior aos subúrbios dos concelhos algarvios.
No Cabedelo, porém, para além do cimentado e da falta de casas de banhos decentes, existe o sol, o calor e a praia limpa.
E o mar!

Uma foto que poderia ser quase intemporal...

Esta foto da cerimónia do hastear da Bandeira Azul e Bandeira de Praia Acessível da Praia do Cabedelo, ontem realizada no Cabedelo, retrata uma imagem do que aconteceu no dia 6 de Julho de 2023. Contudo, retirando a vereadora Olga Brás da equação, poderia ser de 2019, 2020 ou 2021. Como poderá ser de 2026 e por aí adiante. 
A memória dos figueirense é muitíssimo curta.
Está por fazer  o rescaldo de 12 anos de poder socialista na Figueira da Foz, 9 dos quais de poder absoluto, evidentemente com apreciações diferenciadas.
Pelo OUTRA MARGEM podem ser encontradas algumas memórias de 12 anos de pensamento único no concelho da Figueira da Foz, que contribuiram para o período de estagnação económica, pobreza democrática, revanchismo, autoritarismo, soberba e petulância obscurantista que mergulhou o concelho da Figueira da Foz numa penúria de ideias e soluções para o concelho, durante 12 anos.
Percorram essas memórias e terão elementos para os ajudar a perceber  o panorama e pensamento político na Figueira, não nos últimos 12 anos, mas nestes últimos 48 anos de poder autárquico democrático. 
Os protagonistas políticos da foto falam por si. Retirando a vereadora Olga Brás, poderia ser de 2019, 2020 ou 2021. Como poderá ser de 2026 e por aí adiante. 

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Na Figueira o ambiente tem meses, semanas, dias, horas e minutos...

"Executivo camarário tem aludido ao impacte ambiental dos eventos musicais realizados na Praia do Relógio. Há estudos que sustentam que colocam em causa a biodiversidade.
Tiago Castelo Branco, responsável máximo da produtora MOT, garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que a empresa quer continuar a realizar os festivais na Praia do Relógio. “Não queremos sair da Figueira da Foz, porque existe uma ligação umbilical entre o “RFM Somnii” e a cidade”, afiançou. Não obstante, ressalvou o empresário figueirense: “Se houver uma decisão superior que impeça a realização dos festivais, respeitála-emos”.
Acerca do impacte ambiental dos festivais, Tiago Castelo Branco garantiu que os eventos “realizam-se na zona de praia e não na antepraia”. E acrescentou: “Fazemos uma vedação para evitar que as pessoas possam circular na zona da antepraia. A zona onde estamos é onde a câmara faz a limpeza”Segundo o empresário, citando um estúdio da Universidade do Minho, em 2019, o “RFM Somnii” injetou 12 milhões de euros na economia local."

quarta-feira, 5 de julho de 2023

"Palácio Sotto Maior: um encontro com a História, a família, o amor e a amizade"

Via Diário de Coimbra 
"Depois do sucesso de 2018/19, a Sociedade Figueira Praia e a Pó de Saber – Cultura e Património voltam a dinamizar a iniciativa “A Figueira vai ao Palácio”. O programa teve início a 1 de julho e prolonga-se até 31 de agosto, com visitas diárias entre as 10h00 e as 18h00, de terça-feira a domingo, sendo as manhãs de sexta-feira reservadas às famílias, com um programa pensado para o público infantojuvenil. As entradas custam cinco euros e crianças até aos 12 anos (inclusive) não pagam. Durante as visitas, a antropóloga figueirense Frederica Jordão aborda não apenas a história da família, da construção e das singularidades do palácio, mas também da própria Figueira da Foz como destino turístico."

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Tema do areal urbano chegou à Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira

Via Diário as Beiras

"Dois dias após o debate promovido pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, sobre o areal urbano, o tema foi abordado na Assembleia Municipal (AM). A iniciativa partiu das deputadas Célia Morais (PS) e Silvina Queiroz (CDU), com ambas a defenderem a biodiversidade que a vegetação da maior praia urbana da Europa proporciona. 
A deputada municipal socialista justificou que levou o tema à AM porque não quis falar na sessão promovida por Santana Lopes para evitar a politização do debate
Por seu lado, a comunista admitiu que só teve conhecimento da iniciativa do presidente depois da sua realização".

Nota.
Aquilo que o Diário as Beiras informa sobre o que disse a deputada Célia Morais (PS), sublinho que é um argumento como outro qualquer. Vale o que vale: para mim, nada. Quem esteve presente e participou no debate sobre o areal, bastou ver a intervenção do eng. João Vaz para ficar esclarecido
Já a informação veiculda pelo Diário as Beiras sobre a posição da deputada Silvina Queiroz, cidadã por quem tenho o maior respeito e consideração a todos os níveis (político e pessoal), preocupou-me.
Primeiro, estranhei tamanha falta de informação. Numa máquina como é o PCP Figueira, não haver ninguém que desse conta que ia haver um debate sobre o areal da Figueira, o maior desafio que o concelho tem pela frente, e informasse atempadamente a camarada Silvina, único membro que representa os comunistas num órgão autárquico concelhio, não me deixa tranquilo.
Depois, porque a Esquerda defende, desde sempre, os valores do igualitarismo e da solidariedade, com a protecção dos mais fracos e principalmente a ideia básica de que o colectivismo e acção colectiva se torna indispensável para prosseguir e defender esses valores. 
Por isso, sou de esquerda, embora não seja militante do Partido Comunista.
Reconheço, sem nenhuma dificuldade ou hesitação, que em Portugal ao longo de mais de cem anos, quem, de entre todas as forças políticas, lutou por estes objectivos com maior afinco e determinação, foi precisamente o Partido Comunista Portugês e os comunistas portugueses.
Como escrevi no passado dia 21 de Junho passado numa postagem a que dei o título de "NORTE/SUL e a luta contra o egoísmo", a luta dos comunistas não tem cento e poucos anos. Tem milhares de anos. Desde que o mundo é mundo. A meu ver, entronca nos princípios que nos foram legados  pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo. 
No convívio com os comunistas aprendi o que é a partilha da esperança.
Álvaro Cunhal escreveu num texto de 1974 «A superioridade moral dos comunistas»: «da própria consciência dos objectivos e da missão histórica do proletariado decorre uma nova concepção da vida e do homem, que se exprime numa nova ética. A intransigência para com a exploração e os exploradores, para com a opressão e os opressores, para com qualquer forma de parasitismo, a indignação perante as injustiças, (…) convertem-se em conceitos morais, necessariamente associados aos objectivos políticos»
Combater o egoísmo e as desigualdades sociais, a exclusão social e a pobreza é para os comunistas, parte da intransigência e indignação com que olham a imoralidade.
Enquanto houver um explorado, haverá sempre alguém que se levanta.
O areal da Praia da Figueira, coloca diante dos nossos olhos a realidade que é o aumento das desigualdades sociais e da pobreza no nosso concelho, entre o norte e o sul. 
A norte, aquele areal é um deserto em constante crescimento.
Nós, a sul, nesta outra margem, somos a matéria prima que alimenta aquele deserto a norte, que não serve a ninguém. Nem ao norte nem ao sul.
É neste quadro e neste contexto que todos temos a obrigação moral de intervir. Os do norte e os do sul do concelho. O SOS Cabedelo. O MOVIMENTO PARQUE VERDE. Os Fóruns intelectuais. Os autarcas da Figueira. E os governantes deste País. Todos. Por isso é que por aqui ando.
Basta olhar para foto que fui sacar ao mural da página do facebook do município, para ver a realidade.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Ainda há muita gente que não consegue compreender o porquê das coisas...

Via Diário as Beiras, edição de 30 de Junho de 2023:
"A Agência Portuguesa do Ambiente vai proceder à transposição de três milhões de metros cúbicos de areia, entre 2024 e 2025, o chamado “big shot”. Mas o sistema mecânico permanente só deverá ser instalado dentro de 10 anos, o que gerou muitas críticas."
O Governo antecipou a divulgação do estudo sobre a transposição de areias na barra da Figueira da Foz, prevista para setembro. O documento foi apresentado no dia 12 de Agosto de 2021.
Recorde-se que o estudo do by pass foi adiado durante anos.
Um estudo no valor de cem mil euros contra os milhões constantes que se despendem em dragagens.
Em Setembro de 2018,  a Vereadora Ana Carvalho não só não se mostrou muito preocupada com a situação como até afirmou: "não sou grande defensora dessa solução"

Contudo, cerca de 3 anos depois,  a pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada, e será realizada. “Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O “Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, apresentado na manhã de 12 de Agosto de 2021 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avalia quatro soluções distintas de transposição de areias e conclui, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
O estudo situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros. “Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, frisou o ministro, em declarações à margem da sessão.

O sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há mais de uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz, será o primeiro em Portugal e idêntico a um outro instalado na Costa de Ouro (Gold Coast) australiana. É constituído por um pontão, com vários pontos de bombagem fixa que sugam areia e água a norte e as fazem passar para a margem sul por uma tubagem instalada por debaixo do leito do rio Mondego. A tubagem estende-se, depois, para sul, com vários pontos de saída dos sedimentos recolhidos, que serão depositados directamente nas praias afectadas pela erosão.
A opção de avançar para a construção de um bypass era  para o presidente da Câmara de então, Carlos Monteiro, uma solução que permitia  “tranquilidade e esperança a quem usa o porto comercial, a quem usa o porto de pesca e à população da margem sul da Figueira da Foz”. Carlos Monteiro argumentou que uma proposta a longo prazo “não é frequente” em Portugal e agradeceu ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, por aquilo que considera ser um gesto com “visão”.
Carlos Monteiro pediu ainda que o estudo apresentado fosse “avaliado o mais depressa possível” e que o projecto “fosse desenvolvido”. Mas disse esperar, “fundamentalmente, que tenha a maturidade necessária para ser inscrito no Quadro Comunitário [Portugal] 2030. Atendendo aos valores, acredito que possa e deva ser”. Até lá, lembrou, o problema da erosão da costa a sul do porto da Figueira iria a ser mitigado, até 2023, com o abastecimento de três milhões de metros cúbicos de areia, retirados do mar a norte do molhe norte.
Já o arquitecto Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, manifestou-se agradado com a decisão de se optar pelo bypass. “Agora temos uma responsabilidade de contribuir para que seja bem feito. Há uma série de dúvidas, estamos a trabalhar em coisas que já deram provas de funcionamento, o sistema australiano funciona há mais de duas décadas, mas há sempre dúvidas sobre os impactes”, notou.
O ministro do Ambiente recordou a primeira vez que ouviu falar “ao vivo” da hipótese do bypass na Figueira da Foz e lembrou o “ar zangado” do arquiteto “cheio de certezas absolutas”, quando o movimento protestava, em 2019, pela construção do sistema fixo. “Agradeço ao SOS Cabedelo, a forma, muito para além de reivindicativa, mas técnica, com que nos entusiasmou a chegar aqui”, frisou Matos Fernandes.

Como escrevi na altura, esperava, sinceramente, que tudo não fosse mais do que uma mera jogada de charme e de propaganda eleitoral.
Para mim, nascido e criado e a viver na margem sul do Mondego, a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem desde há décadas...
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova, apesar dos milhões que já lá foram gastos para tentar resolver situações de aflição.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
No OUTRA MARGEM já escrevemos muito sobre este tema. Infelizmente, tudo o que foi alertado, em devido tempo, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul  da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
Todavia, pelo que assisti no dia 28 de Junho de 2023, no quase lotado auditório do CAE, no decorrer do debate promovido pela câmara municipal da Figueira da Foz, há muita gente na Figueira que, mesmo perante a realidade, não consegue compreender o porquê das coisas...

Em Julho vamos ter uma avalanche de turistas na Figueira

Via O Jornal Económico:  

«As cidades de Albufeira, Portimão e Figueira da Foz são as mais procuradas pelos portugueses para as férias no mês julho, segundo os dados compilados pela plataforma de viagens Jetcost.

As pesquisas revelam que os portugueses procuram “sol e praia, destacando esses destinos nas suas procuras (73%) em comparação com aqueles que preferem destinos do interior (27%), salientando oito cidades no Algarve e sete na Região Centro”, é revelado numa nota da Jetcost enviada à imprensa que indica que, contudo, “Norte e Lisboa foram as regiões com mais cidades escolhidas, entre as 35 mais procuradas para julho 2023”

Por ordem de preferência, a lista das cidades portuguesas mais procuradas para julho são: Albufeira, Portimão, Figueira da Foz, Funchal, Lisboa, Aveiro, Ponta Delgada, Quarteira, Porto, Faro, Tomar , Tróia, Braga, Vilamoura, Oeiras, Vila Real de Santo António, Sesimbra, Cascais, Vila Nova de Gaia, Setúbal, Tavira, Lagos, Sintra, Nazaré, Santiago do Cacém, Castelo de Vide, Viana do Castelo, Póvoa do Varzim (Norte), Porto Santo, Angra do Heroísmo, Caldas da Rainha, Coimbra, Peniche, Guimarães e Matosinhos.»

quinta-feira, 29 de junho de 2023

PSP reforça patrulhamento na Figueira da Foz até 15 de setembro

Via Diário as Beiras

"A PSP da Figueira da Foz vai reforçar o patrulhamento na zona balnear e áreas de maior afluência turística do concelho até 15 de setembro, com elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP) ou do Comando de Coimbra.

O comissário Augusto Freitas, comandante da Divisão da Figueira da Foz, explicou à agência Lusa que a operação “Verão Seguro” implica um reforço da visibilidade da Polícia de Segurança Pública (PSP), sobretudo aos fins de semana, até ao final de julho.

“A partir de agosto será uma presença mais assídua, até porque nessa altura aumenta o número de turistas, com a presença inclusivamente dos emigrantes”, sublinhou.

A visibilidade policial “será feita também através implementação das chamadas ciclo patrulhas, aproveitando as férias escolares e o pessoal do programa do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade, já que a cidade favorece essa questão com as ciclovias junto à zona balnear”.

Segundo o comissário Augusto Freitas, a ação policial vai ter maior incidência nas zonas de praia e locais de maior fluxo turístico, como as zonas de diversão noturna, em que a presença será permanente.

Os meios a utilizar na operação deste ano, que já teve início no dia 15 deste mês, são idênticos aos dos anos anteriores."

Discussão pública sobre o areal urbano: o meu resumo

Foram cerca de três horas de debate. Teve momentos acesos. 
Fica, em poucas linhas, o meu resumo repartido por 4 pontos.
1. Chegou-se ao consenso esperado. 
Existe um grande entendimento relativamente à necessidade de conciliar alguma limpeza do areal com a manutenção da vegetação com valor para a biodiversidade da fauna e flora. 
O trabalho a desenvolver vai ser "com os cientistas, mas não sob as ordens dos cientistas".
Santana deixou claro, que não abdica do "poder-dever" de decidir.
2. Ficou à vista de todos os presentes a necessidade da implementação do by passs. Ficou também claro para todos que mais 10 anos de espera, como pretende a APA, é algo pouco realista face à dramática situação existente a sul do Mondego, na praia da Figueira e em Buarcos.
A Figueira da Foz tem um problema de sedimentos: acumulam-se em frente à cidade, a Norte da foz do rio Mondego, e estão em falta nas praias a sul. A solução para resolver o problema existe: a solução passa por instalar um sistema fixo que transponha as areias do Norte para Sul, concluiu em 2021 um estudo encomendado pela Agência Portuguesa do Ambiente.
“by-pass” para transferir areias da praia, que devido a um acidente ambiental provocado pelo homem, tem o maior areal da Europa, como Nélson Silva salientou, é a solução para a costa sul do concelho. Mas, só deverá estar no terreno dentro de “10 anos”!..
10 anos? Isto, sim, é preocupante.
3.  Nélson Silva, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), confirmou o parecer favorável daquele organismo à limpeza nas zonas balneares e zonas complementares da praia da Figueira da Foz.
O técnico sublinhou que o areal não integra a Rede Natura 2000 nem é uma duna e que a principal preocupação da APA passa por proteger a praia, cuja titularidade pertence ao domínio público marítimo. 
4.  O reconhecimento de Santana Lopes pela utilidade do Movimento Parque Verde ficou confirmado.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Areal da Figueira da Foz vai ter duas piscinas de água salgada aquecida

"O presidente da Câmara da Figueira da Foz anunciou hoje que a cidade vai ter duas piscinas de praia com água salgada aquecida através de energia solar, que deverão estar concluídas até ao final de julho.
Inicialmente estava apenas prevista uma, para o areal de Buarcos, entre os passadiços e a avenida do Brasil, mas Pedro Santana Lopes revelou que afinal vão ser duas estruturas idênticas, com a segunda a ser instalada em São Julião, em frente à pista de atletismo.

O anúncio foi feito hoje no final da discussão pública sobre o areal urbano, que praticamente lotou o pequeno auditório do Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, distrito de Coimbra.

As piscinas serão idênticas àquela que foi instalada em 2022 em Vila Nova de Gaia, com 25 por 20 metros e profundidade máxima de um metro, num projeto desenvolvido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Cada estrutura representa um investimento na ordem dos 100 mil euros, que deverão ser financiados pelo Turismo de Portugal, através das receitas de jogo do Casino."

O presidente do município da Figueira da Foz anunciou ainda que a praia vai ter este ano três veículos elétricos de ‘transfer’ (semelhantes a um carrinho de golfe), em vez de um, que foi estreado em 2022, para transportar os banhistas pelo areal, encurtando distâncias.

O debate correu muito bem para quem é verdadeiramente ambientalista e se peocupa com todo o concelho: norte, areal da Figueira e a erosão costeira a sul do Mondego

Via Revista Óbvia

Santana Lopes substitui luta pela limpeza da praia pela luta pelo By Pass

«Depois de quase três horas de discussão pública, o autarca considerou que "há um grande consenso relativamente à necessidade de conciliar" alguma limpeza do areal com a manutenção da vegetação com valor para a biodiversidade da fauna e flora, adiantando que vai "trabalhar com os cientistas mas não sob as ordens dos cientistas" já que não abdica do poder-dever de decidir. Por outro lado - porque um dos argumentos para a limpeza da vegetação é a futura redução do areal da Praia da Claridade, em virtude da construção do sistema de By Pass, que passará as areias para as praias da margem sul, onde a erosão costeira há muito assusta a população -, Santana Lopes convocou "todos" para a luta pelo By Pass, depois do representante da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ter voltado a dar 2030 como data provável da construção deste equipamento, o que "é incompreensível e inaceitável"

O momento quente do debate aconteceu «depois de uma intervenção do antigo vereador eleito pelo Partido Socialista, e consultor ambiental, João Vaz, um dos responsáveis pelo início da colocação da vegetação no areal, que criticou duramente a postura do presidente da autarquia no debate - exibição de fotografias prejudiciais para quem defende a manutenção da vegetação, ausência de uma apresentação da questão em causa e o facto de todo o executivo estar na primeira fila, sentado de costas para os cidadãos participantes -, Santana Lopes reagiu, apelidando-o de "provocador".

A ÓBVIA registou o diálogo que se seguiu (a sessão, lembramos, é pública), em que o autarca acusa o PS de ter tentado destruir o 'oásis' e "até matar os patos", e questiona "o que seria se fosse o meu chefe de gabinete a ir trabalhar para um festival de música"

Via Revista Óbvia fica o momento quente do debate.

terça-feira, 27 de junho de 2023

O areal da Praia

Na edição de ontem do jornal Diário as Beiras, li uma carta do eng. Daniel Santos.
Passo a citar: 
«O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Figueira da Foz aprovado em 2014, que se encontra disponível no portal do município sob a égide da conhecida afirmação de Séneca “para quem navega sem rumo, todos os ventos são desfavoráveis”, propõe um “ordenamento da Praia da Claridade e de toda a baía de Buarcos, criando diversas valências e usos das mesmas e dinamizando o seu extenso areal. Aborda-se, assim, a enorme extensão de praia como um ponto forte da cidade”.
O planeamento urbanístico inconsequente para o areal da praia tem um histórico de décadas, remontando ao período de antes do 25 de abril.
Já nos anos 70 o engenheiro-chefe dos serviços municipais opinava, no seu parecer sobre o proposto Plano de Urbanização, que, sobre a construção do molhe norte, haveria que optar entre o turismo e a atividade portuária, atendendo às consequências que a respetiva construção teria no crescimento da praia, como veio a acontecer e estava previsto.
O Plano de Urbanização da cidade, que vigorou entre 1995 e 2017, definiu a praia como sendo uma zona sujeita a planeamento de pormenor. 
Ao longo do tempo, desde 1981 até 2001, foram propostos vários estudos, ante-planos e planos, nunca se tendo tornado nenhum deles plenamente efi caz, nem sequer sido completado. 
Até a Sociedade Figueira-Praia propôs um plano. Alguns chegaram a participação pública, da qual resultou que “aos costumes se disse… nada”.
Há não muito tempo, o CDS local quis discutir a praia. Da meia dúzia de cidadãos que apareceram, apesar das intervenções, não pode dizer-se que tenham resultado novas ideias.
Sobre a praia e quanto a planeamento, o que vale é a intenção manifestada no Plano Estratégico que acima se indicou. E não é um plano de território, isto é, não vincula.
Enquanto se riscavam os planos, a praia foi fazendo o seu caminho, as intervenções foram avulsas e voltou-se ao ponto inicial, ou seja, não há decisão.
Sendo certo que a Figueira não pode abdicar dos eventos anuais, também não pode deixar-se a situação no limbo. É preciso tomar uma decisão.
Donde se poderá propor que a solução para a praia não pode deixar de passar pelo planeamento eficaz, com prévia discussão pública, sobretudo hoje que existem ferramentas para que o mesmo seja dinâmico e se vá adaptando às realidades que forem surgindo.
Sem plano, isto, é, como afirmou Séneca, sem objetivo, não chegaremos à solução!»
Daniel Santos
A discusssão que o CDS promoveu sobre o tema, realizou-se em 15 de Maio de 2019 e conseguiu juntar 46 pessoas pessoas, de todas as tendências políticas.
Mattos Chaves, presidente da concelhia do CDS, sabendo da distância ideológica que nos separa, que nenhum de nós esconde ou disfarça, convidou-me para ser orador nas “TERTÚLIAS FIGUEIRENSES”
Fui convidado e aceitei. Gosto deste e de todos os debates livres, de preferência com vozes dissonantes. É a falar que a gente se entende. Aceitei porque  sou do tempo em que os debates eram proibidos na Figueira. Haja debates e, já agora, que deles saiam algumas ideias.
Lá estive, portanto,  numa sessão moderada por Pedro Vieira, com o Dr. Joaquim de Sousa e a Drª. Isabel João Brites e onde tive oportunidade de deixar expresso aquilo que penso.
O areal da praia da Figueira é um problema que remonta à definição da barra da Figueira, tal como ela é hoje, com a construção dos molhes, o que ocorreu no final da década de 50, princípio dos anos 60 do século passado.
Li um dia que "que os homens não aprendem muito com as lições da História. E esta, acaba por ser a mais importante de todas as lições que a História tem para nos ensinar"
O prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto da Figueira da Foz foi adjudicado e feito, apesar dos vários alertas feitos em devido tempo, a que a realidade infelizmente deu razão: a "Barra da Figueira da Foz  é  uma Armadilha Mortal para os Pescadores",  nos últimos anos morreram 11 pessoas. Cerca de 13 anos depois de concluída a obra, a barra  da Figueira, para os barcos de pesca que a demandam, está pior que nunca e a erosão, a sul, está descontrolada. Neste momento, pode dizer-se, sem ponta de demagogia, que o mar continua a “engolir” sistema dunar em S. Pedro, Costa de Lavos e Leirosa – e por aí adiante até à Nazaré. A meu ver, há uma ideia simples que é preciso ter em conta. Não é a Figueira que se tem de aproximar do mar. É o contrário: é o mar que se tem de aproximar da Figueira. Para isso é preciso retirar a areia a mais que existe na Figueira e distribui-la por onde é necessária: as praias a sul do estuário do Mondego. E tão necessária ela é até à Nazaré. Isto, embora sendo uma ideia simples, não está ainda entendida por muita gente que manda.
O poder autárquico figueirense, com a execução das chamadas obras de requalificação do areal de 2015, demonstrou bem o seu posicionamente nesta questão do que fazer com o areal da praia da Figuiera da Foz... 
E tão avisados que foram...  Manuel Luís Pata, o meu saudoso Amigo, em devido tempo, fartou-se de avisar. Porém, ninguém o ouviu. Temos as consequências...
A Praia da Figueira não é um problema dos que habitam na cidade. É um problema territorial de todo o concelho e mais além.
É positivo o contributo de todos os figueirenses. Estamos num momento em que é importante "discutir pública e livremente, com todos, os assuntos da Figueira".

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Ser PITONISA não está ao alcance de todos...

Quando, numa publicação datada de 8 de do corrente mês, constantei o óbvio e escrevi,  que «no final da semana em que Santana Lopes consegue a tranquilidade e a estabelidade que lhe vai permitir ter o tempo, a disponiblidade, a serenidade e a paz para pensar outros voos, com o acordo tripartido que lhe permitiu arrigementar uma maioria absoluta na autarquia figueirense, o tema político na Figueira para a principal força da oposição é "a camada vegetal que cobre o areal da praia da nossa cidade."!», caiu o carmo e a trindade sobre este pobre, aldeão e provinciano escriba.

Um infeliz e mal sucedido intelectual desenhista, pintor, escritor e tudo..., inchado e cego de ódio, que não vê outra coisa na vida de blogueiro que não seja o "gostinho" (não coloco o link, pois não promovo alarvidades e, muito menos, à borla...) escreveu a determinado ponto sobre a postagem que referi acima. Passo a citar:

«É aqui, agora (neste ponto exacto da estória) que entra a pitonisa.

- E quem caralho é a pitonisa, perguntais vós.

- A pitonisa é um blogueiro que foi mandatário e candidato na lista dos comunistas e a quem o furacão Lopes ofereceu uma sinecura de conselheiro municipal. Depois disso o pobre tomou para si o triste (ou alegre) apostolado de cantar e espalhar-por-toda-a-parte a grandeza do génio político do seu patrono e de como este é directamente proporcional à vácua mediocridade de toda a oposição, da comunicação social e do mundo em geral.

Assim, o comunicado no qual o furacão Lopes anunciava prazenteiro que estava-com-tudo para “mandar remover a camada vegetal que cobre o nosso lindíssimo areal” não foi, segundo a pitonisa, uma simples bravata armada aos cágados para animar o pagode mais reaccionário e saudoso do intigamente dos seus apoiadores, mas sim um facto político de diversão, um ruído acrescentado e genial,  uma mão-cheia-de-areia que, num gesto de magistral e maquiavélico discernimento político, tirou da cartola e lançou aos olhos da apalermada oposição e do público ignaro para que ninguém o questionasse sobre nenhum dos mais que prováveis variados graus de sordidez dos termos do acordo que lhe permitiram obter a maioria na Câmara. 

Como vedes, devido à incapacidade cognitiva de toda a gente, a pitonisa tratou de, elucidando a posteridade, traduzir para miúdos todas as subtilezas de estratégia política saídas da mente brilhante do seu príncipe encantado, que ela já vê aliás como o ajuramentado sucessor de Marcelo em Belém (imaginando-se, quem sabe também, já como chefe da sua casa civil, ou assim). Para a pitonisa, a Figueira é demasiado bisonha para a majestática sapiência do seu príncipe encantado. – Ai ai, diz ela, suspirando: sempre que ele aponta para a lua, na Figueira todos olham para os dedos papudos do meu príncipe, ai ai.»

Passados 15 dias, não é a "pitonisa", mas o OBSERVADOR a dizer que "Pedro Santana Lopes faz-se à estrada para Belém e admite candidatura à sucessão de Marcelo".

Agora é o próprio "Pedro Santana Lopes que admite estar a equacionar seriamente uma candidatura à Presidência da República nas próximas eleições agendadas para 2026. “Não se devem tomar decisões antes do tempo, mas é algo que não está excluído. Isto só se resolve com pessoas incomuns. Tenho currículo e vontade. Se houver condições para vencer essa disputa, poderei estar lá”.

Parafraseando o tal infeliz e mal sucedido intelectual desenhista, pintor, escritor e tudo..., inchado e cego de ódio, que não vê outra coisa na vida de blogueiro que não seja o "gostinho", pela oposição na Figueira vai "cheiroso este bueiro", vai...

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Porque há quem não goste de evocar o passado, recordo 2017, que foi um ano e peras para campanhas de promoção publicitária

Lembram-se de Maio de 2017, ano de limpeza da praia, de eleições autárquicas e  de uma campanha publicitária lançada pela Câmara Municipal, a nível nacional, num investimento de 90 mil euros, para mostrar a diversidade da oferta turística do concelho e combater a sazonalidade.
A campanha "A Figueira que já não é só da Foz" pretendia, por um lado, "mostrar as oportunidades turísticas que a cidade oferece" e, por outro, combater a sazonalidade que continua a marcar o fluxo turístico do concelho.
A campanha foi lançada no final do mês de Maio a nível nacional, "na televisão, rádio, campanhas de 'outdoor', 'mupis' (mobiliário urbano para informação) e autocarros", assim como nas redes sociais, e  durou até agosto.
Houve ainda publicidade nas autoestradas número 1 (A1) e 8 (A8) e no Metro de Lisboa.
A campanha, explanou  na altura Tiago Castelo Branco, chefe de gabinete da Câmara da Figueira da Foz, pretendeu mostrar que a Figueira não é apenas a praia, mas também é "do 'sunset', dos amigos e da família", que é um espaço com "cultura, turismo de natureza e de prática desportiva".
Primeiramente, o município  apresentou a campanha aos habitantes do concelho, numa versão em que foram usadas "expressões, palavras, lugares e personagens comuns apenas aos figueirenses".
Estávamos em Maio de 2021. Entretanto, chegou Junho e tivemos um pequeno intervalo para publicitar o S. João...

A publicidade para mostrar a diversidade da oferta turística do concelho e combater a sazonalidade seguiu dentro de momentos!
Na altura, escrevi no OUTRA MARGEM: chama-se a isto, "consumir rápido e depressa, deitar borda fora e publicitar novo..." 

Politiquices de Aldeia....

Um exemplo.
Em 22 de fevereiro de 2021, numa postagem OUTRA MARGEM, publiquei esta postagem.
"Quinto Molhe: deixem-se de politiquices e exijam mas é soluções políticas aos políticos e técnicas aos engenheiros", onde apresentei esta sugestão.
Eu não tinha descoberto nada: apenas deixei uma sugestão, aliás, conhecida dos técnicos, há muito...
«A Junta de São Pedro está a promover um abaixo-assinado em defesa da costa. 
A moção propõe a construção de um quebra-mar paralelo à praia do quinto molhe, na Cova, para afastar o mar das dunas e fazer crescer o areal. 
Ao final da manhã de ontem (dia 26 de fevereiro de 2021), um dia depois de ter sido tornado público, o abaixo-assinado já contava com mais de 200 assinaturas. 
Por outro lado, na próxima segunda-feira, o executivo daquela junta de freguesia da margem sul da Figueira da Foz avançará com uma petição pública na internet sobre o mesmo assunto. 
Os documentos serão enviados à tutela do Ambiente e ao executivo camarário.»

Nota de rodapé.
Há cada coincidência...
A título de curiosidade, recorde-se que 2021 foi ano de eleições autárquicas.

terça-feira, 20 de junho de 2023

A luta da arte xávega (continuação)

A arte xávega é um dos mais antigos e característicos processos de pesca artesanal, em toda a faixa litoral.

Os seus elementos identificativos são inúmeros, começando pela embarcação – fundo chato, proa em bico elevado, decoração simples. Também a rede possui características próprias, sendo constituída pelo saco (onde se acumula o peixe) e pelas cordas, cuja extensão varia conforme a dimensão da rede e dos lances. A companha, variável, era, na generalidade composta por 8 homens: o arrais, à ré; 3 remadores no banco do meio, os "revezeiros", os que "vão de caras pró mar", 2 no banco da proa e outros tantos no "banco" sobre a coberta; embora esta disposição não fosse rígida, labutavam, tantas vezes estoicamente, num remar vigoroso e cadenciado, a caminho dos lances dos lances que lhe davam o sustento.

Noutros tempos, quando a pesca era sustento de muitas famílias, a chegada do saco a terra era saudada com entusiasmo, se vinha cheio (“aboiado”), ou com tristeza, se vinha vazio (“estremado”). O peixe era posteriormente tirado para os xalavares (tipo de cesto), a fim de se proceder à sua venda. A lota era na praia. A licitação do peixe era feita com o tradicional “chui” – sinal que o peixe foi arrematado pela melhor oferta.

A rede era, assim, lançada de acordo com os sinais de terra e mar, a cerca de 300 braças da praia e ocupando uma extensão de cerca de 200 metros de largura. Cada lance, tinha a duração de hora e meia para a permanência da rede na água, e meia hora para a alagem (puxar a rede). Na borda d’água, estavam os camaradas de terra, para o alar da rede. Com um ritual próprio, lento e cadenciado, dois “cordões humanos” puxavam as cordas dos dois lados – mão esquerda agarrada à corda junto ao pescoço, braço direito estendido.

Agora tudo é diferente e menos penoso.

Os remos, que davam andamento ao barco, foram substituídos pelo motor fora de borda. No areal, as redes vão sendo recolhidas com a ajuda de tractores. Antigamente este trabalho, penoso, estava reservado a junta de bois e aos homens.

A Arte de Pesca de Arrasto para Terra, modernamente designada legalmente pelas instituições administrativas e fiscais do Estado português com o nome oficial de "Arte-Xávega", tem ainda vivos e em actividade no concelho da Figueira da Foz, três companhas activas: na Cova, na Costa de Lavos e na Leirosa.

Em condições por vezes bastante difíceis, estes antigos homens do mar, tentam amealhar alguns cobres que lhes melhorem a parca reforma que obtiveram depois de uma vida longa de trabalho e de sacrifícios noutras pescas e noutros mares.

Citando o Professor Alfredo Pinheiro Marques, um grande defensor e lutador desta causa, «a Arte de Pesca de Arrasto para Terra é um tipo de pesca muito específico, muito especializado e bastante diferente (pois, na sua aparente simplicidade, é muito mais heroico e muito mais difícil e perigoso do que julgam os que nada sabem de mar), e que por isso não pode ser comparado com qualquer outro tipo de pesca praticada em qualquer outro litoral oceânico do mundo inteiro. É mesmo muito diferente, e muito mais impressionante, em coragem e em esforço, do que os próprios modelos originais mediterrânicos da “Xávega”, islâmica, andaluza e algarvia, que lhe estiveram na origem há muitos séculos atrás, mas que entretanto já se extinguiram (ao longo do século XX), e que já não existem hoje em dia (no século XXI). A Arte de Pesca de Arrasto para Terra, característica dos litorais portugueses da Ria de Aveiro e da Beira Litoral (hoje, legalmente, dita “Arte-Xávega”), é uma arte que nos nossos dias ainda continua a ser praticada por muitas centenas de homens e mulheres, desde as praias de Espinho até à Praia da Vieira de Leiria, e actualmente com o coração na Praia de Mira (depois de, outrora, ter irradiado sobretudo a partir das praias do Furadouro, Torreira e Ílhavo), e é uma das realidades mais impressionantes, mais autênticas e mais simbólicas — e, por isso, mais importantes — daquilo que continua a ser, ainda hoje, Portugal: um país dividido entre o Passado e o Futuro, um país sempre adiado, e sempre sem conseguir descobrir o seu caminho, entre a tradição que não consegue manter e a modernidade que não consegue construir. Um país sempre mergulhado no seu subdesenvolvimento secular e na sua insustentabilidade económica. Mas que, nem por isso, pode ou deve sacrificar os mais autênticos e verdadeiros exemplos da sua identidade nacional e da sua cultura secular em nome de quaisquer cegas burocracias estatais normalizadoras, ou de quaisquer imbecis aculturações televisivas, ou de quaisquer bizantinismos “culturais” “modernizadores”, ignorantes das verdadeiras tradições e identidades locais.»

A arte xávega da Praia da Tocha foi, recentemente, distinguida pelos Prémios Europeus do Património Cultural/Prémios Europa Nostra, atribuídos pela Comissão Europeia, ao abrigo de um projeto de investigação promovido pela Câmara Municipal de Cantanhede.

Na edição de hoje do Diário as Beiras, Helena Teodósio informa, "que em parceria com os municípios vizinhos de Mira, Vagos e Figueira da Foz, onde também se pratica a arte xávega, aquela modalidade de pesca tradicional deverá ser objecto de uma candidatura a Património Mundial".

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Quando os vereadores/ambientalistas defendiam a "limpeza da praia durante todo o ano"!..

Antes que algum ambientalista serôdio descubra alguma erva aromática milagrosa que consiga reabilitar os tachos perdidos em Setembro de 2021, recordo uma notícia de 2008-04-08 (oito de Agosto de 2008).

Passo a citar.

"O PS da Figueira da Foz defende que a limpeza do areal da praia decorra durante todo o ano, e não só em cinco meses, como actualmente, exortando o executivo camarário a investir em meios próprios para essa tarefa.

Intervindo segunda-feira na reunião da autarquia, o vereador socialista João Vaz deu o exemplo de Viana do Castelo, «em que as praias são limpas todo o ano porque a Câmara tem meios próprios», argumentando não existir «comparação possível» com a Figueira da Foz.

Segundo o vereador, a opção pela aquisição de meios próprios e contratação de funcionários para a limpeza do areal, em detrimento da concessão, permitiria à autarquia poupar cerca de 480 mil euros num período de 10 anos.

«Em Esposende ou Torres Vedras fazem a limpeza anual com orçamentos muito mais baixos e no Algarve gastam-se pouco mais de 30 mil euros para limpar todo o ano», argumentou.

João Vaz lembrou que apesar das praias da Figueira da Foz constituírem um chamariz turístico, os detritos acumulam-se fora da época balnear por falta de limpeza. No passado fim-de-semana, disse, «havia centenas de pessoas na praia e estava cheia de lixo. Ainda não foi limpa», observou, frisando que «quase 90 por cento do lixo que aparece na praia é levado pelas pessoas que lá vão».

Embora considerando «ideal» a limpeza das praias nos 12 meses do ano, o presidente da autarquia, Duarte Silva, sublinhou que a autarquia tem de conjugar a utilidade da medida com as possibilidades financeiras do município."