O Partido Ecologista Os Verdes vai levar a efeito amanhã, domingo, uma “Caminhada com apanha de lixo” na Praia do Cabedelo, e respetiva envolvente, com início pelas 09H30.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 27 de agosto de 2022
CAMINHADA/PIQUENIQUE/RECOLHA DE LIXO, UMA INICIATIVA DO PARTIDO ECOLOGISTA OS VERDES NA PRAIA DO CABEDELO
O Partido Ecologista Os Verdes vai levar a efeito amanhã, domingo, uma “Caminhada com apanha de lixo” na Praia do Cabedelo, e respetiva envolvente, com início pelas 09H30.
quarta-feira, 25 de maio de 2022
domingo, 17 de abril de 2022
Desviem as areias...
A crónica de António Agostinho publicada na Revista Óbvia, edição de Março de 2022
Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar. Sou filho, neto e bisneto de pescadores. Estas tragédias tocam-me profundamente. Tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.
Porém, entre os inúmeros acidentes que ocorreram `na barra da Figueira, depois do acrescento dos 400 metros do molhe norte, destaco o que aconteceu em 25 de Outubro de 2013. O barco naufragado foi o "Jesus dos Navegantes". Registaram-se 4 mortos numa tripulação de 7 homens.
Passados pouco mais de 2 anos, em 21 de Dezembro de 2015, o Estado português, via Tribunal de Coimbra, condenou o Mestre Francisco Fortunato a uma pena suspensa de dois anos e seis meses de prisão. O Homem do Mar foi acusado pelo Ministério Público do Estado Português de quatro crimes de "homicídio por negligência", por não ter cumprido a "Carta Náutica"… Não ter tido conhecimento de um "edital"… E não ter mandado vestir coletes e descalçar botas.
Mas será que "a forma como a barra do porto da Figueira da Foz foi construída não poderá ter ajudado ao naufrágio da Jesus dos Navegantes"? Essa foi, pelo menos, a tese do falecido mestre José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.
A obra do acrescento dos 400 metros no molhe norte, iniciou-se em 2008 e ficou pronta em 2010. A partir desse ano começou a alterar as condições da deriva sedimentar. Com o tempo acumulou as areias (até começarem mesmo a contornar a cabeça do molhe norte…), e esse acrescido assoreamento levou ao consequente alteamento das vagas nessa zona. Dada a pouca profundidade existente na ponta do molhe norte, o mar parte o mar nesse local, o que torna difícil as entradas e saídas aos pequenos de pesca e iates.
Exactamente no mesmo local - barra do porto da Figueira da Foz - depois da obra, em 26.10.2010, 20.01.2012, 10.04.2013 e 25.06.2013, aconteceram outros quatro naufrágios, com três mortos. Depois do acidente com o "Jesus dos Navegantes" em 25.10.2013 com quatro mortos, aconteceu o naufrágio do Olívia Ribau (e outros estiveram iminentes) com mais cinco mortos. Em Novembro passado, os graves problemas de segurança da barra da Figueira da Foz, com o assoreamento que torna o mar violento e traiçoeiro, provocaram mais uma tragédia naquele local. Quatro amigos, pescadores amadores, morreram após a embarcação onde seguiam, a ‘Seberino II’, ter virado e naufragado entre as praias do Hospital e da Cova, a sul da barra.
Para quando a realização de um inquérito - a sério - à operacionalidade da barra depois das obras do prolongamento dos 400 metros do molhe norte?
No passado dia 10, perto da embocadura da barra da Figueira, o mar virou a lancha dos pilotos, que iam dar entrada a um navio que vinha com destino ao porto comercial para carregar argila. No acidente houve a registar 2 feridos e danos na embarcação utilizada pelos pilotos da barra da Figueira. Segundo o que li no Diário de Coimbra, "à situação não foi alheio o assoreamento".
O velho problema de conseguir assegurar a manutenção desassoreada de uma instalação portuária destinada também a barcos pequenos, de pesca e de recreio e não apenas a cargueiros continua. O acidente com os pilotos da barra confirma isso mesmo. Se há alguém que conhece a barra como as próprias mãos, são os profissionais que todos os dias operam na barra da Figueira e estão sujeitos a cumprir todas as regras e procedimentos instituídos na "carta Náutica".
Como certamente estão lembrados, 2021 foi ano de eleições autárquicas. Aconteceram a 26 de Setembro. O Governo, quiçá por mera coincidência, antecipou a divulgação pública do estudo sobre a transposição de areias na barra da Figueira da Foz, prevista para Setembro de 2021. O documento foi apresentado no dia 12 de Agosto de 2021: esse foi o tempo considerado certo para anunciar o estudo de viabilidade do bypass.
Continuamos a aguardar pelo tempo certo para o transformar em projecto... E, depois, em realidade. Recorde-se que o estudo do bypass, que custou 264 mil euros, foi adiado durante anos. Contudo, mais vale tarde do que nunca. Em 12 de Agosto, a pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada.
“Avaliada esta solução (da transferência de areias) não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O “Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, apresentado na manhã de 12 de Agosto de 2021 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avaliou quatro soluções distintas de transposição de areias e concluiu, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
O estudo situa o investimento inicial com a construção do by pass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros. “Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, (a operação) possa ser financiada”, disse o ministro.
O sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há mais de uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz, será o primeiro em Portugal e idêntico a um outro instalado na Costa de Ouro (Gold Coast) australiana. É constituído por um pontão, com vários pontos de bombagem fixa que sugam areia e água a norte e as fazem passar para a margem sul por uma tubagem instalada por debaixo do leito do rio Mondego. A tubagem estende-se, depois, para sul, com vários pontos de saída dos sedimentos recolhidos, que serão depositados directamente nas praias afectadas pela erosão.
A opção de avançar para a construção de um bypass era em Agosto de 2021, para o então presidente da Câmara da Figueira da Foz, Dr. Carlos Monteiro, uma solução que permitia “tranquilidade e esperança a quem usa o porto comercial, a quem usa o porto de pesca e à população da margem sul da Figueira da Foz”. Carlos Monteiro, na altura, disse que uma proposta a longo prazo “não é frequente” em Portugal e agradeceu ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, por aquilo que considerou ser um gesto com “visão”.
Carlos Monteiro solicitou que o estudo apresentado fosse “avaliado o mais depressa possível” e que o projecto “fosse desenvolvido”. Mas disse esperar, “fundamentalmente, que tenha a maturidade necessária para ser inscrito no Quadro Comunitário [Portugal] 2030. Atendendo aos valores, acredito que possa e deva ser”.
Também na altura, o arquitecto Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, se manifestou agradado com a decisão de se optar pelo bypass. “Agora temos uma responsabilidade de contribuir para que seja bem feito. Há uma série de dúvidas, estamos a trabalhar em coisas que já deram provas de funcionamento, o sistema australiano funciona há mais de duas décadas, mas há sempre dúvidas sobre os impactes”, notou.
O ministro do Ambiente recordou a primeira vez que ouviu falar “ao vivo” da hipótese do bypass na Figueira da Foz e lembrou o “ar zangado” do arquicteto “cheio de certezas absolutas”, quando o movimento protestava, em 2019, pela construção do sistema fixo. “Agradeço ao SOS Cabedelo, a forma, muito para além de reivindicativa, mas técnica, com que nos entusiasmou a chegar aqui”, frisou Matos Fernandes.
Passaram sete meses. Espero, sinceramente, que tudo tenha sido mais do que uma mera tentativa de jogada de propaganda eleitoral.
"Há muitos anos que, para mim, a protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem e que o processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova. Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."
Escrevemos o que está entre comas, no blogue OUTRA MARGEM em 11 de Dezembro de 2006. Passados quase 16 anos, infelizmente, continua actual. Depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do Mondego tem avançado. A barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores. A Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade. A pesca está a definhar. Espero que, ao menos, perante a realidade possam compreender o porquê das coisas...
O Dr. Santana Lopes é agora o novo presidente de câmara. É ele que tem que perceber e saber lidar com as as consequências das diferentes dinâmicas que construíram e desconstruíram a orla costeira no concelho da Figueira da Foz. "Um sistema complexo com uma instabilidade natural (decorrente de marés, das correntes, dos fenómenos meteorológicos, das derivas de sedimentos) mas também decorrente da acção humana, salientando-se aqui a interferência da barra do porto marítimo da Figueira da Foz e do seu prolongamento".
O impacto ambiental causado pelo crescimento dos molhes - uma infraestrutura que inibe a deriva de sedimentos acumulados na praia da Figueira da Foz (seguramente a maior praia da Europa) acelerou a erosão da costa a sul, colocou ao território do nosso concelho desafios que têm de ser defrontados com responsabilidade e ousadia.
As soluções, ao que parece existem. A proposta do bypass - um sistema mecânico de bombagem permanente de areias que permitam restabelecer em grande parte a dinâmica dos sedimentos que alimentam a costa, já foi assumida pelo ainda ministro do Ambiente como a mais indicada.
Se a situação foi estudada e a solução encontrada, continuamos à espera de quê? "O mar é a nossa terra". Temos de saber entende-lo e saber lidar com ele. E, sobretudo, nunca tentar contrariar a sua força, pois isso é impossível...
sábado, 8 de janeiro de 2022
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Figueira em finais de 2021: um caso sério de destruição gratuita de uma cidade
A Figueira, no final do ano de 2021, depois da passagem durante 12 anos do PS pelo poder autárquico, é um caso sério de destruição gratuita de uma cidade. Ao mesmo tempo, é um caso extremo de incompetência recheado de mentiras. Depois de Buarcos, da "baixa da cidade", temos também o Cabedelo. Sem esquecer o Jardim Municipal.
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
“O mar é a nossa terra” está em exposição em Nice
Os figueirenses Miguel Figueira e Eurico Gonçalves, do movimento cívico SOS Cabedelo, participaram na inauguração da exposição “O mar é a nossa terra”, na cidade francesa de Nice, patente ao público até 17 de fevereiro do próximo ano.
Imagem via Diário de Coimbra
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Foi inaugurado sistema de iluminação nocturna para a prática do surf no Cabedelo
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
By pass: este foi o tempo certo para anunciar o estudo de viabilidade. Vamos ver quando é o tempo para o transformar em projecto...
Recorde-se que o estudo do by pass foi adiado durante anos.
Um estudo no valor de cem mil euros contra os milhões constantes que se despendem em dragagens.
Mais vale tarde do que nunca, diz o Povo. A pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada, e será realizada. “Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O “Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, apresentado na manhã de ontem pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avalia quatro soluções distintas de transposição de areias e conclui, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
O estudo situa o investimento inicial com a construção do bypass em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros. “Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projecto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada”, frisou o ministro, em declarações à margem da sessão.
O sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por bypass, cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz, será o primeiro em Portugal e idêntico a um outro instalado na Costa de Ouro (Gold Coast) australiana. É constituído por um pontão, com vários pontos de bombagem fixa que sugam areia e água a norte e as fazem passar para a margem sul por uma tubagem instalada por debaixo do leito do rio Mondego. A tubagem estende-se, depois, para sul, com vários pontos de saída dos sedimentos recolhidos, que serão depositados directamente nas praias afectadas pela erosão.
A opção de avançar para a construção de um bypass é, para o presidente da Câmara, uma solução que permite “tranquilidade e esperança a quem usa o porto comercial, a quem usa o porto de pesca e à população da margem sul da Figueira da Foz”. Carlos Monteiro argumentou que uma proposta a longo prazo “não é frequente” em Portugal e agradeceu ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, por aquilo que considera ser um gesto com “visão”.
Carlos Monteiro pediu que o estudo e apresentado seja “avaliado o mais depressa possível” e que o projecto “seja desenvolvido”. Mas disse esperar, “fundamentalmente, que tenha a maturidade necessária para ser inscrito no Quadro Comunitário [Portugal] 2030. Atendendo aos valores, acredito que possa e deva ser”, frisou o presidente da Câmara. Até lá, lembrou, o problema da erosão da costa a sul do porto da Figueira vai a ser mitigado, até 2023, com o abastecimento de três milhões de metros cúbicos de areia, retirados do mar a norte do molhe norte.
Já o arquitecto Miguel Figueira, do movimento cívico SOS Cabedelo, manifestou-se agradado com a decisão de se optar pelo bypass. “Agora temos uma responsabilidade de contribuir para que seja bem feito. Há uma série de dúvidas, estamos a trabalhar em coisas que já deram provas de funcionamento, o sistema australiano funciona há mais de duas décadas, mas há sempre dúvidas sobre os impactes”, notou.
O ministro do Ambiente recordou a primeira vez que ouviu falar “ao vivo” da hipótese do bypass na Figueira da Foz e lembrou o “ar zangado” do arquiteto “cheio de certezas absolutas”, quando o movimento protestava, em 2019, pela construção do sistema fixo. “Agradeço ao SOS Cabedelo, a forma, muito para além de reivindicativa, mas técnica, com que nos entusiasmou a chegar aqui”, frisou Matos Fernandes.
"A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial..."
Escrevemos isto em aqui no OUTRA MARGEM em 11 de Dezembro de 2006. Infelizmente, continua cada vez actual.
terça-feira, 10 de agosto de 2021
Governo antecipa divulgação de estudo sobre transposição de areias na Figueira da Foz
O documento será apresentado na quinta-feira, anunciou hoje o presidente da Câmara.
Na passada terça-feira, o ministro do Ambiente, à margem de uma sessão em Coimbra, estimava que o documento sobre a transposição mecânica de areias de norte para sul pudesse ser apresentado em setembro. Na ocasião, Matos Fernandes confirmou que o estudo da Universidade de Aveiro em que “foram estudadas várias possibilidades”, já tinha sido entregue à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que estava a avaliá-lo.O sistema que o SOS Cabedelo quer ver instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz, o maior areal urbano da Europa, é constituído por um pontão, com vários pontos de bombagem fixa que sugam areia e água, e as fazem passar para a margem sul por uma tubagem instalada por debaixo do leito do rio Mondego.
Na mesma intervenção em que anunciou a apresentação do estudo pelo ministro do Ambiente, na quinta-feira, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE), Carlos Monteiro defendeu ser “importante clarificar” os resultados do trabalho dos especialistas da Universidade de Aveiro – na sequência de um concurso público no valor de 300 mil euros, lançado pela APA em 2019 – “para não haver aqui um enigma a rondar as eleições” autárquicas.
Na ocasião, Carlos Monteiro disse ainda ter falado com Matos Fernandes, no sentido de o sensibilizar para a apresentação do estudo o quanto antes: “Disse-lhe que não faz muito sentido haver um estudo que nós todos desejamos, ansiamos, pelo qual pugnámos, e não sai”, afirmou.
Do lado da oposição, o vereador Miguel Babo (eleito pelo PSD mas a quem o partido retirou a confiança política) começou por criticar a intenção do ministro do Ambiente em só apresentar o estudo em setembro: “Se [a antecipação] foi por ação do presidente [da Câmara], dou-lhe os parabéns. A urgência é tal que, qualquer dia que passa a mais, é negativo. Há uma obrigação que ultrapassa os interesses eleitorais, sejam lá eles quais forem”, advogou Miguel Babo.
“Devia ter sido apresentado em fevereiro, é terminado no final de julho e só em setembro o senhor ministro nos vinha dizer o que [os autores do estudo] tinham dito. É um assunto tão importante que todos os adiamentos eram maus”, acrescentou.
Miguel Babo disse ainda esperar que “acreditando que há imparcialidade, o estudo vai revelar que um sistema fixo de transferência de areias de norte para sul [o chamado ‘bypass’] é um grande beneficio”.
Com o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto comercial, um investimento de 14,6 milhões de euros, inaugurado em 2011, a erosão nas praias a sul acentuou-se, com destruição da duna de proteção costeira em vários locais, com especial ênfase na praia da Cova, alvo de intervenções de emergência nos últimos anos, a última das quais em curso este verão.
Ouvido hoje pela agência Lusa, Miguel Figueira, do SOS Cabedelo, movimento de cidadãos que, desde 2011, defende a instalação do ‘bypass’ entre as margens do Mondego – para atacar a erosão a sul, a acumulação de areia a norte e assegurar a navegabilidade na barra do rio, por onde se faz o acesso ao porto comercial e ao porto de pesca – considerou que a apresentação do estudo “é o grande momento de viragem” num processo “com mais de uma década e que ainda será longo”.
“É um momento inacreditável de articulação entre a cidadania, o saber técnico e os atores políticos locais e nacionais. Congratulo-me por fazer parte de um processo com este envolvimento”, declarou Miguel Figueira.
quarta-feira, 14 de julho de 2021
Surfar à noite no Cabedelo? Há tanto tempo que dizem que vai ser possível...
Entretanto, por exemplo Vagos, em setembro de 2014, Cortegaça e Carcavelos, já testaram a ideia de promover a prática do surf à noite.
Mais uma vez, o surf na Figueira foi ultrapassado...
Mas não tem sido por falta de ideias. As ideias existem. Neste caso concreto, o projecto foi entregue pelo arquitecto Miguel Figueira, em 2011...
“É nosso objectivo que este local seja uma estância para a prática dos desportos de ondas”, referiu na altura o presidente da Câmara da Figueira da Foz.
A iluminação do mar, nesta praia da margem sul do concelho da Figueira da Foz, é uma aspiração antiga do movimento cívico SOS Cabedelo, que apresentou uma candidatura nesse sentido ao Orçamento Participativo (OP) de 2017.
O projecto acabou por não conseguir os votos suficientes para ser contemplado com uma fatia do OP, apesar de ter recebido o apoio incondicional da comunidade de surfistas do concelho, mas mereceu o reconhecimento do executivo municipal, que decidiu incluí-lo na empreitada mais alargada de requalificação do Cabedelo.
A decisão da autarquia já foi saudada por João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, que destaca “o carácter pioneiro da iluminação do Cabedelo no contexto nacional”.
Segundo fonte da autarquia figueirense, a empreitada arrancaria “o mais cedo possível”, surgindo como um claro sinal de apoio à comunidade surfista e aos desportos de mar.
“Para o grupo de cidadãos e praticantes que abraçou esta ideia, foi uma enorme alegria e motivo de orgulho saber do compromisso da autarquia em avançar com a iluminação do Cabedelo para a prática do surf durante o período nocturno”, reconheceu o escritor e surfista Gonçalo Cadilhe.
Primeiro subscritor da candidatura do SOS Cabedelo ao Orçamento Participativo de 2017, Gonçalo Cadilhe destaca que “são poucas as praias do planeta onde tal já é possível”, acrescentando que “a Figueira marcará pontos a nível de notoriedade com esta decisão”.
sexta-feira, 11 de junho de 2021
Cabedelo, um deserto perto de si...
"Projeto não cumpre o programa da ARU do Cabedelo.
A proposta apresentada parece ser pior do que a encomenda.
O programa da ARU do Cabedelo - ver imagem - previa a deslocação do Parque de Campismo (área T2 conforme planta) destinando "a actual área ocupada a espaço público (L), admitindo estruturas leves de apoio à praia e ao usufruto da frente de Rio, compatibilizada com alguma renaturalização do cordão dunar, especialmente no local de articulação com a duna existente".
O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L)."
O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L)."
O Cabedelo está a ser transformado num deserto.
Sabem o que faz um viajante depois de percorrer um deserto?
domingo, 6 de junho de 2021
A política de ordenamento da orla costeira: da Fonte da Telha ao Cabedelo
A associação ambientalista Zero está contra a asfaltagem de uma estrada em duna primária na Fonte da Telha, em Almada, obra que o Governo, através da Agência Portuguesa do Ambiente, aprovou e que terá feito avançar na semana passada. O projeto, que visa tornar mais fácil o acesso à praia, inclui o alcatroamento de um acesso em terra batida, localizado em duna primária, na envolvente da Área de Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica."
Foto António Agostinho. Simplesmente aberrante: na chamada "Praça do Cabedelo", as pessoas levam com o reflexo do solo impermeabilizado directamente nos olhos... |
terça-feira, 1 de junho de 2021
terça-feira, 11 de maio de 2021
Erosão Costeira esteve ontem em debate no Clube Mocidade Covense
A candidatura «Pedro Machado - Figueira do Futuro» promoveu no Clube Mocidade Covense, na Cova-Gala um debate sobre - Erosão Costeira.
Foto: Pedro Agostinho Cruz |
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
Para memória futura...
Aqui pelo Cabedelo, já há quem ande preocupado com a segurança...
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Construções na areia da Praia do Cabedelo...
Via SOS CABEDELO.
Prolongamento do enrocamento na raíz do molhe.
Na sequência da reunião promovida pelo vereador Miguel Babo com o SOS Cabedelo e o Sr. Presidente Carlos Monteiro, e da Reunião de Câmara de 04-05-2020, conforme ata que se segue, aguardamos com expectativa pela revisão do projeto com o novo enrocamento, em conformidade com os mesmos alinhamentos e geometria do enrocamento existente, evitando descontinuidades com impacto negativo na segurança dos banhistas e na qualidade da onda do Cabedelo.
Nota OUTRA MARGEM.
quarta-feira, 22 de julho de 2020
"Um dia o parque do Cabedelo vai abaixo. Pode ser já a 1 agosto"...
«O parque de campismo da praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, tem os dias contados. Se tudo correr como a câmara planeia, as centenas de campistas vão ter de retirar tendas e caravanas até ao final do mês. Uma onda de contestação levanta-se, mas há um projeto de requalificação que está pronto a avançar.
Um diferendo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal pode levar centenas de campistas a abandonar forçosamente a praia do Cabedelo, já no próximo dia 1 de agosto. Em causa está o programa de requalificação urbana daquela zona balnear - bastante procurada pelos surfistas, mas também cada vez por mais veraneantes -, uma obra que já deveria estar concluída. Apresentada em 2018, o prazo de execução era de 15 meses. Desde o princípio que previa uma intervenção no espaço onde está o parque de campismo, além da criação de 600 lugares de estacionamento, que entretanto cresceram para 1000.
A primeira fase da empreitada (em curso) está orçada em 2,64M€ + IVA e contempla o recuo da estrada e do estacionamento, libertando a frente marítima, conforme aprovação do Plano de Praia, da APA (Associação Portuguesa do Ambiente) e do POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira).
O parque de campismo Foz do Mondego, que existe no Cabedelo desde os anos 80, é o sonho de qualquer campista ou caravanista: fica praticamente em cima da praia, de frente para o mar. Durante anos manteve-se sob a alçada da gestão portuária do porto da Figueira da Foz, que entretanto comunicou à Federação de campismo que não iria renovar a concessão. A partir daí a concessão tornou-se precária, atribuída mensalmente e não anualmente, como era habitual.
Com a transferência dessas competências para os municípios, a Câmara da Figueira entrou noutro domínio de responsabilidade. "Renovámos essa necessidade de retirada, para podermos executar a obra que estava aprovada, projetada e que vamos executar", disse ao DN o presidente da autarquia, Carlos Monteiro.
O parque sai ou não sai?
"Andámos uma série de tempos em conversações. Chegámos a elaborar um projeto que eles nos enviaram, elaborámos um pequeno esquiço e definimos uma data: 15 de junho, para ver se interessava ou não. Responderam-nos que iam reunir a 7 de julho. Percebemos que a federação não queria ajustar o parque que lá tinha àquilo que eles mesmos nos tinham proposto, e tivemos que passar para o passo seguinte: tomar posse administrativa", acrescenta o autarca. E isso é o que deverá acontecer a 1 de agosto.
Foi precisamente um dia depois, a 8 de julho, que os campistas e trabalhadores do parque receberam uma comunicação da entidade gestora do parque. Nessa carta, assinada por João Queiroz, presidente da direção, a Federação informa os utentes do parque de "todo o processo negocial", informando que vai recorrer à via judicial, através de uma providência cautelar.
Questionado pelo DN, João Queiroz é perentório: "o assunto foi entregue ao nosso Gabinete Jurídico e, segundo informação dos nossos advogados, em 1 de agosto nada vai acontecer. Achamos que ainda pode imperar o bom senso e encontrarmos uma solução que permita ultrapassar este conflito."
Mas essa não é a opinião do presidente da câmara. "Dia 1 o parque passa para a câmara. A licença não foi renovada. E os campistas vão ter que sair", afirma Carlos Monteiro, que fala de um processo de negociação com todas as partes, sublinhando que "a federação foi sendo protelando". Por essa razão, considera que "a revolta dos campistas é fundamentalmente com a Federação, que nunca os pôs ao corrente nem nunca os informou do que se estava a passar. Cobrou-lhe taxas anuais quando sabia que tinha uma licença precária mensal".
A Câmara da Figueira vai tomar posse administrativa do parque. "Os campistas vão ter de sair a 1 de Agosto", diz o presidente.
Requalificar o parque
Sandrina Silva, uma das utentes do parque que desde 2017 mantém lá "uma caravana o ano inteiro", disse ao DN que a primeira comunicação que recebeu da FCMP foi o comunicado de 8 de julho. Tal como muitos outros campistas, deparou-se nos últimos dias com um conjunto de painéis no parque, sugerindo que a responsabilidade estará do lado da Câmara. Na manhã do dia 8, ligou para a Federação, para saber o que se passava, afinal. "Responderam-me que nesse dia haveria de receber um e-mail com a comunicação, e assim foi. Até agora nunca nos tinham feito aviso nenhum".
Tal como uma boa parte dos campistas, Sandrina encantou-se pelo mar do Cabedelo e pelas aulas de surf. Acabou por fazer um contrato anual com o parque, ao preço de 105 euros por mês, para uma caravana. Tal como ela, são muitos os utentes nesta condição. Mas uma volta pelo exterior do parque permite perceber que há quem o utilize bastante. "Mas aquilo não pode ser um bairro habitacional. Não é isso que se preconiza para os parques de campismo", sublinha o presidente da Câmara, que afinal não tenciona acabar, de todo, com um o parque, antes requalificá-lo.
"Aquele espaço não pode ser todo ele utilizado em termos de parque de campismo, ao abrigo do POOC, até no âmbito das alterações climáticas, do recurso estratégico programado", acrescenta Carlos Monteiro. O projeto passa por reduzir a área, dotando-o de bungalows e espaço para caravanas, mas muito mais reduzido.
Carlos Monteiro considera que não seria compatível requalificar o Cabedelo com "o estado de abandono em que aquele parque". Confrontado com o atraso da obra (que já deveria estar concluída), atribui-o ao impasse das negociações com a Federação de Campismo. E diz que equaciona mesmo "colocar uma ação judicial pelo danos causados".
João Queiroz recusa essa responsabilidade. Justifica que "o processo negocial coincidiu com a pandemia, mesmo na sua fase mais aguda, sendo certo que a FCMP não se furtou a diversas deslocações de Lisboa à Figueira da Foz, em inúmeros contactos com a Câmara, a várias reuniões da sua direção, não obstante os prazos curtíssimos, 5 dias, que nos foi imposto para cada passo que foi dado nas negociações".
"Falar em arrastamento neste contexto é , no mínimo, desculpa de mau pagador de quem prefere o conflito, que não desejamos, ao consenso", conclui o presidente da FCMP.
Ordenar o espaço público
A autarquia da Figueira conta abrir parte da zona intervencionada no Cabedelo "até ao final do mês de julho", garante o presidente. Numa praia em que a via de acesso tem apenas uma entrada e saída, o estacionamento desordenado e sobrelotado facilmente tornam o trânsito caótico. Carlos Monteiro adianta que, quando a obra estiver concluída, serão 1000 lugares de estacionamento à disposição de uma praia que este ano tem 4.100 (ou 5,100, dependendo das marés) pessoas de carga máxima, segundo as orientações da DGS.
O recuo estratégico programado (que vai acabar com a atual estrada e passar a fazer o acesso por uma via paralela entretanto já construída) "irá libertar a pressão sobre a linha de costa", garante o autarca. Mas a associação SOS Cabedelo considera que a obra "precisa ainda de muitos ajustes", tal como defende Eurico Gonçalves, presidente daquela organização e proprietário de uma das duas escolas de surf que existem na praia. Como está desde 2012 num espaço provisório (junto ao parque de campismo), não entrou nas negociações com a autarquia, ao contrário do que aconteceu com a outra escola, que acabou por ser indemnizada em 45 mil euros. Também um café que existia na zona intervencionada foi alvo de uma contrapartida no valor de 80 mil euros.
"O nosso foco é o mar"
"Estou expectante. Mas desconfio muito da eficácia desta obra", acrescenta Eurico. A associação a que preside continua "mais preocupada com esta linha de costa e com a preservação das ondas, a que ninguém parece ligar. Só os surfistas e os pescadores compreendem o que tem vindo a acontecer".
Na praia do Cabedelo - que passou a ser vigiada apenas há meia dúzia de anos - "não há semana nenhuma em que os surfistas não tenham que ir buscar alguém ao mar", conta ao DN Miguel Figueira, outro ativista da SOS Cabedelo, um dos autores da exposição "o mar é a nossa terra", que por estes dias está em exposição no CCB. Natural da Figueira da Foz, foi um dos primeiros surfistas no Cabedelo, a par do amigo Eurico Gonçalves. Ambos se lembram ver de ver nascer o parque de campismo, e ambos concordam que assim não pode continuar. Mas lamentam que, em todo este processo, o movimento cívico a que dão corpo nos últimos 10 anos "nunca tenha sido ouvido, ao longo de todo este processo, no âmbito da requalificação", diz Eurico.
A SOS Cabedelo insiste que o foco deve estar no mar. "Tudo o que se passa a sul do Mondego tem impacto até ao Canhão da Nazaré. Por isso insistimos tanto com o fim das ripagens, por isso fizemos uma queixa à Comissão Europeia, por isso vemos as coisas ao contrário: quando nos vêm falar de uma praça do surf, no âmbito da requalificação urbana, o que temos a dizer é que a nossa praça é o mar".
segunda-feira, 20 de julho de 2020
O que interessa debater na Figueira: "... estamos a gastar em vão fundos nacionais e da União Europeia"
"... estamos a gastar em vão fundos nacionais e da União Europeia"
Este, é o verdadeiro problema que interessava debater. Na revitalização da baixa, na requalificação de Buarcos e na requalificação do Cabedelo. Citando de novo João Vaz: "falta ainda muito mais diálogo com quem aí vive e trabalha. As obras e mudanças têm que ser apropriadas pela população. Não se pretende que haja unanimismo, mas somente uma construção muito mais participada do que se deseja aí empreender. Esse trabalho está por fazer."
É o que está a acontecer no Cabedelo.
domingo, 19 de julho de 2020
"Posse administrativa", disse o presidente Monteiro!...
"Projeto não cumpre o programa da ARU do Cabedelo.
A proposta apresentada parece ser pior do que a encomenda.
O programa da ARU do Cabedelo - ver imagem - previa a deslocação do Parque de Campismo (área T2 conforme planta) destinando "a actual área ocupada a espaço público (L), admitindo estruturas leves de apoio à praia e ao usufruto da frente de Rio, compatibilizada com alguma renaturalização do cordão dunar, especialmente no local de articulação com a duna existente".
O desenvolvimento em projeto não prevê qualquer alternativa de localização ao Parque de Campismo. Parece promover mais construção associada ao edifício existente (deslocação do programa previsto nas àreas T1 e T3 - Unidade Hoteleira) e menos recuperação paisagística na área a desafetar (L)."
E se a resolução do caso do Parque de Campismo tiver de passar pela receita que foi dada ao Sweel e à Surfingfigueira: indemnização e alternativa de local?
Recorde-se, via Diário as Beiras:
"O pagamento de 80 mil euros de indemnização, pela autarquia, ao concessionário de um restaurante do Cabedelo abre uma nova via para a progressão da primeira fase da requalificação da Praia do Cabedelo. A solução permite concluir a nova estrada, que esbarrou no muro do estabelecimento.
Por outro lado, as licenças de outros concessionários estão a acabar e a autarquia assegura condições a quem quiser dar continuidade à atividade noutro local do Cabedelo. Tudo para libertar espaço para a nova praça, que implicará, também, a demolição parcial do parque de campismo. Aquele equipamento turístico, contudo, não deverá sobreviver à segunda fase da requalificação daquela zona de praia.
A alteração ao traçado da via rodoviária, que implica demolir o restaurante, foi considerada “mais uma trapalhada do executivo, por parte de quem conduziu o processo na altura”, pelo vereador do PSD Ricardo Silva. “Quando o restaurante foi construído, ainda não havia projeto para o Cabedelo”, esclareceu a vice-presidente da autarquia, Ana Carvalho."
O presidente da câmara, Carlos Monteiro, esclareceu que as indemnizações resultaram do acordo da autarquia com os concessionários, por indicação da administração do porto, à época, proprietária das zonas concessionadas. O vereador do PSD, Ricardo Silva, também questionou a maioria socialista sobre as obras. Acerca do parque de campismo, ainda sem acordo, o edil adiantou que pediu informação adicional ao porto. E admitiu que, se o município tiver prejuízos por falta de acordo em tempo útil, poderá vir a exigir ao concessionário ser ressarcido."