A apresentar mensagens correspondentes à consulta abstenção ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta abstenção ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 22 de junho de 2022

OH ROSA ARREDONDA A SAIA ....

Hoje, a oposição chumbou a adesão do município da Figueira da Foz à Fundação de Serralves
Na reunião camarária realizada esta manhã, a oposição ao executivo minoritário da Câmara da Figueira da Foz, liderado por Pedro Santana Lopes, chumbou a adesão do município ao núcleo de fundadores da Fundação de Serralves (Porto), depois de dois adiamentos da proposta.
Os votos contra dos quatro vereadores do PS e do único vereador do PSD reprovaram a intenção do executivo estabelecer um protocolo de quatro anos com a Fundação de Serralves, que implicava o pagamento de 100 mil euros e um conjunto de contrapartidas.
Aos jornalistas, Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, mostrou-se “surpreendido” com o sentido de voto dos autarcas socialistas, depois “do que tinham dito na reunião anterior”, salientando que “quem fica a perder” é a Figueira da Foz.
Recorde-se: em 1 de junho de 2022, o vereador socialista Carlos Monteiro, ex-presidente da Câmara, defendeu a inclusão de um documento anexo complementar ao protocolo contendo as mais-valias para o município da adesão à Fundação Serralves “para não haver conflito entre a Câmara e a Assembleia Municipal”. Salientando que o PS viabilizaria a proposta na Câmara, dado que o executivo “tem direito a errar”, Carlos Monteiro alertou para o voto contra da Assembleia Municipal se um documento anexo e o parecer da diretora cultural não acompanhar o protocolo. “Hoje votarmos a favor é perdermos depois a face na Assembleia Municipal”, sustentou.
Entretanto, Santana Lopes disse no final da reunião camarária de hoje aos jornalistas: “Procurarei trabalhar para que fique a perder o menos possível e já garanti duas exposições”, disse o antigo primeiro-ministro, considerando que a Fundação de Serralves poderia “fazer um grande trabalho no ambiente e ao nível das escolas”.
O líder a oposição, Carlos Monteiro, justificou o voto contra dos socialistas com o facto de um conjunto de propostos não estar vertido no protocolo de adesão, mas sim numa carta de intenções “das quais discordamos de algumas, como, por exemplo, dar benefícios aos trabalhadores da Câmara”.
O ex-presidente da Câmara, derrotado nas últimas eleições, entende que só “faz sentido dar benefícios a todos os figueirenses” e lamentou ainda que a carta de intenções não estivesse assinada nem datada.
“Aquilo que nos levou a votar contra é que a carta não tem data, não está assinada, nem há nenhuma remissão do protocolo para essa carta. Aquilo que tinha sido sugerido em Assembleia Municipal para constar do protocolo não consta”, disse.
Em declarações aos jornalistas, Carlos Monteiro assumiu que caso tivesse sido apresentado um protocolo objetivo e com as atividades calendarizadas, o PS teria optado pela abstenção, viabilizando a proposta do executivo municipal.
Para Ricardo Silva, único vereador eleito pelo PSD, pagar 100 mil euros para o concelho aderir ao núcleo de fundadores da Fundação de Serralves “é esbanjar dinheiro público sem retorno nem para Figueira da Foz”.
Já na última reunião, o autarca social-democrata tinha considerado “completamente imoral gastar 100 mil euros de dinheiro público para conseguir o empréstimo de obras de arte, quando temos instituições e particulares a ceder gratuitamente, durante 10 anos, obras de arte”.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz lamentou que os vereadores do PS tivessem votado contra por causa de “uma carta não assinada”, que, de acordo com a diretora municipal de Cultura, só teria de ser assinada no ato de adesão do município à instituição portuense.
Após o resultado, Santana Lopes disse que vai considerar a votação para “desenvolvimentos políticos futuros”.
“Refiro-me à importância que vou dar àquilo que as pessoas assumem como posição política e, portanto, a medida em que levo a sério ou não aquilo que as pessoas dizem”, sublinhou aos jornalistas.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Da série, a propósito da Democracia...

Porque estamos no mês de Abril, convém não esquecer que o que de melhor tem o Regime saído do 25 de Abril de 1974, é a possibilidade e a faculdade de desalojar do poder os ineptos e incompetentes. O direito a votar ainda é o que há de melhor nesta forma de Regime! 
As escolhas feitas, no decorrer destes quase 48 anos de Regime Democrático, é uma responsabilidade colectiva do Povo Português. 
O voto, para a maioria dos que ainda votam em Portugal, hoje, é sobretudo um voto contra. 
A abstenção, em certos actos eleitorais, chega a rondar os 60%.  Segundo alguns comentadores/politólogos tão escassa participação fica a dever-se à fraca qualidade dos candidatos.
Estará aí a raiz do problema? O problema resume-se aos candidatos? 
A meu ver isso pouco mudaria. Mesmo que os candidatos fosse o que de melhor existe na sociedade portuguesa, creio que a participação seria sensivelmente a mesma. 
As pessoas não vão votar porque são comodistas  e dizem-se cansadas da forma como se faz política neste país, sem aprofundar as razões porque assim acontece. É mais cómodo não ir votar dizendo que não acreditam nos políticos, não acreditam na mensagem política (normalmente, sem a conhecerem) que os políticos passam e na política que praticam depois do que anunciam nas campanhas.
O povo, antes de se queixar, tem de perceber o óbvio: se nestes mais de 40 anos o seu voto apenas tem servido para legitimar a partilha do bolo orçamental sempre pelos mesmos, porque é que vota sempre nos mesmos?
Em vez de fazer aquilo que seria o mais inteligente - procurar informar-se, formar opinião e votar em consciência -, continua a fazer o mais cómodo: deixou de ir votar.
Mas qual é a consequência da abstenção já ir em 60%?
Não muda nada. Os politólogos e outros especialistas vão falar da fraca representatividade da vitória. Os que continuam a ganhar dizem que a democracia funcionou e ganhou quem teve mais votos.
Como é que esta realidade poderá algum dia  mudar? 
Quando os portugueses quiserem deixar de ser menos comodistas.
Essa atitude obrigaria os partidos e os políticos a respeitar os seus compromissos.
No final, optimista como sou, penso que seria uma hipótese de retorno da seriedade e honradez à política.
Seria a concretização da minha utopia de sempre, que irá comigo para a cova: ver a Democracia, "a pior forma de governo, à exceção de todas as demais" a funcionar...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Assembleia Municipal aprova Grandes Opções do Plano para 2022/2026 e Orçamento Municipal para 2022

«A Assembleia Municipal da Figueira da Foz aprovou hoje o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2022, no montante de 83,3 milhões de euros, que prevê uma linha de continuidade relativamente a 2021.
Silvina Queiroz, único eleito pela CDU, foi o
elemento da AMFF mais activo na sessão desta tarde

Os documentos foram aprovados por larga maioria, com quatro votos contra do PSD (3) e da CDU e a abstenção do único elemento do Bloco de Esquerda, cerca de 24 horas depois de terem sido viabilizados na Câmara pelo PS, na continuação da reunião extraordinária de 10 dezembro, que foi suspensa após a oposição ameaçar chumbar os documentos, o que obrigou a um processo negocial.
Na reunião de hoje, o PSD e a CDU denunciaram o incumprimento do prazo de 48 horas estabelecido pelo regimento para os documentos chegarem aos deputados municipais para análise, situação que foi resolvida com a votação da inclusão daquele ponto na ordem de trabalhos, que mereceu a concordância das restantes forças políticas e dos presidentes das Juntas de Freguesia.
O PS, que detém a maioria absoluta na Assembleia Municipal, justificou a aprovação com o facto de ser um orçamento de continuidade, mas, através do deputado João Portugal, frisou que “não o era há uma semana”.
O deputado municipal endereçou os parabéns ao executivo por ter “cedido” aos vereadores socialistas e inscrito no Orçamento uma verba de mais de 1,1 milhão de euros para investimentos nas freguesias.
No entanto, João Portugal advertiu que, futuramente, o PS não irá viabilizar orçamentos que aumentem a dívida municipal e desafiou Santana Lopes a “tentar” reduzir a dívida do município “seja a vapor ou de TGV” no final dos quatros anos de mandato.
O actual presidente da Câmara, que, recentemente, numa declaração nas redes sociais, se comprometeu a não aumentar um “cêntimo” à dívida, respondeu que também será necessário o PS não “fazer exigências” que aumentem a dívida.
Em declaração de voto, o PSD justificou o voto contra com o facto de o executivo de Santana Lopes ter revelado “muitas das práticas infelizmente repetidas nos últimos anos, como a incapacidade para o diálogo estratégico e para uma negociação com premissas de crescimento sustentável, preferindo-se a disputa casual e avulsa, sem uma visão integrada e integradora para o concelho”.
Também a deputada única da CDU votou contra o Orçamento por se tratar de um documento “de continuidade”

Orçamento Municipal para 2022: como se previa, não interessa como começou, mas como acaba...

Como foi ontem divulgado, "o Orçamento do Município, de 83,3 milhões de euros, foi aprovado, com os votos a favor da maioria relativa do movimento independente Figueira A Primeira (FAP) e do PS. O vereador do PSD, Ricardo Silva, votou contra." 
A reunião de câmara realizada a um domingo, concluiu a sessão interrompida no passado dia 10, o que permitiu abrir negociações com a oposição e os presidentes de junta. 
Registe-se que o Orçamento Municipal para 2022 foi aprovado pela vereação camarária no dia anterior à sua votação na Assembleia Municipal, o que acontecerá hoje.
No final da reunião de ontem o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, mostrou-se surpreendido com tamanha generosidade política por parte dos socialistas. “Estava à espera da abstenção”, admitiu, em declarações aos jornalistas. 
“Não rejeito, não ironizo. Também fizemos um esforço idêntico com o PSD, mas o PSD queria redução de impostos, internalizar a empresa municipal Figueira Domus, verbas para o comércio… Uma série de propostas que eram outro patamar”, sublinhou. 
Ricardo Silva votou contra porque, como afirmou aos jornalistas, “este é o orçamento do marasmo e da continuidade das políticas do PS que conduziram a Figueira da Foz ao marasmo”
“Para quem vinha fazer a rotura com o passado recente, ficou muito aquém”, disse ainda Ricardo Silva.
No decorrer da reunião de câmara, Ricardo com ironia afirmou: “o orçamento do PS foi aprovado”.
Mas afinal, o que é que levou os socialistas a votar a favor do orçamento? 
Segundo Carlos Monteiro, o voto favorável se justificou-se com a inclusão das propostas apresentadas pelo PS na versão final. Nomeadamente, obras nas freguesias e redução da despesa corrente. Caso contrário, como havia anunciado no dia 10, o PS votaria contra. 
Carlos Monteiro, porém, também realçou que o voto favorável  se deveu ainda ao facto de o novo executivo camarário ter tomado posse há apenas dois meses. “Este não é o orçamento que ameáçamos chumbar. O documento foi alterado”,  embora as “as negociações não tivessem decorrido como deviam”
As negociações com os socialistas tiveram como interlocutores os vereadores Anabela Tabaçó e Manuel Domingues. 
O vereador Manuel Domingues foi elogiado por Carlos Monteiro e Nuno Gonçalves "pela sua postura durante o processo negocial"
Via Diário as Beiras


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Tenham memória, ok?...

O parlamento aprovou em 8 de Janeiro de 2016, os diplomas do PS, PCP, BE e PEV, que repuseram os quatro feriados nacionais retirados em 1 de Janeiro de 2013 pela direita, com a abstenção das bancadas do PSD e do CDS-PP.

No próximo dia 30 de Janeiro vamos ter eleições legislativas.
Em Portugal, os aldrabões ganham eleições e impõem a mesquinhez em que sempre viveram. 
Confusões que a Democracia tem de suportar. 
Doidos e aldrabões à solta num país bonito, pacato, sereno, com um bom e fantástico Povo, é o que mais tem havido (e continua a haver...) por aí...
Pobres de nós.
 
Lembra-se dos feriados que o governo português, em nome da crise, eliminou em 2012.
A saber: Corpo de Deus – 7 de Junho (quinta-feira, feriado móvel); Nossa Senhora da Assunção – 15 de Agosto (quarta-feira); Implantação da República – 5 de Outubro (sexta-feira); Restauração da Independência – 1 de Dezembro (sábado).

Bom... É preciso ter muita lata, mas muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiita lata mesmo... 
E, depois, um gajo tem uma trabalheira dos diabos para conseguir juntar tudo e fazer com que isto tenha sentido...
Contudo, os mais atentos, apesar da lata, notaram num pormenor.
E a diferença era que os partidos à esquerda (PS, PCP, BE e PEV) propunham que os feriados suspensos pelo governo de Passos Coelho, fossem repostos já em 2016, enquanto a direita queria apenas que a reposição começasse a ser negociada a partir de 2016.
30 de Janeiro é já ali. Tenham memória. 
Ok?..

sábado, 20 de novembro de 2021

Orçamento camarário para 2022: a procissão ainda vai no adro, mas...

Quase há um ano - a 2 de Dezembro de 2020 - foi aprovado o Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz que vigorou em 2021: (o maior de  sempre), de 75,4 milhões de euros.
Recorde-se: com o voto contra de Ricardo Silva, do PSD, e a abstenção dos eleitos pelo mesmo partido Carlos Tenreiro e Miguel Babo (aos quais tinha sido retirada a confiança política).
Via Diário as Beiras, fica o que até ao momento é conhecido publicamente sobre a ideia do que vai ser o orçamento camarário figueirense para 2022.
Um orçamento camarário serve para  consubstanciar as propostas que um executivo pensa ser possível executar dentro do limite temporal em que ele vai vigorar.
Deve privilegiar e colocar sempre em primeiro plano as necessidades e os interesses da população, na firme certeza de que dentro dos possíveis, são apresentadas soluções para debelar os problemas imediatos, apontando caminhos para o seu desenvolvimento integrado e sustentável.
 
Políticas sérias de defesa da qualidade de vida dos cidadãos deste concelho, é o meu desejo de sempre. Vale também para 2022. 
Há muitíssimo a concretizar. Desde logo, definir o que é “qualidade de vida”, para nós e para as gerações futuras. Esse, mais do que um desafio, é nossa responsabilidade geracional - passa por balizar o que estamos dispostos a fazer para melhorar a qualidade do ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que ingerimos e a paisagem que queremos preservar. 
Um concelho moderno, democrático e gerido com responsabilidade, discute-se, interroga-se, renova-se e define objetivos que visem abranger a população. Só assim será possível progredir rumo a patamares mais elevados de bem estar, felicidade e justiça social e ambiental. Isto, no fundo, resume-se numa palavra: “desenvolvimento”

O orçamento municipal para 2022 vai ter isso em conta?
Ainda não o sabemos. "A versão final será apresentada em dezembro, para ser votada". Porém, pelo andar da carruagem (embora “ainda seja prematuro avançar o valor do orçamento”),  parece ser mais do mesmo.
Oxalá que, como o de 2021, não seja um orçamento camarário desfasado da realidade que é o concelho da Figueira da Foz. “Este é um orçamento de continuidade que tem de acomodar os compromissos assumidos (pelo anterior executivo, do PS), no valor de vários milhões de euros”, no plano do investimento e de parte significativa da despesa corrente, diz hoje a vereadora Anabela Tabaçó ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Estamos perante um executivo paralisado, do ponto de vista político, operacional e governativo, pela herança deixada por Carlos Monteiro? 
E a paralisia promete prolongar-se nos próximos tempos? 
A paralisia do poder executivo, mais do que uma ameaça, é uma possibilidade e pode tornar-se numa imagem de marca dos próximos tempos.
Fica um desejo, fácil de concretizar, para 2022, o que já seria um avanço em relação aos últimos anos: que haja honestidade intelectual na governança da Figueira. 
O pior que nos podia acontecer, face aos desafios fáceis de adivinhar que temos pela frente, era continuar a  ter políticos que dizem uma coisa e depois fazem outra.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Coisas que dão que pensar...

Pensamento da semana

"Haver 9,3 milhões de eleitores num país com 10,3 milhões de habitantes é um prodígio aritmético, mesmo sabendo-se que os portugueses fazem cada vez menos filhos. Com tanto eleitor fictício, não admira que a abstenção alcance níveis impressionantes."

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Deem utilidade ao dia de reflexão

Os figueirenses têm o dia de amanhã para no recato das suas vidinhas pensarem.
Se se confirmarem as sondagens, 50%, ou mais, não vão votar.
Portanto, o vencedor está encontrado: a abstenção.
Foto: Pedro Agostinho Cruz via Dez & 10

A maioria irá justificar a sua apatia com a falta de crédito dos políticos! 
Durante as campanhas eleitorais as promessas são o prato forte dos programas eleitorais.
Alcançado o poder, ficam na gaveta resguardadas da luz do dia, porque todos sabem que não serão postas em prática. 
Alguns irão acreditar que votar é um dever!
E vão votar contra aquilo que acham negativo na sociedade figueirense e a forma de o mostrar é votar. Porque existem votos para esse fim, é só exercer esse direito.

Amanhã é dia de reflexão! Para todos os indecisos, que estão a pensar o sentido do voto.

Amanhã é dia de reflexão! Mesmo para aqueles que persistirem a dar o seu voto ao partido do costume.
Sabem que o partido continua a ter o seu voto de confiança. E como tal irão oferecer o voto. É só um! Mas com um se ganha, sem um se perde.

Amanhã é dia de reflexão! Para todos aqueles que irão mudar a tendência do seu voto.
Muitos irão faze-lo pela primeira vez. Outros irão retornar ao partido de há quatro anos. Porque as expectativas, com a mudança na busca de uma política mais virada para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses saíram defraudadas.

Amanhã é dia reflexão! Uma reflexão já com um só sentido. O sentido da penalização deste executivo. 

domingo, 12 de setembro de 2021

Autárquicas 2021 na Figueira: o que está em causa é tão simples como isto - abster-se é votar em maus políticos

Os eleitores figueirenses que no próximo dia 26 de Setembro (faltam 14 dias) se decidam pela abstenção, designadamente por preguiça, ou por  protesto, ao assumirem essa opção, têm de perceber que com a sua atitude não estão a protestar contra coisa nenhuma e, muito menos, estarão contra a política e os políticos que conduziram a Figueira até Setembro de 2021.
Deixo uma questão: quem se abstém não vota em ninguém?
Não é por a abstenção ser maior ou menor que os políticos deixam de ser eleitos. Como sabemos, não existe um mínimo de votos para validar o acto eleitoral. No limite, um candidato até pode chegar a presidente com o seu próprio voto.

Não votar acaba por ter o mesmo resultado que votar. Contudo, existe uma única diferença: quem vota sabe quem está a escolher;  quem se abstém nunca saberá quem ajudou a ser eleito. Provavelmente ajudou a eleger um candidato em quem nunca votaria e que não desejava ver eleito.

A abstenção não vai contribuir para melhorar a gestão das autarquias figueirenses em 2021. Muito menos, contribuirá para o aparecimento de políticos novos e honestos. Contribuirá, isso sim, para perpetuar a mediocridade política no concelho.

A abstenção favorece os políticos instalados. Mudar a forma de governar a Figueira, exige que os que dizem querer mudar o estado das coisas, na hora de votar, os eleitores com mais formação e com mais elevados níveis de exigência, não deleguem a sua responsabilidade, indo votar.

Os que optarem por protestar abstendo-se, contribuem  para a sobrevivência dos maus políticos. 
A democracia  passa pela selecção e escolha dos melhores políticos.
Quantos mais eleitores votarem, mais possibilidade há de serem os melhores políticos a serem eleitos. 
Não votar, é votar nos maus políticos.

sábado, 14 de agosto de 2021

Estudo de opinião...

O Jornal direitolas NASCER DO SOL publica um Estudo de Opinião sobre as próximas autárquicas na Figueira da Foz, que dá Santana Lopes como vencedor e a CDU em último com 1,3%. Só para terem uma noção da credibilidade da coisa nem no candidato da CDU acertaram. Como é sabido e público desde 13 de Julho passado, o candidato CDU é outro: Bernardo Reis.
Existem dois grandes adversários - os verdadeiros - a vencer nestas eleições na Figueira: o triunfalismo e a abstenção. 
O primeiro, induzido pelas "pseudas sondagens", "comentadores" e outros "estudos de opinião", combate-se dizendo às pessoas que os votos não estão nem nas "pseudo sondagens", nem nos "estudos de opinião" e, muito menos, são atribuidos pelos "comentadores". A segunda, a abstenção, significa resistir ao "canto da sereia" de que "já está tudo decidido" e que, por consequência, "não vale a pena"
Vale. Não nos resignemos perante evidências virtuais. Não está nada decidido para sempre. Tudo vai sendo decidido cada dia que passa. E ainda faltam muitos dias até ao próximo dia 26 de Setembro de 2021.

sábado, 10 de julho de 2021

Da série, bem-vindos à campanha eleitoral de Santana Lopes, autárquicas 2021: e se deixassem o Eng. Duarte Silva em paz?..

Conforme edição de hoje do Diário as Beiras, "Santana reclama homenagem a Duarte Silva".
Em Outubro de 2008, já lá vão quase 13 anos, a concelhia “laranja” pretendia baptizar a Nova Ponte da Gala com o nome de Duarte Silva.
Na altura, segundo o Diário as Beiras, Lídio Lopes, então presidente da concelhia do PSD na Figueira, teria enviado “a proposta às Estradas de Portugal.”
De harmonia com o que veio a público no OUTRA MARGEM no dia 25 de Outubro de 2008, teria siso o próprio Eng. Duarte Silva que disse que não aceitava a proposta do Vereador Lopes.
A proposta de baptizar a Nova Ponte dos Arcos com o nome de Duarte Silva, passou a ser assunto arrumado.
No mínimo, salvo melhor opinião, afigura-se-me de muito mau gosto envolver a memória do eng. Duarte Silva numa disputa política eleitoral. 
Creio que não havia necessidade: além de ser matéria irrelevante para qualquer candidatura envolvida, é feio. 
Passados 13 anos é justo que se faça uma homenagem ao eng. Duarte Silva. 
Mas, depois de 26 de Setembro próximo.
13 anos não chegaram. Deixem passar mais dois ou três meses...
Neste  momento, há uma luta importante a travar: o combate à despolítica que leva à abstenção.
A Figueira tem problemas gravíssimos: desde o ambiente, ao ordenamento do território, passando pelo desemprego, a desertificação do "casco velho" e das aldeias, indo até à cultura e ao associativismo, passando pela questão do porto e da barra, a erosão a sul, o areal da praia, etc...
Vamos a isso senhores actores político?

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Autárquicas, uma palavra difícil...

Lamento que as eleições autárquicas não consigam mostrar-se verdadeiramente  importantes para a população.
A primeira coisa que me ocorre sobre as eleições autárquicas, é que a palavra “autárquicas” é difícil de pronunciar...
Pensemos um pouco sobre as autárquicas, sobretudo porque os eleitos nas cidades, vilas e aldeias são quem está mais próximo dos eleitores. E estes querem resultados. O voto é um contrato público sobre o bem comum. 
Nas autárquicas escolhe-se com facilidade um "homem providencial", aquele que "mostra obra"
As eleições autárquicas, tornaram-se numa questão de homens carismáticos, algo que diz muito sobre o caminho da política nos nossos dias. 
Já não são as ideias que vencem: é a sua percepção. 
Talvez por isso as próximas autárquicas nos vão dizer tanto sobre o futuro político, social e económico da Figueira e do seu concelho.
Numa democracia saudável, a meu ver, quanto maior é o grau de proximidade da eleição, menor deveria ser a abstenção. 
Por exemplo, a eleição da Junta de Freguesia deveria ser muito mais participada do que a eleição para o parlamento europeu. 
O nosso problema é a incapacidade de pensar localmente, e de nos envolvermos localmente.
Depois, os políticos também não ajudam.
Em ano de eleições autárquicas multiplicam-se os concursos públicos de ideias para «intervenções», «requalificações», e «valorizações» de todo o tipo de equipamentos e espaços públicos. 
Não é uma denúncia, não é uma queixa, apenas uma constatação.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Joana Aguiar de Carvalho enviou pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo, onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista...

Em 26 de Junho de 2020, a maioria absoluta do Partido Socialista, impôs o nome de Joana Aguiar de Carvalho, que não faz parte da Assembleia Municipal da Figueira da Fozcomo representante deste órgão autárquico no Conselho Municipal de Turismo.
Tal ocorreu no decorrer da Assembleia Municipal que se realizou nesse dia.
Ao que OUTRA MARGEM conseguiu apurar na altura, as bancadas da CDU e do PSD bateram-se para que a nomeação fosse feita entre os nomes de um dos membros que compõem a AM. Nelson Fernandes, no seu estilo característico, frisou que não se sentia representado por Joana Aguiar de Carvalho, "pois é membro da Assembleia Municipal e não deve ser uma pessoa de fora da Assembleia Municipal a representá-lo".
"Isto não é forma de fazer política", disse ainda Nelson Fernandes. Que acrescentou, dentro daquele que é o seu reconhecido estilo: "uma bancada destas (do PS), cheia de gente capaz e não há nenhum elemento virtuoso para ir para esta comissão?"
Porém, a vida e a política dão muitas voltas e segundo o Diário as Beiras, passado um ano, "Joana Aguiar de Carvalho enviou o pedido de demissão ao Conselho Municipal de Turismo (CMT), onde representava a Assembleia Municipal, por indicação da maioria socialista. A antiga dirigente do PS também se desfiliou do partido. 
Na base da dupla demissão está o apoio ao candidato à Câmara da Figueira da Foz Pedro Santana Lopes".
Na Assembleia Municipal de 5 de Maio de 2020, o PSD apresentou uma proposta para criar uma Comissão de acompanhamento do COVID. Foi chumbada com o argumento,  "de que não é preciso gente de fora". 
O mesmo Partido, por ter maioria absoluta, foi buscar uma pessoa de fora da Assembleia Municipal para o Conselho Municipal de Turismo... 
"A maioria absoluta do PS a permitir fazer tudo e o seu contrário"...
Registe-se que Joana Aguiar de Carvalho foi nomeada por votação secreta, com 11 votos contra, 2 nulos e uma abstenção.
Não foi proposto mais nenhum nome. O PS esteve igual a si próprio, ao informar a oposição: "a Joana Aguiar de Carvalho é o nosso nome, se quiserem ponham à votação um suplente!"...
Assim ia, há um ano, a democracia na Figueira.
Com as autárquicas de 2021 ainda longe, assistia-se a uma escalada de agressividade que se sentia, há meses, na política figueirense. Depois de ter  chegado  às sessões do executivo camarário, parecia ter também chegado às reuniões da Assembleia Municipal.
Passado um ano, com as autárquicas no horizonte, a maioria absoluta do partido socialista tem tentado dar uma imagem mais leve, mais risonha e de maior convívio democrático. Porém, como o verniz não é de grande qualidade, de vez em quando estala...

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Da série autárquicas 2021 na Figueira: depois dos estudos de opinião quando é que temos sondagens?..


1ª. Se o PSD ainda está nos 7%!..
2ª. Se o comboio socialista continua a descarrilar!..
3ª. Se o Santana ainda continua com a maioria absoluta!..

Não pensem que menosprezo as sondagens. As sondagens servem muita coisa e, também, para aferir a opinião pública. E, têm capacidade para a alterar, pois têm um poder estratégico potencial.Uma inversão dum resultado eleitoral “pode” já ter ocorrido. Em 2001, Santana Lopes ganhou Lisboa, à tangente, depois de uma sondagem no Expresso atribuir uma vantagem de dez pontos percentuais a João Soares. Uma sondagem pode influenciar o sentido de voto e a decisão de abstenção. Uma sondagem que dê um resultado “apertado” ao candidato da frente será sempre mais mobilizadora. Venha de lá uma sondagem dessas, pois o estudo de opinião de Maio p.p era francamente desmobilizador para o já bastante desmotivado eleitorado figueirense...

sábado, 12 de junho de 2021

Uma raridade figueirense: "um municípe interventivo e atento à gestão autárquica"...

Foto via Diário as Beiras
Miguel Amaral, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS: “lamento que sejam poucos a preocuparem-se. Há um desligar dos figueirenses em relação ao que se passa na cidade, até em assuntos relevantes”.
As suas intervenções nas reuniões de câmara, esclareceu Miguel Amaral, dão sequência ao “dia a dia de uma pessoa atenta ao que se passa na Figueira da Foz” e “preocupada com o seu desenvolvimento”
Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, exemplificou, “a abstenção na cidade rondou os 70 por cento, o que denota o pouco interesse que os figueirenses manifestam pela sua cidade. Há exceções, mas, infelizmente, são poucas”.

A participação política em democracia engloba a possibilidade de cada cidadão poder responsabilizar politicamente aqueles que elegeu. Cada cidadão pode pedir contas a determinado político por determinada actuação, omissão ou ausência. E pode penalizá-lo com o seu voto.
Por outro lado, o bom funcionamento da justiça é essencial numa democracia por várias ordens de razões. Entre outras, a saber: é preciso que as pessoas possam fazer valer os seus direitos e sintam que há penalização de quem viola a lei; é preciso recuperar um sentido de responsabilidade, individual e social; é preciso que os próprios políticos - que fazem as leis - não sejam "mais iguais que outros" perante a lei; é preciso que haja orgãos de comunicação social atentos  e contribuintes para o esclarecimento da opinião pública.
Não haverá na Figueira,  uma vida política moderna, boa e saudável enquanto reinar um sentimento de impunidade da partr da classe política. Se a legislação e a lei não for aplicada ou se não for cumprida por todos, de nada serve. 
Em democracia o voto assume importância fundamental. Mas, para isso, exigem-se cidadãos atentos, interessados e intervenientes pelo que se passa à sua volta.
A realidade, porém, demonstra que na Figueira a cidadania é uma lenda e que a justiça (célere e eficaz) não existe.
A prova disso é que o simples facto de haver na Figueira "um municípe interventivo e atento à gestão autárquica" é notícia de jornal.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Autárquicas 2021 na Figueira: o momento do mandatário...

A pré-campanha eleitoral, ou melhor dito, a não pré-campanha, pois a falha de ideias das candidaturas já anunciadas tem sido a marca dominante - a manter-se durante mais 3 meses, vai acabar por traduzir-se na abstenção.

Da CDU ainda nada se sabe. DO BE idem.
Do CDS, do PS e do PSD já se sabe alguma coisa.
Do CDS já se sabe quem é o mandatário. Do PS também. 
Mais logo, pelas 17 horas, numa unidade hoteleira da Figueira da Foz, o PSD vai apresentar o seu. Não deve trazer algo de substancionalmente novo ou diferente. O segredo tem sido mantido com mão férrea. Como se trata do PSD, aposto num empresário, com poucas ligações à política figueirense.
Como têm reagido, pelo que tem vindo a público, os militantes partidários e os simpatizantes mais acérrimos  aos "desvios" e às medidas do PS e do PSD, quando com elas estão em desacordo?
Uma boa parte, diria mesmo a maior parte, pura e simplesmente cala-se. 
Quem cala consente. São os fieis surdos, cegos e mudos. O mutismo aparentemente resolve o que no debate político levanta receios e inseguranças.

Outra  parte, faz o chamado trapezismo retórico via contorcionismo argumentativo. São os bem-falantes pletóricos, que se esforçam, sob os projectores mediáticos, tentando justificar o injustificável e explicar o inexplicável. Esgotam a paciência de qualquer um, cobrem-se de ridículo, mas contam com o reconhecimento interno, com a cumplicidade tribal, visando assegurar um lugar nas listas dos respectivos partidos. Ganham a confiança de uns, perdem a de outros, mas oferecem uma espécie de fidelidade incondicional que satisfaz os líderes. Neste momento, basta estar minimamente atento, isso é público e visível no PS e no PSD.

Depois temos os chamados "intermitentes": aqueles que estão com uma liderança, mas não estariam com outra. Gostam de exibir a discordância publica, mas não se demitem do partido. No PSD, a putativa candidatura de Santana Lopes expôs isso descaradamente nas autárquicas de 2021.
Este comportamento, que não é novo, coloca uma questão antiga: a de definir qual o limiar que explica a decisão de continuar a militar num partido quando as expectativas de carreiras pessoais ficam goradas, os desacordos se acumulam, as dissidências se amontoam e as matérias de princípio são afectadas ou atraiçoadas. 

Os "intermitentes" só se distiguem dos "silenciosos" e dos "trapezistas" num aspecto: falam alto e em público. De resto, a caravana passa, com os arranjinhos pontuais do costume... 
Duvidam? Estejam atentos ao que se vai passar com a elaboração das listas para a vereação camarária e para a Assembleia Municipal, em todos os partidos, mas em especial no PS e no PSD. 
E perguntam vocês: então e a candidatura de Santana Lopes?  
Neste momento, ela existe para além do ruído?

terça-feira, 27 de abril de 2021

Não é estratégico

Crónica de Teotónio Cavaco, via Diário as Beiras 

"A Figueira é um concelho há demasiados anos com tudo por fazer (a Zona Industrial do Pincho só o é em sonhos, a areia continua a depositar-se a norte e a fazer cada vez mais falta a sul, a mobilidade interna permanece parada, a população vai decrescendo e envelhecendo, os jovens vão-nos deixando, …).
Por isso, nos últimos dias, temos vivido a constatação da inércia de uma década, por via do anúncio (só isso…), consubstanciado pela inexorável maquete, de intenções de resolução de uma ou outra maleita – sem que se justifique a razão das opções tomadas e sem que se peça desculpa pelos inqualificáveis atrasos.
É verdade que os eleitores do concelho da Figueira continuam a demonstrar não estarem mobilizados para exercer o seu direito e dever do voto (nas últimas eleições, a abstenção foi bem maior do que o total nacional), mas tal justifica e valida esta forma de governar o concelho?
A ideia de mudança da Câmara para um edifício moderno faz parte do “Pacote de coisas à espera de resolução” que ganha uma nova alma à medida que se aproximam as eleições autárquicas: relança-se a ideia, lê-se o que uns quantos defendem, nalguns casos até aparece uma maquete (ou um outdoor na marginal, consoante o número de votos em perspetiva) assim se elevando a auto-estima, depois há eleições e… “foi porreiro, pá!”…
Mudar a Câmara para um edifício moderno traria vantagens ao nível da poupança (energética, de recursos)? Seria uma oportunidade para reorganizar serviços, pessoas e procedimentos? Até se poderia compaginar uma eventual candidatura a fundos europeus, por via da sustentabilidade?
Talvez se possa responder “sim” às perguntas atrás colocadas, e a outras a ser consideradas para justificar aquela opção. Mas há uma pergunta a ser colocada antes de qualquer outra: é estratégico, ainda que numa perspetiva de 10/12 anos? E a resposta “não” remete-nos para o que deve ser o desígnio do concelho da Figueira, logo alocar a si os principais recursos, materiais e imateriais: o de ser empregador e sustentável."

domingo, 11 de abril de 2021

Abril de 2021 na Figueira

Fotos Pedro Agostinho Cruz


Neste momento, vivemos a realidade da pandemia. E vivemos o período pré-eleitoral autárquico do ano de 2021. 
Tirando a realidade da pandemia, parece que estamos em 2017: não se discutem ideias. 
As poucas que até agora surgiram, provenientes das candidaturas de Pedro Machado e Mattos Chaves, foram desvalorizadas e quase ignoradas. 
Até agora, desfilam caras, algumas do passado, o que não garante nada de novo. 
Em Outubro, admirem-se com os valores da abstenção...