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sábado, 23 de dezembro de 2023

Estacionamento pago na Figueira sempre foi um assunto "duvidoso", "polémico" e "irritante"

O estacionamento pago no concelho da Figueira da Foz, foi sempre um assunto que "levantou muitas dúvidas". A polémica esteve sempre presente ao longo dos anos e em todos os mandatos autárquicos, desde que esta medida foi implementada no nosso concelho. E sempre irritou muita gente.
Ao longo do tempo de existência deste espaço, os leitores deste  blogue foram sendo informados.
Imagem daqui.

Quando foi da enorme polémica que colocou um Hospital Distrital dentro de um parque de estacionamento, o então presidente de câmara afirmou que só assinou o contrato “porque pensava que não ia prejudicar os utentes”. “Só quero fazer bem às pessoas. E vão ver como vou fazer bem às pessoas”, sublnhou na altura - estávamos em 2014 - o edil.
Em 2023 a polémica em torno do estacionamento pago na Figueira da Foz continua. E vai transitar para 2024. 

Segundo o que pode ler-se na edição de hoje do Diário as Beiras, «Santana Lopes retirou ontem, irritado, da ordem de trabalhos da Assembleia Municipal a proposta de alteração ao regulamento geral das zonas de estacionamento taxado de duração limitada, após a intervenção do deputado do PSD Manuel Rascão Marques.
O social-democrata indagou em que condições o concessionário teria acesso à base de dados do sistema que permite aplicar coimas de estacionamento.
A deputada da CDU, Adelaide Gonçalves, por sua vez, anunciou que ia votar contra, em coerência com anteriores votações sobre a concessão do estacionamento à superfície pago.
“Se todos quiserem deitar o sistema abaixo, por mim, é já!”, interveio Santana Lopes, frisando que a concessão foi feita em 2006, quando o PSD era poder no município.
“Os senhores viveram onde, estes anos todos?”, indagou o presidente da câmara. “Brincar comigo, não!”. “Tudo tem limites”, acrescentou. 
E retirou o ponto da agenda.
Desde o início da concessão que a concessionária não pode ativar a cobrança coerciva das coimas de estacionamento.
A proposta do executivo camarário visava inverter este impedimento legal.»

A Figueira, tal como todas as cidades portuguesas, é uma urbe onde a utilização do transporte individual domina.
Quem vive na cidade ou em qualquer ponto do concelho, praticamente o único meio de deslocação é o transporte próprio
Só não sabe quem não faz compras nos espaços comerciais figueirenses. O comércio tradicional, incluindo os comerciantes e os utentes do Mercado Municipal, na baixa da nossa cidade vive, há décadas,  numa situação de desvantagem em relação "à mercearia", que teve um crescimento exponencial na última década no concelho da Figueira da Foz.
Ou já esqueceram, que o modelo de crescimento implementado pelos 12 anos de governação socialista do concelho, entre 2009 e 2021, assentou na criação de empregos com muito baixos níveis salariais e, em muitos casos, sem qualquer progressão ao longo da carreira? Para não falar na precariedade do emprego criado e o que foi extinto...

A verdade é esta: o estacionamento no casco velho da cidade é mesmo um problema sério. 
Portanto, o caminho terá de ser mesmo este: olhar para essa dificuldade e resolvê-la.
Creio que ninguém coloca em causa a necessidade de dotar, por exemplo, o Mercado Municipal Engenheiro Silva de estacionamento para facilitar a vida aos vendedores e aos utentes...
As circulares externas, em qualquer cidade, servem para proporcionar maior fluidez ao trânsito. Na Figueira, serviram para instalar superfícies comerciais.
Uns mais, outros menos, no fundo todos dependemos do carro para gerir o nosso quotidiano. 
Estivemos cerca de 50 anos a viver num Portugal da penúria. De repente, o 25 de Abril de 1974 abriu portas. O poder, sempre populista, escolheu que a cidade teria de ser construída tendo em conta o carro, e deixou de apostar no transporte público.
Veja-se o que aconteceu em termos nacionais e locais à ferrovia. 
O cescimento das cidades não teria de ser assim. As ruas, na melhor das hipóteses, passaram a ser 95% para o carro.
Portanto, neste contexto, é normal os presidentes de câmara gastarem milhões em recursos públicos a promover o uso do automóvel, através de mais estacionamento, sem que isso traga sequer benefícios para os peões... 

Na Figueira, o que mais existe é estacionamento concessionado, não pela Câmara Municipal, mas por um privado.
No fundo, o que aconteceu foi a  legalização e a ocupação do espaço citadino em benefício de um privado em detrimento dos interesses do colectivo dos figueirenses.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

A «estória» do hospital metido dentro de um parque de estacionamento tem 10 anos...

"...aquilo que, há 10 anos, era um "acordo que visava satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tinha fins lucrativos, pelo contrário”, tornou-se num chorudo negócio. Segundo o  Diário as Beiras: "anúncio de procedimento n.º 17099/2023, do passado dia 13 de outubro, a concessão terá um prazo contratual de 10 anos, estando também prevista no contrato a renovação por mais cinco anos. No mesmo anúncio está esclarecido que nesta concessão do serviço público o contrato terá um preço base de um milhão e 765 mil euros, não havendo fase de negociação."

Já lá vão quase 10 anos. No dia 18 de Novembro de 2013, compreendi melhor a trama em torno do caso do estacionamento pago no parque do Hospital da Figueira. Pelo que tive oportunidade de ouvir, na altura, até o então presidente da autarquia  já estava farto deste caso. E a procissão ainda ia no adro. Recordo palavras do falecido Dr. João Ataíde: "Não me agrada nada taxar ali o estacionamento". Mas taxou. E, assim, concretizou uma proeza, penso que única: COLOCAR UM HOSPITAL DENTRO DE UM PARQUE DE ESTACIONAMENTO

Recorde-se: o projecto resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento, num investimento que rondou os 50 a 70 mil euros, custeados pela Figueira Parques.“O meu acordo visa satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tem fins lucrativos, pelo contrário”, sublinhou.

Pelo caminho o intrincado processo teve vários problemas (“Relatório da Proteção Civil municipal deteta falhas no parque de estacionamento do hospital”). Contudo,  o estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, passou a ser pago a partir 4 de Novembro de 2013!.. 
O grande argumento, "foi de que os banhistas ocupavam os lugares dos utentes do hospital."
Nesta ordem de ideias, o argumento poderia também ter sido "o de que no verão os utentes do hospital ocupavam os lugares dos banhistas, indispensáveis à economia da Figueira. 
Assim, naturalmente, passaram a pagar todos: os utentes do hospital e os banhistas."
Resumindo: no verão e no inverno sempre dinheiro em caixa.
Finalmente (depois de ter estado previsto para entrar em vigor em 1 de Setembro de 2013, quiçá por motivos eleitorais, foi adiado), a Figueira tinha algo de inédito a nível mundial: meteram um Hospital dentro de um parque de estacionamento!

Como, na altura escreveu o Eng. Daniel Santos, na  crónica semanal que então publicava no jornal AS BEIRAS
“A garantia de estacionar num parque de um estabelecimento de saúde por razões que tenham a ver exclusivamente com ela é um dever do Estado, assente na receita proveniente do bolo geral dos impostos que os cidadãos já pagam. Acresce que os utentes do SNS pagam taxas moderadoras recentemente agravadas.
Pode então inferir-se que o estacionamento pago no parque do Hospital Distrital da Figueira da Foz, para além dos problemas operacionais já tornados públicos, constitui uma dupla (ou tripla?) tributação.
Não é despiciendo que subsista à solução uma intenção de cariz neoliberal que é a de dissuadir os cidadãos de acederem aos serviços de saúde a que têm constitucionalmente direito. Porque, para tal, já pagam impostos e outras taxas.”

Chegámos a 2023. A colocação de uma unidade hospitalar dentro de um parque de estacionamento, para muitos figueirenses, não deixou de ser polémica.
A exploração do estacionamento foi entregue à empresa municipal Figueira Parques em 4 de Novembro de 2013
Em Dezembro de 2018, foi vendida a posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação, "sem concurso público", na opinião do PSD, "iria condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pelo que "a opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", na opinião dos  socialdemocratas figueirenses. 
Mais: na altura disseram que "a única intenção foi arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se: a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.

Estamos em Outubro de 2023.
Recorde-se: a colocação do Hospital Distrital da Figueira da Foz dentro de um parque de estacionamento resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento.
Entretanto, a Figueira Parques tornou-se numa empresa privada.
A PARTIR DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013, OS UTENTES PASSARAM A PAGAR ESTACIONAMENTO NO HOSPITAL DA FIGUEIRA DA FOZ...
Consequentemente, o acesso à saúde, na nossa cidade, com a colaboração do executivo camarário de maioria absoluta do Partido Socialista, ficou com mais difícil acesso e mais caro.
Aquilo que era um bem para todos - o espaço público - ficou ao serviço de privados. E, pelos vistos, é para continuar.
Só que, agora, aquilo que, há 10 anos, era um "acordo que visava satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tinha fins lucrativos, pelo contrário”, tornou-se num chorudo negócio.
Segundo o  Diário as Beiras: "anúncio de procedimento n.º 17099/2023, do passado dia 13 de outubro, a concessão terá um prazo contratual de 10 anos, estando também prevista no contrato a renovação por mais cinco anos. No mesmo anúncio está esclarecido que nesta concessão do serviço público o contrato terá um preço base de um milhão e 765 mil euros, não havendo fase de negociação
Pelo facto dos valores envolvidos no contrato serem elevados, foi também publicado o anúncio no jornal oficial da União Europeia."  
Nota: imagem via Diário as Beiras.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

"O parque de estacionamento pode desenvolver o Mercado Municipal?", é a pergunta. Porém, a questão não será muito mais complexa?..

Notícia Diário as Beiras: «Concessionários do mercado municipal da cidade anseiam por parque de estacionamento coberto.»

"O comércio tradicional, incluindo, ou sobretudo, os mercados municipais das cidades, estão em desvantagem em relação aos centros comerciais e à maioria das grandes cadeias de distribuição. É uma luta desigual que o mercado livre impõe aos mais pequenos.

Além de não conseguirem obter economia de escala, para poderem praticar preços mais competitivos, os pequenos comerciantes também sentem os efeitos do estacionamento que as grandes superfícies garantem gratuitamente. O executivo camarário está a trabalhar no sentido de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva com um parque subterrâneo.

Os concessionários daquele mercado anseiam por ter estacionamento coberto próprio, para os clientes e para eles. 

Para atenuar as diferenças e estabelecer o equilíbrio possível, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, anunciou a construção de um parque subterrâneo com ligação direta ao mercado."

A Figueira, tal como todas as cidades portuguesas, é uma urbe onde a utilização do transporte individual domina.

No passado dia 8, data em que saiu esta notícia escrevi no meu blogue.

«Só não sabe quem não faz compras nesses espaços comerciais figueirenses: que o comércio tradicional, incluindo os comerciantes e os utentes do Mercado Municipal, na baixa da nossa cidade vive, há décadas,  numa situação de desvantagem em relação "à mercearia", que teve um crescimento exponencial na última década no concelho da Figueira da Foz.

Ou já esqueceram, que o modelo de crescimento implementado pelos 12 anos de governação socialista do concelho, entre 2009 e 2021, assentou na criação de empregos com muito baixos níveis salariais e, em muitos casos, sem qualquer progressão ao longo da carreira? Para não falar na precariedade do emprego criado e o que foi extinto...

A verdade é esta: o estacionamento no casco velho da cidade é mesmo um problema sério. 

Portanto, o caminho terá de ser mesmo este: olhar para essa dificuldade e resolvê-la.

Creio que ninguém coloca em causa a necessidade de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva de estacionamento para facilitar a vida aos vendedores e aos utentes...

As circulares externas, em qualquer cidade, servem para proporcionar maior fluidez ao trânsito. Na Figueira, serviram para instalar superfícies comerciais.»


Uns mais, outros menos, no fundo todos dependemos do carro para gerir o nosso quotidiano. Estivemos cerca de 50 a viver na penúria. De repente, o 25 de Abril de 1974 abriu portas. O poder, sempre populista, escolheu que a cidade teria de ser construída tendo em conta o carro, e deixou de apostar no transporte público.

Veja-se o que aconteceu em termos nacionais e locais à ferrovia.

Contudo, as cidades não teriam de ser assim. 

As ruas, na melhor das hipóteses, passaram a ser 95% para o carro.

Portanto, neste contexto, é normal os presidentes de câmara gastarem milhões em recursos públicos a promover o uso do automóvel, através de mais estacionamento, sem que isso traga sequer benefícios para os peões... 

Na Figueira, o que mais existe é estacionamento concessionado, não pela Câmara Municipal, mas por um privado.

No fundo, o que aconteceu foi a  legalização e a ocupação do espaço citadino em benefício de um privado em detrimento dos interesses do colectivo dos figueirenses.

Ainda hoje, seriam 9 e 40, na marginal, frente ao Grande Hotel, vi um funcionário da empresa exploradora do estacionamento pago, sem mão a medir para passar multas aos carros estacionados ao longo da Avenida 25 de Abril.


Por hábito, comodismo e, também, por escassez de oferta do transporte público, quem vem da periferia à cidade, desloca-se sobretudo de automóvel. Quem mora na cidade, desloca-se na cidade, igualmente, sobretudo de automóvel.

As políticas e as mentalidades têm que mudar. Alguém alguma vez pensou que na Figueira seria colocado um Hospital dentro de um parque de estacionamento?

Pois, como sabem, isso aconteceu! Portanto, não me admira que para os figueirenses passarem a ir com mais frequência fazer compras ao Mercado, isso passe por colocar (praticamente lá dentro...) um parque de estacionamento!


E chegamos à chamada "pescadinha-de-rabo-na-boca": por as pessoas "terem" de usar o carro na cidade, deve ser a câmara a dar-lhes estacionamento?

Por outro lado, as Câmaras ao proporcionarem estacionamento, não estarão a convidar mais pessoas a ficarem dependentes do carro? 

Até prova em contrário, mais estacionamento leva a mais uso do carro.

Não será uma incoerência ambiental ser a sociedade a disponibilizar  recursos para facilitar e promover o uso do automóvel com a construção de mais parques? 

Esses, recursos, por exemplo, não seriam melhor utilizados para promover a habitação a preços controlados em vez de serem gastos na "promoção" do automóvel?

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Estacionamento pago no HDFF: quase 9 anos depois como está o ordenamento do trânsito no parque de estacionamento que tem um Hospital dentro?

No decorrer da reunião camarária realizada no dia 18 de Novembro de 2013, compreendi melhor a trama em torno do caso do estacionamento pago no parque do Hospital da Figueira.
Pelo que tive oportunidade de ouvir, na altura, até o então presidente da autarquia  já estava farto deste caso. E a procissão ainda ia no adro. Recordo palavras do falecido Dr. João Ataíde: "Não me agrada nada taxar ali o estacionamento". Mas taxou.
Recorde-se: o projecto resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento, num investimento que rondou os 50 a 70 mil euros, custeados pela Figueira Parques.
“O meu acordo visa satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tem fins lucrativos, pelo contrário”, sublinhou.
O intrincado processo teve vários problemas (“Relatório da Proteção Civil municipal deteta falhas no parque de estacionamento do hospital”). Contudo,  o estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, passou a ser pago a 4 de Novembro de 2013!.. O grande argumento, "foi de que os banhistas ocupavam os lugares dos utentes do hospital."
Nesta ordem de ideias, o argumento também poderia também ter sido "o de que no verão os utentes do hospital ocupavam os lugares dos banhistas, indispensáveis à economia da Figueira. Assim, naturalmente, passaram a pagar todos: os utentes do hospital e os banhistas."
Portanto: no verão e no inverno sempre dinheiro em caixa.
Finalmente (depois de ter estado previsto para entrar em vigor em 1 de Setembro de 2013, quiçá por motivos eleitorais, foi adiado), a Figueira tinha algo de inédito a nível mundial: meteram um Hospital dentro de um parque de estacionamento!
Como, na altura escreveu o Eng. Daniel Santos, na  crónica semanal que então publicava no jornal AS BEIRAS
“A garantia de estacionar num parque de um estabelecimento de saúde por razões que tenham a ver exclusivamente com ela é um dever do Estado, assente na receita proveniente do bolo geral dos impostos que os cidadãos já pagam. Acresce que os utentes do SNS pagam taxas moderadoras recentemente agravadas.
Pode então inferir-se que o estacionamento pago no parque do Hospital Distrital da Figueira da Foz, para além dos problemas operacionais já tornados públicos, constitui uma dupla (ou tripla?) tributação.
Não é despiciendo que subsista à solução uma intenção de cariz neoliberal que é a de dissuadir os cidadãos de acederem aos serviços de saúde a que têm constitucionalmente direito. Porque, para tal, já pagam impostos e outras taxas.”
Fomos andando e a colocação de uma unidade hospitalar dentro de um parque de estacionamento, nunca deixou de ser polémica.
A exploração do estacionamento foi entregue à empresa municipal Figueira Parques
Em Dezembro de 2018, foi vendida a posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação, "sem concurso público", na opinião do PSD, "iria condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pelo que "a opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", na opinião dos  socialdemocratas figueirenses. 
Mais: na altura disseram que "a única intenção foi arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se: a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.
E estamos chegados a Agosto de 2022.
Recorde-se: o projecto resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento.

Vejamos a realidade em fotos de ontem, cerca das 13 horas. Carros estacionados por todo o lado e sinalização  a precisar de tinta:

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Área dedicada à covid-19 foi desativada no HDFF

O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) desativou o serviço dedicado a doentes com infeção respiratória aguda de adultos, que estava instalado no parque de estacionamento para responder à pandemia. 
A decisão, adianta nota da administração, foi tomada “na sequência das orientações da Direção Geral da Saúde e por se verificar uma menor afluência de casos infetados com covid-19”
No seguimento daquela medida, também no âmbito do “planeamento que [o HDFF] tem efetuado nas últimas semanas, a admissão e triagem de utentes com suspeita de infeção respiratória aguda passou a ser realizada na área da Urgência Geral”. Assim, “após triagem, os doentes são encaminhados, de acordo com os critérios clínicos, para salas diferentes no interior do Serviço de Urgência”.

sábado, 29 de maio de 2021

Autárquicas de 2021: vamos ao que interessa?

A Figueira da Foz, cidade e concelho, tem vindo a perder  posição e importância na região ao longo das últimas décadas, com especial relevância nos últimos anos. Hoje, cidades como Aveiro, Pombal, Leiria e até Cantanhede crescem e ocupam espaço na cabeça das pessoas. Só o tempo dirá, com rigor, o impacto que pode ter na decisão de investimento que crie emprego sustentável e bem pago que traga pessoas para o nosso concelho.
Lá para princípios de Outubro teremos eleições autárquicas. Os dados estão quase todos lançados. O PS já avançou, no PSD também parece estar já muita coisa decidida, o CDS já definiu o candidato e está a trabalhar. O Chega não me parece que nestas eleições conte para alguma coisa. Falta definir o que a CDU e o BE têm para apresentar. Não me esqueci de Santana Lopes. Sobre essa putativa candidatura continuo na minha: só vendo...
 
Estas eleições serão interessantes. Não sou futurologista, nem tão pouco analista, muito menos absolutamente independente e tenho as  minhas dúvidas sobre muita coisa.
Estas serão eleições atípicas. Muito por culpa do Santana: se concorrer, o que continuo a duvidar, vai mexer no mapa dos mandatos e, certamente, na divisão de votos.
Estou curioso também para ver o que é que a CDU e o BE têm para apresentar. Portanto, neste momento ainda é muito cedo para avançar com cenários.

Como sempre, vou estar na primeira fila, não sentado, mas atento e refletivo sobre o que vai desfilar em caravanas. 
O PS, o PSD e o CDS  já iniciaram  a pré-campanha. 
Para já, a estratégia tem passado pelo lançamento dos candidatos, dando-lhes visibilidade. PS e PSD já inundaram as rotundas de cartazes com Carlos Monteiro e Pedro Machado.
Ideias, para já, tirando Miguel Matos Chaves do CDS, avançaram poucas e soltas.
 
Já deu para ver, que há falta de melhor, há quem prefira chamar pára-quedistas aos outros candidatos, do que discutir ideias e programas. Penso, porém, que isso já não interessa a ninguém. Por isso, como figueirense interessado naquilo que é importante para o desenvolvimento do concelho, sugiro aos diversos candidatos que a campanha autárquica ganhe elevação e se discutam questões como:
- Que cidade queremos para os residentes;
- Que investimento queremos para o concelho;
- Qualidade urbanística, como evitar mais erros e melhorar aqueles que foram feitos nas últimas décadas;
- Estacionamento como factor de relançamento do comércio tradicional e da baixa comercial;
- Figueira da Foz, cidade da moda ou capital do quê?
- Qual o papel da praia na estratégia municipal;
- Como resguardar os edifícios tradicionais da Figueira da Foz e do concelho da ameaça imobiliária;
- Como fazer crescer a Figueira da Foz, perspectivas de avanço sobre áreas agrícolas, de reserva ou Parque Natural ou a destruição continuada do património distintivo e tradicional da Cidade;
- A segurança dos cidadãos;
- A Ilha da Morraceira, para quando uma intervenção protectora e de fundo;
- Devolução da margem norte do Mondego à população e recuperação da margem esquerda;
- Ciclovias;
- Reflexão sobre o Cabedelo, no sentido de conseguir entender como não se deve actuar para não destruir locais especiais e recursos públicos...

Estes são apenas alguns assuntos que podem estar em cima da mesa nas eleições autárquicas de 2021.
Os principais partidos (PS e PSD) deveriam apresentar um documento de intenções, contratualizando com os eleitores duas coisas:
Primeira. Se forem poder, quais as linhas genéricas de actuação e os principais projectos que pretendem desenvolver.
Segunda
. Se forem oposição, qual a sua postura sobre esses mesmos projectos. 
A minha experiência pessoal  diz-me que as oposições não são construtivas, votam contra propostas que no fundo não discordam, apenas para ganhar espaço de crítica. Por esse motivo, acredito que os partidos na oposição devem desempenhar as suas atribuições de fiscalização, mas também de acção, apoiando quando devem apoiar.

As eleições autárquicas estão à porta. Cada um ocupa o seu espaço na discussão política. A mim o que me interessa fundamentalmente são as ideias.
Estou à espera das propostas, dos temas, das questões e, sobretudo, as soluções dos diversos candidatos. 
Sejamos optimistas e vamos acreditar que a seu tempo isso será uma realidade.
Dentro desse espírito, avanço já com algumas questões e reflexões que gostaria de lançar, não apenas enquanto espectador, cidadão, contribuinte, mas essencialmente como figueirense:
- Qual a linha de rumo do município?
- Quais as actividades económicas estratégicas?
- Qual o papel das freguesias fora da sede do concelho na área do turismo.
- Recursos humanos municipais: qual a situação actual, quais as necessidades? É necessário 
aumentar ou reduzir, formar ou requalificar?
- Piscina Municipal: quanto custa construir, quanto custa manter, de onde virão esses recursos, qual a capacidade planeada e qual a taxa de ocupação esperada.
- Política de estacionamento na baixa da cidade.
- Ordenamento da ocupação indevida de passeios: contribuições para a sustentação de um turismo de qualidade e da imagem da cidade!
- Património histórico: catalogação, descrição, identificação, iluminação, animação e dinamização!
- Que papel cabe ao município na dinamização do emprego.
- O Hospital Distrital da Figueira da Foz. Os Centros de Saúde. Necessidades  e meios para o bem estar e saúde da população concelhia, retirando a propaganda política.
- Mobilidade: acessibilidade dos incapacitados físicos e dos carrinhos de bebé. 
- Requalificação, arborização e embelezamento dos espaços públicos.
- Instrumentos de planeamento territorial: PDM.
- Estuário do Mondego.
- Percursos pedestres. Uma mais-valia para os figueirenses e para o turismo.
- A ocupação das zonas ribeirinhas e frentes de mar.
- Dinamização e programação musical do CAE.
- Segurança pública. Protecção Civil: incêndios certos e derrames marítimos possíveis.
- Competências delegadas nas Juntas de Freguesias e com que financiamento.
- Figueira da Foz,  aposta no crescimento ou no desenvolvimento?
- Grandes urbanizações ou espaços urbanizados equilibrados, bem planeados e melhor executados.
- Estacionamentos junto às praias. 

Ninguém tem resposta para tudo, mas são assuntos que interessam a quem se preocupa verdadeiramente com a Figueira e com os seus residentes. Os que votam! Ficou o meu contributo.
Termino com um apelo aos candidatos: tenham consciência que existe vida para além dos partidos, dos fóruns, das associações, dos mercados e dos cafés. Existe uma população com necessidades e com expectativas. Existe sobretudo uma crescente necessidade de valorização do conteúdo. A embalagem é o que menos deveria contar.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O que têm em comum os projectos de Buarcos, "casco velho" e Cabedelo?

Todos estes projectos, nunca o foram!

O que foi apresentado inicialmente não contou para nada. A prova disso é que todas as obras estão a ser feitas tipo "NAVEGAÇÃO À VISTA".
Buarcos:  pararam as obras da marginal. Pior ainda: está tudo com um ar ainda mais desarranjado. O que se vai sair dali, qual o projecto final?
Ninguém sabe.
"Casco velho":  o que vai sair dali, qual o projecto final?
Ninguém sabe, passado toda esta eternidade que dura a obra!..
Cabedelo: o que vai sair dali, qual o projecto final?
Ninguém sabe, a não a ser a grande sumidade que é o presidente da junta de freguesia de S. Pedro!...


O que está a acontecer, é um bom exemplo do modelo de gestão na autarquia da nossa cidade, fazem-se promessas que não se cumprem, lançam-se projectos que não se concluem, fixam-se prazos que se ignoram. 
Como é que um concelho que quer trilhar o caminho do progresso pode ser  governado desta forma?
Deram as ruas, avenidas e praças da Figueira e o parque  do Hospital, para uma empresa privada explorar o estacionamento, os figueirenses pagam uma fortuna...
O espectáculo miserável de uma marginal, de um "casco velho" e do Cabedelo, é um monumento dedicado à incompetência camarária.
Os cidadãos do concelho da Figueira da Foz, apesar da autarquia ter um máquina de agitação e propaganda,  nem sequer são informados sobre as causas da situações, sobre o andamento dos projectos, sobre o futuro.
Isso, seria o mínimo a que teríamos direito...

sábado, 27 de julho de 2019

Figueirenses, não esqueçam que temos a cidade e o concelho profundo...

Há vários anos  que a Figueira não consegue atrair empreendedores dignos desse nome.
Nos últimos anos os investimentos concentram-se em actividades com um baixo nível de valor acrescentado. Tipo mercearia.
Seria interessante que a equipa que gere a autarquia, nomeadamente o seu presidente, tivesse a humildade de não cercear o debate político e explicasse aos cidadãos da Figueira e do concelho, como encara o futuro do conjunto cujo desenvolvimento lhe cabe promover. 
Que ideias tem, com que recursos conta. No fundo, o que pretende fazer?
Por mim, que conheço esta gente de ginjeira, não tenho ilusões, sei o que vai acontecer: vai-se continuar a navegar à vista e tentar anular de todas as maneiras quem ouse colocar pedrinhas na engrenagem.
Já ofereceram as ruas, as avenidas e o parque de estacionamento do hospital para uma empresa privada explorar o estacionamento. A água, entregue a um privado, custa uma barbaridade. O IMI está ao nível que todos conhecem: alto.
Em cena, temos o espectáculo miserável de uma marginal que já foi uma das mais belas do país e hoje é um monumento dedicado à incompetência. Estamos a falar, obviamente, da marginal de Buarcos.
É assim que o concelho da Figueira está sendo gerido. E os figueirenses, não só desconhecem o que se passa, como se deixam embarcar nas promessas que lhes fazem.
Mas, ainda há quem lá das profundezas ouse levantar a voz, proteste, incomode e mostre que está vivo: 
" Não sabe muita gente, mas eu direi, que depois de pagos os três salários e respectivos encargos legais aos funcionários da Junta de Freguesia e de pagos os consumíveis de vida normal discreta e pobre, resta quase nada para realizar as obras e promover as operações que trariam as utilidades e os benefícios esperados justamente pelos nossos eleitores. E a questão resume-se a uma só e sempre a mesma: a nossa Junta de Freguesia está dependente para realizar a maioria das tais obras e promover a maioria das tais operações, da Câmara Municipal da Figueira da Foz, dos recursos vastos que ela possui, passada a crise do passivo que veio do tempo do autarca Santana Lopes e de algum dinheiro para as despesas. Pois é, mas nós não temos a sorte ou o benefício de as nossas necessidades, acima elencadas, caberem nas prioridades da nossa Câmara. Vejam os exemplos da ciclovia e dos passadiços na praia da Figueira e de Buarcos, e de outras obras menos necessárias face às restantes necessidades realizadas pela autarquia principal: que parte do dinheiro gasto nessas obras e noutras seria suficiente para completar a rede de saneamento básico das nossas ruas centenárias? MUITO POUCA! 
Também não podemos exigir ao nosso amigo senhor Presidente da Junta de Freguesia que se transforme num pedinte junto do nosso igualmente amigo senhor Presidente da Câmara Municipal. Nem este senhor o quereria receber como pedinte! A questão é mais séria e chama-se POLÍTICA, eleições, votos suficientes para ganhar outra vez, grupos dominantes face aos grupos dominados e esquecidos que vivem lá para os matos, longe do turismo e dos restaurantes e hotéis. 
HAJA HUMANIDADE! 
Os homens são todos iguais mas há quem pense (e pratique) que há uns que são mais iguais do que os outros, é o que é!"

Júlio César Ferrolho, 26-07-2019, Cova do Moinho.

sábado, 29 de dezembro de 2018

A vida é isto: um show de humor... (II) (Recordação de algumas anedotas políticas vividas na Figueira...)

Um dos factos que anima o meu dia a dia, é a ingenuidade dessa mole imensa de gentios, como eu, chamada povo figueirense.
No "nosso" julgamento, todos os executivos são maus e expectamos
esperançados, tal como acontece com os anos, que o próximo seja melhor.
Nunca é!..
Mas a ilusão, estupidamente persiste, concedendo hipótese ao actual jogo da perfídia, da adulação e do engano, que se joga permanentemente nos bastidores da baixa política figueirense.
Os desejos, em política, como aliás em tudo,  são horizontes de definição estranha. Tão estranha, que cada um tem os seus desejos.
Com 2018 praticamente a acabar, como não há nada como a boa disposição para ajudar a acabar um ano e a começar outro, decidi, a título absolutamente excepcional,  contar anedotas neste espaço. 

Servi-me do jornal DIÁRIO AS BEIRAS, do sítio da CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ e, claro da Bíblia da política figueirense nos últimos 13 anos - OUTRA MARGEM

1. "A autarquia vendeu em hasta pública, na quinta-feira, um terreno na Várzea de Tavarede por 459 mil euros, mais nove mil euros do que a base de licitação, ao único concorrente. O lote, situado junto ao Pingo Doce, deverá ser utilizado por um posto de abastecimento de combustíveis."

2.   "O concelho da Figueira da Foz está a «crescer a um ritmo mais acelerado do que a média registada pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC)», segundo nota de imprensa enviada pelo gabinete da presidência da câmara. Aquela fonte frisa que o crescimento comprova a «eficácia de uma estratégia de promoção turística que assenta na valorização da qualidade de vida local e na aposta numa oferta cultural, desportiva e de entretenimento diversificada e programada ao longo de todo o ano».

3.  "As alterações climáticas são um dos principais desafios que o município da Figueira da Foz terá de enfrentar durante o século XXI, nomeadamente por causa do aumento da temperatura média, a precipitação excessiva em períodos curtos e a subida do nível médio do mar. No processo de adaptação a estas alterações destaca-se a importância do envolvimento e participação do município, juntas de freguesia, comunidade e instituições locais para minimizar os efeitos que as alterações climáticas terão na vida de todos nós.
De forma a enfrentar as alterações climáticas o município da Figueira da Foz propôs-se a realizar um longo e participado processo de identificação, implementação e monitorização das opções de adaptação às alterações climáticas mais relevantes para o Concelho, que se concretizam nesta Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC)."

4. "Algumas alterações de base ao regulamento municipal do Desporto foram aprovadas na última Assembleia Municipal. Segundo adianta o Gabinete da Presidência, «essas alterações, decorrentes de um processo de proximidade e consulta aos clubes do concelho, influenciam de forma imediata a vida financeira dos clubes, a inclusão de atletas portadores de deficiência, a igualdade de género na prática desportiva e, por último, as habilitações académicas dos treinadores desportivos».
Em termos gerais, o regulamento de apoio ao Desporto, no ano de 2019, apresenta um orçamento de 200 mil €, dos quais 150 mil € a distribuir em função da pontuação dos clubes, tal como já vinha acontecendo anteriormente, com um acréscimo de 50 mil €, aplicável às três novas formas de apoio, anteriormente citadas.
A par do apoio à actividade regular dos clubes e associações desportivas patente na redacção actualizada do regulamento municipal do Desporto, «o município continuará a prosseguir a sua estratégia política de apoio, aplicável a todos os eventos desportivos que se evidenciem desportiva, económica e turisticamente relevantes para o concelho da Figueira da Foz»."

5
. Figueira da Foz, 13 de setembro de 2015.
 "O vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz anunciou, que vai ser apresentada uma proposta à autarquia para que o nome de Manoel de Oliveira passe a figurar, «de forma digna», na toponímia da cidade. António Tavares falava na cerimónia de atribuição da medalha da cidade, a título póstumo, pelo município, ao realizador português, que morreu este ano, aos 106 anos."

6. "A partir de 4 de novembro de 2013, com um investimento feito pela Empresa Municipal Figueira Parques, cujo accionista maioritário é a Câmara Municipal da Figueira da Foz, o Hospital Distrital da Figueira da Foz foi metido dentro de um parque de estacionamento (sublinhe-se: o Hospital Distrital da Figueira da Foz foi metido dentro de um parque de estacionamento , não foi criado um parque de estacionamento para servir os utentes do Hospital...).
Resultado: A PARTIR DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013, OS UTENTES PASSARAM A PAGAR ESTACIONAMENTO NO HOSPITAL DA FIGUEIRA DA FOZ...
Consequentemente, o acesso à saúde, na nossa cidade, com a colaboração do executivo camarário de maioria absoluta do Partido Socialista, ficou de mais difícil acesso e mais caro.
Em dezembro de 2018 a Figueira Parques foi privatizada."

7. "Câmara Municipal tem inscrito em Plano e Orçamento para 2019 para «Requalificação das Lagoas e Serra Boa Viagem apenas 100 €.»"

8. "A Câmara Municipal da Figueira da Foz, liderada há 9 anos pelo Dr. João Ataíde, e com Dr. Carlos Monteiro responsável pelo pelouro do Desporto, desde 2013, já gastou em ajustes diretos 193.530,00 €. No âmbito do Projeto Sport Beach City, sem contabilizar os equipamentos que foram adquiridos e toda a logística relacionada com os eventos.
A empresa de Coimbra, DoctorSport, Lda foi contratada pela Câmara Municipal, sem concurso público, sendo o objetivo dessa contratação a, “ Concessão, Organização, desenvolvimento e realização de eventos desportivos de praia, no âmbito do projeto “ Figueira Beach Summer Games.”; os contratos já totalizaram os 141 mil euros.
Além disso, Câmara tem vindo a efetuar, contratação de prestações de serviços em regime de avença com 4 técnicos, para o “Secretariado técnico das diversas áreas de desenvolvimento e implementação do projeto Figueira Beach Sports City” ( 2 técnicos com contratação anual, 2 técnicos em tempo sazonal); desde 2016 o valor gasto em avenças, foi de 52,5 mil euros.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, está recrutar recursos humanos para fazer o trabalho que contratualizou com a empresa DoctorSport, Lda."

9. Imagem sacada do DIÁRIO AS Beiras. Edição de 21.11.2017.

 
10. 12 de dezembro de 2018
"A infraestruturação do Cabedelo começa dentro de dias.
Os estaleiros começam a ser instalados em breve, dando-se assim início à empreitada que vai mudar a paisagem naquela zona de mar e rio da margem sul da cidade da Figueira da Foz.
A intervenção custa 2,6 milhões de euros, cofinanciados em 85 por cento por fundos europeus ao abrigo do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), no âmbito de uma candidatura apresentada pela autarquia. Esta é a primeira fase do “novo” Cabedelo.
A empreitada destina-se a criar infraestruturas para os privados poderem ali desenvolver atividades económicas ligadas ao turismo e ao surf dentro do que é permitido pelo plano de ordenamento da orla costeira.
Entretanto, serão construídos uma nova via rodoviária, uma praça e espaços de estacionamento. A área ocupada pela actual estrada será destinada a zona dunar.
O parque de campismo deverá sobreviver a esta empreitada..."

11. 17 de janeiro de 2017: "João Ataíde, presidente , e a «sua» vereadora Ana Carvalho afiançaram, na  reunião de câmara, que não faltam investidores interessados na concessão da piscina-praia".


quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

PSD contra esta privatização da Figueira Parques

Miguel Babo, Ricardo Silva e Carlos Tenreiro, os vereadores
PSD que votaram contra esta privatização da Figueira Parques.
Foto sacada daqui.
Via comunicado, que pode ser lido na íntegra clicando aqui, a Concelhia do PSD critica  a venda da posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação "sem concurso público vai condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pode ler-se no documento. "A opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", acrescentam os socialdemocratas. Por outro lado, questionam se o valor da empresa não será mais elevado com o Sistema de Contraordenações de Trânsito a funcionar, implicando o aumento, em seis vezes, do valor das coimas de estacionamento e os custos associados aos bloqueadores e ao reboque.  Acusam que "a única intenção é arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se que na última  reunião de câmara a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.
Para o PSD/Figueira, "ao longo dos últimos 9 anos, O Sr. Presidente Dr. João Ataíde, duplicou as áreas de estacionamento concessionado pago!! Parque Av. de Espanha, Av. 25 Abril, Zonas Ribeirinhas, Parque Estacionamento do Parque Campismo, Parque Estacionamento do Hospital da Figueira da Foz. É no mínimo estranho que o Dr. João Ataíde, nunca tenha posto em causa a concessão da Figueira Parques .
Agora vem criticar o contrato celebrado há 14 anos pelo Eng. Duarte Silva. O Dr. João Ataíde e o Partido Socialista já governam a Figueira da Foz há 9 anos!!"
O documento que temos vindo a citar termina assim: "O Sr. Presidente já não estará sequer na Figueira da Foz para lhe serem assacadas responsabilidades, mas os Figueirenses cá continuarão para «pagar» mais este ERRO!"

domingo, 20 de maio de 2018

We'll always have Cabedelo!..

foto António Agostinho
Hoje, domingo, cerca das 10 e meia chego ao Cabedelo...
Aquilo a que chamam um parque de estacionamento, frente ao mar, que não passa de um monte de terra, que nem batida está, encontra-se repleto de carros anarquicamente estacionados.
Ao contrário do habitual, hoje levei o automóvel.

Tive de dar meia volta e ir estacionar mais para norte.
Chego a pensar que se tivesse ficado pela praia da Cova, ou pela praia do Hospital, tinha lá bons parques de estacionamento, bem alcatroados e bem delimitados com tinta branca.
Durou, porém, pouco o meu desagrado...
É verdade que teria o estacionamento mais facilitado se tivesse ficado pela Cova ou pelo Hospital...
E muito bem... 

Tem de existir alguma compensação, para quem fica pela Cova ou pelo Hospital...

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Para que serve o regulamento da Figueira Parques?..

1. O regulamento em vigor data de 2013.
2. Existem 3 zonas definidas como zonas de estacionamento.
A saber: 
ZONA URBANA.
ZONA RIBEIRINHA.
ZONA ESPECIAL.

3. Com se pode ver pela imagem acima, "a zona especial é controlada por máquinas colectivas com limite máximo de 10 horas".
Sabendo que existem essas máquinas nas outras zonas.
Pergunta-se: para que está considerada a zona do Parque de Campismo, se não existem lá máquinas?

Nota de rodapé.
Lido com atenção o regulamento em vigor, fica outra pergunta: onde está contemplada a ZONA DO ESTACIONAMENTO PAGO DO HOSPITAL DA FIGUEIRA DA FOZ, que começou a ser pago em 4 de Novembro de 2013?

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Na Figueira resta-nos morrer para, pelo menos, garantir o emprego ao coveiro...

DOMINGO, 06 AGOSTO 2017, via Diário de Coimbra.
 "Câmara Municipal de Oliveira do Hospital viu ser aprovado o financiamento do projecto de ampliação da zona industrial, num investimento de cerca de dois milhões de euros. Financiado pelo quadro comunitário 2020, o projecto prevê a ampliação da ZI de Oliveira do Hospital pelo “lado direito”, onde serão criados 50 novos lotes, uma zona de serviços «tipo retail park» e ainda uma área de estacionamento para pesados. Para o presidente da câmara, que assinou o contrato de financiamento, este é um projecto «fundamental» que vai permitir a Oliveira do Hospital apostar ainda mais no desenvolvimento económico e empresarial. «É um projecto que ainda vai demorar algum tem­po, mas vamos fazer uma zona industrial com algumas características diferentes», faz notar José Carlos Alexandrino, que destaca o facto da nova ZI contemplar a criação de um parque fechado para TIR, de modo a retirar estas viaturas de algumas zonas residenciais da cidade."
Conforme se pode ler na imagem acima, sacada do jornal AS BEIRAS, edição de hoje, Vila Nova de Poiares, foi o Município que mais recebeu para ampliação e conclusão da segunda zona industrial. 
E a Figueira, perguntarão os leitores? 
ZERO!..

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A Figueira tem um presidente "inteligente"

Em declarações aos jornalistas à margem da reunião do executivo ontem realizada, João Ataíde recusou que a autarquia esteja, ela própria, a violar o regulamento municipal por si aprovado.
"Não é a Câmara que não cumpre o regulamento municipal, quem não cumpre é a Naval. O regulamento não é peremptório. Define que o pagamento é devido e, em caso de incumprimento, caberá a nós, executar [a dívida]. Posso executar, como posso deixar que eles não joguem lá. Obviamente, deixo-os jogar, porque o interesse relevante é a prática desportiva", argumentou João Ataíde. 
O n.º 2 do artigo 18.º do regulamento, relativo ao pagamento de taxas das utilizações regulares do complexo desportivo, refere que estes devem ser efetuados "até ao dia 10 do mês a que diz respeito, não sendo permitida a utilização das instalações após esta data".
"Se o objetivo for acabar com a Naval, então pego nas rendas - não cumpre as rendas, sai. Mas eu não quero acabar com a Naval, a Naval está em particular dificuldades", referiu João Ataíde. 
O presidente da Câmara não esclareceu se a autarquia vai manter a situação de incumprimento da Naval 1.º de Maio, clube que está sujeito a um Plano Especial de Revitalização (PER): "Depende, mantenho a dívida se porventura mantiverem um serviço de relevante interesse público. Não é nosso propósito resolver [o contrato], porque há centenas de miúdos que estão a jogar futebol. A relação é de incumprimento contratual, poderão ser executados apenas para o pagamento coercivo dos custos em falta", frisou. 
Questionado sobre se a situação é justa para outros clubes do concelho que cumprem os pagamentos da utilização do complexo desportivo, também no futebol de formação, João Ataíde argumentou que é "justo em termos de serviço público". 
"É justo em termos de preservar e respeitar todos os miúdos que ali jogam futebol. Se isto levar a uma situação de incumprimento que se torne absolutamente insolúvel, depois a Câmara terá de aferir as medidas que tem a tomar", alegou. 
Já a questão da deterioração do estádio municipal José Bento Pessoa - campo relvado que foi arrendado à Sociedade Anónima Desportiva (SAD) da Naval 1.º de Maio, para ser utilizado pela equipa de futebol sénior, que compete no Campeonato de Portugal de futebol - foi esta segunda-feira levantada pela oposição no executivo. 
A autarquia cedeu a utilização do estádio à SAD da Naval a troco do pagamento de 100 euros mensais, ficando o clube responsável pela manutenção do espaço, mas o acordo não foi cumprido e o relvado tem estado impraticável para a prática de futebol. 
Em resposta às questões levantadas por Miguel Almeida, vereador do movimento Somos Figueira, João Ataíde lembrou que foi feito um acordo para a manutenção das estruturas, "mas a evolução não é nada boa"
Aos jornalistas, o autarca disse que a questão "não é cobrar a dívida" e que não pretende "precipitar uma decisão", porque isso "poderá ser absolutamente inconveniente à Naval"
"Não queria causar-lhes dificuldades, gostaria que tivessem êxito. O que me interessava é que a Naval pudesse estar numa posição relevante no campeonato e que mantivesse as estruturas minimamente aceitáveis. Se nenhum destes objetivos está a ser atingido, teremos eventualmente de tomar uma decisão", frisou, não se comprometendo, no entanto, com eventuais prazos.

Nota de rodapé.
Como todos sabemos, nas touradas "o inteligente", é aquele que detém o poder, controla os tempos e manda substituir os artistas...
João Ataíde, revelou-se "o inteligente" deste segundo executivo de maioria absoluta PS: está sempre atento ao desenrolar da "corrida"...
E, em última análise, a última palavra é sempre a sua. 
Mesmo quando quando mandou outros falar por ele...
Reconheço a inteligência superior do actual presidente da câmara da Figueira da Foz.
Só um "inteligente" teria conseguido colocar alguém a
defender como "serviço público", a colocação de um hospital dentro de um parque de estacionamento...

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Há que alienar a Figueira Parques, antes que seja tarde, mas com regras claras, não vão os figueirenses pensar que é uma negociata, que é todo o bom negócio para o qual não fomos convidados ...

foto sacada daqui
"População da Figueira da Foz recuará a número de 1950"!..
Esta é uma realidade conhecida.
Já em Março do ano passado, no decorrer da conferência “O futuro da Figueira da Foz – os negócios e o território”, o vereador António Tavares revelou que o concelho deverá perder 14 por cento da sua população até ao ano de 2030.
Em termos práticos, são 8.529 habitantes a menos do que actualmente tem o concelho figueirense.

Pelos vistos, o número de nascimentos, a diminuir, e o de óbitos, a aumentar, preocupa seriamente os responsáveis autárquicos figueirenses.
Eu, se fosse presidente ou vereador numa cidade que tivesse o melhor negócio do mundo a ser explorado pela própria câmara – o estacionamento pago na baixa e no parque do hospital – também estaria preocupado e a pensar tomar medidas...
Com a diminuição de população prevista para os próximos anos, qualquer dia já se consegue facilmente estacionar na baixa, sem se recorrer aos locais pagos, e o parque de estacionamento que serve a praia do hospital vai dar, mesmo no verão, para todos...
Portanto: estudem lá o assunto. Encontrem a solução. Mas, não esqueçam, que o que está em causa é o interesse público.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Confirma-se o pior: Posto de Saúde da Cova e Gala encerra no fim do mês...Presidente da junta de freguesia de S. Pedro pondera demitir-se...

Ontem, em exclusivo, este blogue informou, em especial os covagalenses, do encerramento iminente do seu Posto Médico, que vinha do tempo da outra senhora.
Como era facilmente previsível, gerou-se uma onda de revolta na freguesia de S. Pedro.
Entretanto, a situação clarificou-se e evoluiu:
1. Conforme está exposto em comunicado, desde hoje para ler melhor clicar na imagem- , no ainda Posto Médico da Cova e Gala, confirma-se o pior: os doentes dos dois médicos que prestam serviço - o dr. Albino Coelho e o dr. Bento Cunha - a partir do dia 2 de Maio próximo mantém o mesmo médico de família, mas têm de se deslocar a Lavos.
2. Neste momento, o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir...
3. Neste momento, existe a possibilidade de se realizar uma Assembleia de Freguesia extraordinária amanhã para os autarcas locais e os covagalenses manifestarem o que têm a dizer sobre este assunto, verdadeiramente dramático para uma população envelhecida e carenciada de serviços médicos como são os habitantes covagalenses.

PS. - Se a reunião se realizar, espera-se que esteja presente alguém da Câmara Municipal da Figueira da Foz, de preferência o seu presidente.

Em tempo.
Fica uma sugestão.
Como a Maternidade da Figueira foi encerrada há anos, deverá haver um espaço, algures lá pelo Hospital, onde possa ser instalado o novo Posto Médico da Cova e Gala.
O problema do estacionamento pago do parque do Hospital estava resolvido por natureza, pois a grande maioria dos utentes do Posto Médico da Cova e Gala não tem viatura própria, e dada a proximidade, poderiam deslocar-se a pé.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Aquelas coisas que toda a gente sabe...

para ler melhor clicar na imagem
Os deputados municipais da oposição levaram a operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital à Assembleia Municipal.
Os órgãos de informação falaram do caso... Os figueirenses preocuparam-se. A operacionalidade do acesso ao hospital da Figueira, é um tema que diz respeito a todos nós...
Ficamos agora a saber, passados alguns meses, pelo douto parecer do Director Nacional do planeamento de Emergência, que "não é evidenciado haver qualquer incumprimento passível de enquadramento no artº. 4º. da Portaria 1532/2008 de 29 de dezembro (RI-SCIF)"!..
Contudo, ainda a propósito deste assunto, "após visita técnica ao local, foi recomendado ao Hospital Distrital da Figueira da Foz, que aquando da realização do simulacro, previsto nas Medidas de Auto Protecção, sejam testadas as acessibilidades  viaturas de socorro, particularmente a verificação de que sempre que ocorra um corte de energia eléctrica, todas as cancelas de todas as máquinas de saída são automaticamente levantadas e assim permanecem"...
E pronto, assunto arrumado, pelos vistos...
Tudo está bem, quando acaba em bem.
Assim vai a Figueira: os interesses bem e os figueirenses mal.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pobre Aldeia

"Em Janeiro de 1975 chegou à Câmara uma carta de um pescador figueirense, residente nos Estados Unidos que, “em nome de todos os emigrantes que nasceram e pertencem à Cova e Gala” solicita ao Presidente que desencadeie “providências de protecção da nossa praia e da nossa terra”… ”para que se evite uma grande catástrofe”
A preocupação não se continha na necessidade de proteger a zona sul dos avanços do mar mas estendia-se “à nossa cidade da Figueira da Foz”. Visava sobretudo a segurança das suas “casinhas, que tanto custaram a ganhar” mas, tratando-se de homens do mar, conhecedores do seu comportamento, pode inferir-se o seu desassossego com a situação da barra, posto que, menos de vinte anos antes ali tinham ficado dezoito pescadores, além do histórico trágico. 
Não adivinhava que, quarenta anos depois, se poderiam contar mais alguns naufrágios, o último dos quais levou a vida de cinco pescadores em outubro passado e que a sua terra continuava a ser ameaçada pelo avanço do mar. Recentemente o ministro do ambiente, em dezembro, e a ministra do mar, a semana passada, anunciaram que vão ser estudadas medidas para resolver problemas do litoral e, principalmente da segurança na barra da Figueira, criando um grupo de trabalho que envolverá os serviços do ministério do mar e a autarquia local. 
Vale a pena criar as condições para que se evitem outros avisos convocando quem melhor conhece o mar: os pescadores."

Esta crónica, hoje publicada pelo eng. Daniel dos Santos, no jornal AS BEIRAS, é elucidativa: qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência
Pobre concelho, este,  que, quarenta anos depois, tem esta Aldeia à beira mar, com ar de Aldeia de um município de terceiro mundo.
Suja, desmazelada, abandonada, carenciada: numa palavra, pobre
A vida por aqui é uma miséria.
Por aqui, somos tão pobres, tão pobres, que, por vezes, tenho a sensação que quando perdemos a carteira, enriquecemos...
Vale pelo sítios onde se pode comer e pelas abandonadas praias...
Quanto ao resto, estamos conversados.
Até o hospital nos colocaram dentro de um parque de estacionamento pago e com problemas de operacionalidade à espera de serem avaliados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil!..

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A operacionalidade do acesso ao hospital da Figueira, um tema que diz respeito a todos nós e que ainda vai dar muito que noticiar...

A operacionalidade do aceso ao hospital da Figueira, é um tema que diz respeito a todos nós e que a todos deveria preocupar...
Recorde-se: o sistema pago entrou em vigor no início de Novembro de 2013 e colocou, na prática, o hospital dentro de um  parque de estacionamento.
A angústia do PS figueirense, na sua condição de anjinho culpado e pecador, no envolvimento da Câmara, via Figueira Parques, no processo do estacionamento pago no Parque de Estacionamento do Hospital Distrital da Figueira da Foz, sito na Gala, faz lembrar a limpeza das casas. 
Por mais merda que a gente limpe, mais merda aparece...

A 30 de Abril de 2014, na Assembleia Municipal, a coligação Somos Figueira (PSD/CDS-PP/PPM/MPT) apresentou um voto de protesto e revogação da decisão – chumbado pela maioria socialista – apoiando-se num parecer pedido ao serviço municipal de protecção civil que considerou não estarem reunidas “as mínimas condições de segurança” no acesso a viaturas de emergência.
Na oportunidade, Pereira da Costa, também do movimento Somos Figueira, já depois de João Ataíde ter assumido que a empresa municipal está “a perder dinheiro” com a intervenção, considerou que o Presidente da Câmara “já deve estar 50 vezes arrependido” de ter assinado a parceria com o HDFF.
“Foi um mau negócio, perdeu dinheiro, mas deu a entender que estava de acordo. O que a Câmara devia ter dito era que não queria, a posição da Câmara foi absolutamente desastrosa”, afirmou o presidente da bancada PSD na AM.

Na altura, a bancada do PS também avançou com uma moção – esta aprovada – onde, apesar de se manifestar “contra qualquer agravamento de taxas ou custas” associadas ao Serviço Nacional de Saúde, lembra que o parque de estacionamento hospitalar “carecia absolutamente de uma requalificação profunda” e ordenamento.
Luís Ribeiro, deputado municipal do PS, alegou que o Governo não avançou com a obra “por completa falta de capacidade financeira ou de vontade para tal” e que a empresa municipal, ao fazê-lo, defendeu “o bem e o interesse público”.

Em janeiro deste ano, perante as críticas, o presidente da Câmara já tinha defendido a aplicação de um tarifário “quase simbólico” no HDFF, que não onerasse as idas dos utentes à unidade de saúde, mas que deve ter agravado os prejuízos para a empresa municipal Figueira Parques.
Na mesma altura o tarifário foi alvo de alterações – embora mantendo o valor hora, superior ao praticado nos parques e vias públicas da cidade – passando a primeira hora a ser gratuita, assim como a maior parte do período nocturno.

Neste momento, partindo do pressuposto que o presidente da AM já deu cumprimento ao deliberado na última reunião daquele órgão autárquico, por iniciativa da deputada municipal Ana Oliveira, a operacionalidade no acesso ao parque de estacionamento do Hospital, já deverá estar a  ser avaliada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.